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EBSERH
HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS
Pós-edital
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH
CÓDIGO DE ÉTICA – PARTE II
Livro Eletrônico
DANIEL MESQUITA
Sócio do escritório D’Almeida Cordeiro & Mes-
quita Advogados. Procurador do Distrito Fede-
ral. Mestre em “Constituição e Sociedade” pelo 
Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP. 
Pós-graduado em Direito Público. Bacharel em 
Direito pela Universidade Federal de Brasília. 
Professor de Direito Administrativo II e III do 
IDP. Professor de cursos preparatórios para 
concursos desde 2012. Cargos e ocupações an-
teriores: Técnico Judiciário do Superior Tribunal 
de Justiça; Analista Judiciário – Área Judiciária 
do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador Fe-
deral. Membro de bancas examinadoras de di-
versos concursos (entre 2008 e 2011). Coautor 
dos livros: Direito Administrativo – 4001 ques-
tões comentadas, Ed. Método, 2013 (1ª edição) 
e 2016 (2ª edição); Direito Constitucional – 4001 
questões comentadas, Ed. Método, 2014; Direito 
Administrativo, Série Advocacia Pública, Volume 
3, Ed. Método. Autor de diversos artigos jurídicos.
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 Código de Ética – Parte II
Prof. Daniel Mesquita 
Código de Ética – Parte II ............................................................................4
Introdução ................................................................................................4
Princípios e Valores Fundamentais ................................................................4
Compromissos de Conduta.........................................................................12
Relacionamentos no Âmbito Interno ............................................................14
Relacionamentos no Âmbito Externo ...........................................................15
Disposições Finais .....................................................................................17
Resumo ...................................................................................................22
Questões de Concurso ...............................................................................27
Gabarito ..................................................................................................28
Gabarito Comentado .................................................................................29
Referências ..............................................................................................30
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 Código de Ética – Parte II
Prof. Daniel Mesquita 
CÓDIGO DE ÉTICA – PARTE II
Introdução
Caro(a) aluno(a), chegamos à última aula do curso!! E, para finalizar nossos es-
tudos, vamos tratar das disposições do Código de Ética, entendendo quais são seus 
princípios e valores, bem como os comportamentos exigidos dos colaboradores da 
EBSERH para que cumpram com a postura ética exigida pela empresa.
Vamos aos trabalhos!
Princípios e Valores Fundamentais
Em seus artigos 3º e seguintes, o Código de Ética prevê que a EBSERH obser-
vará alguns princípios.
Antes de falar deles, gostaria de te perguntar: você sabe me dizer o que é um 
princípio?
Na definição de Humberto Ávila,
[...] os princípios são normas imediatamente finalísticas, primariamente prospectivas e 
com pretensão de complementaridade e de parcialidade, para cuja aplicação se deman-
da uma avaliação da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos 
decorrentes da conduta havida como necessária à sua promoção.1
E quais são os princípios? Nos termos do Código de Ética, a EBSERH, e, por 
conseguinte, todos a ela vinculados, deverão observar os princípios do artigo 37 da 
Constituição Federal, o famoso “LIMPE”. Relembre:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...].
1 ÁVILA, Humberto. TEORIA DOS PRINCÍPIOS da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 15ª edição. São 
Paulo: Malheiro Editores. 2014.
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Vejamos, então, a que se referem esses princípios. O primeiro deles é o da le-
galidade, consoante o qual
[...] a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite. [...] Em decorrência dis-
so, a Administração Pública não pode, por simples ato administrativo, conceder direitos 
de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto, 
ela depende da lei.
Isso significa, em outras palavras, que todos sujeitos vinculados ao órgão, no 
caso, à EBSERH, só podem agir em estrita conformidade com a lei, sob pena de 
praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar civil e criminal.
Assim, todos os cidadãos que fazem uso dos serviços prestados pela EBSERH, 
em tese, estão protegidos de atitudes arbitrárias dos servidores e demais colabo-
radores, bem como munidos da segurança jurídica proporcionada pela lei.
Afinal, segundo Celso Antonio Bandeira de Mello:
[...] é sabido e ressabido que a ordem jurídica corresponde a um quadro normativo 
proposto precisamente para que as pessoas possam se orientar, sabendo, pois, de an-
temão, o que devem ou o que podem fazer, tendo em vista as ulteriores consequências 
imputáveis a seus atos. O Direito propõe-se a ensejar uma certa estabilidade, um míni-
mo de certeza na regência da vida social. Daí o chamado princípio da “segurança jurídi-
ca”, o qual, bem por isto, se não é o mais importante dentro todos os princípios gerais 
do Direito, é, indisputavelmente, um dos mais importantes entre eles2.
O princípio da impessoalidade, por sua vez, visa a objetividade das ativida-
des realizadas pelo órgão e seus agentes, buscando sempre a satisfação do inte-
resse público, afastando-se, portanto, interesses individuais e marcas pessoais dos 
atos praticados. Por isso, também se pode falar no princípio da imparcialidade.
Já o princípio da moralidade, correlato ao da impessoalidade, prevê que o 
agente deve agir de forma ética, atendendo aos valores sociais adequados e aos 
2 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio. Curso de Direito Administrativo. Editora Malheiros: São Paulo. 34ª ed. 
2019. p. 128.
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padrões objetivos de conduta desejáveis de um indivíduo que faça parte da Admi-
nistração Pública. Disso decorre a probidade administrativa e a integridade, 
também abordados pelo Estatuto.
O princípio da eficiência, por sua vez, determina que a atividade da Adminis-tração deve ser rápida, eficaz e coerente com as necessidades do público alvo do 
serviço prestado pelo órgão. É adotar o caminho menos oneroso e mais célere, para 
a obtenção do resultado.
Não por acaso, alguns tratam esse princípio como o princípio da boa adminis-
tração, isto é, daquela que cumpre com seus deveres de forma satisfatória. Inclu-
sive, isso se desdobra em outros princípios tais como: celeridade, qualidade e 
competência no desempenho das atividades.
