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RESUMO SCAPS - TODO CONTEÚDO A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS: - Atenção Básica constitui-se em um conjunto de ações que dão consistência prática ao conceito de Vigilância em Saúde, referencial que articula conhecimentos e técnicas provindos da epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais em saúde, redefinindo as práticas em saúde, articulando as bases de promoção, proteção e assistência, a fim de garantir a integralidade do cuidado. - ESF é um modelo que procura reorganizar a Atenção Básica de acordo com os preceitos do SUS e com o apoio do NASF, estrutura vinculada à Atenção Básica de Saúde que busca ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na ESF, privilegiando a construção de redes de atenção e cuidado, constituindo-se em apoio às equipes de saúde da família e ampliando sua resolutividade e sua capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do cuidado. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB): PRINCÍPIOS: - Universalidade: a saúde é um direito de cidadania de todos e um dever do Estado assegurá-lo - Integralidade: Considerar as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. (prevenção, promoção e reabilitação à saúde) - Equidade: As pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas (sempre atender os pacientes com + gravidade primeiro) DIRETRIZES: REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO: Os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade. - Nível Primário → UBS. - Nível Secundário → Ambulatório (ex.: paciente tendo convulsões). - Nível Terciário → Cirurgia de trauma. TERRITORIALIZAÇÃO: conhecer o território e delimitar para o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais, pessoas adscritas naquele território (estudo social, epidemiológico, cultural, possibilita uma ampla visão geográfica) POPULAÇÃO ADSCRITA: População que está presente no território da UBS, de forma a estimular o desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser referência para o seu cuidado. CUIDADO CENTRADO NA PESSOA: Desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada. RESOLUTIVIDADE: Reforça a importância da Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO: Pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo COORDENAÇÃO DO CUIDADO: Elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS (rede de atenção à saúde). ORDENAÇÃO DA REDE: Reconhecer as necessidades de saúde da população, organizar o planejamento das ações, assim como, a programação dos serviços de saúde, parta das necessidades de saúde das pessoas. PARTICIPAÇÃO SOCIAL: Princípio que versa sobre a participação da sociedade na formulação e acompanhamento das políticas no interior do SUS. Atenção Primária à Saúde (APS): 1- Atenção primária: APS deve ser o primeiro contato das pessoas com o sistema de saúde, sem restrição de acesso às mesmas, independente de gênero, condições socioculturais e problemas de saúde; com abrangência e integralidade das ações individuais e coletivas; além de continuidade (longitudinalidade) e coordenação do cuidado ao longo do tempo, tanto no plano individual quanto no coletivo, mesmo quando houver necessidade de referenciamento das pessoas para outros níveis e equipamentos de atenção do sistema de saúde. 2 – Atenção secundária: Formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade. Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência. 3- Atenção terciária: no nível terciário de atenção à saúde estão reunidos os serviços de alta complexidade, representados pelos grandes hospitais e pelas clínicas de alta complexidade. ATRIBUTOS ESSENCIAIS: Atenção ao primeiro contato (atributo): Definição: -Serviços procurados regularmente cada vez que o paciente necessite de atenção em caso de adoecimento. (acessibilidade) -É a porta de entrada do sistema de saúde (uso da unidade como local de primeiro contato de atendimento antes de ir para especialidades). Longitudinalidade (atributo): Definição: -Responsabilidade longitudinal pelo usuário com continuidade da relação → equipe/ usuário ao longo da vida, independente da ausência ou presença de doença. (definição da população eletiva, conhecimento do paciente e do seu meio social, criar um vínculo com os pacientes para conhecer o convívio cultural/ social/ familiar … ) Integralidade (atributo): Definição: -Tem como função reconhecer as necessidades em amplo aspecto (orgânico, psíquico e social da saúde), dentro dos limites de atuação do pessoal da saúde. Oferece serviços de atividades preventivas primárias e secundárias, além de reconhecer os problemas de saúde mental da população. Faz também o encaminhamento para especialidades. Coordenação da atenção (atributo): Definição: -É a coordenação integral de todos os serviços relacionados à saúde, onde quer que o paciente tenha sido atendido. É o mecanismo de continuidade e acompanhamento das informações relacionadas às necessidades de saúde do paciente. ATRIBUTOS DERIVADOS: Orientado para comunidade (atributo derivado): Definição: -Mecanismo de alcance do conhecimento das necessidades de saúde da comunidade. Participação nas atividades comunitárias. Centralidade na família (atributo derivado): Definição: -Tem como objetivo conhecer o contexto e dinâmica familiar Competência cultural (atributo derivado): -Reconhecer as diferentes necessidades de grupos populacionais e suas características