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NERVOS ESPINHAIS

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@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
 
OBJETIVOS 
1. Relembrar as classificações dos nervos periféricos (Organização e morfofuncionalidade) 
2. Relacionar a medula espinhal com os nervos espinhais 
3. Entender a organização das Dermátomo 
NERVOS ESPINHAIS 
 
INTRODUÇÃO 
Nervos são cordões esbranquiçados constituídos por 
feixes de fibras nervosas, reforçadas por tecido 
conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos 
órgãos periféricos. Podem ser espinhais ou cranianos, 
conforme esta união se faça com a medula espinhal ou 
com o encéfalo. 
A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, 
impulsos nervosos do sistema nervoso central para a 
periferia (impulsos eferentes) e da periferia para o 
sistema nervoso central (impulsos aferentes). 
Nervos espinhais são aqueles que fazem conexão com a 
medula espinhal e são responsáveis pela inervação do 
tronco, dos membros e partes da cabeça. São em número 
de 31 pares, que correspondem aos 31 segmentos 
medulares existentes. São oito pares de nervos cervicais, 
12 torácicos, cinco lombares, cinco sacrais, um coccígeo. 
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes 
dorsal e ventral, as quais se ligam, respectivamente, aos 
sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula, 
através de filamentos radiculares. 
Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, onde estão 
os corpos dos neurônios sensitivos pseudounipolares, 
cujos prolongamentos central e periférico formam a raiz. 
A raiz ventral é formada por axônios que se originam 
em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da 
medula. Da união da raiz dorsal. sensitiva, com a raiz 
ventral, motora, forma-se o tronco do nervo espinhal, que 
funcionalmente é misto. 
COMPONENTES FUNCIONAIS DAS FIBRAS DOS 
NERVOS ESPINHAIS 
A classificação funcional das fibras que constituem os 
nervos está intimamente relacionada à classificação das 
terminações nervosas. 
Fibras que se ligam perifericamente a terminações 
nervosas aferentes conduzem os impulsos 
centripetamente e são aferentes. As que se originam em 
interoceptores são viscerais, as que se originam em 
proprioceptores ou exteroceptores são somáticas. As 
fibras originadas em exteroceptores, ou fibras 
exteroceptivas, conduzem impulsos originados na 
superfície, relacionados com temperatura, dor, pressão e 
tato. 
Fibras que se ligam perifericamente a terminações 
nervosas eferentes conduzem os impulsos nervosos 
centrifugamente e são, por conseguinte, eferentes, 
podendo ser somáticos ou viscerais. As fibras eferentes 
somáticas dos nervos espinhais terminam em músculos 
estriados esqueléticos; as viscerais, em músculos lisos, 
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
 
cardíaco ou glândula, integrando, como será visto mais 
adiante, o sistema nervoso autônomo. 
 