Sobre a eficiência, Helly Lopes Meirelles esclarece que:
[...] a eficiência funcional é, pois, considerada em sentindo amplo, abrangendo não só 
a produtividade do exercente do cargo ou da função como a perfeição do trabalho e sua 
adequação técnica aos fins visados pela Administração, para o que se avaliam os re-
sultados, confrontam-se os desempenhos e se aperfeiçoa o pessoal através de seleção 
e de treinamento. Assim, a verificação da eficiência atinge os aspectos quantitativo e 
qualitativo do serviço, para aquilatar do seu rendimento efetivo, do seu custo operacio-
nal e da sua real utilidade para os administrados e para a Administração. Tal controle 
desenvolve-se, portanto, na tríplice linha administrativa, econômica e técnica.3
Por fim, ainda pensando no “LIMPE”, necessário falarmos da publicidade, prin-
cípio que “exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, 
ressalvas as hipóteses de sigilo previstas em lei”4.
Referida diretriz, justamente por ser princípio, não tem caráter absoluto, sendo 
desconsiderada quando necessário, da seguinte forma:
3 In: Direito Administrativo Brasileiro. Editora Malheiros: São Paulo. 36ª ed. 2010. p. 108-109.
4 PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. Editora Forense: Rio de Janeiro. 29ª ed. 2016. 
p. 103.
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Existem na própria Constituição (art. 5º) outros preceitos que confiram ou restringem o 
princípio da publicidade: o inciso LX determina que a lei só poderá restringir a publicida-
de dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
como a Administração Pública tutela interesses públicos, não se justifica o sigilo de seus 
atos processuais, a não ser que o próprio interesse público assim determine, como, por 
exemplo, se estiver em jogo a segurança pública; ou que o assunto, se divulgado, possa 
ofender a intimidade de determinada pessoa, sem qualquer benefício para o interesse 
público.
[...] Pode ocorrer conflito entre o direito individual ao sigilo, que protege a intimidade, 
e outro direito individual (como a liberdade de opinião e de imprensa) ou conflito entre 
o direito à intimidade e um interesse público (como o dever de fiscalização por parte 
do Estado. Para resolver esse conflito, invoca-se o princípio da proporcionalidade (em 
sentido amplo), que exige a observância das regras da necessidade, adequação e pro-
porcionalidade (em sentido estrito). Por outras palavras, a medida deve trazer o míni-
mo de restrição ao titular do direito, devendo preferir os meios menos onerosos (regra 
da necessidade); deve ser apropriada para a realização do interesse público (regra da 
adequação); e deve ser proporcional em relação ao fim a atingir (regra da proporciona-
lidade em sentido estrito).
Para proteger a intimidade, como direito individual, o direito positivo limita a atuação de 
determinados órgãos e instituições e de determinados profissionais que, por força das 
funções que lhes são próprias, têm conhecimento de informações relativas a terceiros, 
impondo-lhes o dever de sigilo. Nessas hipóteses, as informações obtidas não poder ser 
objetos de divulgação; não tem aplicação, nesses casos, a regra da publicidade. Valer 
dizer que existe o sigilo como direito fundamental, ao qual corresponde o dever de sigilo 
imposto a todos aqueles, sejam particulares, sejam agentes públicos, que tenham co-
nhecimento de dados sigilosos que não lhes pertencem e em relação aos quais fica ve-
dada a divulgação ou publicidade. O Código Penal tipifica como crime o fato de ‘revelar 
alguém, sem justa causa, segredo de que tem ciência em razão da função, ministério, 
ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem5.
 Por isso mesmo, o Código fala, por um lado, do princípio da transparência, 
o qual determina que os atos da administração devem ser públicos (salvo justifi-
cadas exceções), bem como acessíveis ao cidadão (não basta divulgar, tem que 
esclarecer e facilitar o entendimento, a partir de linguagem clara e acessível, por 
exemplo) e, por outro, do sigilo profissional, consoante o qual nem tudo é passí-
vel de aplicação do princípio da transparência.
5 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Editora Forense: Rio de Janeiro. 29ª ed. 2016. pp. 
103-104.
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 Nesse sentido, o colaborador da Ebserh deve ter bastante cuidado para não 
tornar públicas informações sigilosas, que comprometam a segurança nacional, 
a honra, a dignidade, o decoro, etc. Por isso, o Código determina que “As Informa-
ções confidenciais ou estratégicas sejam limitadas a pessoas com necessidade de 
conhecimento, incluindo divulgação interna junto a outros colaboradores bem como 
a terceiro”.
Além do “LIMPE”, o Código também menciona os seguintes valores e diretrizes 
a serem seguidos:
•	 probidade administrativa;
•	 integridade;
•	 dignidade da pessoa humana;
•	 urbanidade;
•	 transparência;
•	 honestidade;
•	 lealdade;
•	 repúdio ao preconceito e ao assédio;
•	 respeito à diversidade;
•	 responsabilidade social e desenvolvimento sustentável;
•	 interesse público;
•	 sigilo profissional; e
•	 demais norteadores da administração pública federal.
Importante destacarmos, dentre esses princípios, a dignidade prevista pelo Có-
digo. Dignidade, com efeito, nos remete a tudo aquilo que é nobre, elevado, mas 
também se refere a um sentimento de respeito, de modo a deixar claro o que se 
espera de um servidor ou colaborador da EBSERH.
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A Dignidade da Pessoa Humana
Por meio do respeito, temos a ideia de um valor espiritual e moral inerente a 
toda pessoa humana
[...] que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da 
própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, 
constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de 
modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos 
direitos fundamentais.6
De fato, temos um conceito bastante abrangente, mas, para os fins dos nossos 
estudos, temos que entender que a dignidade da pessoa humana é um valor que dá 
fundamento aos diversos direitos fundamentais, é um valor-base. Por isso:[...] temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada 
ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado 
e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres funda-
mentais que asseguram a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante 
e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma 
vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos 
destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos. 
Quando o Código fala que a EBSERH deve observar a dignidade, isso significa 
dizer que todos a elas vinculados devem sempre se lembrar de que estão lidando 
com seres humanos, sejam eles, colegas de trabalho, superiores ou subalternos, 
ou ainda os usuários do serviço público e todos eles devem ser considerados como 
dignos de respeito, isto é, de um tratamento igualitário e humanitário, sem dis-
criminação ou quaisquer ofensas a seus direitos, respeitando à diversidade e re-
pudiando-se discriminação e preconceito, como bem prevê o Código. Também em 
decorrência disso é que o Código prevê como princípios a urbanidade e a honestidade, 
6 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30ª ed. 2014, p. 18.