étnicas, raciais e culturais. Rede de Atenção à Saúde (RAS) - Para que toda essa estrutura possa funcionar, dando respostas adequadas às necessidades dos usuários, de forma coordenada, é necessário estabelecer estratégias que permitam criar múltiplas respostas para o enfrentamento da produção saúde-doença. A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é o arranjo organizativo formado pelo conjunto de serviços e equipamentos de saúde, num determinado território geográfico, responsável não apenas pela oferta de serviços, mas ocupando-se também de como estes estão se relacionando, assegurando dessa forma que a ampliação da cobertura em saúde seja acompanhada de uma ampliação da comunicação entre os serviços, a fim de garantir a integralidade da atenção. Os fluxos de atendimento das demandas de saúde nos diversos níveis de atenção devem ser definidos na RAS, com o intuito de obter a integralidade do cuidado. - A principal porta de entrada e de comunicação entre os diversos pontos da RAS é a Atenção Básica, constituída de equipe multidisciplinar, responsável pelo atendimento de forma resolutiva da população da área adstrita e pela construção de vínculos positivos e intervenções clínicas e sanitárias efetivas - Para seu funcionamento, está, personificada na Unidade Básica de Saúde (UBS), deve estar cadastrada no sistema de Cadastro Nacional e ser construída segundo normas sanitárias e de infraestrutura definidas pelo Departamento de Atenção Básica/SAS/MS, devendo possuir: consultórios médicos e de enfermagem e, caso possuam profissionais de saúde bucal, consultório odontológico; salas de acolhimento, procedimento, vacina, inalação, coleta de material biológico, curativo, observação, administração e gerência, além de áreas de recepção, arquivos, dispensação e armazenagem de medicamentos Equipe de Saúde da Família (eSF) - A ESF recomenda-se, no máximo,12 mil habitantes, em que cada equipe deve ser responsável por, no máximo, 4 mil pessoas, sendo a média recomendada de 3 mil pessoas ou menos quanto maior o grau de vulnerabilidade. - Cada equipe deve ser constituída por : médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal. - O ACS também é responsável por cobrir toda a população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família. Equipe de Atenção Básica (eAB): - ACS não é obrigatório. - Médicos preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade; - Enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família; - Auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem; - Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal. Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF: - É importante lembrar que o NASF, apesar de estar vinculado à Atenção Básica, não se constitui em porta de entrada do sistema para os usuários, e sua função é oferecer apoio ao trabalho das Equipes de Saúde da Família. Ele, à semelhança desta, leva em conta a territorialização, a educação permanente em saúde, a participação social, a promoção da saúde e a integralidade – esta última, a principal diretriz do SUS a ser praticada por esse núcleo. - Os profissionais que compõem são: Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica); Médico do Trabalho; Médico Veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte-educador); e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. Ferramentas utilizadas pelo NASF em sua organização: A organização e o desenvolvimento do processo de trabalho do NASF dependem de algumas ferramentas: - Apoio Matricial - Clínica Ampliada - Projeto Terapêutico Singular (PTS) - Projeto de Saúde no Território (PST) Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM): Evolução da PNAISM: -1970 : cuidados materno infantil (visava contracepção; pré-natal; parto e puerpério) -1984 : PAISM foi criado (programa atenção integral à saúde da mulher) - ações educativas, preventivas, diagnósticos e recuperação) -1988 : Constituição Federal Brasileira, defende os direitos como: educação, saúde, alimentação, proteção à maternidade e à infância e criação do SUS. -1990: LEI ORGÂNICA DE SAÚDE, que regulamenta o SUS composta pelas leis → Lei 8080/90 (promoção, proteção e recuperação da saúde ) Lei 8.142 (participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recurso financeiros na área da saúde) - 2004: Criação PNAISM (Política Nacional de Atenção Integral à saúde da Mulher) DIFERENÇA PAISM x PNAISM: Anteriormente com PAISM (programa) → se limitava na gravidez, parto, puerpério, tinha uma visão RESTRITA sobre a mulher, baseado no papel de mãe e doméstica. - Ações educativas, preventivas, diagnósticas e recuperação englobando a assistência em todas as fases da vida, com enfoque em questões da saúde sexual e reprodutiva, planejamento familiar, prevenção de IST e câncer de colo de útero. Atualmente com a PNAISM (política)→ mais abrangente Pacto pela Saúde: - O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios), para o fortalecimento dos serviços de saúde. - Objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do SUS. Prioridades do Pacto pela saúde são: - A redução da mortalidade infantil e materna; - O controle das doenças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase); - E a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. PNAISM : Objetivos: - Promover a melhorias das condições de vida e saúde das mulheres mediante a garantia de direitos e implicações do acesso aos serviços - Contribuir