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GRAMÁTICA
A SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES – PARTE I
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR(A): Isabel Lopes
DIAGRAMADOR: Clenio Da Mata
CAPA: Washington Nunes Chaves
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode 
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autorais e do editor.
© 05/2019
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BRUNO PILASTRE
Doutor em Linguística (teoria e análise grama-
tical) pela Universidade de Brasília. Atua na 
área de Concursos Públicos desde 2009, prin-
cipalmente na elaboração de materiais didáti-
cos. É autor das obras “Guia Prático de Língua 
Portuguesa” e “Guia de Redação Discursiva 
para Concursos”, ambas editadas pela editora 
Gran Cursos.
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A Sintaxe do Período Simples – Parte I
Prof. Bruno Pilastre 
1. Sujeito ..................................................................................................5
1.1 O Sujeito Determinado Simples ...............................................................8
1.2 O Sujeito Determinado Composto ............................................................9
1.3 O Sujeito Indeterminado ......................................................................10
1.4 A Oração sem Sujeito ..........................................................................11
2. Predicado: Nominal, Verbal e Verbo-Nominal ............................................14
2.1 Predicado Nominal ..............................................................................18
2.2 Predicado Verbal .................................................................................18
2.3 Predicado Verbo-Nominal .....................................................................20
3. Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto ..........................................21
4. Aposto e Vocativo .................................................................................25
4.1 Aposto ...............................................................................................25
4.2 Vocativo ............................................................................................26
Resumo ...................................................................................................28
Glossário .................................................................................................29
Referências Bibliográficas ..........................................................................31
Questões de Concurso ...............................................................................32
Gabarito ..................................................................................................63
Gabarito Comentado .................................................................................64
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A Sintaxe do Período Simples – Parte I
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1. Sujeito
Na última aula, eu disse que um período pode ser simples (quando há apenas 
uma oração, chamada absoluta) ou composto (quando há duas ou mais orações, 
coordenadas e/ou subordinadas). Nesta aula, conheceremos a estrutura do perí-
odo simples, o qual é formado por um núcleo verbal (oração absoluta). O período 
simples também será tema da próxima aula (a oitava), certo? Ao trabalho, então!
Uma oração é formada pelo par SUJEITO e PREDICADO. Em termos informacio-
nais, o predicado é tudo aquilo que se afirma ou nega a respeito do sujeito. Sinta-
ticamente, o predicado estabelece uma relação de concordância com o seu sujeito. 
Essa concordância pode ser entendida como um processo de “harmonização” entre 
as propriedades gramaticais de número e pessoa do sujeito e de flexão verbal (que 
são manifestadas pelo morfema de número-pessoa).
Podemos entender a relação entre o sujeito Nós e o predicado chegamos da 
seguinte maneira:
• relação informacional: “chegar” é o que se afirma em relação a um grupo 
de indivíduos (“nós”).
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• relação de concordância: o sujeito possui as propriedades de número (plu-
ral) e pessoa (primeira). Essas propriedades são representadas pela flexão do 
verbo chegar: -mos, que significa primeira pessoa do plural.
• Uma última propriedade gramatical caracteriza o sujeito de uma oração. Va-
mos entender essa propriedade a partir do contraste entre as frases a seguir:
(1) a. João encontrou um antigo professor.
b. Ele encontrou um antigo professor.
c. Ele o encontrou.
Na frase em (1a), temos o sujeito João e o predicado encontrou um antigo 
professor. Se substituirmos o sujeito João por um pronome equivalente (isso é, 
de terceira pessoa do singular), temos a frase em (1b): Ele encontrou um antigo 
professor.
Além de João, outro termo da frase em (1a) pode ser substituído por um pro-
nome: o objeto um antigo professor. A substituição transforma o objeto no pro-
nome o (de terceira pessoa do singular), e temos a frase em (1c).
Está claro até aqui? O que eu estou tentando dizer é o seguinte: o sujeito e o 
objeto de uma oração podem ser substituídos por formas pronominais. A frase em 
(1c) é uma representação disso: o sujeito João foi substituído pelo pronome Ele, 
e o objeto um antigo professor foi substituído pelo pronome o.
Essa substituição dos pronomes não é aleatória. Trocar o sujeito João pelo pro-
nome o tornaria a oração incorreta:
(1) d. O encontrou um antigo professor.
É por isso que a tradição gramatical afirma que os pronomes pessoais retos 
exercem a função de sujeito da oração. Relembrando os pronomes pessoais retos 
(que exercem a função de sujeito), temos:
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1ª pessoa do singular EU
2ª pessoa do singular TU
3ª pessoa do singular ELE/ELA
1ª pessoa do plural NÓS
2ª pessoa do plural VÓS
3ª pessoa do plural ELES/ELAS
Os pronomes que exercem as funções sintáticas de objeto direto e objeto indi-
reto serão abordados na sequência dessa nossa aula.
Outros pronomes também podem exercer a função sintática de sujeito:
Pronomes que podem exercer a função sintática de sujeito
Demonstrativos Indefinidos Relativo
este(s), esta(s), isto
esse(s), essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s), aquilo
Algum(a)(s)
Alguém
Nenhum(a)(s)
Ninguém
Outro(a)(s)
Outrem
Muito(a)(s)
Pouco(a)(s)
Certo(a)(s)
Vários(as)
Tanto(a)(s)
Quanto(a)(s)
Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo
Que
O qual
Os quais
A qual
Os quais
Os pronomes possessivos e interrogativos também podem funcionar 
como sujeitos sintáticos, mas são mais exigentes em relação à presença de um 
determinante.
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Pronto, agora temos uma definição mais clara de sujeito:
• o sujeito é o termo da oração sobre o qual recai a predicação (sobre o qual se 
diz algo). É nessa noção que fazemos a pergunta para encontrar o sujeito de 
uma predicação: quem é que (verbo)? A resposta a essa pergunta dirigida 
ao verbo/predicado é o sujeito da oração;
• o sujeito é o termo com o qual o verbo concorda (isso é, o verbo concorda em 
número e pessoa com o seu sujeito);
• o sujeito, quando em forma pronominal, manifesta-se sob a forma de um 
pronome pessoal reto.
Agora discutirei os tipos de sujeito. É nesse ponto que as bancas examinadoras 
avaliam o seu conhecimento.
Os tipos de sujeito são esses:
DETERMINADO (EXPLÍCITO) Simples
 Composto
DETERMINADO: OCULTO, ELÍPTICO OU DESINENCIAL
INDETERMINADO
Também consideraremos a oração sem sujeito.
1.1 O Sujeito Determinado Simples
O sujeito simples é aquele cujo núcleo é formado por um único elemento. 
Esse elemento pode ser um substantivo ou um pronome.
(2) a. O rapaz chegou cedo. [um único núcleo substantivo]
b. Nós estamos de partida. [um único núcleo pronominal]
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1.2 O Sujeito Determinado Composto
O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos (substantivos 
e/ou pronominais).
