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MCCP - Relatório

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MCCP - Método Clínico Centrado na Pessoa
Considerado o método que engloba e sistematiza os diversos aspectos positivos das diferentes formas de abordagem e que faz com que a consulta atenda às necessidades e às expectativas tanto do médico quanto do paciente, muito importante para a APS.
Nele, há o compartilhamento do poder com o paciente, que antes era só do médico na consulta.
Tem 4 componentes:
1. Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença
Olhar amplo além da doença, explorando a saúde e a experiência da doença das pessoas.
Conceitos essenciais:
SAÚDE: percepção de saúde que as pessoas têm em suas vidas, como se sentem capazes de lidar com suas aspirações e realizar suas funções dentro de suas vidas.
DOENÇA: avaliação objetiva de seu corpo, por meio de exames físicos e laboratoriais, onde o foco é no corpo e não na pessoa.
EXPERIÊNCIA DA DOENÇA: experiência pessoal e subjetiva de estar doente.
Dentro dessa abordagem, sugerem-se abordar 4 dimensões e prestar atenção em "dicas" que as pessoas dão sobre esses aspectos: SIFE
Sentimentos da pessoa, especialmente o medo de estar doente;
Ideias da pessoa sobre o que pode estar errado.
Função da sua rotina que pode ser afetada por causa do que está passando
Expectativas do que pode ser feito pelo profissional para ajudá-lo a melhorar.
**Não se deve deixar de lado a anamnese e exame clínico para chegar ao diagnóstico, prescrever medicamentos e requisitar exames, mas simultaneamente se deve levar em consideração como a doença está afetando aquela pessoa em particular e, a partir disso construir um entendimento integrado.
2. Pessoa como um todo- o indivíduo, a família e o contexto
Resulta das informações, ao longo do tempo o médico acumula sobre seus pacientes, que vai além de diagnosticar doenças.
Deve-se conhecer a pessoa inteira e sua experiência com a doença em um contexto de sua vida e em um estágio de desenvolvimento pessoal. Incluir a família, o trabalho, as crenças e as vivências.
Entender as pessoas como um todo ajuda o médico a aumentar sua interação com ela em períodos específicos do ciclo de vida, ajudando-o a compreender sinais e sintomas pouco definidos ou reações exageradas e fora de contexto.
Elaborar um genograma familiar é fundamental, ao se associar informações familiares, comunitárias ou profissionais e pode estabelecer diferentes contextos em que a pessoa vive.
3. Plano conjunto de manejos
Compromisso mútuo de encontrar um projeto comum para tratar dos problemas. Fundamental para realizar um manejo de sucesso às pessoas com doenças crônicas, desenvolvendo intervenção terapêutica.
Buscar concordância em 3 principais áreas:
1. Definição do problema a ser manejado
2. Estabelecimento de metas e prioridades do tratamento
3. Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico.
Ao final, o médico deve sumarizar, para confirmar o entendimento, o plano e os papéis.
4. Relação entre a pessoa e o médico – Vínculo Médico-Paciente
O médico deve reconhecer que diferntes pessoas requerem diferentes abordagens, as quais variam de acordo com idade, gênero, problema, estado emocional, etc.
Ele deve agir de uma variedade de modos para alcançar as diferentes necessidades de quem busca ajuda, caminhando com a pessoa e colocando a si mesmo e sua relação terapêutica para mobilizar as forças da pessoa com propósitos curativos.

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