para redução da morbidade e mortalidade, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida. - Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral da saúde no SUS Objetivos específicos : Estimular a atenção integral integral à saúde da mulher em todo seu ciclo de vida - Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras DST: fortalecer a atenção básica no cuidado com a mulher; ampliar o acesso e qualificar a atenção clínico- ginecológica na rede SUS. - Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde: ampliar e qualificar a atenção ao planejamento familiar, incluindo a assistência à infertilidade; garantir a oferta de métodos anticoncepcionais para a população em idade reprodutiva; ampliar o acesso das mulheres às informações sobre as opções de métodos anticoncepcionais; estimular a participação e inclusão de homens e adolescentes nas ações de planejamento familiar. - Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes - Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual: organizar redes integradas de atenção às mulheres em situação de violência sexual e doméstica; articular a atenção à mulher em situação de violência com ações de prevenção de DST/aids; promover ações preventivas em relação à violência doméstica e sexual. - Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na população feminina: prevenir as DST e a infecção pelo HIV/aids entre mulheres; ampliar e qualificar a atenção à saúde das mulheres vivendo com HIV e aids. - Reduzir a morbimortalidade por câncer de colo de útero e mama: ampliar o acesso ao exame preventivo com qualidade em todas as mulheres 25-59 anos; garantir acesso de todas as mulheres com lesão de mama palpáveis a imediata assistência diagnóstica e tratamento, garantir acesso a mamografia com qualidade a todas as mulheres de 50-69 anos. - Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero -Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério (menopausa) -Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade -Promover a atenção à saúde da mulher negra/ indigena/ bissexuais/ lésbicas/ trabalhadoras rurais/ deficientes. -Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids nessa população. -Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres: promover a integração com o movimento de mulheres feministas no aperfeiçoamento da política de atenção integral à saúde da mulher. PRÍNCIPIOS E DIRETRIZES DA PNAISM: - O SUS deve estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, as necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. - Fortalecimento da autonomia das mulheres tanto na identificação das suas demandas como na promoção do autocuidado - Importância da humanização + qualidade da assistência → para promovero reconhecimento e respeito dos direitos humanos. PROGRAMAS ASSOCIADOS COM PNAISM: Rede Cegonha: - Visa diminuir a mortalidade materna e na infância até os 2 anos - Qualificar o planejamento e reprodutivo: atenção à gestação, partos e nascimento, pós parto e os primeiros anos de vida. - Atenção humanizada da gravidez e puerpério PNSI LGBT (saúde de mulheres lésbicas): - Tem como objetivo eliminar discriminaçao e preconceito - Contribuir para redução das desigualdades PNAMPE (Política Nacional da atenção às mulheres privadas de liberdade - penitenciárias) - reformular as práticas do sistema prisional, contribuindo a garantia dos direitos das mulheres Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC): Qual o objetivo? Promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. CICLO DA VIDA DA CRIANÇA: Do nascimento até 1 mês de vida - RN De 1 mês a 2 anos – lactente Dos 2 aos 6 anos - pré-escolar Dos 6 aos 10 anos – escolar De 10 a 11 anos – “Pré-adolescente *PNAISC, considera-se: Criança: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 9 (nove) anos; Primeira infância: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. PERÍODO NEONATAL; PÓS-NEONATAL E MORTALIDADE INFANTIL: Período Neonatal: Neonatal precoce – vai de 0 a 7 dias de vida; Neonatal tardio – vai de 7 a 28 dias de vida. Pós- Neonatal – vai de 28 dias até o primeiro aniversário. Mortalidade Infantil – de 0 a 12 meses de idade (menores < 1 ano) – falta de cuidados na gestação e puerpério Mortalidade na infância- menores < 5 anos - falta de cuidados com alimentação, DNPM PRINCÍPIOS DA PNAISC: - Direito à vida e à saúde; - Prioridade absoluta da criança; - Acesso universal à saúde; - Integralidade do cuidado; - Equidade em saúde (diminuir as desigualdades) - Ambiente facilitador à vida; - Humanização da atenção; - Gestão participativa e controle social. DIRETRIZES DA PNAISC: - Gestão interfederativa das ações de saúde da criança; - Organização das ações e serviços na rede de atenção; - Promoção da saúde; - Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família; - Qualificação da força de trabalho do SUS; - Planejamento e desenvolvimento de ações; - Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento; - Monitoramento e avaliação; - Intersetorialidade. 