Verifica-se que, do ponto de vista funcional, os nervos 
espinhais são muito heterogêneos. E em um mesmo 
nervo, em determinado momento, podem existir fibras 
situadas lado a lado, conduzindo impulsos nervosos de 
direções diferentes para estruturas diferentes, enquanto 
outras fibras podem estar inativas. Isto é possível pelo 
fato de as fibras nervosas que constituem os nervos serem 
"isoladas" umas das outras e, portanto, de funcionamento 
independente. A situação é comparável a um cabo 
telefônico com centenas de fios independentes, cada um 
ligando um telefone a uma parte específica do centro. 
TRATOS SENSITIVOS E MOTORES 
A medula espinal tem duas funções principais na 
manutenção da homeostasia: propagação do impulso 
nervoso e integração de informações. 
Os tratos de substância branca são vias rápidas para 
propagação dos impulsos nervosos. As aferências 
sensitivas trafegam por estas vias em direção ao encéfalo, 
e as eferências motoras são enviadas pelo encéfalo, por 
essas vias, para os músculos esqueléticos e outros tecidos 
efetores. A substância cinzenta recebe e integra as 
aferências e eferências. 
Uma das maneiras pelas quais a medula espinal contribui 
para a homeostasia é por meio da condução dos impulsos 
nervosos ao longo de tratos. 
Geralmente o nome de um trato indica sua posição na 
substância branca, bem como onde se inicia e onde 
termina. Por exemplo, o trato corticospinal anterior está 
localizado no funículo anterior; ele se inicia no córtex 
cerebral (substância cinzenta superficial do telencéfalo) e 
termina na medula espinal. Note que a localização das 
terminações axônicas aparece no fim do nome. Esta 
convenção permite que você determine a direção do 
fluxo das informações ao longo de qualquer trato. Como 
o trato corticospinal transmite impulsos nervosos do 
encéfalo para a medula espinal, ele é um trato motor 
(descendente). 
Os impulsos nervosos provenientes dos receptores 
sensitivos se propagam na medula espinal até o encéfalo 
por meio das seguintes vias principais em cada lado da 
medula: o trato espinotalâmico e os tratos do funículo 
posterior. 
− TRATO ESPINOTALÂMICO: transmite 
impulsos nervosos relacionados com dor, calor, 
frio, prurido, cócegas, pressão profunda e tato 
grosseiro. 
− FUNÍCULO POSTERIOR: é formada por dois 
tratos: o fascículo grácil e o fascículo 
cuneiforme. Os tratos do funículo posterior 
conduzem impulsos nervosos associados a tato 
discriminativo, pressão leve, vibração e 
propriocepção consciente (a percepção 
consciente das posições e movimentos dos 
músculos, tendões e articulações). 
Os sistemas sensitivos mantêm o SNC informado sobre 
mudanças nos ambientes externo e interno. As 
informações sensitivas são integradas (processadas) por 
interneurônios na medula espinal e no encéfalo. 
Respostas a estas decisões integrativas são executadas 
por meio de atividades motoras – contrações musculares 
e secreções glandulares. O córtex cerebral, a camada 
externa do encéfalo, exerce um papel importante no 
controle dos movimentos musculares voluntários. 
Outras regiões encefálicas integram informações para a 
regulação de movimentos automáticos. As eferências 
motoras para os músculos esqueléticos trafegam pela 
medula espinal em dois tipos de tratos descendentes: 
direto e indireto. 
VIAS DIRETAS 
Incluem os tratos corticospinal lateral, corticospinal 
anterior e corticonucleares. Elas transmitem impulsos 
nervosos que se originam no córtex cerebral e são 
responsáveis pelos movimentos voluntários dos 
músculosesqueléticos. 
VIAS INDIRETAS 
Incluem os tratos rubrospinal, tectospinal, 
vestibulospinal, reticulospinal lateral e reticulospinal 
medial. Estes tratos conduzem impulsos do tronco 
encefálico que são responsáveis pelos movimentos 
involuntários e auxiliam na coordenação dos movimentos 
corporais com os estímulos visuais. As vias indiretas 
também exercem influência sobre o tônus muscular 
•Somáticas 
•Exteroceptivas 
•Temperatura 
•Dor 
•Pressão 
•Tato 
•Viscerais
•Proprioceptivas 
•Conscientes 
•Inconscientes 
Fibras aferentes 
•Somativas 
•Para músculos estriados e esqueléticos 
•Viscerais 
•Para músculos lisos 
•Para músculos cardíacos 
•Para glândulas 
Fibras eferentes 
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
 