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além de promover valores como o repúdio ao preconceito e ao assédio e o respeito 
à diversidade.
O Código trata também, como vimos, do respeito ao interesse público, o que 
nos remete à manifestação da dedicação no cuidado com a coisa pública. Tamanha 
deve ser a dedicação e o cuidado, que fazer valer o interesse público é um poder-
-dever atribuído à Administração Pública e, por conseguinte, a seus membros e 
colaboradores (como os colaboradores que atuam na EBSERH).
 Sobre o tema, esclarece Maria Di Pietro:
[...] os poderes atribuídos à Administração têm o caráter de poder-dever; são poderes 
que ela não pode deixar de exercer, sob pena de responder pela omissão. [...] Cada 
vez que ela se omite no exercício de seus poderes, é o interesse público que está sendo 
prejudicado.
O princípio do interesse público está expressamente previsto no artigo 2º, caput, da Lei 
n. 9.784/99, e especificando no parágrafo único, com a exigência de “atendimento a fins 
de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo 
autorização em lei” (inciso II). Fica muito claro no dispositivo que o interesse público é 
irrenunciável pela autoridade administrativa.7
Não por acaso, o Código de Ética trata também do valor de lealdade, por meio 
do qual se exige do servidor maior dedicação ao serviço e o integral respeito às leis 
e as instituições, bem como impõe ao servidor o dever acatamento às ordens legais 
(que não sejam ilícitas) de seus superiores e sua fiel execução – tudo pensando no 
alcance e respeito ao interesse público.
Também nesse contexto, fala o Código em decoro, zelo e eficácia.
A necessidade de se observar o decoro nos remete mais uma vez a uma conduta 
respeitosa, mas dessa vez, no sentido de observância de normas morais, referen-
tes ao órgão como um todo. Remete-nos a conceitos como pudor, decência, recato 
no comportamento ou ainda boas maneiras, deixando-se claro que a EBSERH, seja 
7 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Editora Forense: Rio de Janeiro. 29ª ed. 2016. P. 98.
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sua sede, suas filiais ou suas unidades descentralizadas não é um local passível 
de desregramentos ou indiscrições. Portanto, sempre se deve ter cuidado com as 
atitudes, mantendo, por exemplo, adequação com linguajar empregado ou com as 
vestimentas utilizadas. Nada de minissaias ou bermudas e chinelos na empresa!
Zelo, por sua vez, inspira a ideia de cuidado ou consideração. Tem origem no 
grego, zélos, e significa interesse, desvelo, diligência, afeição íntima. Em alguns 
casos, pode ser entendido também um sinônimo de ciúme (zelo de amor).
No contexto do serviço público, o zelo é a manifestação da dedicação no cuida-
do com a coisa pública de um modo geral, evitando-se o desperdício, o mau uso, 
a depredação, a sujeira. Em outras palavras, deve os agentes da EBSERH cuidar de 
todo o patrimônio da Empresa que se relacione aos recursos públicos, conservan-
do-o. Manifesta-se também no empenho em manter as tradições e no respeito às 
normas éticas.
Já sobre a eficácia, devemos ter e mente que não se trata de sinônimo do prin-
cípio da eficiência no serviço público. Embora muito parecidos, esses conceitos não 
podem ser confundidos!
Em breves palavras, eficácia consiste na obtenção de resultados duradouros, 
enquanto a eficiência é o modo de se obter esses resultados. No mundo dos negó-
cios, diz-se que a eficiência está relacionada ao nível operacional, enquanto que a 
eficácia está relacionada ao nível gerencial.
Em outras palavras, eficiência seria tomar as medidas acertadas para a obten-
ção de certo resultado ou realização de um determinado procedimento. É adotar o 
caminho menos oneroso e mais célere, para a obtenção do resultado. Eficácia seria 
a utilização desse caminho para atingir objetivos ou resultados relevantes.
No serviço público, especialmente no contexto deste Código de Ética, o que se 
deve entender na aplicação da eficácia é que, como princípio ético, o que se pretende 
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é que os servidores sejam eficientes e eficazes, ou seja, devem realmente promo-
ver a solução de problemas e encaminhar demandas de modo efetivo e que sejam 
relevantes para os propósitos da EBSERH.
Essas ideias, inclusive, inserem-se num conceito maior, o de boa-fé da Admi-
nistração, devendo os vinculados à EBSERH agir com lisura, lealdade, buscando 
promover e respeitar a responsabilidade social, responsabilizando-se pelas conse-
quências de suas ações e decisões, bem como respondendo pelos seus impactos 
na sociedade, tudo isso com o objetivo de “consolidação da identidade da Ebserh 
como uma instituição que preza pela preservação da ética em todos os seus atos e 
instâncias”.
Memorize o que acabamos de estudar:
CAPÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS
Art. 3º A Ebserh observará os princípios constantes no artigo 37 da Constituição Fe-
deral vigente, zelando pela predominância da probidade administrativa, da integridade, 
da dignidade da pessoa humana, da urbanidade, da transparência, da honestidade, da 
lealdade, do repúdio ao preconceito e ao assédio, do respeito à diversidade, da res-
ponsabilidade social e do desenvolvimento sustentável, do interesse público, do sigilo 
profissional, sem prejuízo dos demais princípios norteadores da Administração Pública 
Federal. Parágrafo único.As Informações confidenciais ou estratégicas sejam limitadas 
a pessoas com necessidade de conhecimento, incluindo divulgação interna junto a ou-
tros colaboradores bem como a terceiros.
Art. 4º Os princípios éticos, tais como o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais, deverão ser considerados em todas as decisões dos gestores, bem 
como em todos os relacionamentos empreendidos no âmbito da empresa, com o objeti-
vo de contribuir para a construção e a consolidação da identidade da Ebserh como uma 
instituição que preza pela preservação da ética em todos os seus atos e instâncias.
