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UNIVERSIDADE DAS ROSAS BACHARELADO EM ENFERMAGEM RAFAELA ROSA DE SOUSA ESTUDO DE CASO: USO DA RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO TERESINA-PI 2021 RAFAELA ROSA DE SOUSA ESTUDO DE CASO: USO DA RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO Trabalho apresentado à disciplina de Farmacologia do Curso Bacharelado de Enfermagem na Universidade das Rosas como requisito de aprovação. Orientador (a): Nome da oritentador (a) TERESINA-PI 2021 SUMÁRIO RESUMO ......................................................................................................................... 5 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 8 1.2.1 OBJETIVO GERAL: ....................................................................................... 8 1.2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................... 8 2 METODOLOGIA .......................................................................................................... 9 2.1 TIPO DE EPSQUISA ............................................................................................. 9 2.2 OBJETO DE ESTUDO........................................................................................... 9 Estudo de caso: uso da razapina odt (mirtazapina) no tratamento do transtorno depressivo. .................................................................................................................... 9 2.3 BASES DE DADOS ............................................................................................... 9 3 REFERENCIAL TEORICO ........................................................................................ 10 3.1 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................... 10 3.1.1 NOME GENÉRICO ....................................................................................... 10 3.1.2 MARCOAS COMERCIAIS .......................................................................... 10 3.1.3 APRESENTAÇÕES COMERCIAIS ............................................................. 10 3.1.4 O QUE É ........................................................................................................ 10 3.1.5 INDICAÇÕES ................................................................................................ 10 3.1.6 POSOLOGIA ................................................................................................. 10 3.2 MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA (ORIGINAL) .......................................... 11 3.2.1 NOME DO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA ...................................... 11 3.2.2 IMAGEM DO MEDICAMENTO ................................................................. 11 3.3 MEDICAMENTOS GENÉRICOS ....................................................................... 12 3.3.1 NOME DO MEDICAMENTO GENÉRICO ................................................. 12 3.3.2 IMAGEM DA MIRTAZAPINA .................................................................... 12 3.4 MEDICAMENTOS SIMILARES ........................................................................ 13 3.4.1 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO ................................................... 13 3.4.2 IMAGEM DO RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) ................................... 13 4 FARMACOLOGIA ..................................................................................................... 14 4.1 RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) .................................................................. 14 4.1.1 APRESENTAÇÕES COMERCIAIS ............................................................. 14 4.1.2 O QUE É ........................................................................................................ 14 4.1.3 INDICAÇÕES ................................................................................................ 14 4.1. 4 PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO? ................................ 