esquelético, mantêm a contração de músculos posturais e 
desempenham uma função importante no equilíbrio por 
meio da regulação do tônus muscular em resposta aos 
movimentos da cabeça 
TRAJETO DOS NERVOS ESPINHAIS 
O tronco do nervo espinhal sai do canal vertebral pelo 
forame intervertebral e logo se divide em um ramo dorsal 
e um ramo ventral, ambos mistos. Com exceção dos três 
primeiros nervos cervicais, os ramos dorsais dos nervos 
espinhais são menores que os ventrais correspondentes. 
Eles se distribuem aos músculos e à pele da região dorsal 
do tronco, da nuca e da região occipital. 
Os ramos ventrais representam, praticamente, a 
continuação do tronco do nervo espinhal. Eles se 
distribuem pela musculatura, pele, ossos e vasos dos 
membros, bem como pela região anterolateral do pescoço 
e dotronco. Os ramos ventrais dos nervos espinhais 
torácicos (nervos intercostais) têm trajeto 
aproximadamente paralelo, seguindo cada um 
individualmente em seu espaço intercostal. Entretanto. o 
mesmo não acontece com os ramos ventrais dos outros 
nervos, que se anastomosam, se entrecruzam e trocam 
fibras, resultando na formação de plexos. Deste modo, os 
nervos originados dos plexos são plurissegmentares. ou 
seja, contêm fibras originadas em mais de um segmento 
medular. Já os nervos intercostais são unissegmentares, 
isto é, suas fibras se originam de um só segmento 
medular. 
De modo geral, os nervos alcançam seu destino pelo 
caminho mais curto. Entretanto, há exceções explicadas 
por fatores embriológicos. Uma delas é o nervo laríngeo 
recorrente, que contorna a artéria subclávia, à direita, ou 
o arco aórtico, à esquerda, antes de atingir seu destino 
nos músculos da laringe. 
O trajeto de um nervo pode ser superficial ou profundo. 
Os primeiros são predominantemente sensitivos e, os 
segundos, predominantemente motores. Entretanto, 
mesmo quando penetra em um músculo, o nerrvo não é 
puramente motor, uma vez que apresenta sempre fibras 
aferentes que veiculam impulsos proprioceptivos 
originados nos fusos neuromusculares. Do mesmo modo, 
os nervos cutâneos não são puramente sensitivos, pois 
apresentam fibras eferentes viscerais (do sistema 
autônomo) para as glândulas sudoríparas. músculos 
eretores dos pelos e vasos superficiais. 
DERMÁTOMO 
Denomina-se dermátomo o território cutâneo inervado 
por fibras de uma única raiz dorsal. O dermátomo recebe 
o nome da raiz que o inerva. Assim, temos os 
dermátomos C3, T5, L4 etc. O estudo da topografia dos 
dermátomos é muito importante para a localização de 
lesões radiculares ou medulares e, para isso, existem 
mapas onde são representados nas diversas partes do 
corpo. 
 
Ao ter uma raiz seccionada, o dermátomo correspondente 
não perde completamente a sensibilidade. visto que 
raízes dorsais adjacentes inervam áreas sobrepostas. Para 
a perda completa da sensibilidade em todo um 
dermátomo, seria necessária a secção de três raízes. 
Porém, no caso do herpes zoster, doença conhecida 
vulgarmente como cobreiro, o vírus acomete 
especificamente as raízes dorsais, causando o 
aparecimento de dores e pequenas vesículas em uma área 
cutânea que corresponde a todo o dermátomo da raiz 
envolvida. 
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
 
