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1 Ciência Aberta Profa. Me. Daianny Seoni de Oliveira 2 AULA O QUE É CIÊNCIA ABERTA Objetivo: Apresentar os fundamentos da Ciência Aberta e seu panorama histórico 3 Breve histórico ● No final do século XX, a proteção dos direitos de propriedade intelectual (DPI) trouxe uma dinâmica capitalista no processo de circulação da ciência e que beneficiou principalmente os editores privados. ● O acesso ao conhecimento científico era para poucas pessoas, pois o valor das assinaturas de periódicos eram altos e havia licenças restritivas de acesso e uso do material publicado. ● A “sociedade de rede” disseminava a cultura livre digital, inspirada na cultura hacker, potencializada pelo desenvolvimento de sistemas eletrônicos e das plataformas digitais” (ALBAGLI, 2015). abundância/circulação ampliada/apropriação social versus escassez/concentração/apropriação privada da informação e do conhecimento Movimento da Ciência Aberta 4 Direito fundamental à informação ● Declaração de Budapest em 2002 - remover barreiras de acesso à informação científica a fim de tornar essa literatura mais útil possível a todas as pessoas; ● Declaração de Bethesda em 2003 - endossa os princípios da Ciência Aberta e traz como objetivo a discussão com a comunidade científica, agências de financiamento, editores, bibliotecários, instituições de pesquisa e cientistas individuais; ● Declaração de Berlim em 2003 - ela promove a internet como um instrumento funcional; Direito fundamental à informação ● Em 2015, sob liderança das Nações Unidas foi lançada a Agenda 2030, que consta 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS); 5 Ciência Aberta ● Movimento da Ciência Aberta reforça a responsabilidade social científica pois amplia os impactos sociais e econômicos que a ciência possibilita por meio do acesso às publicações e dados de pesquisas oriunda do financiamento público. ● Os principais benefícios de uma ciência aberta, que constituem a base de suas motivações, são: reprodutibilidade, transparência científica, velocidade de circulação da informação e reúso de dados, resultando numa ciência de maior qualidade e progressos mais rápidos (SANTOS, et al, 2017). ● O conceito de Ciência Aberta consiste em: “abertura de dados, infraestrutura, periódicos, entre outras ferramentas, para que sejam compartilhados, reutilizados e melhor aproveitados por todos os agentes que produzem a ciência e também pela sociedade que se beneficia dela”. Ciência Aberta termo guarda-chuva 6 Ciência Aberta termo guarda-chuva ● Entende-se a Ciência Aberta como um conceito amplo e que abrange outros fundamentos, mas permanecendo o objetivo principal que é a: [...] capacidade de reprodutibilidade da pesquisa, maior transparência do financiamento público, aumento da velocidade de circulação da informação como insumo para o progresso da ciência e reúso de dados em novas pesquisas, resultando numa ciência de maior qualidade, com progressos mais rápidos e alinhados às necessidades das sociedades (WOELFLE, OLLIARO & TODD, 2011 apud SANTOS et al, 2017). Papel das Bibliotecas e do Bibliotecário Bibliotecas se propõem a: Desenvolver e apoiar mecanismos para fazer a transição para a publicação de acesso aberto e fornecer exemplos desses mecanismos para a comunidade. Em nossas atividades de educação e divulgação, dê alta prioridade ao ensino de nossos usuários sobre os benefícios da publicação em acesso aberto e periódicos em acesso aberto. Listar e destacar periódicos de acesso aberto em nossos catálogos e outras bases de dados relevantes (DECLARAÇÃO DE BETHESDA…, 2003, tradução nossa). ● nova especialidade para a área da Biblioteconomia que é o bibliotecário de dados (data librarian) 7 Políticas científicas ● O governo brasileiro fez em 2011 uma parceria com o Governo Aberto (Open Government Partnership, OGP); ● Lei de acesso à informação - 12.527/2011, um importante marco regulatório quanto ao acesso às informações públicas; ● Em 2018, no 4° Plano de Ação Nacional em Governo Aberto, foi lançado 11 compromissos sendo o terceiro voltado para a Inovação e Governo Aberto na Ciência, sob a coordenação da Embrapa; ● A participação dos organismos federais de Ciência e tecnologia, como a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científica e Tecnológico) e a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); Referências ALBAGLI, S. Ciência Aberta em questão. In: ALBAGLI, S., MACIEL, M.L. and ABDO, A.H. (org.). Ciência Aberta, questões abertas. Brasília: Ibict; Rio de Janeiro: Unirio, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2o2b6c4 ALBAGLI, S.; CLINIO, A.; RAYCHTOCK, S. Ciência Aberta: correntes interpretativas e tipos de ação │ Open Science: interpretive trends and types of action. Liinc em Revista, [S. l.], v. 10, n. 2, 2014. DOI: 10.18617/liinc.v10i2.749. Disponível em: http://revista.ibict.br/liinc/article/view/3593. Acesso em: 15 dez. 2021. BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE. 2002. Disponível em: https://www.budapestopenaccessinitiative.org/read/ DECLARAÇÃO BETHESDA sobre Publicação com Acesso Aberto. 2003. Disponível em: http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/bethesda.htm PACKER, A.L.; SANTOS, S. Ciência aberta e o novo modus operandi de comunicar pesquisa – Parte I. SciELO em Perspectiva. 2019. Disponível em: https://blog.scielo.org/blog/2019/08/01/ciencia-aberta-e-o-novo-modus-operandi-de-comunicar-pesquisa-parte-i/ SANTOS, Paula Xavier, et al (Coord.). Livro Verde - Ciência aberta e dados abertos: mapeamento e análise de políticas, infraestruturas e estratégias em perspectiva nacional e internacional. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2017. 141 p. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24117 8 [...] o amplo acesso às fontes de conhecimento envolvidas e produzidas pelas pesquisas tem o intuito de maximizar a razão de ser da ciência enquanto empreendimento cooperativo cultural e social. PACKER, A.L.; SANTOS, S. (2019) “ “
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