(3) a. A Ofélia, o Arnaldo e o Antenor chegaram cedo.
b. Eu, ele e ela participaremos da atividade.
O sujeito determinado simples e o sujeito determinado composto apresentados 
(2a-b e 3a-b) são EXPLÍCITOS. Isso quer dizer que a forma sintática do sujeito 
está representada foneticamente (estão presentes, explícitos).
A ideia de DETERMINADO é a seguinte: um sujeito é determinado se for 
possível identificá-lo na cadeia do discurso. No caso dos sujeitos explícitos, fica 
claro que é possível determinar (identificar) o sujeito. Nem sempre os sujeitos es-
tão explícitos (representados foneticamente): esse é o caso dos sujeitos implícitos 
(chamados de elípticos, ocultos ou desinenciais).
Os sujeitos implícitos (elípticos, ocultos ou desinenciais) são aqueles em que 
é possível recuperar o sujeito na cadeia do discurso (isso é, são determinados). 
Para identificá-los, é preciso olhar para a flexão do verbo (desinência), como 
em (4) a seguir:
(4) a. Saí mais cedo para poder assistir ao jogo.
[EU saí: 1ª pessoa do singular]
b. Ficamos esperando por muito tempo.
[NÓS ficamos: 1ª pessoa do plural]
c. A moça estava entediada. Toda vez olhava para o relógio.
[ELA olhava: 3ª pessoa do singular]
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d. O vendedor e a cliente não se entenderam. Ficaram discutindo em voz alta.
[ELES ficaram: 3ª pessoa do plural]
As formas imperativas (de 2ª pessoa, singular ou plural) também possuem su-
jeito determinado implícito.
1.3 O Sujeito Indeterminado
É possível que, em um texto, não se queira ou não se saiba referenciar o sujeito 
na cadeia do discurso. Só é possível indeterminar o sujeito com a 3ª pessoa: isso 
porque a 1ª pessoa e a 2ª pessoa SEMPRE estão presentes na cadeia do discurso 
(a 1ª pessoa é o enunciador; a 2ª pessoa é o receptor).
As duas estruturas de sujeito indeterminado são as seguintes:
• verbos na 3ª pessoa do plural SEM referente anterior:
(5) a. Disseram que você se veste mal.
b. Se quiserem falar mal de mim, que falem.
verbo* na 3ª pessoa do singular (SEMPRE!) + -se**.
* Esse verbo deve ser intransitivo ou transitivo indireto. Se for transitivo direto, 
é preciso analisar se há ou não sujeito presente (se houver, estaremos diante de 
uma passiva sintética).
** A forma -se, nessa construção, é chamada de índice de indeterminação 
do sujeito.
(6) a. Vive-se bem quando há serviços públicos de qualidade.
[verbo intransitivo na 3ª pessoa do singular + -se]
b. Lê-se pouco nas escolas públicas.
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[verbo intransitivo na 3ª pessoa do singular + -se]
c. Precisa-se de bons educadores nas escolas públicas.
[verbo transitivo indireto na 3ª pessoa do singular + -se]
Na oitava aula de nosso curso (a próxima), compararemos as construções em 
(6) com as passivas sintéticas.
Vamos agora estudar a oração SEM sujeito.
1.4 A Oração sem Sujeito
É possível que uma predicação não seja atribuída a nenhuma entidade. Por 
exemplo, veja a frase “Choveu muito ontem”. Não faz sentido algum realizar a per-
gunta “quem choveu?” – pergunta essa que poderia recuperar o sujeito da oração.
A oração sem sujeito possui como núcleo um verbo impessoal, o qual 
SEMPRE ocorre na forma da terceira pessoa do singular. São impessoais os se-
guintes verbos (seguidos dos exemplos):
• verbos que exprimem fenômenos meteorológicos:
(7) a. Todos os dias choveu torrencialmente.
b. No Piauí faz muito calor.
c. Na Rússia faz muito frio.
d. Raramente neva no Brasil.
• verbos que denotam tempo:
(8) a. Faz 10 minutos que estou esperando.
b. Faz 5 anos que não vou a Curitiba.
• verbos haver no sentido de existir*:
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(9) a. Havia muitos feridos no incêndio.
b. Houve muitos manifestantes na Praça Cívica.
*Quando for possível substituir haver por existir, estamos diante de um verbo 
haver impessoal. No entanto, quando a substituição for realizada, o verbo existir 
DEVE manifestar concordância (ou seja, existir não é impessoal):
(9’) a. Existiam muitos feridos no incêndio.
b. Existiam muitos manifestantes na Praça Cívica.
• verbos que denotam suficiência ou sensação:
(10) a. Basta de guerras!
b. Chega de lamúrias.
Ufa! Quanto detalhe nessa parte sobre a noção de sujeito! Mas agora podere-
mos tornar a coisa um pouco mais concreta: vamos observar esse conteúdo avalia-
do em uma prova da banca Ce(bra)spe.
Questão 1 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015)
13|Aquele momento inicial de um direito sagrado e
14| ritualizado, expressão das divindades, desenvolveu-se na
15| direção de práticas normativas consuetudinárias.
23|A invenção e a difusão da técnica da escritura,
somadas à compilação de costumes tradicionais,
25| proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o
de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas.
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Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram
28| melhores depositários do direito e meios mais eficazes
Tanto em “desenvolveu-se” (l.14) quanto em “Constata-se” (l.27), a partícula 
“se” desempenha a mesma função sintática.
Errado.
Vamos observar cada ocorrência da forma -se:
i) na linha 14, estamos diante de um verbo TRANSITIVO DIRETO em forma pas-
siva sintética. Nessa passiva, o sujeito sintático é “Aquele momento [...]” e a forma 
-se é uma partícula apassivadora.
ii) na linha 27, o verbo constatar é transitivo direto, selecionando o complemento 
oracional “que os textos [...]”. Não há, nesse período, sujeito explícito (ou implíci-
to) determinado. Por isso, a forma -se e a terceira pessoa do singular do verbo nos 
leva a analisar a construção como INDETERMINADA (e, assim, a forma -se será um 
índice de indeterminação do sujeito).
O contraste entre (i) e (ii) mostra que a partícula -se não desempenha a mesma 
função sintática.
Grande parte das bancas, principalmente o Cespe, a FCC e a FGV, avalia o conteúdo 
de sujeito da oração a partir de construções em que O SUJEITO ESTÁ APÓS O 
PREDICADO. Como vimos na aula anterior, a ordem canônica da oração é SVO, 
mas, em muitos textos, o sujeito está posposto, como em “Disse o rapaz que nunca 
mais voltaria lá”. Fique atento(a), portanto!
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Olha só, essa informação é muito importante: NÃO EXISTE SUJEITO PREPOSICIO-
NADO (isto é, introduzido por preposição). Essa é uma lei na Língua Portuguesa. 
Assim, sempre que houver um termo preposicionado, certamente ele não será o 
sujeito da oração.
