Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA AULA 4 ABERTURA Olá! Nosso crânio é dividido em duas partes: neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio envolve e protege o encéfalo. É composto pelos ossos que serão apresentados ao longo dos estudos. Esses ossos cranianos compõem a cavidade do crânio, uma forma de câmara que é preenchida por líquido cefalorraquidiano (LCR), que amortece e sustenta o encéfalo. Também presentes no neurocrânio estão as suturas e as fontanelas cranianas, responsáveis por alguns movimentos vitais ao nosso desenvolvimento e crescimento. Nesta aula, você conhecerá os ossos e as estruturas que compreendem esse sistema. Bons estudos. Sistema Esquelético: Neurocrânio REFERENCIAL TEÓRICO A cabeça é formada pelo crânio, face, escalpo, dentes, encéfalo, nervos cranianos, meninges, órgãos dos sentidos especiais, vasos sanguíneos, linfáticos e gordura. É também no crânio o local onde o alimento é mastigado e ingerido, e também onde o ar é inspirado e expirado. Os ossos da cabeça são divididos em duas partes: o viscerocrâneo (esqueleto da face) e o neurocrânio. O teto do crânio é chamado de calvaria, e tem formato de uma abóboda. Já seu assoalho, ou base do crânio, é composto pelo osso esfenoide e partes do osso occipital e temporal. Faça a leitura do capítulo "Sistema Esquelético: Esqueleto Axial - Neurocrânio", da obra Anatomia, base teórica desta aula no qual você conhecerá o neurocrânio e as estruturas que o formam. Ao final, será capaz de: • Identificar os principais músculos apendiculares do corpo. • Localizar as origens e inserções dos músculos apendiculares. • Identificar a inervação dos músculos apendiculares. Boa leitura! Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identi� car os ossos que compõem o neurocrânio. Reconhecer as características principais de cada osso do neurocrânio e suas relações articulares. Nomear as suturas e as fontanelas do neurocrânio. Introdução Dos 22 ossos que compõem o nosso crânio, oito formam a caixa craniana, protegendo nosso cérebro e demais estruturas de grande importância. Outros catorze ossos estão associados à nossa face. O crânio humano é dividido em duas partes: viscerocrânio e neu- rocrânio, que envolve e protege o encéfalo e é composto pelos ossos que serão apresentados ao longo deste capítulo. Esses ossos cranianos compõem a cavidade do crânio, uma forma de câmara que é pre- enchida por líquido cerebrospinal (LCS), que amortece e sustenta o encéfalo. Também presentes no neurocrânio estão as suturas e as fon- tanelas cranianas, responsáveis por alguns movimentos vitais ao nosso desenvolvimento e crescimento. Neste capítulo, você vai conhecer os ossos e as estruturas que com- põem esse sistema. Esqueleto axial: neurocrânio Para concentrar-se nos estudos sobre o neurocrânio, é importante considerar o crânio (Figuras 1, 2 e 3), parte do corpo humano em que ocorrem processos como, por exemplo, mastigação, ingestão, inspiração e expiração. Crânio, face, escalpo, dentes, encéfalo, nervos cranianos, meninges, órgãos dos sentidos especiais, vasos sanguíneos, linfáticos e gordura compõem, em conjunto, a cabeça, cujos ossos são divididos em duas partes, o neurocrânio e o viscerocrâneo (esqueleto da face). O teto do crânio é chamado de calvaria e tem formato de uma abóboda. A base, ou assoalho, do crânio é composta pelo osso esfenoide e por porções do osso occipital e do osso temporal. Figura 1. Vista anterior do crânio. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 138). Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio54 Figura 2. Vista lateral do crânio. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 137). Figura 3. (a) Vista medial do crânio; (b) secção sagital. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 141, 149). 55Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Neurocrânio As meninges, o encéfalo, as partes proximais dos nervos cranianos e também os vasos sanguíneos são protegidos pelo neurocrânio, que fornece um invólucro para eles. O neurocrânio é formado por oito ossos planos e irregulares ligeira- mente ligados entre si por suturas, formando a cavidade onde fi ca abrigado o encéfalo. Desses oito ossos, dois são pares e quatro são ímpares: ossos temporais (2), ossos parietais (2), osso frontal (1), osso occipital (1), osso esfenoide (1) e osso etmoide (1). A seguir, você verá um pouco sobre cada um deles. Frontal O osso frontal é reconhecido por sua forma larga ou chata, situa-se para frente e para cima do crânio e se divide em duas partes: uma vertical, chamada de escama, e uma horizontal, chamada de tectos das cavidades orbitais e nasais. Escama Sua face externa é convexa e nela se localizam as seguintes