Compromissos de Conduta
O Código, ao determinar os princípios éticos a serem seguidos, faz com que 
os vinculados à EBSERH adotem verdadeiros compromissos de conduta, os quais, 
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como reitera o Código, devem ser observados em todos os âmbitos de atuação, 
sejam eles externos ou internos a Empresa. Só assim será assegurada uma boa 
imagem, reputação e integridade a ela.
Inclusive, o Código fala em patrimônio institucional a ser protegido, composto 
pela marca da EBSERH e do conhecimento produzido por ela, afinal, trata-se de 
instituição que, para além de prestar serviços públicos, fomenta e realiza pesquisas 
a serem protegidas por todos os seus colaborados.
Inclusive, o Código é claro ao tratar também de propriedade intelectual, sen-
do dever ético (além de legal), a proteção e o respeito “às ideias e criação desen-
volvidas internamente ou em parceria e inclui sua marca, patentes, direitos auto-
rais, registro de software, dentre outros. Deve-se proteger a marca e a propriedade 
intelectual do mau uso, desvios ou utilização para benefícios pessoais”, proteção 
essa que também deve ocorrer em relação à propriedade intelectual de terceiros.
Também há interessante previsão do Código quanto aos posicionamentos even-
tualmente veiculados pelos agentes da empresa: é livre o exercício de liberdade 
de expressão, mas o agente deve deixar claro que se trata de sua opinião pessoal, 
para não prejudicar a imagem da EBSERH.
Confira a literalidade das normas:
CAPÍTULO III 
DOS COMPROMISSOS DE CONDUTA
Art. 5º Os compromissos de conduta constantes neste Código de Ética e Conduta são 
fundamentados e decorrem dos princípios e valores fundamentais supracitados. No 
exercício da governança corporativa, a Ebserh irá pautar sua atuação e suas decisões 
em conformidade com os princípios e valores fundamentais orientadores deste Código 
de Ética e Conduta.
Art. 6º Os princípios e valores norteadores da atuação da Ebserh, bem como seus com-
promissos de conduta, devem estar refletidos nos relacionamentos nos âmbitos interno 
e externo à Empresa, em conformidade com o que dispõem os artigos 3º e 4º deste 
Código de Ética e Conduta, sempre zelando pela imagem, reputação e integridade da 
Ebserh.
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Parágrafo único. A marca da empresa e o conhecimento produzido internamente no 
desenvolvimento de suas atividades ou em parceria são patrimônios institucionais e 
devem ser sempre protegidos por todos colaboradores. A propriedade intelectual da 
empresa diz respeito ao seu direito de proteção às ideias e criação desenvolvidas in-
ternamente ou em parceria e inclui sua marca, patentes, direitos autorais, registro de 
software, dentre outros. Deve-se proteger a marca e a propriedade intelectual do mau 
uso, desvios ou utilização para benefícios pessoais. O mesmo cuidado e respeito deve 
ser observado com relação à propriedade intelectual de terceiros.
Art. 7º O agente público da empresa, ao manifestar suas opiniões sobre as atividades 
da Ebserh, no exercício da liberdade de expressão, deve deixar claro se tratar de opinião 
pessoal, resguardando à reputação da empresa e de seus agentes.
Parágrafo único. O empregado pode discordar de práticas ou políticas adotadas pela 
empresa, devendo discutir suas ideais com chefe imediato e apresentar sugestões. 
A empresa estimula o clima de abertura como forma de impedir a estagnação, encora-
jando a criatividade e o não conformismo. As críticas feitas às claras e pelos os canais 
de comunicação adequados são bem-vindas e consideradas demonstração de lealdade 
à empresa.
Art. 8º A preservação ambiental e iniciativas de sustentabilidade serão levadas em con-
sideração pela Ebserh nas ações, projetos e relações de que sejam parte.
Relacionamentos no Âmbito Interno
Especificamente quanto às relações internas, o Código de Ética determina que a 
Empresa deve adotar medidas para não haver distinção de tratamento entre seus 
colaboradores, mas sem que se esqueça da hierarquia e das competências especí-
ficas de cada um.
De qualquer forma, todos devem buscar construir um ambiente de trabalho no 
qual se verifiquem as seguintes características: cooperação; eficiência; dedicação; 
iniciativa; justiça; responsabilidade; transparência; urbanidade, e não conveniên-
cia com infrações ao código de ética e demais atos normativos da Ebserh.
Confira:
CAPÍTULO IV 
DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO INTERNO
Art. 9º A Ebserh buscará adotar medidas para que não haja distinção de tratamento en-
tre as pessoas que atuam na Empresa, com respeito à hierarquia e ao desempenho das 
competências de cada um, e em conformidade com os princípios e valores fundamentais
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Art. 10. Todas as pessoas que atuam no âmbito da Ebserh deverão contribuir para o 
estabelecimento e a manutenção de um ambiente de trabalho em que prevaleçam a 
cooperação, eficiência, dedicação, iniciativa, justiça, responsabilidade, transparência e 
a urbanidade.
Art. 11. Todos os que atuam na Ebserh devem se comprometer no sentido de não se-
rem coniventes com qualquer infração a este Código de Ética e Conduta, bem como aos 
demais atos normativos da Empresa.
Relacionamentos no Âmbito Externo
Quanto ao âmbito externo, o Código de Ética estabelece que sua atuação deve 
ser pautada pelo “mais elevado padrão ético”, bem como pelos princípios que já 
estudamos, aos quais essa seção específica acrescenta procedimentos imparciais, 
isonômicos e idôneos – com o claro fim de evitar casos de corrupção na empresa, 
infelizmente comuns na Administração Pública.
Tanto é, que o artigo 14 determina que a EBSERH deve prevenir e reprimir esses 
casos, devendo combater “o surgimento e manutenção de práticas que possam re-
sultar em vantagens ou benefícios pessoais que caracterizem conflito de interesse 
para os envolvidos, bem como participação em práticas claramente ilegais, desleais 
ou contrárias aos princípios éticos”.