2. Predicado: Nominal, Verbal e Verbo-Nominal
Na parte anterior dessa nossa aula, falamos da “parte à esquerda” do par SU-
JEITO e PREDICADO. Agora vamos voltar a nossa atenção para a “parte à direita”: 
os tipos de predicado.
Para compreender os tipos de predicado, precisamos conhecer alguns pré-re-
quisitos:
primeiramente, você deve saber que há dois tipos de verbos: os lexicais e os 
funcionais.
• em segundo lugar, você deve saber que, na oração, há termos INTEGRAN-
TES e termos ACESSÓRIOS.
Os verbos lexicais são aqueles em que há conteúdo semântico relativo ao even-
to verbal: cantar, beber, dormir, esperar, sorrir, entregar, doar. Nesse grupo de ver-
bos, é possível “imaginar” o evento – e nesse evento há participantes (alguém que 
entrega, alguém que canta etc.). Ficou claro?
Os verbos funcionais, por outro lado, são “fracos” em termos de conteúdo se-
mântico. A função desses verbos funcionais é a de unir um sujeito a um predica-
do de natureza nominal (um adjetivo, um substantivo ou uma preposição). Aqui, 
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quando imaginamos o que é predicado ao sujeito, conseguimos apenas “visualizar” 
o predicado de natureza nominal, e o verbo funcional fica apenas como um suporte 
das informações de modo-tempo e número-pessoa. Vamos diferenciar a partir dos 
exemplos a seguir:
(11) a. João caminhou lentamente até a amada.
b. João está apaixonado.
Em (11a), o predicado é formado por um verbo lexical (caminhar), e consegui-
mos imaginar o evento do João caminhando até alguém (a amada). Em (11b), di-
ferentemente, não é o verbo estar que funciona como núcleo do predicado. Quem 
funciona como predicador é o adjetivo apaixonado: o verbo estar comporta as 
informações de modo-tempo e número-pessoa. Fica claro, então, que em (11a) 
temos um verbo lexical e em (11b) temos um verbo funcional.
Mas é preciso tomar cuidado com os verbos funcionais. Esse grupo é formado 
por verbos que se diferenciam em termos aspectuais, como podemos ver na sequ-
ência a seguir:
(12) a. João está cansado.
b. João parece cansado.
c. João continua cansado.
d. João ficou cansado.
e. João permanece cansado.
Veja que, a cada verbo funcional (estar, parecer, continuar, ficar, permane-
cer), há mudança na interpretação aspectual em relação ao cansaço sentido 
por João. Portanto, temos que relativizar ao dizer que os verbos funcionais são 
vazios de semântica.
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Esses verbos funcionais são comumente chamados de verbos de ligação (có-
pula ou verbo predicativo).
No caso dos verbos lexicais, precisamos diferenciar os termos integrantes dos 
termos acessórios. Vamos começar pelos exemplos:
(13) a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.
b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.
Para identificar os termos integrantes e os termos acessórios, dois recursos 
podem ser adotados:
semântico: a retirada do termo faz “falta” na interpretação da oração?
gramatical: é possível substituir o termo por um pronome pessoal oblíquo?
Vamos tentar aplicar os recursos nas sentenças (13a) e (13b):
(13) a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.
a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.
b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.
Você conseguiu perceber que, se retirarmos o termo a ata e para os partici-
pantes da frase (13a), esses termosfazem “falta”. O mesmo acontece com o ter-
mo os suplementos, de (13b).
No entanto, há termos que “não fazem falta”:
(13) a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.
b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.
Em (13a), o termo antes de começar a reunião não faz falta. O mesmo acon-
tece em (13b): logo após o treino é dispensável.
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Muito bem, agora podemos informar o seguinte: os termos “que fazem falta” 
(isso é, que não podem ser omitidos) são chamados de termos integrantes; os 
termos “que não fazem falta” (isso é, que pode ser omitidos) são chamados de ter-
mos acessórios. Esse é o resultado da aplicação do critério semântico.
Vamos, agora, falar sobre o critério sintático: apenas termos integrantes 
poderão ser substituídos por pronomes pessoais oblíquos.
Lembrando a nossa aula sobre pronomes, esses são os pronomes pessoais oblíquos:
Oblíquos átonos
(sem preposição)
Oblíquos tônicos
(com preposição)
me
te
o, a, lhe, se
nos
vos
os, as,
lhes, se
mim
ti
ele/ela/si
nós
vós,
eles/elas/si
Os termos integrantes das sentenças em (13a) e (13b) podem ser substituídos 
pelos seguintes pronomes:
(13) a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.
O síndico a entregou para eles (ou lhes, no lugar de para eles).
b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.
O marombeiro os comeu.
Perceba que os termos acessórios (antes de começar a reunião e logo após 
o treino) não podem ser substituídos por pronomes pessoais oblíquos.
Bom, os pré-requisitos estão apresentados. Agora podemos partir para os tipos 
de predicado.
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2.1 Predicado Nominal
Os predicados nominais podem ser nucleados por um adjetivo, um substantivo 
ou uma preposição:
(14) a. O réu é inocente.[adjetivo]
b. Ele é um marinheiro. [substantivo]
c. Anápolis está entre Brasília e Goiânia. [preposição]
No processo de predicação, o adjetivo, o substantivo ou a preposição será o 
centro informacional da predicação.
2.2 Predicado Verbal
Os predicados verbais se diferenciam dos predicados nominais por aqueles te-
rem um verbo lexical como núcleo predicativo. Os verbos que podem ser núcleo de 
predicado verbal são esses:
• verbos intransitivos: (sem complemento);
• verbos transitivos: direto;
• indireto;
• direto e indireto (bitransitivo).
Tipo de Complemento (Termo Integrante)
A diferença entre verbos intransitivos e transitivos é a seguinte:
• os verbos intransitivos não exigem um termo que os complete (e esse 
“completar” é semântico e categorial).
• os verbos transitivos são aqueles que exigem um termo que os complete 
(e essa complementação é semântica e categorial).
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• Esse termo é o que estamos chamando de termo integrante. Na tradição 
gramatical, os termos integrantes de verbos são chamados de complemen-
tos verbais.
Vamos agora olhar alguns exemplos de verbos intransitivos:
(15) a. João dormiu bem.
b. A Ana ri alto.
c. O Pedro morreu cedo.
Nenhum desses verbos (dormir, rir, morrer) exige termo que os complete. As 
formas bem, alto e cedo são termos acessórios.
Em (16), a seguir, temos exemplos de verbos transitivos (que selecionam/
exigem complemento):
(16) a. Eu tomei o café ainda cedo.
b. Ele obedecia aos superiores.
c. O professor entregou a apostila aos alunos.
Como podemos ver, há uma diferença entre os complementos: alguns são pre-
posicionados e outros não.
(16) a. Eu tomei [o café] ainda cedo.
b. Ele obedecia [aos superiores].
c. O professor entregou [a apostila] [aos alunos].
Quando um verbo seleciona um termo sem preposição (como em (16a), o café), 
esse verbo será transitivo direto. O nome do complemento verbal sem preposição 
é objeto direto.
