Buscar

Pichação word

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE UNISÃOMIGUEL
PSICOLOGIA
RAFAELA AZEVEDO
TALITA CARVALHAL
JULIANA RIOS
LUIZ FIGUEIREDO
A PICHAÇÃO COMO FENÔMENO SOCIOAMBIENTAL
Recife
2022
A pichação como fenômeno socioambiental
Os primeiros grafites ou pichação surgiram no império romano e possuíam características de manifestação. O termo grafite surgiu a partir da palrava graffiti é o plural de graffito, que, em italiano, significa rabisco.
O primeiro ato de pichação no brasil ocorre durante a ditadura militar onde manifestantes universitários picharam a tão famosa frase; abaixo a ditadura militar. Os estudantes usavam a pichação para expressar revolta contra o regime militar e as repressões que sofriam. O que não se difere muito dos dias atuais onde pode a pichação ainda é utilizada como meio para expressar a revolta da população contra o atual governo, podemos notar inúmeras palavras de ordem e manifestações em muros e locais urbanos. Manifestações essas contra racismo, homofobia, violência policial, repudio a atos governamentais etc. 
O piche e o grafite são utilizados como expressão artística, como ato de dar voz ao povo, expressar insatisfação, denunciar atos criminoso do governo e até mesmo apoiar pautas importantes como o movimento feminista e LGBT por exemplo. O movimento foi ganhando força através do hip hop e do rap. 
No brasil existe uma diferenciação entre grafite e pichação, o que não ocorre nos outros países. As principais características que os diferem estão relacionadas as cores, desenhos e as letras. Enquanto o grafite tem enfoque nos desenhos e nas cores, a pichação foca nas letras, nas frases e geralmente são pretas. 
O ato de pichar é considerado crime no Brasil segundo a lei 9.605/98 art.65 e fazem partes dos crimes contra ordenamento urbano, patrimônio cultural e meio ambiente, possui pena prevista variando de 03 meses a 01 ano. Porém o grafite não é considerado crime desde que feita com objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística e que aja aprovação para fazê-lo. 
Tendo a sua origem na década de 60, as pichações eram nascidas nos meios universitários com forte embasamento político e desde sempre demandavam agilidade devido as repressões policias, inicialmente conhecida como “Street Art Brasileira” as mesmas possuíam viés político. As pichações são preferivelmente expostas em bairros que possuem maiores poderes aquisitivos e que fazem parte do centro da cidade ou que estão próximos, os responsáveis pelas “pichações” os “pichadores” revelam que o seu codinome e seus atos são significados de ato de revolta, ato de protesto e que de certa maneira de intimidação também. Dialetos esses nascidos dentro das comunidades que dão lugar de destaque dentro das periferias que de acordo com a sua ousadia lhes oferecem “patentes” dentro desse grupo social, a quem diga que durante a criação do seu “nome” o mesmo busca a sua originalidade de tal maneira que mais impressione, ou seja existe um processo criativos, e que inicialmente aqui no Brasil durante década de 80 tinham como inspiração o Rock, as capas dos discos com letras nada comum para sua época, alguns dizem se inspirar na runas anglo saxônicas que são os primeiros dialetos de Bárbaros para Bárbaros dos movimentos brasileiros. Estes grupos podem ser divididos por aqueles que apenas picham muros, janelas, prédios e/ou escaladas, existe uma comunicação fechada deste grupo, desta forma como falado anteriormente a pichação tem não como objetivo direto a “violência”, mas trata-se de algo bastante estigmatizado devido a conter atos que fogem das regras do nosso convívio social, como arrombamentos, invasão de áreas privadas, depredação de bens públicos, além de ser originalizado em locais desassistidos pelo estado. A pichação possui três motivadores o primeiro é o protesto o qual acreditam lhes dar o direito de voz, a possibilidade de ser notado onde não teria voz e nem vez sem considerar muitas vezes o risco a ser corrido. O reconhecimento social que surge e que não se limita a sua comunidade, mas também aos bairros vizinhos o tornando destaque em meio a estes grupos. Além de tê-lo como uma atividade de lazer ligada a adrenalina o quanto mais arriscado for, mais prazerosa se torna está atividade.