Nesse sentido, a EBSERH, em seu programa de integridade, prevê que os 
colaboradores têm o dever de cooperar integralmente com as investigações reali-
zadas pela EBSERHsobre questões ou condutas e de manter o sigilo das informa-
ções investigativas, a menos que estejam especificamente autorizados a divulgar 
tais informações – o que é uma forma de combate ao surgimento e à manutenção 
dessas práticas.
O artigo 16, por sua vez, expressamente fala de prevenção contra corrupções, 
fraudes, e conflitos entre interesses privados e públicos.
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Especificamente sobre prevenção, temos as seguintes previsões do Programa 
de Integridade da EBSERH:
3.1.1. Prevenção
A prevenção será orientada pelas seguintes diretrizes:
a) comprometimento da Alta Administração e envolvimento de todo o corpo funcional 
na manutenção
de um adequado ambiente de integridade em todas as unidades da Rede EBSERH;
b) identificação e tratamento dos riscos de integridade no âmbito das unidades da Rede 
EBSERH;
c) implementação e monitoramento permanente dos mecanismos de integridade no 
âmbito das
unidades organizacionais da Rede EBSERH; e
d) sensibilização e capacitação contínua de todos os colaboradores que atuam nas uni-
dades organizacionais da Rede EBSERH, em relação aos mecanismos de integridade.
3.2. Padrões de conduta, código de ética e políticas de integridade estendidas, 
quando necessário, a Terceiros
O Código de Ética e Conduta da EBSERH é aplicado a fornecedores, prestadores de 
serviço, agentes intermediários e associados, sendo estendido a quaisquer atores que 
atuem em nome ou no interesse da EBSERH.
No que tange ao relacionamento com fornecedores, devem ser exigidos das empresas 
contratadas pela EBSERH:
a) cumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e fiscal;
b) o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa à prevenção e ao combate 
à corrupção;
c) a não utilização de trabalho infantil ou escravo; e
d) a adoção de boas práticas de sustentabilidade ambiental.
A EBSERH não autoriza a realização de qualquer negócio em nome da instituição, de 
maneira imprópria, que configure atos criminosos ou ilícitos, tais como corrupção, lava-
gem de dinheiro, financiamento do terrorismo e fraudes.
Além dos parâmetros previstos no Código de Ética e Conduta, a EBSERH deverá elabo-
rar uma Política de Relacionamento com Fornecedores, a ser disponibilizada no Portal 
da EBSERH, como forma de socializar os valores e a cultura da instituição no relacio-
namento com seus fornecedores e respectivos colaboradores, entendendo que o seu 
cumprimento revela o compromisso de profissionalismo e transparência em todas as 
ações no trabalho.
As minutas dos contratos administrativos firmados com a EBSERH devem prever cláu-
sulas antinepotismo e anticorrupção. Os Editais de licitação devem prescrever o respeito 
ao Código de Ética e Conduta e ao Programa de Integridade da EBSERH, representando 
a pactuação com terceiros das diretrizes de atuação íntegra no âmbito da estatal.
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Por fim, necessário notar que o Código também dedica um espaço para deter-
minar que a EBSERH deve buscar a satisfação e o respeito de seus pacientes, pre-
servando o bom relacionamento e a melhoria de qualidade.
Confira a integralidade dessas disposições:
CAPÍTULO V 
DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO EXTERNO
Art. 12. A EBSERH se pautará, em suas relações externas, pelo mais elevado padrão 
ético, bem como pelos princípios e valores fundamentais orientadores deste Código de 
Ética e Conduta, assumindo o compromisso de regular tais relações por meio de pro-
cedimentos imparciais, isonômicos, transparentes, idôneos e em conformidade com a 
legislação pertinente.
Art. 13. A atuação da EBSERH se pautará pelo compromisso com os projetos e as polí-
ticas governamentais vigentes, buscando a prestação de serviços de forma responsável 
e em consonância com o interesse público, com foco no paciente.
Art. 14. A EBSERH atuará permanentemente na prevenção e repressão ao surgimento 
e manutenção de práticas que possam resultar em vantagens ou benefícios pessoais 
que caracterizem conflito de interesse para os envolvidos, bem como participação em 
práticas claramente ilegais, desleais ou contrárias aos princípios éticos.
Art. 15. Na prestação de serviços de saúde pelos Hospitais Universitários (HUs) filiais, 
a EBSERH buscará o compromisso com a satisfação dos pacientes e o respeito aos seus 
direitos, em atenção às questões apontadas pelos usuários dos HUs. Parágrafo único. 
A EBSERH deve nortear suas ações com intuito de preservar o bom relacionamento com 
pacientes, pautando sempre no compromisso e satisfação no seu atendimento, preser-
vando o princípio da equidade.
Art. 16. A EBSERH buscará prevenir corrupções e fraudes, bem como conflito entre os 
interesses privados de seus colaboradores e o interesse público. Parágrafo único. Não 
serão tolerados quaisquer atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, 
ou a qualquer outra instituição ou indivíduos com os quais a EBSERH mantenha vínculo.
Disposições Finais
Encerrando suas disposições, o Código determina que suas normas devem ser 
executadas em conjunto, ou aplicando subsidiariamente, os seguintes diplomas 
legais:
•	 Constituição Federal;
•	 Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor Público Civil do Poder Exe-
cutivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 1994;
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•	 Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, instituído pelo Decre-
to n. 6.029, de 1º de fevereiro de 2007;
•	 Lei n. 12.813, de 16 de maio de 2013, que trata “sobre o conflito de interes-
ses no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo federal e impedi-
mentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego”;
•	 Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado em 21 de agosto 
de 2000;
•	 Resolução n. 10, de 29 de setembro de 2008, da Comissão de Ética Pública, 
da Presidência da República, consoante a qual se estabelecem “as normas de 
funcionamento e de rito processual, delimitando competências, atribuições, 
procedimentos e outras providências no âmbito das Comissões de Éticas” no 
âmbito público;
•	 Códigos de Ética das categorias profissionais que atuam na EBSERH;
•	 Regulamento de Pessoal da EBSERH;
•	 Regimento Interno da EBSERH;
•	 Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016, que “dispõe sobre o estatuto jurídico 
da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”; e
•	 Decreto 8.945, de 27 de dezembro de 2016, que regulamenta a legislação 
acima mencionada.