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Quando um verbo seleciona um termo com preposição (como em (16b), aos 
superiores, com a preposição “a”), esse verbo será transitivo indireto. O nome do 
complemento verbal com preposição é objeto indireto.
Em (16c), temos um verbo que seleciona um objeto direto e um objeto indireto 
(ambos são necessários, indispensáveis). Nesse caso, estamos diante de um verbo 
transitivo direto e indireto (bitransitivo).
E aí, ficou claro? Espero que sim. Na aula sobre regência, retomaremos essas 
noções, principalmente, sobre os tipos de complementos preposicionados selecio-
nados pelo mesmo verbo. Também voltaremos a esse assunto na aula sobre ora-
ções subordinadas.
2.3 Predicado Verbo-Nominal
O predicado verbo-nominal, como o nome sugere, é formado por um núcleo 
verbal (lexical) e um núcleo nominal (tipicamente, um adjetivo).
Veja o exemplo:
(17) a. A professora chegava sempre atrasada.
Na frase anterior, há dois núcleos que predicam o sujeito A professora: o verbo 
chegar (predicador verbal) e o adjetivo atrasada (predicador nominal).
Pois bem! Agora é o momento de observar como esse assunto sobre predicado 
nominal, verbal e verbo-nominal é avaliado pela banca Ce(bra)spe.
Questão 2 (CESPE/INPI/PESQUISADOR/2014)
14| A ampliação da proteção além das fronteiras nacionais (ou seja,
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proteger em um país as pessoas não residentes em seu
16| território) foi induzida pelo crescimento e pela consolidação do
comércio internacional e tinha o intuito de evitar que os
produtos viessem a ser copiados em outros países que não o de
19 |origem da invenção. Surgiu, assim, o chamado Sistema
Internacional de Patentes, mediante acordo multilateral
firmado em 1883, na cidade de Paris.
A expressão “o chamado Sistema Internacional de Patentes” (l. 19 e 20) exerce a 
função de complemento da forma verbal “Surgiu” (l.19).
Errado.
Aqui a banca claramente procura te confundir. Nem tudo o que vem após o verbo é 
complemento verbal. É importante fazer a pergunta ao verbo: quem é que surgiu? 
A resposta será a expressão “o chamado Sistema Internacional de Patentes”:
“ochamado Sistema Internacional de Patentes surgiu mediante acordo multilateral 
[...]”
Por isso, o item é errado. O que se afirma exercer a função de complemento verbal 
é, na verdade, o sujeito.
3. Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto
O predicativo do sujeito está presente nos predicados nominais. Assim, na 
frase “Ela está assustada”, o adjetivo assustada é o predicativo do sujeito. 
Em predicados verbo-nominais, também temos o predicativo do sujeito: “João 
estudou doente”. Nesse caso, o sujeito João é predicado pelo verbo estudar e 
pelo adjetivo doente.
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O predicativo do objeto, diferentemente, é uma forma adjetiva que predica um 
objeto (complemento) de um verbo transitivo. Veja este exemplo:
(18) a. Eu encontrei a rua silenciosa.
b. Eu devolvi a revista rasgada.
Um ponto importante na descrição dos predicativos: sempre haverá concordân-
cia (de gênero e número) entre o predicativo (do sujeito ou do objeto) e o termo 
predicado. Esse é um fator que diferencia o predicativo de um advérbio, como em 
“A menina fala rápido”, em que rápido é um advérbio. Em frases como “O vizinho 
caminha preocupado”, não é possível definir se preocupado é um adjetivo ou um 
advérbio (equivalendo a “preocupadamente”), pois não há distinção morfológica. 
Apenas o contexto fará o esclarecimento. Se a frase fosse “A vizinha caminha pre-
ocupada”, não haveria dúvida: apenas poderíamos classificar preocupada como 
predicativo do sujeito (porque existe concordância). Ficou claro?
Outra distinção importante existe entre adjunto adnominal e predicativo do ob-
jeto. Por exemplo, como diferenciar sintaticamente as duas interpretações (em (i) 
e (ii) a seguir) da frase em (19)?
(19) Eu devolvi a revista rasgada.
(i) quando eu peguei a revista emprestada, ela não estava rasgada. Ao lê-la, 
acabei rasgando uma página (sem querer!). Quando eu a devolvi, ela estava ras-
gada (diferentemente de quando eu a peguei).
(ii) quando eu peguei a revista emprestada, ela já estava rasgada. Quando eu a 
devolvi, ela manteve esse estado de “rasgada” (tal qual quando eu a peguei).
Para diferenciar as interpretações, temos a seguinte estratégia: transformar o 
objeto em um pronome (no caso, pelo pronome oblíquo átono “a”).
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A interpretação apresentada em (i) possui a seguinte forma: Eu a devolvi rasga-
da. Nesse caso, o pronome “a” representa apenas o objeto direto a revista.
Já a interpretação apresentada em (ii) possui a seguinte forma: Eu a devolvi. 
Nesse caso, o pronome “a” representa toda a sequência a revista rasgada.
Por que isso é importante em sua preparação para concurso?
Simplesmente porque a banca examinadora cobra esse tipo de distinção. Vou 
adiantar o primeiro item de nossa seção Questões de Concurso. Lá você verá o 
seguinte trecho:
(20) De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa
Desse trecho, a banca pergunta se o termo mais rigorosa funciona como 
um predicativo do termo a lei. E aí, como resolver a questão? Pois é, eu explico. 
Preste atenção!
PREDICATIVO: não forma um constituinte com o objeto predicado.
ADJUNTO ADNOMINAL: forma um constituinte com o objeto predicado.
Assim, temos que, na frase “Eu devolvi a revista rasgada”, a interpretação (i) 
leva em consideração que o termo rasgada é um predicativo do objeto, já que 
rasgada não forma constituinte com o objeto a revista (e temos a forma “Eu a 
devolvi rasgada”).
A interpretação em (ii) leva em consideração que o termo rasgada é um adjun-
to adnominal, já que rasgada forma constituinte com o objeto a revista (e temos 
a forma “Eu a devolvi”).
Substituir um termo nominal por um pronome é um teste para verificar se es-
tamos ou não diante de um constituinte.
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Vamos voltar ao trecho da questão do concurso, aplicando a substituição pelo 
pronome “a”:
(20) a. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa
b. De que adiantaria, então, torná-la mais rigorosa [-la = a lei]
c. De que adiantaria, então, torná-la [-la = a lei mais rigorosa. Essa forma está 
incorreta]
Percebeu que o pronome “-la” equivale ao nome a lei. Isso significa que a 
forma mais rigorosa não forma constituinte com o termo a lei: é por isso que 
devemos classificá-la como predicativo do objeto. A questão, então, deve ser con-
siderada certa.
Para fechar essa temática, vamos a mais uma questão de concurso.