14 4.1.5 COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? ........................................... 14 4.1.6 PARA QUE SERVE: ..................................................................................... 14 5.1 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ............................................................... 15 5.1.1 INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS.................................................... 15 5.1.2 INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS ..................................................... 15 5.1.3 INTERAÇÃO ALIMENTÍCIA ...................................................................... 16 6.1 RESULTADOS DE EFICÁCIA ........................................................................... 16 DE MODO GERAL, ESSES ESTUDOS DEMONSTRARAM QUE A MIRTAZAPINA FOI SUPERIOR AO PLACEBO EM PELO MENOS TRÊS DAS SEGUINTES QUATRO MEDIDAS ...................................................................... 16 7.1 CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS .................................................... 17 7.1.1 PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS .................................................. 17 7.1.2 POPULAÇÃO PEDIÁTRICA ....................................................................... 18 7.1.3 PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS ................................................ 18 8.1 POSOLOGIA PARA O EFEITO TERAPÊUTICO: .................................................19 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 22 RESUMO ESTUDO DE CASO: USO DA RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO INTRODUÇÃO: A depressão é um transtorno mental prevalente e debilitante, que pode apresentar um quadro clínicas persistentes e recidivas ao longo da vida. Razapina ODT (mirtazapina) é um medicamento pertencente ao grupo de antidepressivos, sendo indicado para o tratamento do transtorno depressivo. OBJETIVO GERAL: Descrever sobre o uso da Razapina ODT (mirtazapina) no tratamento do transtorno depressivo. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, de abordagem descritiva, no qual foi consultada a bula do medicamento de Razapina ODT (mirtazapina), Blogs, bem como, as bases de dados: Biblioteca Virtual em salud Enfermeria/ Enfermagem (BDENF) e Biblioteca Virtual em Saúde (Scielo), tenco como descritores: Transtornos depressivos; Depressão e Antidepressivos. CONCLUSÃO: Verificou-se que o uso de Mirtazapina no tratamento do transtorno depressivo é bastante comum. Com esse medicamento, os neurônios têm a quantidade de serotonina e de noradrenalina aumentada. É um antidepressivo considerado diferente dos demais devido a esta ação direta sob os neurônios, sendo claramente observados um melhora nos sintomas da depressão observados. Lembrando que esse medicamento só pode ser liberado com prescrição medica ou de um farmacêutico. Palavras-Chave: Transtornos depressivos; Depressão e Antidepressivos 6 1 INTRODUÇÃO A depressão é um transtorno mental prevalente e debilitante, que pode apresentar um quadro clínicas persistentes e recidivas ao longo da vida. Sendo considerada uma psicopatologia com etiologia complexa e que envolve diversos sintomas, por exemplo, a diminuição da autoestima e a presença de anedonia, geralmente com perda do significado atribuído à vida (MARTINS, et al., 2019). Sendo assim, os transtornos depressivos são definidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico deTranstornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria (DSM – 5), como um conjunto de transtornos que apresentam em comum: “humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo”. O que diferencia entre as formas clínicas de depressão, é a duração, momento da apresentação ou etiologia presumida (DSM-5). Os transtornos depressivos afetam 121 milhões de pessoas no mundo sendo responsável pelo quarto lugar em gastos totais com doenças. Em 2020 segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) deverá ser a segunda causa no ranking de Anos