7 EIXOS ESTRATÉGICOS (PNAISC): Os objetivos dos eixos são orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional, considerando os determinantes sociais, garantindo o direito à vida e à saúde, visando à efetivação de medidas que permitem o nascimento e completo desenvolvimento na infância, de forma saudável e harmoniosa, bem como a redução das vulnerabilidades e riscos para o adoecimento e outros agravos, à prevenção das doenças crônicas na vida adulta e da morte prematura de crianças. -Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido -Aleitamento materno e alimentação complementar saudável -Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral -Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas -Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz -Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade (crianças com deficiência; indígenas, negras, quilombolas, do campo, em situação de rua) -Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. AS TRÊS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE, POR FAIXA ETÁRIA: 7 a 27 dias- Mortalidade Neonatal Tardia: - Fatores maternos e perinatais; Prematuridade; Asfixia; Afecções respiratórias; Fatores materno - Malformações congênitas 28 dias a 364 dias de vida- Mortalidade Pós-Neonatal: - Doenças do aparelho respiratório → Pneumonia - Doenças infecciosas e parasitárias → Diarreia / Septicemia - Malformações congênitas e anomalias cromossômicas 1 a 4 anos: - Causas externas → Acidentes de transporte / Afogamento - Doenças do aparelho respiratório → Pneumonia - Doenças infecciosas e parasitárias → Infecção meningocócica / Diarréia e gastroenterite 5 a 9 anos: - Causas externas → Acidentes de transporte / Afogamentos / Agressões - Neoplasias - Doenças infecciosas e parasitárias → Doenças pelo HIV / Infecção meningocócica FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A MORTALIDADE INFANTIL: Escolaridade da mãe baixa; Renda familiar baixa; Idade da mãe quanto mais jovem, maior o risco; Intervalos pequenos entre as gestações; Qualidade dos serviços de saúde; Qualidade do pré-natal. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH): - A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. - A Política de que trata o caput deste artigo visa promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira, contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população, por meio do enfrentamento racional - dos fatores de risco e mediante a facilitação ao acesso, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde. - O reconhecimento de que os homens adentram o sistema de saúde por meio da atenção especializada tem como consequência o agravo da morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o SUS. É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a promoção da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis. - Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, e, sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta pela conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas. - A compreensão das barreiras sócio-culturais e institucionais é importante para a proposição estratégica de medidas que venham a promover o acesso dos homens aos serviços de atenção primária, a fim de resguardar a prevenção e a promoção como eixos necessários e fundamentais de intervenção. Um desafio: aproximar o homem da AB (atenção básica) e ESF - O enfrentamento às DCNT e às violências e causas externas requerem uma boa aproximação dos homens aos serviços de saúde, além de estratégias intersetoriais de promoção de saúde. - A POPULAÇÃO MASCULINA TENDE A ENTRAR NO SISTEMA DE SAÚDE PELO NÍVEL SECUNDÁRIO DE ATENÇÃO. EIXOS PRINCIPAIS PNAISH: - Acesso e acolhimento - Saúde sexual e saúde reprodutiva - Prevenção de violência e acidentes - Doenças prevalentes na população masculina. Para cumprir esses princípios de humanização e da qualidade da atenção integral devem-se considerar os seguintes elementos: 1. Acesso da população masculina aos serviços de saúde hierarquizados nos diferentes níveis de atenção e organizados em rede, possibilitando melhoria do grau de resolutividade dos problemas e acompanhamento do usuário pela equipe de saúde; 2. Articular-se com as diversas áreas do governo com o setor privado e a sociedade, compondo redes de compromisso e co-responsabilidade quanto à saúde e a qualidade de vida da população masculina; 3. Informações e orientação à população masculina, aos familiares e a comunidade sobre a promoção, prevenção e tratamento dos agravos e das enfermidades do homem; 4. Captação precoce da população masculina nas atividades de prevenção primária relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes; 5. Capacitação técnica dos profissionais de saúde para o atendimento do homem; 6. Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos; 7. Estabelecimentode mecanismos de monitoramento e avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos profissionais de saúde, com participação dos usuários; 8. Elaboração e análise dos indicadores que permitam aos gestores monitorar as ações e serviços e avaliar seu impacto, redefinindo as estratégias e/ou atividades que se fizerem necessárias. DIRETRIZES PNAISH: • Entender a Saúde do Homem como um conjunto de ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde, executado nos diferentes níveis de atenção. Deve-se priorizar a atenção básica, com foco na Estratégia de Saúde da Família, porta de entrada do sistema de saúde integral, hierarquizado e regionalizado; • Reforçar a responsabilidade dos três níveis de gestão e do controle social, de acordo com as competências de cada um, garantindo condições para a execução da presente política (organização dos serviços públicos de saúde de modo a acolher e fazer com que o homem sinta-se integrado) • Nortear a prática de saúde pela humanização e a qualidade