Questão 3 (CESPE/TJ-SE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2006)
13| O IRIB e o Colégio Notarial sentem-se orgulhosos
de poder contribuir com o desenvolvimento das atividades
notariais e registrais do estado.
Na linha 13, a palavra “orgulhosos” é um adjetivo que está, no contexto, exercen-
do a função sintática de predicativo de “IRIB” e “Colégio Notarial”, ambos objetos 
diretos.
Errado.
A palavra orgulhosos é um adjetivo que está exercendo função sintática de predi-
cativo de “IRIB” e “Colégio Notorial”. No entanto, “IRIB” e “Colégio Notorial” são o 
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sujeito (determinado, explícito, composto) do verbo sentir. Orgulhosos é predica-
tivo do sujeito, não do objeto.
4. Aposto e Vocativo
4.1 Aposto
Vamos começar pelas características do aposto. Primeiramente, temos que re-
lembrar uma propriedade dos substantivos: eles possuem índice referencial (ou 
seja, podem ser referidos, retomados ao longo da cadeia do discurso). Um aposto é 
uma expressão linguística que compartilha o mesmo índice referencial de um subs-
tantivo (ou pronome) – são, por isso, quase equivalentes. Vejamos os exemplos:
(21) a. Paulo ganhou dois presentes: um relógio e uma bicicleta.
b. Ela – a aluna – saiu por último.
Em (21a), dois presentes possui a mesma referência de um relógio e uma 
bicicleta. Em (21b), o pronome Ela e o substantivo a aluna também partilham a 
mesma referência.
É importante notar o seguinte: um aposto SEMPRE será uma expressão subs-
tantiva. Nesse caso, não existe aposto preposicionado.
A tradição gramatical (Bechara, 1999, por exemplo) classifica três tipos de aposto:
(i) explicativo ou identificativo:
Pedro II, imperador do Brasil, desejava ser professor.
(ii) enumerativo:
Tudo – alegrias, tristezas e preocupações – ficava evidente.
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(iii) distributivo:
Gonçalves Dias e José de Alencar são grandes escritores brasileiros,
este na prosa e aquele na poesia.
Por fim, é necessário dizer que o aposto sempre é, na oração, separado por 
pontuação: vírgulas, travessão, parênteses e dois pontos.
4.2 Vocativo
Podemos definir o vocativo da seguinte maneira: “o vocativo é uma expressão 
de natureza exclamativa por meio da qual chamamos ou pomos em evidência a 
pessoa a quem nos dirigimos” (BECHARA, 1999).
Assim, você pode traduzir a ideia de vocativo como um chamamento, uma 
evocação do interlocutor (ou interlocutores). É uma forma linguística utilizada para 
se dirigir à segunda pessoa do discurso (singular ou plural).
Sintaticamente, o vocativo é um termo que está à parte tanto do sujeito 
quanto do predicado (ou seja, O VOCATIVO NÃO FAZ PARTE DA ORAÇÃO). 
Por isso, o vocativo É SEPARADO POR VÍRGULA(S), SEMPRE! Vamos aos 
exemplos:
(22) a. José, precisamos de você agora.
b. Olá, meninos!
c. Vamos, Antônia, estamos te esperando há muito tempo!
Vamos agora observar como as noções de aposto e vocativo são cobrados pela 
banca Ce(bra)spe.
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Questão 4 (CESPE/ANEEL/TÉCNICO/2010)
1| Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo da
indústria com relação ao futuro próximo. Um deles refere-se às
exportações. “O comércio mundial já está voltando a se abrir
4| para as empresas”, diz o gerente executivo de pesquisas da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca,
para explicar a melhora das expectativas dos industriais com
7| relação ao mercado externo.
O nome próprio “Renato da Fonseca” (l. 5) está entre vírgulas por tratar-se de um 
vocativo.
Errado.
Estamos diante de outra tentativa de te confundir. A banca quer fazer confusão 
entre vocativo e aposto. Como vimos, o vocativo é um chamamento, tipicamente 
dirigido ao interlocutor (ou interlocutores), ao receptor (ou receptores) da mensa-
gem. Não é esse o caso do trecho em análise.
O gerente executivo da Confederação Nacional da Indústria é equivalente a 
Renato Fonseca. São, portanto, dois termos substantivos que partilham o mes-
mo índice referencial. A separação por vírgulas se justifica, então, por Renato da 
Fonseca ser um aposto.
Bom, agora encerramos essa primeira parte sobre a sintaxe do período simples. 
Faça os exercícios e revise o que for necessário, certo? Bons estudos!
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RESUMO
Sujeito  (i) desencadeia concordância no verbo; (ii) é alvo da predicação; 
manifesta-se sob a forma de um pronome pessoal reto.
Predicado  pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal, a depender do(s) nú-
cleo predicativo. No nominal, pode ter como núcleo um adjetivo, um substantivo ou 
uma preposição. No verbal, pode ter como núcleo um verbo intransitivo, transitivo 
direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto.
Predicativo do objeto  nunca forma constituinte com o objeto direto.
Aposto  possui mesmo índice referencial do nome e é separado por pontua-
ção. Nunca ocorre preposicionado.
Vocativo  exerce função de chamamento, sendo dirigido à segunda pessoa. 
É isolado por vírgula.
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GLOSSÁRIO
Aposto
Substantivo ou locução substantiva que, colocado ao lado de outro ou de um 
pronome e sem auxílio de preposição, explica, precisa ou qualifica o anteceden-
te. O aposto não tem função sintática por si mesmo e adquire o valor do termo 
a que se refere.
Objeto (direto)
Complemento de verbo transitivo direto introduzido sem preposição, repre-
sentado por um sintagma nominal ou por pronome oblíquo átono (recebendo 
geralmente a interpretação de paciente) ou por uma oração completiva; com-
plemento direto.
Objeto (indireto)
Complemento de verbo transitivo indireto, a ele ligado por uma preposição (o obje-
to indireto pode ser representado pelos pronomes pessoais oblíquos átonos, neste 
caso, sem preposição); complemento indireto.
Predicado
O que se afirma ou se nega a respeito do sujeito da oração.
Predicativo
Que predica; que serve para predicar.
Predicativo do objeto
Aquele que expressa um atributo ou circunstância do objeto direto. Por exemplo: 
deixei-o bem; encontrou arrombada sua casa.
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Predicativo do objeto indireto
Aquele que diz alguma coisa acerca do objeto indireto (é restrito ao objeto do verbo 
chamar e seus sinônimos). Por exemplo: chamou-lhe de tolo.
Sujeito
Termo da oração sobre o qual recai a predicação da oração e com o qual o 
verbo concorda.
Vocativo
Diz-se de ou forma linguística usada para chamamento ou interpelação ao interlo-
cutor no discurso direto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEREDO, J. Iniciação à sintaxe do português. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 1999.
BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo, SP: Pa-
drão, 1988.
CAMARA Jr., J. M. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1981.
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. 
Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.
HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: 
Editora Objetiva. 2009.