de Vida Perdidos Ajustados por incapacidade para todas as faixas etárias, que calcula o total de anos perdidos em determinada população, por incapacidade ou morte prematura (SILVA; PELIZZARI; LINARTEVICHI, 2019). Antidepressivos são recomendados para o tratamento, sobretudo na depressão moderada a grave, porém apenas metade dos pacientes apresenta resposta satisfatória com utilização desses fármacos. Existem varias classes de antidepressivos, a maioria dos quais são direcionados para neurônios que secretam a serotonina, noradrenalina ou dopamina. Eles possuem diferentes mecanismos de ação que permitem aumentar a quantidade disponível de neurotransmissores ou restauras circuitos neurais afetados pela depressão (SILVA; PELIZZARI; LINARTEVICHI, 2019). Lembrando que mirtazapina é um medicamento antidepressivo, que pode ser encontrado pelos nomes comerciais: Remeron, Zispin, Avanza, Remergil, Menelat, Razapina, entre outros. Sendo assim, ao associar o uso da Razapina ODT (mirtazapina) ao tratamento tem-se a expetativa de melhorar no quadro de distúrbio depressivo do paciente. A mirtazapina começa a fazer efeito, em geral, após uma ou duas semanas de tratamento. Assim, após duas a quatro semanas de tratamento, ocorre uma melhora nos sintomas da depressão. No entanto, caso o paciente não tenha uma resposta positiva, 7 mesmo com o aumento da dose, o medicamento deve ser interrompido. E juntamente com médico devem optar por outra medicação com intuito de atender as necessidades do paciente e consequentemente a sua melhora e se possível cura. 8 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL: Descrever sobre o uso da Razapina ODT (mirtazapina) no tratamento do transtorno depressivo. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS Apresentar os medicamentos de referência (original), genéricos e similares da Razapina ODT (mirtazapina); Verificar a função da Razapina ODT (mirtazapina); Averiguar para que serve Razapina ODT (mirtazapina); Descrever o processo de Farmacocinética e Farmacodinâmica da Razapina ODT (mirtazapina); Especificar a posologia Razapina ODT (mirtazapina) para o efeito terapêutico. 9 2 METODOLOGIA 2.1 TIPO DE EPSQUISA Trata-se de um estudo de caso, de abordagem descritiva. O estudo de caso é um método de pesquisa que utiliza, geralmente, dados qualitativos, coletados a partir de eventos reais, com o objetivo de explicar, explorar ou descrever fenômenos atuais inseridos em seu próprio contexto. Caracteriza-se por ser um estudo detalhado e exaustivo de poucos, ou mesmo de um único objeto, fornecendo conhecimentos profundos (BRANSKI; FRANCO; JR, 2010). 2.2 OBJETO DE ESTUDO Estudo de caso: uso da razapina odt (mirtazapina) no tratamento do transtorno depressivo. 2.3 BASES DE DADOS Para a realização desse trabalho foi consultada a bula do medicamento de Razapina ODT (mirtazapina), Blogs, bem como, as bases de dados: Biblioteca Virtual em salud Enfermeria/ Enfermagem (BDENF) e Biblioteca Virtual em Saúde (Scielo), tenco como descritores: Transtornos depressivos; Depressão e Antidepressivos. 10 3 REFERENCIAL TEORICO 3.1 CLASSIFICAÇÃO 3.1.1 NOME GENÉRICO Trata-se da substância ativa, isto é, aquela que exerce a ação principal do remédio. 3.1.2 MARCOAS COMERCIAIS São marcas pertencentes a laboratórios fabricantes de remédios. Elas funcionam como referências de produtos comercializados e são citadas como base e acessibilidade. 3.1.3 APRESENTAÇÕES COMERCIAIS Os medicamentos são comercializados de diferentes formas, denominadas apresentações: comprimidos, gotas, pomadas, injetáveis e etc. As separações são separadas de acordo com suas concentrações, por exemplo: comprimido 100mg, comprimido 200mg, creme a 0,1 mg/g e etc. Vale salientar também que os laboratórios às vezes alteram as formas de apresentação ou as concentrações de seus produtos. 3.1.4 O QUE É Trata-se de classes medicamentosa a qual o produto pertence, em alguns casos, há, entre colchetes ou parênteses, alguma característica química do produto, a fim de orientar profissionais e pacientes, principalmente nos casos de alergias a algum produto com a mesma característica. 