da assistência a ser prestada, princípios que devem permear todas as ações; • Integrar a execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde; (priorização da atenção básica, com foco na ESF); • Promover a articulação interinstitucional, em especial com o setor Educação, como promotor de novas formas de pensar e agir; (reorganização das ações de saúde, por meio de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem de cuidados) • Reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem de cuidados; • Integrar as entidades da sociedade organizada na co-responsabilidade das ações governamentais pela convicção de que a saúde não é só um dever do Estado, mas uma prerrogativa da cidadania; • Incluir na Educação Permanente dos trabalhadores do SUS temas ligados à Atenção Integral à Saúde do Homem; • Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor monitoramento que permita tomadas racionais de decisão; • Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Objetivo Geral: - É facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde, contribuindo para redução das causas de morbidade e mortalidade e atuação nos aspectos socioculturais. Objetivos específicos PNAISH: - Mudança de paradigma sobre a masculinidade; - Facilitação do acesso aos serviços de saúde; - Organizar, implantar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde do homem, dentro dos princípios que regem o SUS: fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde; formar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à saúde do homem; e promover ações integradas com outras áreas governamentais. - Estimular a implantação e implementação da assistência em saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde: ampliar e qualificar a atenção ao planejamento reprodutivo masculino, inclusive a assistência à infertilidade; estimular a participação e inclusão do homem nas ações de planejamento de sua vida sexual e reprodutiva, enfocando inclusive a paternidade responsável; garantir a oferta da contracepção cirúrgica voluntária masculina nos termos da legislação específica; prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV; incentivar o uso de preservativo; implementar e qualificar pessoal para a atenção às disfunções sexuais masculinas; promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas, negras, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com deficiência, em situação de risco, em situação carcerária, entre outros, desenvolvendo estratégias voltadas para a promoção da equidade para distintos grupos sociais. - Ampliar, através da educação, o acesso dos homens às informações sobre as medidas preventivas contra os agravos e enfermidades que atingem a população masculina:auto-cuidado com sua própria saúde ;promover a parceria com os movimentos sociais e populares, e outras entidades organizadas para divulgação ampla das medidas preventivas Política Nacional da Pessoa Idosa (PNSPI): - A finalidade primordial da PNSPI é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do SUS. É alvo dessa política todo cidadão brasileiro com 60 anos ou + . DIRETRIZES PNSPI: a) Promoção do envelhecimento ativo e saudável; - A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer mantendo a capacidade funcional e a autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde. Perspectiva de ampliar o conceito de “envelhecimento saudável”. b) Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; - foco no usuário, baseado nos seus direitos, necessidades, preferências e habilidades; estabelecimento de fluxos bidirecionais funcionantes, aumentando e facilitando o acesso a todos os níveis de atenção; providos de condições essenciais - infra-estrutura física adequada, insumos e pessoal qualificado para a boa qualidade técnica. c) Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; - As ações intersetoriais visando à integralidade da atenção à saúde da pessoa idosa devem ser promovidas e implementadas, considerando as características e as necessidades locais. - Acessibilidade de espaços públicos, transporte, moradia (porteiro amigo), inclusão social, comunicação e informação, oportunidade de entrar na Universidade na 3 idade, apoio a saúde e cuidado (CRAS, CREAS, cuidado integral). d) Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; e) Estímulo à participação e fortalecimento do controle social; f) Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; g) Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; h) Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa i) Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas: Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas, para aprimorar a qualidade da atenção à pessoa idosa. CENTROS DE APOIO E CUIDADO AO IDOSO: - Centro dia: passam o dia, comem, tomam banho, atividades sociais e vão embora no final do dia - Centro de convivência: realizam atividades de integração social, física, culturais e de instruções. Esses idosos possuem + independência do que os idosos do Centro dia. CADERNETA DA PESSOA IDOSA: - Permite que conheçam formas de prevenir agravos e promover a saúde, bem como saibam identificar as situações em que é necessário procurar ajuda profissional. - Além disso, é também um instrumento estratégico de gestão, permitindo a identificação de pessoas idosas com maior vulnerabilidade ou em processo de fragilização para que sejam direcionadas às ações de recuperação, promoção e de atenção