estruturas: borda supraorbital; túber frontal: 3 cm acima da borda supraorbital; arcos superciliares: saliências que se estendem lateralmente à glabela; glabela: entre os dois arcos superciliares; sutura metópica: encontrada em alguns casos raros, localiza-se logo acima da glabela, estendendo-se até o bregma pela linha sagital me- diana. Na infância, essa sutura segmenta o osso em duas partes e pode tornar-se fixa; incisura ou forame supraorbital: possibilita a passagem de vasos e nervos supraorbitais; incisura nasal: intervalo áspero e irregular; espinha nasal: situada no centro e anteriormente à incisura nasal. Em sua face interna se encontram as seguintes estruturas: crista frontal; forame cego: localizado na terminação da crista frontal, é onde a dura- -máter se insere. Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio56 Tectos das cavidades orbitais e nasais Essas estruturas constituem o teto da órbita, a incisura etmoidal, que divide as duas lâminas orbitais, e os óstios do seio frontal, localizados anteriormente à incisura etmoidal. O osso frontal (Figuras 4 e 5) se articula com os seguintes doze ossos: um esfenoide, um etmoide, dois parietais, dois nasais, dois maxilares, dois lacrimais e dois zigomáticos. Figura 4. Osso frontal: (a) vista anterior; (b) vista inferior. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 144). 57Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Occipital É um osso perfurado pelo forame magno, uma abertura grande e oval. É por meio dele que a cavidade craniana se comunica com o canal vertebral. Divide-se em duas partes: a escamosa e a basilar. O occipital (Figuras 5[a] e [b]) se articula com seis ossos: dois parietais, dois temporais, esfenoide e atlas. Porção escamosa É uma lâmina encurvada que se expande posteriormente ao forame occipital e é composta por face externa, posterior e convexa e formada pelas seguintes estruturas: protuberância occipital externa: fica entre o ápice do osso e o forame magno; crista occipital externa; linha occipital (nucal) suprema: é onde a gálea aponeurótica se insere; situa-se lateralmente à protuberância occipital externa; linha occipital (nucal) superior: fica abaixo da linha nucal suprema; linha occipital (nucal) inferior: situa-se logo abaixo da linha nucal superior. Já sua face interna se apresenta anteriormente ao forame occipital. É formada pelas seguintes estruturas: eminência cruciforme: segmenta a face interna em quatro fossas; protuberância occipital interna: região de intersecção das quatro divisões; sulco sagital: abriga a parte posterior do seio sagital superior; crista occipital interna: parte inferior da eminência cruciforme; sulco do seio transverso: encontra-se lateralmente à protuberância occipital interna; fossas occipitais superiores (cerebrais); fossas occipitais inferiores (cerebelares). Porção basilar Situa-se anteriormente ao forame occipital e apresenta forma espessa. Abriga o forame magno, uma abertura oval grande que permite o acesso à medula oblonga Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio58 (tronco encefálico e bulbo) e às meninges, ao liquor,aos nervos, às artérias, às veias e aos ligamentos. Sua face lateral abrange as seguintes estruturas: côndilos occipitais: apresentam forma oval e se articulam com a 1ª vértebra cervical; canal do hipoglosso: pequena cavidade na base do côndilo occipital que permite que o nervo do hipoglosso (12º par craniano) saia e que um ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente entre; canal condilar: ao lado do forame magno, permite a passagem das veias; processo jugular: situa-se lateralmente ao côndilo occipital. Figura 5. Occipital: (a) vista externa, (b) vista interna. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 143). 59Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Esfenoide Osso ímpar e irregular, situado anteriormente aos temporais e à porção basilar do osso occipital, na base do crânio. Ele é dividido em corpo, duas asas menores, duas asas maiores e dois processos pterigoideos (Figura 7). Corpo Face superior: ■ fossa hipofisária; ■ processos clinoides médios e posteriores; ■ espinha etmoidal: articula-se com a lâmina crivosa do osso etmoide; ■ sela túrcica: aloja a hipófise; ■ clivo: serve como apoio da porção superior da ponte. Face anterior: ■ crista esfenoidal: é parte do septo do nariz; ■ seio esfenoidal: cavidades cheias de ar (osso pneumático) cuja função é deixar o crânio mais leve e que raramente apresentam simetria. Face inferior: ■ rostro esfenoidal: espinha triangular na linha mediana; ■ processo vaginal: um de cada lado do rostro esfenoidal. Face lateral: ■ sulco carotídeo: sulco em forma de “S”; ■ língula: crista óssea no ângulo entre o corpo e a asa maior. Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio60 Asas menores Canal óptico: passagem do nervo óptico (2º par craniano) e da artéria oftálmica; Processo clinoide anterior. Asas maiores Forame redondo: local de passagem do nervo maxilar (5º par craniano – nervo trigêmeo); Forame oval: local de passagem do nervo mandibular (5º par craniano – nervo trigêmeo) e da artéria meníngea acessória; Forame espinhoso: local de passagem de vasos meníngeos médios e de um ramo do nervo mandibular; Espinha esfenoidal; Face temporal; Face orbital. Processos pterigoideos Lâmina pterigoidea medial; Lâmina pterigoidea lateral; Fossa pterigoidea; Incisura pterigoidea: localizada entre as duas lâminas. Entre as asas menores e maiores Fissura orbitária superior ou fenda esfenoidal: local de acesso do nervo oculomotor (3º par craniano), nervo troclear (4º par craniano), ramo oftálmico do nervo trigêmeo (5º par craniano) e nervo abducente (6º par craniano). 61Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Figura 6. Esfenoide: vista anterior. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 147). Etmoide O etmoide (Figuras 7[a] e [b]) é um osso que se caracteriza por ser ímpar, irregular, esponjoso, leve e que se encontra na parte anterior do crânio. Articula- -se com treze ossos: o frontal, o esfenoide, dois nasais, dois lacrimais, dois maxilares, dois palatinos, duas conchas nasais inferiores e o vômer. Apresenta quatro partes: uma lâmina horizontal (crivosa), uma lâmina perpendicular e duas massas laterais (labirintos). Lâmina horizontal (crivosa) Crista galli: processo triangular na linha mediana; Forames olfatórios: localiza-se ao lado da crista galli e dá passagem aos nervos olfatórios. Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio62 Lâmina perpendicular Lâmina achatada que forma a parede mediana do septo nasal. Massas laterais (labirinto) Processo uncinado; Concha nasal superior; Concha nasal média. Figura 7. Etmoide: vista superior (a), vista lateral (b). Fonte: Vanputte et al. (2016, p. 208). 63Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Temporal O osso temporal (Figura 8) é um osso par, extremamente complexo e importante porque o aparelho auditivo se situa no seu interior. Vincula-se a cinco ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenoide e mandíbula. Divide-se em 3 partes: escamosa, timpânica e petrosa. Parte escamosa Processo zigomático: longo arco que se projeta da parte inferior da escama; Fossa mandibular: vincula-se ao côndilo da mandíbula. Parte timpânica Meato acústico externo. Parte petrosa (pirâmide) Processo estiloide: espinha aguda localizada na face inferior do osso temporal; Processo mastoide: projeção crônica que pode variar de tamanho e forma; Meato acústico interno: local que dá passagem aos nervos facial, acústico e intermediário e ao ramo auditivo interno da artéria basilar; Forame estilomastoideo: localiza-se entre o processo mastoide e o processo estiloide; Canal carótico: local que dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso carotídeo; Fossa jugular: local que aloja o bulbo da veia jugular interna. Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio64 Figura 8. Temporal: divisões. Fonte: Vanputte et al. (2016, p. 205). Parietal O osso parietal (Figura 9) constitui o tecto, ou teto, do crânio. É um osso par, de forma achatada, que apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos. 65Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Faces Face externa: é convexa, lisa e lateral; Face interna: é côncava e medial e tem sulcos anteriores que corres- pondem aos ramos da artéria meníngea média. Bordas Borda superior, sagital e parietal; Borda anterior, frontal e coronal; Borda posterior, occipital e lambdóidea; Borda inferior, escamosa e temporal. Ângulos Ângulo frontal; Ângulo esfenoidal; Ângulo mastóideo; Ângulo occipital. Figura 9. Parietal: vista externa. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 143). Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio66 Fontanelas e suturas cranianas Fontanelas Os ossos do crânio se consolidam na idade adulta, formando a completa proteção para o encéfalo. Esses processos de articulações ou uniões do crânio são chamados de suturas e fazem parte da classe das articulações chamadas de articulações fi brosas, que são imóveis no adulto e denominadas sinartrodiais. Quando uma criança nasce, a ossificação da caixa craniana está incompleta e as suturas são espaços cobertos por membranas que se preenchem logo após o nascimento. Algumas regiões sofrem mais lentamente esse processo, formando as fontanelas. Em geral, as suturas cranianas não se fecham por completo antes do 12º ou 