Além disso, o Código de Ética complementa reitera os termos do Estatuto Social 
da EBSERH (que estudamos nas aulas passadas), quando às funções da Comissão 
de Ética, estabelecendo que cabe a ela divulgar, implementar, e atualizar o Código,bem como responder a consultas éticas e apurar as denúncias de descumpri-
mento do Código.
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Inclusive, determina o Código que qualquer pessoa pode entrar em contato 
com a Comissão para os fins do exercício de suas funções, devendo ser assegurado 
sigilo e confidencialidade as informações veiculadas.
Da mesma forma, qualquer um pode fazer denúncias, devendo a EBSERH insta-
lar mecanismos que impeçam a retaliação do denunciante.
Segundo a EBSERH, aliás:
O cidadão é o ponto de partida e de chegada da integridade pública e, por isso, enten-
demos que a sociedade pode e deve cooperar ativamente no controle da qualidade e da 
integridade dos serviços públicos que prestamos. As bases para a sustentação do nosso 
ambiente de integridade devem alcançar o cidadão e não restringir-se à relação com os 
nossos colaboradores, visto que, antes de serem profissionais, desempenham papeis na 
sociedade, como pais, mães, filhos, amigos e cidadãos. Assim também, as ações e os 
compromissos de conduta institucionais percorrem, além das relações internas, as rela-
ções externas a nossa Rede. Buscamos fazer com que o nosso ambiente de integridade 
abranja a todos com quem nos relacionamos.8
Para que esse “ponto de partida” seja lançada, a EBSERH se preocupou em es-
truturar canais de denúncia, tanto para que seus próprios colaboradores trabalhem 
no combate das falhas aqui mencionadas, quanto para que os cidadãos em geral 
consigam denunciar, com segurança, quaisquer suspeitas de irregularidades:
3.7. Canais de denúncias de irregularidade, abertos e amplamente divulgados 
a colaboradores e terceiros, e de mecanismos destinados à proteção de denun-
ciantes de boa-fé
A EBSERH disponibiliza canal de recebimento de manifestações, incluindo denúncias, 
para reporte de eventual suspeita de ato lesivo, qualificável como corrupção, praticado 
por pessoa jurídica contra o patrimônio da empresa ou contra a Administração Pública, 
praticado por colaborador ou terceiro que esteja agindo no interesse ou no benefício da 
EBSERH.
Fica estabelecido processo para protocolar manifestações referentes às violações ao 
Programa, à lei anticorrupção, atividades suspeitas de contabilidade e/ou quaisquer 
outras irregularidades identificadas.
As referidas manifestações poderão ser feitas por meio da Ouvidoria, sendo garantida 
a confidencialidade dos dados do denunciante nos termos da legislação vigente ou, no 
8 Fonte: http://www.ebserh.gov.br/etica-integridade/perguntas-respostas-integridade.
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caso do anonimato, será dado o encaminhamento de acordo com o previsto no decreto 
n. 9.492/2018.
A Rede de Ouvidorias EBSERH, composta pela Ouvidoria-Geral e pelas Ouvidorias dos 
HUFs vinculados, consubstancia-se em um canal de comunicação direto entre os cida-
dãos e a empresa, um espaço de participação social que permite a cooperação ativa da 
sociedade no controle da qualidade dos serviços públicos prestados pela estatal. A EB-
SERH assegura que não haverá retaliações e garante que envidará esforços para que 
nenhum colaborador ou cidadão seja alvo de represálias com relação a qualquer infor-
mação fornecida de boa-fé. Qualquer desvio de conduta de colaboradores pode e deve 
ser reportado à Ouvidoria da EBSERH, de forma anônima, ou identificada.
Segundo o Código, ademais, as denúncias sobre faltas éticas serão tratadas 
conforme determinam as disposições do Sistema de Gestão da Ética do Poder Exe-
cutivo Federal, instituído pelo Decreto n. 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, além 
de eventuais normativos estabelecidos pela Comissão, pela Presidência da Repúbli-
ca e pelo Regimento Interno da EBSERH. De toda forma, o Código já estabelece que 
será assegurado ao investigado o direito de ampla defesa e o contraditório, bem 
como veda a Comissão de divulgar qualquer informação sobre eventuais processos.
Por fim, como forma de implementar efetivamente o Código, determina-se que 
todas as pessoas que atuam junto à EBSERH devem tomar conhecimento das nor-
mas e implementá-las, cabendo a EBSERH disponibilizar treinamento periódico ao 
seus vinculados, no mínimo anual.
Memorize as disposições finais do Código:
CAPÍTULO VI 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 17. Constituem-se em referências, e devem ser utilizados conjunta ou subsidiaria-
mente na aplicação do Código de Ética e Conduta, os seguintes normativos.
I – Constituição Federal;
II – Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 1994;
III – Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, instituído pelo Decreto 
n. 6.029, de 1º de fevereiro de 2007;
IV – Lei n. 12.813, de 16 de maio de 2013;
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V – Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado em 21 de agosto 
de 2000;
VI – Resolução n. 10, de 29 de setembro de 2008, da Comissão de Ética Pública, da 
Presidência da República;
VII – Códigos de Ética das categorias profissionais que atuam na EBSERH;
VIII – Regulamento de Pessoal da EBSERH;
IX – Regimento Interno da EBSERH;
X – Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016;
XI – Decreto 8.945, de 27 de dezembro de 2016.
Art. 18. Compete à Comissão de Ética da EBSERH (CEE) a divulgação, implementação 
e atualização deste Código de Ética e Conduta, a resposta a consultas éticas, bem como 
a apuração de denúncias de descumprimento de conduta ética. Qualquer pessoa poderá 
entrar em contato com a CEE, pelos canais de comunicação indicados na intranet e in-
ternet, sendo assegurado total sigilo e confidencialidade das informações.
§ 1º A EBSERH terá como compromisso fundamental a formação ética de seu pessoal, 
de modo que as condutas não desprezem o elemento ético. Para isso, serão adotadas 
medidas de orientação, estimulando o seu integral cumprimento.