3.1.5 INDICAÇÕES Trata-se das indicações do produto. Vale salientar que o produto pode ter várias indicações, na qual são prescritas na bula do medicamento. 3.1.6 POSOLOGIA São apresentadas as doses médias do produto, suas principais vias de administração alguns cuidados quanto a sua utilização. As doses são apresentadas em função do peso corpóreo, no entanto, podem varias conforme a indicação do medicamento. Confusões ocorridas quanto às medidas dos medicamentos podem resultar na falta de sucesso do tratamento ou até mesmo em casos de intoxicação. Eis algumas medidas mais comumente utilizadas: 1 colher de café corresponde a 2ml; 1 colher de chá corresponde a 5ml; 1 colher de sopa corresponde a 15 ml. 11 Observações: As colheres caseiras podem possuir diversos tamanhos, portanto, não é recomendável que sejam usadas como medidas de medicamentos; Alguns medicamentos vêm acompanhados de copo-medida, cuja capacidade varia de acordo com o laboratório. Portanto, deve-se prestar bastante atenção as marcas existentes nos copos. É comum também que haja enganos na administração de injeção intramuscular, pois nem sempre o local correto de administração e respeitado. Nas nádegas, o local adequado é o quadrante superior; no braço, é o musculo deltoide; na coxa, a face lateral externa que é vasto lateral. 3.2 MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA (ORIGINAL) DEFINIÇÃO: Normalmente trata-se do medicamento que detém a patente de descoberta, isto é, o primeiro a surgir no mercado. Geralmente e comercializado com uma marca comercial. Sendo assim, o medicamento de referência é usado como parâmetro de comparação para os testes de medicamentos genéricos. 3.2.1 NOME DO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA Remeron Sol Tab® (Organon). 3.2.2 IMAGEM DO MEDICAMENTO 12 3.3 MEDICAMENTOS GENÉRICOS DEFINIÇÃO: Trata-se do medicamento que, em conformidade a lei n. 9.78799 (citada na embalagem), é comercializado apenas com nome genérico, ou seja, apenas com nome da substancia ativa, sem nome comercial; Os medicamentos genéricos devem passar por testes de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade. Tais testes são realizados tendo com base o medicamente de referência, ou seja, o medicamento original. Sendo que o medicamento genérico só pode ser comercializado depois de vencido o direito de patente do medicamento de referencia. 3.3.1 NOME DO MEDICAMENTO GENÉRICO Mirtazapina 3.3.2 IMAGEM DA MIRTAZAPINA 13 3.4 MEDICAMENTOS SIMILARES DEFINIÇÃO: Trata-se do medicamento que é comercializado com uma marca comercial, mas não possui a patente da descoberta. 3.4.1 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Razapina ODT (Mirtazapina); Medicamento similiar equivalente ao medicamento de referência. 3.4.2 IMAGEM DO RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) 14 4 FARMACOLOGIA 4.1 RAZAPINA ODT (MIRTAZAPINA) 4.1.1 APRESENTAÇÕES COMERCIAIS Razapina ODT (mirtazapina) comprimido orodispersível 15 mg. Embalagem contendo 7 ou 28 comprimidos orodispersíveis; Razapina ODT (mirtazapina) comprimido orodispersível30 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos orodispersíveis; Razapina ODT (mirtazapina) comprimido orodispersível 45 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos orodispersíveis. USO ORAL; USO ADULTO. 4.1.2 O QUE É Antidepressivo; (antidepressivo tetracíclico; antagonista receptor alfa-2 no sistema nervo central). 4.1.3 INDICAÇÕES Depressão maior. 4.1. 4 PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO? Razapina ODT (mirtazapina) é um medicamento pertencente ao grupo dos antidepressivos. É indicado para tratar a doença depressão. 4.1.5 COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? A mirtazapina é uma substância que age no sistema nervoso central interferindo em outras substâncias responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e melhorando os sintomas da depressão. A mirtazapina apresenta propriedades sedativas. Ela praticamente não apresenta atividade anticolinérgica e, em doses terapêuticas, praticamente não apresenta efeitos sobre o sistema cardiovascular. A ação de Razapina ODT inicia, em geral, após 1 a 2 semanas de tratamento. O tratamento com uma dose adequada deve resultar em uma resposta positiva dentro de 2 a 4 semanas. 