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CENTRO UNIVERSITARIO DO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL A EJA COMO DIREITO HUMANO UNIVERSAL A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EJA Disciplina: Educação de Jovens e Adultos Aluno: Renata Santos Silva da Costa Professor: Dilmar Rodrigues da Silva Júnior CAXIAS-MA 2020 O EJA COMO DIREITO HUMANO UNIVERSAL A Educação de Adultos deve ser entendida como elemento essencial na superação da pobreza e da exclusão social: “a exclusão social não significa apenas a exclusão das oportunidades de aprendizagem, mas também a negação dos conhecimentos das pessoas” Crianças, jovens e adultos podem aprender juntos muitas coisas. A idade não é o único critério para organizar as aprendizagens. A Educação de Adultos é reconhecida pela UNESCO como direito humano, estando ela implícita no direito à educação, reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, a começar pelo primeiro nível que é o da alfabetização. De fato, a alfabetização é a base para a aprendizagem ao longo da vida. Nenhuma educação é possível sem a habilidade da leitura e da escrita. A Educação de Adultos é o espaço da diversidade e de múltiplas vivências, de relações intergeracionais, de diálogo entre saberes e culturas. Ao lado da diversidade está também a desigualdade que atinge a todos, sobretudo num país injusto como a nossa: negros, brancos, indígenas, amarelos, mestiços, homens, mulheres, jovens, adultos, idosos, quilombolas, ribeirinhos, pescadores, agricultores, pantaneiros, camponeses, sem terra, sem teto, sem emprego... das periferias urbanas e dos campos. A diversidade pode ser considerada como uma grande riqueza, mas a desigualdade social e econômica é a nossa pobreza maior. O mapa do analfabetismo é o mesmo mapa da pobreza, onde falta tudo, não só acesso à educação. A Educação de Adultos deve ser também uma educação em direitos humanos. Para isso, é fundamental que os conteúdos, os materiais e as metodologias utilizadas levem em conta esses direitos, e os programas propiciem um ambiente capaz de vivenciá-los. Por isso, a luta pelo direito à educação não está separada da luta pelos demais direitos. E não basta oferecer um programa de Educação de Adultos. É preciso oferecer condições de aprendizagem, transporte, locais adequados, materiais apropriados, muita convivência e também bolsas de estudo. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EJA Pensar na formação do professor de jovens e adultos, no atual contexto socioeconômico, político e cultural, exige uma avaliação e uma revisão da prática educativa e da formação inicial e continuada desses educadores, principalmente se considerarmos as especificidades e particularidades dos sujeitos-alunos-trabalhadores. Os educadores que se comprometem com a Educação de Jovens e Adultos, têm que possuir consciência da necessidade de buscar mecanismos, métodos e teorias que estimulem o público alvo a não abandonar a sala de aula, ou seja, o professor é o estimulador, o mediador de seus alunos. Atualmente, através da formação continuada, ocorre o acesso de muitos professores ao nível de pós-graduação com formação voltada justamente à educação de jovens e adultos, o que tem contribuído de forma considerável para a formação e o preparo do profissional nessa área de ensino. A formação continuada do professor permite que o mesmo reflita sobre suas ações e repense a sua prática, com a elaboração de planos e/ou projetos que possam aprimorar a sua prática educativa. Alfabetizar jovens e adultos é uma ação que exige compromisso, envolve também a afetividade, o gosto e a responsabilidade, é peculiar e nem sempre se dá da mesma forma como se alfabetiza uma criança na infância. O professor alfabetizador deve partir dor princípios de ação-reflexão-ação e deve estar aliado à formação continuada. É fundamental que o professor da EJA tenha a consciência da valorização do outro, é importante valorizar o conhecimento que este aluno possui, pois durante toda a vida o aluno adquire um vasto conhecimento do senso comum, daí a importância da valorização de suas experiências de vida, é claro sem se limitar a ele. É muito importante também que o professor conheça a realidade de seus alunos, seu cotidiano, suas vivências, que servirão de conteúdos a serem trabalhados. A prática da ação-reflexão-ação permite ao professor lançar estratégias para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Ao observar turmas da EJA é comum perceber que os professores regentes em tais turmas são geralmente professores experientes que despertam a confiança em seus alunos, e que acreditam na educação como foco de mudança.