 
REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS 
A segunda maneira pela qual a medula espinal mantém a 
homeostasia é servindo como centro de integração de 
alguns reflexos. Reflexo é uma sequência de ações 
automática, rápida e involuntária que ocorre em resposta 
a um determinado estímulo. Alguns reflexos são naturais, 
como quando você tira a mão de uma superfície quente 
mesmo antes de ter apercepção consciente que ela de fato 
está quente. Outros reflexos são aprendidos ou 
adquiridos. Por exemplo, você adquire muitos reflexos 
enquanto está aprendendo a dirigir. Pisar no pedal do 
freio durante uma situação de emergência é um destes 
reflexos. 
Quando a integração ocorre na substância cinzenta da 
medula espinal, o reflexo é chamado de reflexo espinal. 
Um exemplo é o conhecido reflexo patelar. Se, por outro 
lado, a integração acontece no tronco encefálico, o 
reflexo então é chamado de reflexo craniano. Um 
exemplo é a movimentação de seus olhos enquanto você 
lê esta frase. Você provavelmente conhece melhor os 
reflexos somáticos, que envolvem a contração de 
músculos esqueléticos. 
Igualmente essenciais, no entanto, são os reflexos 
autônomos (viscerais), os quais geralmente não são 
percebidos conscientemente. Eles envolvem respostas 
dos músculos lisos, dos músculos cardíacos e das 
glândulas. Funções corporais como a frequência cardíaca, 
a digestão, a micção e a defecação são controladas pela 
divisão autônoma do sistema nervoso por meio de 
reflexos autônomos. 
Os impulsos nervosos que se propagam em direção ao 
SNC, dentro dele ou para fora dele seguem padrões 
específicos, dependendo do tipo de informação, de sua 
origem e de seu destino. A via seguida pelos impulsos 
nervosos que produzem um reflexo é conhecida como 
arco reflexo (circuito reflexo). Um arco reflexo inclui os 
cinco componentes funcionais a seguir: 
1. Receptor sensitivo – A terminação distal de um 
neurônio sensitivo (dendrito) ou de uma estrutura 
sensitiva associada exerce a função de receptor sensitivo. 
Ela responde a um estímulo específico – modificação dos 
ambientes interno ou externo – por meio da geração de 
um potencial graduado chamado de potencial gerador (ou 
receptor). Se um potencial gerador atinge o limiar de 
despolarização, ele irá gerar um ou mais impulsos 
nervosos no neurônio sensitivo. 
2. Neurônio sensitivo – Os impulsos nervosos se 
propagam, a partir do receptor sensitivo, pelo axônio do 
neurônio sensitivo até as terminações axônicas, que estão 
localizadas na substância cinzenta da medula espinal ou 
do tronco encefálico. Nestes pontos, interneurônios 
enviam impulsos nervosos para a área do encéfalo 
responsável pela percepção consciente de que aconteceu 
um reflexo. 
3. Centro de integração - Uma ou mais regiões de 
substância cinzenta no SNC atuam como um centro de 
integração. No tipo mais simples de reflexo, o centro de 
integração é uma simples sinapse entre um neurônio 
sensitivo e um neurônio motor. A via reflexa que 
apresenta apenas uma sinapse no SNC é chamada de arco 
reflexo monossináptico. Os centros deintegração são 
mais frequentemente compostos por um ou mais 
interneurônios, os quais podem transmitir impulsos para 
outros interneurônios ou para um neurônio motor. Um 
arco reflexo polissináptico envolve mais de dois tipos de 
neurônios e mais de um tipo de sinapse no SNC. 
4. Neurônio motor - Impulsos gerados pelos centros de 
integração se propagam para fora do SNC em um 
neurônio motor que se estende até a parte do corpo que 
executará a resposta. 
5. Efetor - parte do corpo que responde ao impulso 
nervoso motor, como um músculo ou uma glândula, é 
chamada de efetor. Esta resposta é conhecida como 
reflexo. Se o efetor é um músculo esquelético, o reflexo é 
chamado de reflexo somático. Se o efetor é um músculo 
liso, um músculo cardíaco ou uma glândula, então o 
reflexo é conhecido como reflexo autônomo 
Como os reflexos são de modo geral previsíveis, eles 
fornecem informações úteis sobre a saúde do sistema 
nervoso e podem ajudar muito no diagnóstico de 
doenças. Lesões ou doenças em qualquer parte do arco 
reflexo podem causar a ausência de reflexos ou sua 
exacerbação. Por exemplo, a percussão do ligamento da 
patela normalmente causa a extensão reflexa da 
articulação do joelho. A ausência do reflexo patelar pode 
indicar uma lesão de neurônios sensitivos ou motores, 
bem como uma lesão na região lombar da medula 
espinal. Os reflexos somáticos geralmente podem ser 
testados por meio da percussão da superfície corporal. 
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues

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