4.1.6 PARA QUE SERVE: Mirtazapina é indicada no tratamento de episódios de depressão maior.Atuando 15 no aumento da transmissão noradrenérgica e na modulação da função central da serotonina. Em outras palavras, esse trabalho contribui para atividade antidepressiva. Então, para que serve a mirtazapina? Para tratar pacientes com: Depressão. 5.1 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 5.1.1 INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS A mirtazapina não deve ser administrada concomitantemente com inibidores da MAO ou dentro das duas semanas após a descontinuação do tratamento com inibidor da MAO. Por outro lado, deve-se aguardar cerca de duas semanas para que pacientes tratados com mirtazapina possam ser tratados com inibidores da MAO. Além disso, assim como com os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs), a administração concomitante com outras substâncias ativas serotoninérgicas (L-triptofano, triptanos, tramadol, linezolida, azul de metileno, SSRIs, venlafaxina, lítio e preparações contendo Erva de São João – Hypericum perforatum) pode levar ao aparecimento de efeitos associados com a serotonina. A mirtazapina pode aumentar as propriedades sedativas das benzodiazepinas e outros sedativos (especialmente antipsicóticos, antagonistas H1 histamínicos, opioides). Recomenda-se cautela quando esses medicamentos são prescritos juntamente com a mirtazapina. A mirtazapina pode aumentar o efeito depressor do álcool sobre o SNC. Os pacientes devem ser advertidos a evitar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto estiverem em tratamento com mirtazapina. A mirtazapina, na dose de 30 mg uma vez ao dia causou um aumento pequeno, mas estatisticamente significativo, na razão internacional normalizada (INR) em indivíduos tratados com varfarina. Considerando que com doses mais elevadas de mirtazapina não pode ser excluído um efeito mais pronunciado, é recomendável monitorar a INR em caso de tratamento concomitante de varfarina com mirtazapina. O risco de prolongamento do intervalo QT e/ ou arritmias ventriculares (por exemplo, Torsades de Pointes) pode ser aumentado com o uso concomitante de medicamentos que prolongam o intervalo QTc (por exemplo alguns antipsicóticos e antibióticos) e no caso de superdose com mirtazapina. 5.1.2 INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS A carbamazepina e a fenitoína, que são indutores da CYP3A4, aumentaram a depuração da mirtazapina cerca de duas vezes, resultando em uma redução nas concentrações plasmáticas médias da mirtazapina de 60% e 45%, respectivamente. 16 Quando a carbamazepina ou qualquer outro indutor do metabolismo hepático (tal como a rifampicina) for adicionado ao tratamento com mirtazapina, a dose desta pode precisar ser aumentada. Se o tratamento com tal medicamento for descontinuado, poderá ser necessário reduzir a dose de mirtazapina. A administração concomitante do potente inibidor da CYP3A4, cetoconazol, aumentou os níveis plasmáticos de pico e a AUC da mirtazapina em aproximadamente 40% e 50%, respectivamente. Quando a cimetidina (fraco inibidor da CYP1A2, CYP2D6 e CYP3A4) for administrada com a mirtazapina, a concentração plasmática média da mirtazapina pode aumentar mais de 50%. Recomenda-se cautela e a dose poderá precisar ser reduzida ao administrar mirtazapina com potentes inibidores da CYP3A4, inibidores da HIV protease, antifúngicos azoles, eritromicina, cimetidina ou nefazodona. Os estudos sobre interações não indicaram nenhum efeito farmacocinético relevante com o tratamento concomitante da mirtazapina com paroxetina, amitriptilina, risperidona ou lítio. 5.1.3 INTERAÇÃO ALIMENTÍCIA Os pacientes devem ser advertidos a evitar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto estiverem em tratamento com mirtazapina. A ingestão de alimentos não influencia a farmacocinética da mirtazapina. 