KURY, Adriano da Gama. Lições de análise sintática: Teoria e prática, com mais 
de 60 modelos, 250 períodos para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de janeiro: 
Fundo de Cultura, 1970.
ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Ja-
neiro: José Olympio, 2011.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)
21| De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas
22| condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de
23| cumpri-la?
Na linha 21, o termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
Questão 2 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/2016)
1| Alguns nascem surdos, mudos ou cegos. Outros dão
2| o primeiro choro com um estrabismo deselegante.
Na oração em que é empregado, o termo “surdos, mudos ou cegos” (l. 1) exerce a 
função de:
a) predicativo do sujeito
b) objeto direto
c) adjunto adnominal
d) sujeito
e) adjunto adverbial
Questão 3 (CESPE//POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/2016)
17| De fato, a problemática ligada à
separação de partes cadavéricas destinadas a transplantes em
vivos exige que sua retirada seja feita em condições de
20| aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse
procedimento seja feito em prazos curtos, iniciados com o
momento da morte.
No texto, a oração “que sua retirada seja feita em condições de aproveitamento 
útil” (l. 19 e 20) exerce a função de:
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a) sujeito
b) adjunto adnominal
c) predicativo do sujeito
d) predicativo do objeto
e) objeto direto
Questão 4 (CESPE/CPRM/TÉCNICO/2013)
1| A 1.500 km da costa do Rio de Janeiro, a
2| aproximadamente 2.000 m de profundidade, repousa, abaixo
3| do Oceano Atlântico, um pequeno continente perdido.
O trecho “um pequeno continente perdido” (l. 3) funciona, sintaticamente, como 
complemento da forma verbal “repousa” (l. 2).
Questão 5 (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2015)
7|Art. 1º Reeditar o Programa de Responsabilidade
Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda
Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão,
10| estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às
existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e
Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio
13| ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de
torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo
e economicamente viável.
O termo “ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável” (l. 
14 e 15) exerce a função de predicativo.
Questão 6 (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014)
19| A possibilidade de comunicação
20| surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma
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21| senhora, e encarnado na figura de um cão.
[...]
25| A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente
26| avisado, o cachorro estacou diante dela.
A expressão “na figura de um cão” (l. 21) e o termo “pasmada” (l. 25) desempe-
nham, no contexto sintático em que se inserem, a função de complemento nominal 
e predicativo do sujeito, respectivamente.
Questão 7 (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR/2013) Em “Paulo Freire acreditava que a 
melhor maneira de se ensinar é defender com seriedade e apaixonadamente uma 
posição”, a oração introduzida por “que” exerce a função sintática de predicativo do 
sujeito “Paulo Freire”.
Questão 8 (CESPE/SEDU-ES/PROFESSOR/2010)
1| Para quem tem vinte e poucos anos, o shopping center
2| é a maior referência de comércio, principalmente quando o
3| assunto é roupa.
O termo “a maior referência de comércio” (l. 2) exerce a função sintática de predi-
cativo do sujeito na oração em que ocorre.
Questão 9 (CESPE/IRBr/DIPLOMATA/2004)
16| O patriarcado era o único sistema que, até data recente, não tinha sido
17| abertamente desafiado em toda a história documentada [...]
Na linha 16, o pronome “que” exerce a mesma função sintática do termo que o 
antecede: predicativo do sujeito.
Questão 10 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012)
16| A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda
17| por influência de Rui Barbosa, [...]
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O segmento “a primeira republicana” (l. 16) está entre vírgulas por ser um vocativo.
Questão 11 (CESPE/MPU/TÉCNICO/2013)
5| No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito
6| lusitano.
A vírgula após “colonial” (l.5) é utilizada para isolar aposto.
Questão 12 (CESPE/ANTAQ/NÍVEL MÉDIO/2014)
2| Sua vocação eminentemente hídrica impõe, ao
3| longo dos séculos, a necessidade do deslocamento de seus
4| habitantes através dos rios.
No trecho anterior, as vírgulas isolam segmento “ao longo dos séculos” com função 
de aposto explicativo.
Questão 13 (CESPE/ANATEL/NÍVEL SUPERIOR/2014)
No primeiro quadrinho, o emprego de vírgula após o vocábulo “Gente” é obrigató-
rio, visto que separa expressão de chamamento.
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Questão 14 (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)
1|Deixei-o nessa reticência, e fui descalçar as botas, que
estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e
deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás
4| deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então
considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas
da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as
7|descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os
depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e
de Epicuro. (...) Daqui inferi eu que a vida é o mais engenhoso
10| dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar
a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles
aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que
13| toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra Completa, v. 1, p. 555-6)
Dados os sentidos do texto, subentende-se que o agente da forma verbal “Mortifi-
ca” (l. 7) é “botas” (l. 5).
Questão 15 (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018)
10| Autores importantes do campo
da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram
intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX,
13| e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a
perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,
eles estão preocupados em desenvolver formas de promoçãode
16| situações de justiça social e têm hipóteses concretas para
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se chegar a esse estado de coisas.
O sujeito da forma verbal “têm” (l. 16) está elíptico e retoma “cada um desses au-
tores” (l. 14).
Questão 16 (CESPE/SERFAZ-RS/AUDITOR/2018)
26| Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos,
que atingem o fluxo econômico, por tributos que incidam
28| sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior
desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,
produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 27 do texto é:
a) oculto
b) composto
c) indeterminado
d) inexistente
e) simples
Questão 17 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)
1| Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,
inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no
ordenamento jurídico. A Constituição Federal prevê que cabe
4| ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo.
Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado
e aos prefeitos municipais.
O termo “ao Poder Legislativo” (l. 4) exerce a função de complemento da forma 
verbal “prevê” (l. 3).
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Questão 18 (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)
Quando se cansava, sentava-se a uma grande
10| mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da noite. Leu um
tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas
13| revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma
casa diferente daquela e pagar ao barbeiro.
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe pre-
servaria a correção gramatical do texto.
Questão 19 (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)
14| Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que
15| errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas” (l. 15), poderia ser correta-
mente substituída por existia.
Questão 20 (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)
Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista.
16| Creio que os artigos de psicologia não foram publicados,
pois há tempo li este anúncio num semanário: “Intelectual
desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de
19| desemprego, aceita esmolas, donativos, roupa velha,
pão dormido. Também aceita trabalho”. O anúncio não
produziu nenhum efeito.
O sujeito da oração ‘também aceita trabalho’ (l. 20) está elíptico e se refere a ‘Ama-
deu Amaral Júnior’ (l. 18), o que justifica o emprego da forma verbal “aceita” na 
terceira pessoa do singular.
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Questão 21 (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO/2017)
1| Em sua definição, o voto em branco é aquele que não
se dirige a nenhum candidato entre os que disputam as
eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque
4| não produzem frutos. Os votos nulos, por sua vez, são aqueles
que, somados aos votos em branco, compõem a categoria dos
votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal
7| Superior Eleitoral, votos apolíticos. Logo, os votos em branco
e os nulos são votos que, a princípio, não produzem resultado
nem influenciam no resultado do pleito.
10| Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor
que apresentar voto em branco ou nulo pode fazê-lo por
diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura
13| dos que votam em branco quanto a dos que votam nulo, pois
o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo,
não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo.
16| Deve-se considerar a essência do ato, a sua real motivação, que
é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão
que motiva cada eleitor a votar em branco ou nulo; entretanto,
19| em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto
por ele dado.
Renata Dias. Os votos brancos e nulos no estado democrático de direito: a legitimidade 
das eleições majoritárias no Brasil. In: Estudos eleitorais, v. 8, n. 1, jan./abr. 2013, p. 
36-8 (com adaptações).
Assinale a opção que apresenta termo que desempenha a mesma função sintática 
que “a razão” (l. 17), no texto:
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a) “o mesmo” (l. 14).
b) “votos estéreis” (l. 6).
c) “o Tribunal Superior Eleitoral” (l. 6 e 7).
d) “dúvida” (l. 19).
e) “resultado” (l. 8).
Questão 22 (CESPE/PF/AGENTE/2014)
1| O uso indevido de drogas constitui, na atualidade,
séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das
estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de
4| todos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem
considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são
detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da
7| sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens
e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de
classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de
10| relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos
crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com
13| a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a
soberania nacional e afetam a estrutura social e econômica
interna, devendo o governo adotar uma postura firme de
16| combate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente e
com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o
19| envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
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O referente do sujeito da oração “articulando-se internamente e com a sociedade” 
(l. 16 e 17), que está elíptico no texto, é “o governo” (l. 15).
Questão 23 (CESPE/TJ-SE/NÍVEL SUPERIOR/2014)
1| Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um
ambiente virtual restrito e transformou-se em fenômeno
mundial. Atualmente, há tantos computadores e dispositivos
4| conectados à Internet que os mais de quatro bilhõesde
endereços disponíveis estão praticamente esgotados. Por essa
razão, a rede mundial concentra as atenções não só das pessoas
7| e de governos, mas também movimenta um enorme contingente
de empresas de infraestrutura de telecomunicações e de
empresas de conteúdo. Pela Internet são compradas passagens
10| aéreas, entradas de cinema e pizzas; acompanham-se as notícias
do dia, as ações do governo, os gols e os capítulos das novelas;
e são postadas as fotos da última viagem, além de serem
13| comentados os últimos acontecimentos do grupo de amigos.
No entanto, junto com esse crescimento do mundo
virtual, aumentaram também o cometimento de crimes e outros
16| desconfortos que levaram à criação de leis que criminalizam
determinadas práticas no uso da Internet, tais como invasão a
sítios e roubo de senhas.
19| Devido ao aumento dos problemas motivados pela
digitalização das relações pessoais, comerciais e
governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o uso
22| da Internet.
Internet: <www.camara.leg.br> (com adaptações).
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Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se a forma verbal “há” 
(l. 3) fosse substituída por existe.
Questão 24 (CESPE/TJ-CE/ANALISTA/2014)
1| Estudante sou, nada mais. Mau sabedor, fraco jurista,
mesquinho advogado, pouco mais sei do que saber estudar,
saber como se estuda, e saber que tenho estudado. Nem isso
4| mesmo sei se saberei bem. Mas, do que tenho logrado saber, o
melhor devo às manhãs e madrugadas. Muitas lendas se têm
inventado, por aí, sobre excessos da minha vida laboriosa.
7| Deram, nos meus progressos intelectuais, larga parte ao uso em
abuso do café e ao estímulo habitual dos pés mergulhados
n’água fria. Contos de imaginadores. Refratário sou ao café.
10| Nunca recorri a ele como a estimulante cerebral. Nem uma só
vez na minha vida busquei num pedilúvio o espantalho do sono.
13| Ao que devo, sim, o mais dos frutos do meu trabalho,
a relativa exabundância de sua fertilidade, a parte produtiva e
durável da sua safra, é às minhas madrugadas. Menino ainda,
16| assim que entrei para o colégio, alvidrei eu mesmo a
conveniência desse costume, e daí avante o observei, sem
cessar, toda a vida. Eduquei nele o meu cérebro, a ponto de
19| espertar exatamente à hora, que comigo mesmo assentava, ao
dormir. Sucedia, muito amiúde, encetar eu a minha solitária
banca de estudo à uma ou às duas da antemanhã. Muitas vezes
22| me mandava meu pai volver ao leito; e eu fazia apenas que lhe
obedecia, tornando, logo após, àquelas amadas lucubrações, as
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de que me lembro com saudade mais deleitosa e entranhável.
25| Tenho, ainda hoje, convicção de que nessa
observância persistente está o segredo feliz, não só das minhas
primeiras vitórias no trabalho, mas de quantas vantagens
28| alcancei jamais levar aos meus concorrentes, em todo o andar
dos anos, até à velhice. Muito há que já não subtraio tanto às
horas da cama, para acrescentar às do estudo. Mas o sistema
31| ainda perdura, bem que largamente cerceado nas antigas
imoderações. Até agora, nunca o sol deu comigo deitado e,
ainda hoje, um dos meus raros e modestos desvanecimentos é
34| o de ser grande madrugador, madrugador impenitente.
Rui Barbosa. Oração aos moços. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1997, p. 31.
Assinale a opção correta em relação aos aspectos linguísticos do texto.
a) No trecho “Muitas vezes me mandava meu pai volver ao leito” (l. 21 e 22), a 
expressão “meu pai”, que exerce a função de complemento da forma verbal “man-
dava”, é o agente da forma verbal “volver”.
b) Seriam mantidos o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o 
pronome “o”, em “e daí avante o observei, sem cessar” (l. 17 e 18), fosse substi-
tuído por lhe.
c) A forma verbal “Sucedia” (l. 20) está empregada, no texto, no sentido de 
Seguir-se.
d) Nas linhas 2 e 3, as orações “estudar”, “como se estuda” e “que tenho estudado” 
não possuem o mesmo sujeito.
e) O pronome “nele” em “Eduquei nele o meu cérebro” (l. 18) faz referência ao 
termo “trabalho” (l. 13).
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Questão 25 (CESPE/TC-DF/NÍVEL SUPERIOR/2014)
11| Há décadas, países como China e Índia têm enviado estudantes para 
países centrais
A forma verbal “Há” (l.11) poderia ser corretamente substituída por Fazem.
Questão 26 (FCC/SEGEP/MA/FISCAL/2018)
Classificam-se como sujeito (S) e complemento (C) da mesma forma verbal 
os termos destacados em:
a) Uma pessoa complexa (S) só pode ser compreendida (C), jamais explicada.
b) A transcendência (S) constitui o seu projeto (C) como ser-no-mundo.
c) Pode-se explicar a lei da gravidade (C) pelos princípios da Física (S).
d) Sem liberdade interior (C) não há história (S) a ser compreendida.
e) A queda de um homem desesperado (S) não é equivalente (C) à de uma pedra.