à saúde. Senilidade x Senescência: Senilidade: alterações (afecções, patológico) oriundas do envelhecimento (memória – doença de Alzheimer) Senescência: processo natural do envelhecimento (perda da acuidade visual) O que é mais discutido na PNSPI: - Diretrizes - Estatuto do Idoso - Autonomia do Idoso - Capacidade Funcional - Envelhecimento Ativo - Participação Efetiva na sociedade - Violência contra a Pessoa Idosa POLÍTICAS DE SAÚDE MENTAL E AS RAPS:REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RASP): É destinada às pessoas em sofrimento psíquico ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas no âmbito do SUS. O que é o RASP? É é uma das redes temáticas dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS) - Dispõe sobre a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS. - Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e sua singularidade, sua história, sua cultura e sua vida quotidiana. A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. - Garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade. - Mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade. - Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos. DIRETRIZES RASP: I - respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas; II - promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; III - combate a estigmas e preconceitos; IV - garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; V - atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; VI - diversificação das estratégias de cuidado; VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; VIII - desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; IX - ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares X - organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; XI - promoção de estratégias de educação permanente; e XII - desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. OBJETIVOS DA RAPS: - Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; - Promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção; - Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. COMPONENTES DA RASP: - Atenção Básica em Saúde → UBS, núcleos de apoio à família, consultório de rua, centros de convivência cultural - Atenção psicossocial especializada → Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades; - Atenção de Urgência e emergência → SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde - Atenção residencial de caráter transitório → Unidade de Acolhimento, Serviço de Atenção em Regime Residencial - Atenção hospitalar → Enfermaria especializada em Hospital Geral - Estratégias de Desinstitucionalização → Serviços Residenciais, Terapêuticos, programa de volta para casa (incentivar a socialização como um processo de reabilitação) - Reabilitação psicossocial → Empreendimentos Solidários e Cooperativas Sociais, estimular o convívio social e profissional, faz parte de um processo terapêutico. O QUE É O CAPS: - Os CAPS (centro de atenção psicossocial) se constituem como lugar de referência e tratamento para pessoas com grave sofrimento psíquico, cuja severidade e/ou persistência demandam um cuidado intensivo, incluindo os transtornos relacionados a álcool e drogas e também aos adultos, crianças e adolescentes com sofrimento mental. - CAPS não são unidades de emergência, porém devem acolher todas as situações de crise dos usuários em atendimento no serviço e podem ser acessados diretamente, sem necessitar de encaminhamento das unidades de saúde. FUNÇÃO DO CAPS: - objetivo oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. ORGANIZAÇÃO DO CAPS: Os CAPS atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias; CAPS I: Indicado para municípios com população acima de 20.000 habitantes. CAPS II: Indicado para municípios com população acima de 70.000 habitantes. CAPS III: Funciona 24 horas por dia; indicado para municípios ou regiões com população acima de 200.000 habitantes. CAPS AD III: Serviço com no máximo 12 leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas; indicado para municípios ou regiões com população acima de 150.000 habitantes. CAPS AD IV: Habilitado para tratar surtos agudos. Atenção especializada, destinado a casos graves, funcionando 24 horas nas cenas abertas, com equipe completa, atendendo a emergências psiquiátricas. Terá disponibilidade para acolher e tratar casos novos e já vinculados, sem agendamento prévio e sem qualquer outra barreira de acesso; indicado para municípios com população acima de 500.000 habitantes. CAPS: acima de 200.000 habitantes, deve ficar aberto por 24 horas, para atendimento de porta que visa controlar o surto e busca evitar que o paciente seja institucionalizado. REVISANDO RASP: - Premissa da AUTONOMIA, em oposição ao isolamento. - Participação da Atenção Básica (Ab) no cuidado em saúde mental. - CAPS como atenção secundária/referenciada, mas inseridos na dinâmica territorial e comunitária. - Projeto Terapêutico Singular (PTS) como arranjo principal do trabalho nos CAPS. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PNSPD) : Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência → Instituída por meio da Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002, a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência está voltada para a inclusão das pessoas com deficiência em toda a rede de serviços do SUS e caracteriza-se por reconhecer a necessidade de implementar o processo de respostas às complexas questões que envolvem a atenção à saúde das pessoas com deficiência no Brasil. Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite: -Ressalta o compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo nosso país com equivalência de emenda constitucional. -Cartilha Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência -A proposta do Viver sem Limite é que a convenção aconteça na vida das pessoas, por meio da articulação de políticas governamentais e acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade. Quem são as pessoas com deficiência? Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimento de médio ou longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o que, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. -A Deficiência é uma condição de VULNERABILIDADE devido a exposição cotidiana da pessoa à interação com diversas barreiras que obstruem a sua participação social, em igualdade de condições. -A AUSÊNCIA DE CUIDADOS, NA SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA, é considerada um RISCO SOCIAL por VIOLAÇÃO DE DIREITOS. Ter necessidade de cuidados e não ter acesso a eles violam os direitos da pessoa com deficiência, nesta condição. -Cuidadores familiares sem condições de ofertar cuidados por distintasvulnerabilidades, também ficam expostos à violação de direitos. -Obrigar que um Cuidador sem condições, ofereça cuidados continuados é uma VIOLAÇÃO DE DIREITOS. -A Dependência é também uma dimensão relacional resultante da interação da pessoa com deficiência e as BARREIRAS. HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO COMO PROCESSO : considerando os ciclos de vida (criança, adolescente, adulto e idoso), sexo, cultura e as necessidades de apoios para o desenvolvimento pessoal, reabilitação, proteção cuidados, autonomia, independência e participação social, de distintas politicas; CONSIDERAÇÃO DA NATUREZA DA DEFICIÊNCIA : física, auditiva, visual, mental, intelectual, autismo e múltiplas deficiências; AJUDAS TÉCNICAS NOS AMBIENTES de oferta dos serviços, no domicílio e na comunidade para torná-los ACESSÍVEIS E INCLUSIVOS; APOIO NA SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA, como AJUDA TÉCNICA, para enfrentamento de BARREIRAS: Atendente Pessoal, Acompanhante, Profissional de Apoio Escolar, Cuidadores Sociais SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA CONSIDERADA RISCO POR DIREITOS VIOLADOS : apoios nas atividades básicas de vida diária e nas atividades instrumentais de participação social; CUIDADORES FAMILIARES COM DIREITO A CUIDADOS E APOIO: para ampliar a capacidade de cuidados e de proteção da família. DIRETRIZES: São diretrizes da Política Nacional de Saúde da pessoa com deficiência - Promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência; - Assistência integral à saúde da pessoa com deficiência; - Prevenção de deficiências; - Ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação; - Organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa com deficiência; - Capacitação de recursos humanos. Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: No SUS, parte da necessidade de ampliar, qualificar e diversificar as estratégias para a atenção às pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual, visual e múltiplas deficiências, por meio de uma rede de serviços integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para atender às pessoas com deficiência, assim como iniciar precocemente as ações de reabilitação e de prevenção precoce de incapacidades. *O funcionamento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência se fundamenta nas seguintes diretrizes: I - Respeito aos direitos humanos, com garantia de autonomia, independência e de liberdade às pessoas com deficiência para fazerem as próprias escolhas; II - Promoção da equidade; III - Promoção do respeito às diferenças e aceitação de pessoas com deficiência, com enfrentamento de estigmas e preconceitos; IV - Garantia de acesso e de qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; V - Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; VI - Diversificação das estratégias de cuidado; VII - Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; VIII- Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares; IX - Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; X - Promoção de estratégias de educação permanente; XI - Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual, visual, estomia e múltiplas deficiências, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular (PTS) XII- Desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação tecnológica em reabilitação, articuladas às ações do Centro Nacional em Tecnologia. Objetivos da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: I - Ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva ou estável; intermitente ou contínua no SUS; II - Promover a vinculação das pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual, estomia e com múltiplas deficiências e suas famílias aos pontos de atenção; III - Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento e classificação de risco. Reabilitação de pessoas com deficiência: - A habilitação/reabilitação da pessoa com deficiência compreende um conjunto de medidas, ações e serviços orientados a desenvolver ou ampliar a capacidade funcional e desempenho dos indivíduos. - Prevê uma abordagem interdisciplinar e o envolvimento direto de profissionais, cuidadores