6.1 RESULTADOS DE EFICÁCIA A eficácia de mirtazapina no tratamento do transtorno depressivo maior foi estabelecida em 4 estudos clínicos controlados com placebo, com duração de 6 semanasem pacientes adultos ambulatoriais, que preencheram os critérios da DSM-III para transtorno depressivo maior. Os pacientes foram submetidos à titulação da dose de mirtazapina a partir de uma dose variando entre 5 mg até 35 mg/dia. DE MODO GERAL, ESSES ESTUDOS DEMONSTRARAM QUE A MIRTAZAPINA FOI SUPERIOR AO PLACEBO EM PELO MENOS TRÊS DAS SEGUINTES QUATRO MEDIDAS: Escore total da escala de 21 itens de avaliação da depressão de Hamilton [Hamilton Depression Rating Scale (HDRS)]; Item Humor Deprimido da HDRS; 17 Escore de gravidade da escala de impressão clínica global [(CGI) Clinical Global Impression]; Escore escala de avaliação da depressão de Montgomery e Asberg [Montgomery and Asberg Depression Rating Scale (MADRS)]. A superioridade da mirtazapina em relação ao placebo foi também detectada em determinados fatores da HDRS, incluindo o fator ansiedade/somatização e o fator distúrbio do sono. A dose média de mirtazapina para pacientes que completaram esses 4 estudos variou de 21 a 32 mg/dia. A avaliação dos subitens idade e sexo da população não revelou nenhuma resposta diferencial com base nesses subgrupos. Em um estudo de longo prazo, pacientes que atenderam aos critérios da DSM IV para transtorno depressivo maior que haviam respondido ao tratamento durante o período inicial de 8 a 12 semanas de tratamento agudo com mirtazapina, foram randomizados para continuar o tratamento com mirtazapina ou placebo por até 40 semanas de observação quanto à recidiva. A resposta durante a fase aberta foi definida como tendo atingido o escore total na HAM-D 17 menor ou igual a 8 e um escore de melhora na CGI de 1 ou 2 em duas consultas consecutivas a partir da semana 6 do período da fase aberta do estudo de 8 a 12 semanas. A recidiva durante a fase duplo-cega foi determinada individualmente pelos pesquisadores. Os pacientes que continuaram recebendo o tratamento com mirtazapina apresentaram índices de recidiva significativamente mais baixos durante as 40 semanas subsequentes em comparação com aqueles pacientes que receberam placebo. Esse padrão foi demonstrado tanto para pacientes do sexo masculino quanto do sexo feminino. 7.1 CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Grupo farmacoterapêutico: outros antidepressivos; - Código ATC: N06AX11. 7.1.1 PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS A mirtazapina é um antagonista alfa-2 de ação pré-sináptica central, que aumenta a neurotransmissão central noradrenérgica e serotoninérgica. Esse aumento é especificamente mediado pelos receptores 5-HT1, porque os receptores 5-HT2 e 5-HT3 são bloqueados pela mirtazapina. 18 Presume-se que os enantiômeros da mirtazapina contribuam para a atividade antidepressiva, o enantiômero S(+)bloqueando receptores alfa-2 e 5-HT2 e o enantiômero R(-) bloqueando os receptores 5-HT3. A atividade antagonista histamínica H1 da mirtazapina é associada com suas propriedades sedativas. Ela praticamente não apresenta atividade anticolinérgica e, em doses terapêuticas, apresenta apenas efeitos limitados (por exemplo, hipotensão ortostática) sobre o sistema cardiovascular. 7.1.2 POPULAÇÃO PEDIÁTRICA Dois estudos randomizados, duplo-cegos, placebo-controlados em crianças com idade entre 7 e 18 anos com distúrbios de depressão maior (n = 259) utilizando uma dose flexível durante as 4 primeiras semanas (15 – 45 mg de mirtazapina) seguida por uma dose fixa (15, 30 ou 45 mg de mirtazapina) por outras 4 semanas, falharam em demonstrar diferenças significativas nos desfechos primários e secundários entre os tratamentos com mirtazapina e o placebo. Foi observado ganho de peso significativo (? 7%) em 48,8% dos pacientes tratados com mirtazapina comparado com 5,7% no braço recebendo placebo. Também foram comumente observados urticária (11,8% vs 6,8%) e hipertrigliceridemia (2,9% vs 0%). 