§ 2º A CEE será composta, na forma do seu regimento interno, por 3 agentes públicos 
da EBSERH e respectivos suplentes, todos indicados pela Presidência da Empresa, con-
tando com o apoio de representantes indicados pelos Colegiados Executivos nas filiais.
Art. 19. O tratamento de denúncias referentes à transgressão deste Código de Ética e 
Conduta será feito precipuamente conforme disciplinado nos normativos referenciados 
no inciso III do artigo 17, principalmente os editados pela Comissão de Ética Pública, da 
Presidência da República, e no Regimento Interno da CEE.
§ 1º A denúncia de uma conduta contrária aos preceitos éticos poderá ser feita por qual-
quer cidadão, empregado da EBSERH ou não.
§ 2º Será assegurado ao investigado o direito à ampla defesa e ao contraditório.
§ 3º É vedado à CEE divulgar informação sobre qualquer processoinstaurado.
Art. 20. A EBSERH estabelecerá mecanismo de proteção que impeça qualquer espécie 
de retaliação a pessoa que utilize os canais de denúncias.
Art. 21. Todas as pessoas que atuam no âmbito da EBSERH devem tomar conhecimento 
e implementar as orientações estabelecidas neste Código.
Art. 22. A EBSERH disponibilizará treinamento periódico, no mínimo anual, sobre o Có-
digo de Ética e Conduta, para empregados e administradores.
Art. 23. No ato da contratação, será disponibilizada ao empregado contratado cópia do 
Código de Ética e Conduta.
Art. 24. Este Código entra em vigor na data de sua publicação.
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RESUMO
Vamos, agora, relembrar os principais pontos aprendidos na aula de hoje!
Objetivos do Código
Aprendemos hoje que o Código de Ética da EBSERH tem como primordial ob-
jetivo é estruturar os princípios e valores que norteiam as ações e os compromis-
sos institucionais, bem como a postura que o quadro pessoal da EBSERH deve 
observar em suas relações internas e externas, fortalecendo a ética em todo esse 
contexto.
Reiterando o óbvio, aprendemos que, o Código determina que suas regras são 
de observância obrigatória para: (i) todos os membros do Conselho de Administra-
ção, (ii) todos os membros do Conselho Fiscal, (iii) todos os membros da Diretoria 
Executiva, (iv) profissionais do quadro permanente da Empresa, (v) ocupantes de 
cargos de confiança, (vi) profissionais ou servidores requisitados ou cedidos de ou-
tros órgãos públicos, (vii) profissionais de empresas prestadoras de serviços, (viii) 
servidores públicos que se encontram desempenhando suas atividades nas unida-
des da EBSERH, (ix) pessoas físicas e jurídicas prestadoras de serviços à EBSERH, 
(x) estagiários, (xi) residentes e (xii) todos aqueles que, “de forma individual ou 
coletiva, por força de lei, contrato ou qualquer outro ato jurídico, prestem serviços 
à Empresa, sejam de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que 
sem retribuição financeira, direta ou indiretamente”.
Princípios e Valores
Quanto aos princípios e valores, vimos que primeiramente o Código Nos ter-
mos do Regimento, a EBSERH, e, por conseguinte, todos a ela vinculados, deverão 
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observar os princípios do artigo 37 da Constituição Federal, que prevê o famoso 
“LIMPE” – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Além desses, devem também ser observados os princípios da: probidade admi-
nistrativa, integridade, dignidade da pessoa humana, urbanidade, transparência, 
honestidade, lealdade, repúdio ao preconceito e ao assédio, respeito à diversida-
de, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, interesse público, sigilo 
profissional, e demais norteadores da Administração Pública Federal.
Compromissos de Conduta
Também estudamos que o Código, ao determinar os princípios éticos a serem 
seguidos, faz com que os vinculados à EBSERH adotem verdadeiros compromissos 
de conduta, os quais, como reitera o Código, devem ser observados em todos os 
âmbitos de atuação, sejam eles externos ou internos a Empresa. Só assim será 
assegurada uma boa imagem, reputação e integridade a ela.
Inclusive, o Código fala em patrimônio institucional a ser protegido, composto 
pela marca da EBSERH e do conhecimento produzido por ela, afinal, trata-se de 
instituição que, para além de prestar serviços públicos, fomenta e realiza pesquisas 
a serem protegidas por todos os seus colaborados.
Além disso, vimos que o Código é claro ao tratar também de propriedade in-
telectual, sendo dever ético (além de legal), a proteção e o respeito “às ideias e 
criação desenvolvidas internamente ou em parceria e inclui sua marca, patentes, 
direitos autorais, registro de software, dentre outros. Deve-se proteger a marca e a 
propriedade intelectual do mau uso, desvios ou utilização para benefícios pessoais”, 
proteção essa que também deve ocorrer em relação à propriedade intelectual de 
terceiros.
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Também aprendemos sobre a previsão do Código quanto aos posicionamentos 
eventualmente veiculados pelos agentes da empresa: é livre o exercício de liber-
dade de expressão, mas o agente deve deixar claro que se trata de sua opinião 
pessoal, para não prejudicar a imagem da EBSERH.
Relacionamentos Internos
Especificamente quanto às relações internas, vimos que o Código de Ética deter-
mina que a Empresa deve adotar medidas para não haver distinção de tratamento 
entre seus colaboradores, mas sem que se esqueça da hierarquia e das competên-
cias específicas de cada um. De qualquer forma, todos devem buscar construir um 
ambiente de trabalho no qual se verifiquem as seguintes características: Coope-
ração, Eficiência, Dedicação, Iniciativa, Justiça, Responsabilidade, Transparência, 
Urbanidade, e não conveniência com infrações ao Código de Ética e demais atos 
normativos da EBSERH.
Relacionamentos Externos
Quanto ao âmbito externo, estudamos que o Código de Ética estabelece que sua 
atuação deve ser pautada pelo “mais elevado padrão ético”, bem como pelos 
princípios que já estudamos, aos quais essa seção específica acrescenta procedi-
mentos imparciais, isonômicos e idôneos – com o claro fim de evitar casos de cor-
rupção na empresa, infelizmente comuns na Administração Pública. Tanto é, que o 
artigo 14 determina que a EBSERH deve prevenir e reprimir esses casos, devendo 
combater “o surgimento e manutenção de práticas que possam resultar em 
vantagens ou benefícios pessoais que caracterizem conflito de interesse 
para os envolvidos, bem como participação em práticas claramente ilegais, 
desleais ou contrárias aos princípios éticos”.