e familiares nos processos de cuidado. - Realizados nos Serviços Especializados em Reabilitação, como Centros Especializados em Reabilitação (CER) Centros Especializados em Reabilitação (CER): -É ponto de atenção ambulatorial especializado em reabilitação que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se em referência para a rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência no território. Equipe é composta por: Assistentes Sociais; Enfermeiros; Fisioterapeutas; Fonoaudiólogos; Médicos; Psicólogos; Terapeutas Ocupacionais, entre outros; Organização do CER: (serviços → auditiva, física, intelectual, visual) - CER II - composto por dois serviços de reabilitação habilitados; - CER III - composto por três serviços de reabilitação habilitados; - CER IV - composto por quatro ou mais serviços de reabilitação habilitados; - Os CERs são pontos de referência para a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência e têm a finalidade de realizar diagnósticos e tratamentos de pessoas com deficiência, além de promover a adaptação e a manutenção de tecnologia assistiva, sendo a reabilitação/habilitação realizada de forma interdisciplinar e com o envolvimento direto de profissionais, cuidadores e familiares nos processos de cuidado, esse acompanhamento acontece a partir das necessidades de cada indivíduo, considerando o impacto da deficiência sobre sua funcionalidade, bem como, os fatores clínicos, emocionais, ambientais e sociais envolvidos. - Realizada a triagem inicial com objetivo de elaborar um plano terapêutico singular (PTS) que promova uma melhor qualidade de vida. REVISANDO: Pontos Principais PNS Pessoa com Deficiência -Diretrizes - CERs (tipo e objetivos) – Rede de assistência - Ações Intersetoriais - Autonomia e Inclusão - Reabilitação - Programa Viver sem limites VIGILÂNCIA EM SAÚDE : -A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. Quais são os componentes da vigilância em saúde? São as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo-se constituir em espaço de articulação de conhecimentos e técnicas. O conceito de vigilância em saúde inclui: a vigilância e o controle das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária. Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador: - Vigilância em saúde ambiental→ visa ao conhecimento e à detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do ambiente que interferiram na saúde humana; recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de risco, relacionados às doenças e outros agravos à saúde, prioritariamente a vigilância da qualidade da água para consumo humano, ar 20 e solo; desastres de origem natural, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos, fatores físicos, e ambiente de trabalho. - Vigilância em saúde do trabalhador → caracteriza-se por ser um conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitaçãoda saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Vigilância Sanitária: - É um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na prestação de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde. - Cuidado integral com a saúde das pessoas por meio da promoção da saúde. - Essa política objetiva promover a qualidade de vida, empoderando a população para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais. - Ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável. Vigilância Epidemiológica: É um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de se recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados; divulgação das informações; investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos;e recomendações e promoção das medidas de controle indicadas. Emergência em Saúde Pública: Para o enfrentamento das emergências em saúde pública nas diferentes esferas de gestão, o sistema de saúde conta com uma rede integrada de unidades de alerta e resposta, denominada Rede de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública (Rede Cievs), e tem como objetivo a detecção das emergências, a avaliação contínua de problemas que possam constituir emergências de saúde pública e o gerenciamento, coordenação e apoio às respostas desenvolvidas nas situações de emergência. O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, dentro do seu campo de competência, detecta emergências em saúde pública e define ações de intervenção, por intermédio de: I – Rede de Comunicação em Visa (RCvisa), que notifica surtos relacionados a alimentos; II – Farmácias Notificadoras, que comunicam eventos adversos e queixas técnicas em relação ao consumo de medicamentos; III – Hospitais-sentinela, que comunicam eventos adversos e queixas técnicas relacionados a produtos e equipamentos de saúde; IV – Notivisa, que notifica eventos adversos e queixas técnicas relacionados com os produtos sob vigilância sanitária, quais sejam: a) medicamentos, vacinas e imunoglobulinas; b) artigos médico-hospitalares; c) equipamento médico-hospitalar; d) sangue e componentes; e) agrotóxicos; V – Centro de Informações Toxicológicas, que notifica intoxicações e envenenamentos; VI – postos da Anvisa em portos, aeroportos e fronteiras, que notificam eventos relacionados a viajantes, meios de transporte e produtos; VII – Rede Nacional de Investigação de Surtos em Serviços de Saúde (RENISS), com estrutura técnico operacional para investigar e interromper surtos em serviços de saúde.
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