13º ano, e algumas podem não se fechar completamente até a idade adulta. Porém, deve-se ter em mente que isso não representa um critério real de idade. A seguir, são apresentadas as denominações das fontanelas na criança e suas respectivas denominações na vida adulta: fontanela anterior: bregma; fontanela posterior: lambda; fontanelas laterais: ptérios; fontanela mastoidea: astério. Fontanelas são chamadas comumente de “moleiras”. Primeiramente, temos as fontanelas; na idade adulta, formam-se as suturas, pois as fontanelas já se fecharam e, do encontro dos ossos, sugiram as suturas. Suturas cranianas As suturas cranianas (Figuras 10 e 11) fi cam na parte superior do crânio, denominada cúpula do crânio ou calvaria. São articulações que permitem uma mínima mobilidade aos ossos cranianos e são denominadas: Sutura coronal ou bregmática: localizada entre os ossos frontal e parietais; Sutura sagital: localizada entre os dois ossos parietais (linha sagital mediana); Sutura lambdoide: localizada entre os parietais e o occipital; Sutura escamosa: localizada entre o parietal e o temporal. 67Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Figura 10. Vista superior do crânio de um recém-nascido. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 159). Exemplos de pontos antropométricos do crânio: Bregma: ponto de união das suturas sagital e coronal; Lambda: ponto de união das suturas sagital e lambdoide; Vértex: porção mais alta do crânio; Gônio: ângulo da mandíbula; Ptério:ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenoide e temporal. Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio68 Figura 11. Vista superior do crânio e as suturas cranianas. Fonte: Adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 136). 69Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio Sistema esquelético: esqueleto axial – neurocrânio70 MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Leituras recomendadas AULA DE ANATOMIA. Novo Hamburgo, 2015. Disponível em: <https://www.auladea- natomia.com/novosite/>. Acesso em: 25 out. 2017. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. PORTFÓLIO ATIVIDADE Você faz parte da equipe de saúde de um hospital que atendeu um paciente do sexo masculino, caucasiano, 12 anos de idade, com antecedentes familiares de enxaqueca. Ao ler seu histórico médico, constatou crescimento cefálico regular (percentil 50) e desenvolvimento psicomotor adequado à idade. Aos quatro meses foi notada configuração craniana anormal, com fronte proeminente e diâmetro biparietal reduzido, que foi se acentuando ao longo do primeiro ano de vida. Você solicitou, então, uma radiografia do crânio, que mostrava encerramento da sutura sagital e padrão de “chapa batida”. Discutiu com os pais dele a possibilidade de intervenção cirúrgica, que acabou por ser protelada, uma vez que, nessa altura, estava em causa a questão estética, encontrando-se a criança assintomática. Conforme o histórico do paciente, aos cinco anos de idade iniciou queixas de cefaleias intensas, associadas a fotofobia, fonofobia e vômitos, de predomínio vespertino, com uma frequência quase semanal. Foram solicitadas, na época, avaliações neurológica e oftalmológica, que não mostraram alterações. Considerou-se a hipótese de enxaqueca juvenil sendo medicado com propranolol. Contudo, houve agravamento progressivo da sintomatologia, e entre os oito e os nove anos desenvolveu comportamento hipercinético, déficit de atenção com insucesso escolar, baixa autoestima e agressividade, sendo ridicularizado, com frequência, pelos colegas, devido à sua conformação craniana alterada. Radiologicamente era notório o aumento do padrão de “chapa batida”. Perante a existência de hipertensão intracraniana e a evolução clínica desfavorável com grande repercussão familiar, aos 12 anos, foi submetido a intervenção cirúrgica. Cerca de seis meses após a intervenção verificou-se uma melhoria franca das cefaleias, das dificuldades escolares e das alterações do comportamento, com recuperação do pulso venoso espontâneo (OE), aumento das neosuturas e desaparecimento do padrão de “chapa batida” na radiografia do crânio. Para auxiliar os pais do paciente a compreender seu caso clínico, responda: 1 - Com base nesses dados, qual patologia craniana o paciente em questão apresenta e o qual o seu significado? 2 - Quais pontos do neurocrânio são afetados por essa patologia e de que forma? 3 - Como essa patologia pode ser classificada? O que muda de uma classificação para outra? PESQUISA AUTOESTUDO Crânio – ossos, forames, suturas e acidentes O seguinte vídeo apresenta a anatomia e a descrição dos ossos do crânio e seus forames. Acesse https://www.youtube.com/watch?v=71pg3T6K__g N
Compartilhar