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O artigo 16, por sua vez, expressamente fala de prevenção contra corrupções, 
fraudes, e conflitos entre interesses privados e públicos. Além disso, o Código tam-
bém dedica um espaço para determinar que a EBSERH deve buscar a satisfação e 
o respeito de seus pacientes, preservando o bom relacionamento e a melhoria de 
qualidade.
Disposições Finais
Por fim, encerrando nossa matéria de hoje, aprendemos que o Código determi-
na que suas normas devem ser executadas em conjunto, ou aplicando subsidiaria-
mente, os seguintes diplomas legais:
•	 Constituição Federal;
•Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor Público Civil do Poder Exe-
cutivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 1994;
•	 Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, instituído pelo De-
creto n. 6.029, de 1º de fevereiro de 2007; Lei n. 12.813, de 16 de maio de 
2013, que trata “sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou em-
prego do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores ao exercício do 
cargo ou emprego”;
•	 Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado em 21 de agosto 
de 2000; Resolução n. 10, de 29 de setembro de 2008, da Comissão de Ética 
Pública, da Presidência da República, consoante a qual se estabelecem “as 
normas de funcionamento e de rito processual, delimitando competências, 
atribuições, procedimentos e outras providências no âmbito das Comissões 
de Éticas” no âmbito público;
•	 Códigos de Ética das categorias profissionais que atuam na EBSERH; Regula-
mento de Pessoal da EBSERH;
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•	 Regimento Interno da EBSERH;
•	 Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016, que “dispõe sobre o estatuto jurídico 
da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”; e
•	 Decreto n. 8.945, de 27 de dezembro de 2016, que regulamenta a legislação 
acima mencionada.
Além disso, vimos que o Código de Ética complementa o Regimento Interno 
(que estudamos nas aulas passadas), quando às funções da Comissão de Ética, 
estabelecendo que cabe a ela divulgar, implementar, e atualizar o Código, bem 
como responder a consultas éticas e apurar as denúncias de descumprimento 
do Código. Inclusive, determina o Código que qualquer pessoa pode entrar em 
contato com a Comissão para os fins do exercício de suas funções, devendo ser 
assegurado sigilo e confidencialidade as informações veiculadas. Da mesma forma, 
qualquer um pode fazer denúncias, devendo a EBSERH instalar mecanismos que 
impeçam a retaliação do denunciante.
As denúncias sobre faltas éticas serão tratadas conforme determinam as dis-
posições do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, instituído pelo 
Decreto n. 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, além de eventuais normativos esta-
belecidos pela Comissão, pela Presidência da República e pelo Regimento Interno 
da EBSERH. De toda forma, o Código já estabelece que será assegurado ao inves-
tigado o direito de ampla defesa e o contraditório, bem como veda a Comissão de 
divulgar qualquer informação sobre eventuais processos.
Por fim, como forma de implementar efetivamente o Código, determina-se que 
todas as pessoas que atuam junto à EBSERH devem tomar conhecimento das nor-
mas e implementá-las, cabendo a EBSERH disponibilizar treinamento periódico ao 
seus vinculados, no mínimo anual.
Por hoje, é isso!! Vamos, agora, para as questões comentadas sobre os temas 
estudados!
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/EBSERH/2018) Julgue o seguinte item, a respeito da ética no 
serviço público.
O uso do cargo ou função pública para obter favorecimento, desde que não haja 
prejuízo a outrem, não constitui afronta à ética e à moral do serviço público.
Questão 2 (CESPE/EBSERH/2018) Julgue o seguinte item, a respeito da ética no 
serviço público.
A comissão de ética de um órgão, caso todos os seus integrantes estejam de acor-
do, pode aplicar penas que vão desde a censura até a demissão de um servidor.
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GABARITO
1. E
2. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/EBSERH/2018) Julgue o seguinte item, a respeito da ética no 
serviço público.
O uso do cargo ou função pública para obter favorecimento, desde que não haja 
prejuízo a outrem, não constitui afronta à ética e à moral do serviço público.
Errado.
Se valer cargo público para obter favorecimento é claramente um desvio da fina-
lidade pública, o que viola o princípio da moralidade e o próprio interesse público 
a ser protegido pela EBSERH. Assim, a despeito de existir ou não prejuízo, trata-se 
de grave afronta à ética e à moral do serviço público.
Questão 2 (CESPE/EBSERH/2018) Julgue o seguinte item, a respeito da ética no 
serviço público.
A comissão de ética de um órgão, caso todos os seus integrantes estejam de acor-
do, pode aplicar penas que vão desde a censura até a demissão de um servidor.
Errado.
Como aprendemos na aula passada, uma das funções da Comissão de Ética da 
Ebserh é “esclarecer e julgar comportamentos com indícios de desvios éticos” e, 
se necessário “aplicar a penalidade de censura ética ao agente público” (art. 95, 
incisos XII e XIII do Estatuto Social). Ou seja, não há previsão de demissão, apenas 
de censura.
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REFERÊNCIAS
ÁVILA, Humberto. TEORIA DOS PRINCÍPIOS da definição à aplicação dos princípios 
jurídicos. 15ª edição. São Paulo: Malheiro Editores. 2014.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio. Curso de Direito Administrativo. Editora Ma-
lheiros: São Paulo. 34ª ed. 2019.
MEIRELES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. Editora Malheiros: São 
Paulo. 36ª ed. 2010.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30ª ed. 2014.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. Editora Forense: Rio de 
Janeiro. 29ª ed. 2016.
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na 
Constituição Federal de 1988. 5. ed. Porto Alegre. 2007
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	Código de Ética – Parte II
	Introdução
	Princípios e Valores Fundamentais
	Compromissos de Conduta
	Relacionamentos no Âmbito Interno
	Relacionamentos no Âmbito Externo
	Disposições Finais
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências
	AVALIAR 5: 
	Página 33:

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