Questão 27 (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018)
Será que lhes faltam características.
O segmento que exerce a mesma função sintática do sublinhado está também su-
blinhado em:
a) As ideias estão no ar.
b) A mimese adiciona uma dimensão representativa à imitação.
c) que as reorganize em algo pessoal.
d) Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini.
e) A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento.
Questão 28 (CESPE/TRT21ª/ANALISTA/2017)
Vejo pela manhã os escolares caminhando rumo aos estabelecimentos de ensino. 
Uma boa percentagem carrega o malote nas costas, preso pelas correias passando 
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pelos ombros. Assim usam meus netos. Meus filhos imitaram os pais, conduzindo 
os livros numa bolsa, levada na mão esquerda. A recomendação clássica é ter sem-
pre a mão direita livre, desocupada, pronta para a defesa.
Esse transporte da bolsa estudantil parece pormenor sem importância. Mesmo as-
sim foi anotado há mais de vinte séculos em versos latinos. O poeta Quinto Horácio 
Flaco faleceu oito anos antes de Jesus Cristo nascer. No primeiro livro das Sátiras, 
a sexta inclui essa referência, recordação do menino Horácio, filho de liberto, indo 
para a aula do brutal Orbílio Pupilo, ex-soldado em Benavente: Laevo suspensi lo-
cutos tabulamque lacerto. Antônio Luís Seabra (1799-1895), tradutor de Horácio, 
divulgou o “No braço esquerdo com tabela e bolsa”. Essas “tabelas” eram as placas 
de madeira encerada ondeescreviam. Valiam os livros contemporâneos. A figura 
do escolar atravessando as ruas da tumultuosa Roma no ano 55 e que seria o eter-
namente vivo Horácio, volta aos meus olhos, nessa janela provinciana e brasileira, 
aos seis graus ao sul da Equinocial.
(CASCUDO, Câmara, “Indo para a Escola”, em História dos Nossos Gestos. Edição digital. Rio de 
Janeiro: Global, 2012)
O segmento sublinhado em Assim usam meus netos (1º parágrafo) exerce, no con-
texto, a mesma função sintática que o sublinhado em:
a)...volta aos meus olhos, nessa janela provinciana... (2º parágrafo)
b) Valiam os livros contemporâneos. (2º parágrafo)
c)... a sexta inclui essa referência... (2º parágrafo)
d) Uma boa percentagem carrega o malote nas costas... (1º parágrafo)
e) A recomendação clássica é ter sempre a mão direita livre... (1º parágrafo)
Questão 29 (FCC/TRE-SP/TÉCNICO/2017)
Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para expli-
car um problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a primeira, 
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também qualificada como elegante. “Em muitos casos, porém, a complexa pode 
ser mais interessante”, lembra o filósofo Marco Zingano, da Universidade de São 
Paulo. Segundo ele, a escolha é natural na cultura ocidental contemporânea porque 
o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão, os filósofos 
de maior destaque na Grécia Antiga, para quem a metafísica da unidade tinha como 
paradigma a simplicidade.
Levado ao pé da letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições da 
Antiguidade pode parecer folclórico diante do conhecimento atual. Mas, mesmo 
que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como o 
pensamento governa os hábitos intelectuais da civilização atual.
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva uma 
pessoa a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está claro, por 
exemplo, que uma moderada dose diária de exercícios é suficiente para prevenir 
uma série de doenças graves e trazer benefícios à saúde, por que alguém optaria 
por passar horas deitado no sofá e se locomover apenas de carro? Para Sócrates, 
a resposta era simples: guiado pela razão, o ser humano só deixa de fazer o que é 
melhor se lhe faltar o conhecimento.
Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um par de 
cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a razão. Um 
dos cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e representa os apetites. 
O outro é a porção irascível da alma. É o impulso, em geral obediente à razão, mas 
que pode levar a decisões impetuosas em determinadas situações. “O que determi-
na as ações seriam fontes distintas de motivação”, observa Zingano. Platão pensou 
o conflito como interno à alma, dando lugar à acrasia. Já Aristóteles dedicou um 
livro de sua Ética ao fenômeno.
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Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque fo-
ram grandes sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar con-
ceitos diversos do Universo, do corpo e da mente, entender seu funcionamento 
e deixar registrado para uso futuro. Resgatar esses textos, explica Zingano, é 
uma busca da compreensão de como a cultura ocidental descreve o mundo e 
enxerga a si mesma ainda hoje.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia... (3º parágrafo)
O segmento grifado exerce, na frase, a mesma função sintática que o segmento 
também grifado em:
a) ... guiado pela razão, o ser humano só deixa de fazer o que é melhor se...
b) ... o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão.
c) Eles procuraram domar conceitos diversos do Universo...
d) ... conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a razão.
e) ... só pode ser controlado a chicotadas e representa os apetites...
Questão 30 (FCC/DPE-RR/ADMINISTRADOR/2015)
A morte e a morte do poeta
Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro 
tratou de verificar que estava vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem 
na sua secretária eletrônica: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso atender porque 
estou na outra linha dando a mesma explicação”. Quando li esta nota, me lembrei 
de como tudo neste mundo caminha cada vez mais depressa. Em 1862, chegou 
aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.
O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta e cinco dias. O brigue che-
gou a Marselha com um morto a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obrigado 
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A Sintaxe do Período Simples – Parte I
Prof. Bruno Pilastre 
à caceteação da quarentena. Gonçalves Dias tinha ido se tratar na Europa e logo se 
concluiu que era ele o morto. A notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma 
sessão presidida por d. Pedro II. Suspensa a sessão, começaram as homenagens 
ao que era tido e havido como o maior poeta do Brasil.
Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador, em pleno Instituto His-
tórico, só podia ser verdade. Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte 
e na província. Vinte e cinco nênias saíram publicadas de estalo. Joaquim Serra, 
Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes 
e sinceras. O grande poeta! O grande amigo! Que trágica perda! As comunicações 
se arrastavam a passo de cágado. Mal se começava a aliviar o luto fechado, dois 
meses depois chegou o desmentido: morreu, uma vírgula! Vivinho da silva.
A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem mor-
ro, nem hei de morrer nunca mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não mor-
rerei de todo.” Todavia, morreu, claro. E morreu num naufrágio, vejam a coinci-
dência. Em 1864, trancado na sua cabine do Ville de Boulogne, à vista da costa do 
Maranhão. Seu corpo não foi encontrado. Terá sido devorado pelos tubarões. Mas o 
poeta, este de fato não morreu.
(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Cia das Letras, 
2011, p.107-8)
Suspensa a sessão, começaram as homenagens...
O segmento grifado exerce na frase a mesma função sintática que o segmento 
também grifado em:
a) As comunicações se arrastavam a passo de cágado.
b) O brigue chegou a Marselha com um morto a bordo.
c) Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia...
d) Terá sido devorado pelos tubarões.
e) ... dois meses depois chegou o desmentido...
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