7.1.3 PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS Após a administração oral de mirtazapina a substância ativa mirtazapina é rapidamente bem absorvida (biodisponibilidade aproximadamente igual a 50%), atingindo picos de níveis plasmáticos após aproximadamente 2 horas. A ligação da mirtazapina às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 85%. A meia-vida de eliminação é de 20-40 horas; meias-vidas mais longas, de até 65 horas, foram ocasionalmente registradas, e, meias-vidas mais curtas foram observadas em homens jovens. A meia-vida de eliminação é suficiente para justificar a posologia de administração única diária. O estado de equilíbrio é atingido após 3-4 dias, após o que não ocorre acúmulo. A mirtazapina apresenta farmacocinética linear dentro do intervalo de dose recomendada. A ingestão de alimentos não influencia a farmacocinética da mirtazapina. A mirtazapina é amplamente metabolizada e é eliminada pela urina e fezes dentro de poucos dias. As principais vias de biotransformação são desmetilação e oxidação seguidas por conjugação. Dados in vitro de microssomos do fígado humano 19 indicaram que as enzimas CYP2D6 e CYP1A2 do citocromo P450 estão envolvidas na formação do metabólito 8-hidróxi da mirtazapina, enquanto que a CYP3A4 é considerada como responsável pela formação dos metabólitos N-desmetil e N-óxido. O metabólito desmetil é farmacologicamente ativo e parece apresentar o mesmo perfil farmacocinético do composto de origem. A depuração da mirtazapina pode ser reduzida como resultado de insuficiência renal ou hepática. 8.1 POSOLOGIA PARA O EFEITO TERAPÊUTICO: Uso oral; Em dose única diária, antes de deitar; Adultos: iniciar com 15mg. Se necessário, a dose pode ser aumentada, desde que se respeite um intervalo mínimo de 1 semana entre os aumentos; Dose máxima e de 45mg. Idosos: utiliza a mesma dose de adultos, porém os aumentos das doses devem ser bem monitorados; Importante: resultados demoram de 1 a 2 semanas; Criança: Eficácia e segurança não estabelecidas. 20 CUIDADOS ESPECIAIS Risco na gravidez: C Amamentação: não se sabe se o produto é excretado no leite; não usar. 21 4 CONCLUSÃO Verificou-se que o uso de Mirtazapina no tratamento do transtorno depressivo é bastante comum. Com esse medicamento, os neurônios têm a quantidade de serotonina e de noradrenalina aumentada. É um antidepressivo considerado diferente dos demais devido a esta ação direta sob os neurônios, sendo claramente observados um melhora nos sintomas da depressão observados. Lembrando que esse medicamento só pode ser liberado com prescrição medica ou de um farmacêutico. 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brandao Rui. Mirtazapina: tudo o que você queria saber. Saúde e bem-estar. 26 fevereiro, 2021. Disponível em: https://zenklub.com.br/blog/saude-bem- estar/mirtazapina/. Acesso em: 05/07/2021. Vittude Blog. Mirtazapina: indicações e efeitos colaterais. 31 de agosto de 2019. Disponível em: https://www.vittude.com/blog/mirtazapina/. Acesso em: 05/07/2021. DA SILVA, Marcelo Luis; PELIZZARI, João Vitor; LINARTEVICHI, Vagner Fagnani. Folato e seu papel na depressão. FAG JOURNAL OF HEALTH (FJH), v. 1, n. 2, p. 201-209, 2019. MARTINS, Bianca Gonzalez et al. Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse: propriedades psicométricas e prevalência das afetividades. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 68, p. 32-41, 2019. Razapina ODT mirtazapina. Comercializado por: moksha8 Brasil Distribuidora e Representação de Medicamentos Ltda. Av. Ibirapuera, 2332 -Torre 1 - 13° andar, Indianópolis CEP 04028-002 - São Paulo - SP C.N.P.J.: 07.591.326/0001-80. Farm. Resp.: Cláudia Larissa S. Montanher. Disponível em: https://www.sandoz.com.br/sites/www.sandoz.com.br/files/Razapina_ODT_Profissiona l.pdf. Acesso em: 05/07/2021. http://www.vittude.com/blog/mirtazapina/ https://www.sandoz.com.br/sites/www.sandoz.com.br/files/Razapina_ODT_Profissional.pdf https://www.sandoz.com.br/sites/www.sandoz.com.br/files/Razapina_ODT_Profissional.pdf
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