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fichamento Stradelli

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Lendas e notas de viagem 
Amazônia dede Ermanno Stradelli
Ermanno Stradelli
o mundo de literatura e do saber deve muito a Ermanno Stradelli, Várias razões. a maior de suas contribuições, sem dúvida, decorre do papel desempenhado por ele na elucidação da cosmogonia do rio Negro, intitulada inicialmente La Leggenda dell’Jurupary (1890). Como Stradelli, Uma aristocrata italiano, foi arrastado para o domínio amazônico de jurupari e o que ele imaginava está fazendo lá é revelado em seus relatórios, os bolletini, Que na época costumava enviar para a Itália. esses relatórios constituem uma fonte indispensável, largamente desconhecida no Brasil – pátria Que ele adotou e onde veio a morrer – E no resto do mundo. Felizmente, foram agora traduzidos para o português por Aurora bernardini, com a sensibilidade que ela sabiamente também possuiu como escritora. Ademais, ao apresentar essas traduções, ela oferece ao leitor minúcias fascinantes e fatos em grande parte ignorados, frutos de uma paciente pesquisa distância. Página 11
 Ampliado decisivamente por “Jurupari”, Esse magnífico corpus Textual não é apenas uma autoridade a ser consultada em qualquer investigação séria do pensar e do viver dos habitantes nativos do continente; Também nos lembra a todo o momento que a informação não se dissocia de argumento, que a criação do mundo não pode se divorciar da criação de imagens ou palavras. Assim como o Popol Vuh A narrativa do eponimo, Jurupari, Deixa pistas diminutas, Mais indispensáveis, que leva as dimensoes de espaço tempo habitados por seu personagens, alternados astuciosamente o enquadramento e o foco. Vitorioso, o herói reconta as próprias origens, introduzindo no meio da história um episódio cuja lógica associá-lo a as icamiabas (Amazonas) maternas e as Plêiades paternas.ao mesmo tempo, na a política local, sua luta com o Ualri Da origem a federação do rio Negro, cuja música noturna combina instrumentos nomeados nas principais línguas da região final página 12
 Ela é capaz, como ninguém antes o foi, de abordar com segurança a questão do Urtext; de como Maximiano José Roberto – amigo nativo e poliglota de Manaus, que Stradelli tinha como um igual – recolheu episódios nas línguas que conhecia e, por ser o herdeiro das tribos locais, encarregou-se de organizá-los e traduzi-los para o nheengatu, A língua Franca dos Tupis-Guaranis. Soubemos que, sempre fiel a seus co-atores indiginas, Max Deu crucial atenção não só aos léxico Como também aos nomes, números e estruturas globais,Respeitando minuciosamente o desenrolar da história e como está se refletia sobre si mesma na qualidade de texto. como stradelli deixa explícito, esses fatores se converteram num antecedente riquíssimo quando chegou sua vez de traduzir o texto, agora do nheengatu para o italiano. (Stradelli, p.12)
Elegante e extremamente informativa essa edição dos boletins de Stradelli, retirada diretamente da versão completa original dos Bolletini della Società Geografia Italiana (1887-1901), Ostenta o conhecimento e habilidade que, há alguns anos, permitir a Aurora tornar-se a primeira a traduzir o “Jurupari” Para a língua do Brasil.nesse sentido, deve-se receber esta publicação como continuação, dossiê competente e volume acompanhante dos mais deliciosos. página 13
 Introdução
Stradelli: formação e linguagem
O que terá levado o jovem Ermanno Stradelli – Nascido em 8/12/1852 no Castelo dos condes de Borgotaro ( hoje província de Parma, mas antigamente de Piacenza), De família antiga, nobre desde os tempos de Maria Luísa de Bourbon, porque agraciou com o título - a abandonar riqueza, estudos, amigos, condições privilegiadas, trabalho promissor etc. para vir aventura-se Entre os índios da selva amazônica, a subir rios, a procurar fontes , a conviver com febre e desconfortos constantes, enfim, a dedicar 43 anos de sua vida, desde seu 27° aniversário, a isso tudo? (P.17)
Era fantasia muito frequente entre os rebentos Nobres de famílias de recursos, na Europa do século 19, a aventura em expedições geográficas exploratórias em terras estranhas. Basta verificar quem era os membros das sociedades geográficas dos diferentes países. Condes, duques, marqueses, até mesmo príncipes e..., Naturalmente, capitalistas. Escolhiam, de preferência, lugares exóticos da Ásia e da África (entre os italianos , Matteucci, Antinori, Manfredo Comperio...). Preparavam se estudando etimologia, topografia, astronomia, fotografia, farmácia e homeopatia – no caso d Stradelli), Botânica, Zoologia... alguns escolheram a América Latina e, nela, o Brasil. Não foi o caso de Boggiani, da Real Società Geografia Italiana, de Alessandro Sabatini e do conde Antonelli, todos eles contemporâneos de Stradelli. Mais há também casos de missionários – entre os muitos, os franciscanos italianos Coppi e Canioni, que em 1883 desencadearam no Uaupés uma rebelião que bloqueou a atividade missionária na região por mais de trinta anos – e de plebeus, como H.M. Tomlison, Um simples contador de um banco de Londres que abandonou seus afazeres metódicos para também viam explorar o Brasil. “It was te Putney bus that didi It”- diz prefaciador a seu livro The sea and The jungle [O mar e a selva], contanto como o futuro viajante teria entregue a sorte a decisão de sua viagem. “it that bus takes up two more passengers before It passes here,you haver hot tô come.” No ônibus subiram mais 2 passageiros... e ele embarcou. página 16 
Qualquer que tenha sido o movente final de sua vida – É muito provavelmente ele existiu, pois em 1884, após 5 anos de febris atividades em terras brasileira, Stradelli Voltou à Itália para finalizar o curso universitário interrompido e adquirir prática de advocacia em gênova, não há dúvida de que, para isso, ele havia se preparado material e espiritualmente. de fato, no começo de 1887, ele retorna ao Brasil. página 17

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