A pichação trás para as relações urbanas o que se encontra esquecido na estrutura social, evidenciando o que fica a margem. Essa manifestação cria uma identidade que vai além do periférico, passando a ser a própria inscrição para os mais diversos espaços excludentes. Pichar uma propriedade considerada privada ou um espaço coletivo, seja uma forma de revoltar-se contra sua condição de subsistência e, ao mesmo tempo, afirmar-se como pertencente a um determinado grupo e a uma cultura periférica. Os pichadores inserem-se na paisagem urbana como forma de ressignificar a cidade, principalmente nas cidades grandes e médias. “Não é por acaso que a pichação surge e se intensifica nos grandes centros urbanos, mesmo nos países menos desenvolvidos. A pichação aparece como uma das formas mais suaves de dar vazão ao descontentamento e à falta de expectativa” (Gitahy, 1999, p.24). 
Nas ruas, atualmente, não é diferente. A pichação é essencialmente a assinatura de um grupo de pichadores. Cada grupo possui uma característica em específico e que acaba desenvolvendo uma identidade que lhe difere do outro, muitas vezes, criando rivalidade entre si. Ao demarcar o território primeiro que os oponentes, exercem territorialidade sobre aquela devida área como demonstração de poder/conquista. Em outros centros urbanos, como Barcelona, Nova York e Berlim, é passível de multa, que chega a 7 mil euros. Já no Brasil é considerado crime e pode levar a cadeia. Existe uma diferença: pichação com "CH" que pode ser qualquer rabisco feito em propriedades sem autorização, já pichação com "X" é reconhecida por ser uma “dinâmica social" estabelecida há anos é um estilo de letra especifico, o tag reto e de forma pontiaguda. mas pelo que percebo os pichadores não buscam reconhecimento, eles preferem a adrenalina, o risco, a rivalidade entre as pichações. O grafite e a pichação "estão para o texto assim como o grito está para a voz", disse o poeta curitibano Paulo Leminski (1944-1989), que usava o spray como faceta da poesia marginal. Na escola, a pichação costuma começar na carteira, no banheiro, nas paredes. "Ali o jovem sente a primeira repressão", destaca Mauro Neri, pichador, grafiteiro e ativista, que ganhou notoriedade com sua prisão em São Paulo após restaurar um grafite. Tendo em vista que pichação é considerada essencialmente transgressiva, predatória, visualmente agressiva, contribuindo para a degradação da paisagem, vandalismo desprovido de valor artístico ou comunicativo.
Referências: 
Pichação abaixo a ditatura. memorias da ditadura. Disponível em: <https://memoriasdaditadura.org.br/obras/pichacao-abaixo-ditadura-1968/#:~:text=O%20primeiro%20registro%20de%20picha%C3%A7%C3%A3o,de%20Maio%20de%2068%20franc%C3%AAs>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2022. 
MENDES, Caio. Jus Brasil. Pichação é crime? Disponível em: 
<https://csmadvocaciacriminal.jusbrasil.com.br/artigos/742193932/pichacao-e-crime>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2022.
Dicionário etimológico. Etimologia e origem das palavras. Disponível em: 
< https://www.dicionarioetimologico.com.br/grafite/ >. Acesso em: 24 de fevereiro de 2022. 
Pichadores de rua, territorialidades urbanas em conflito: territórios (in)visíveis de Goiânia. Disponível em: 
< https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7993/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Jos%c3%a9%20Renato%20Masson%20-%202005.pdf> Acesso em: 09 de março de 2022. 
A pichação como fenômeno socioambiental na cidade de Manaus. Disponível em: 
< https://docs.google.com/file/d/0B4Jn7OJ2uC_nU1NxTnNxSTM0YTQ/edit?resourcekey=0-x6YRdpc3Ju8aPcziBQF6Wg > Acesso em: 13 de março de 2022
Nova escola. Pichação é vandalismo? Disponível em: 
< https://novaescola.org.br/conteudo/8759/pixacao-e-vandalismo > Acesso em: 13 de março de 2022
2

Outros materiais