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Direito Empresarial - Propriedade Industrial

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DIREITO EMPRESARIAL 
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PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
Fundamento legal: Lei 9.279/96. 
 
PATENTE 
Conceito: trata-se de um produto que tem aplicação industrial, busca-se proteger o produto e 
não o seu nome. 
 
REQUISITOS PARA A PATENTE 
Fundamento legal: artigos 8º, 10° e 18 da Lei de Propriedade Intelectual. 
A. Novidade: não existe outro igual; 
Exemplo: nova fórmula de medicamento. 
B. Atividade inventiva: é atividade humana empregada para chegar naquele resultado; 
C. Aplicação industrial: possibilidade de produção em massa (em série), se é de fato um 
produto, uma coisa. 
ATENÇÃO: método de jogo; método científico; método contábil; método de diagnóstico, não 
são coisas e sim ideias, não sendo passível de patente. 
 
ESPÉCIES E PRAZO DE PATENTE 
Fundamento legal: artigos 9° e 40 da Lei de Propriedade Industrial. 
I. Patente de invenção 
Conceito: pressupõe a criação de algo novo; prazo de proteção é de 20 anos, contados do 
depósito (momento em que se dá entrada no pedido), após esse período vai em domínio 
público, não garantindo mais exclusividade. 
Exemplo: máquina nespresso, teve exclusividade por 20 anos, agora existem diversas máquinas. 
II. Patente de modelo de utilidade 
Conceito: pressupõe a melhoria de um produto que já existe. 
Exemplo: celular. 
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Conceito²: o seu prazo de proteção será de 15 anos, contados do depósito. 
 
TITULARES 
Fundamento legal: artigos 6° e 7° da Lei de Propriedade Industrial. 
Conceito: existindo duas ou mais pessoas que conjuntamente se dizem inventoras, a patente 
pertencera às pessoas envolvidas; Existindo duas ou mais pessoas que isoladamente se dizem 
inventoras, a titularidade será de quem primeiro depositou (primeiro deu entrada no pedido). 
ATENÇÃO: o Brasil é signatário do tratado internacional de nome Convenção de Paris, o qual 
diversos países possuem um órgão semelhante ao INPI, razão pela qual a sua proteção, bem 
como o benefício de ordem será respeitado em qualquer lugar. 
Procedimento: da entrada do pedido até a sua concessão junto ao INPI. 
Fundamento legal: artigos 30 e seguintes da Lei de Propriedade Industrial. 
Data do depósito: momento em que dou entrada no pedido, juntando o comprovante da taxa, bem 
como os documentos necessários. Esta fase permanecerá sem nenhum andamento por 180 dias 
e em sigilo, salvo por pedido expresso do titular em contrário, este prazo serve para que o 
suposto inventor faça a análise se de fato prosseguirá com o pedido; ao fim desse prazo, haverá a 
publicação na revista especializada (revista de propriedade industrial), para que outras pessoas 
tomem ciência do pedido e possam apresentar eventuais impugnações; a partir desse momento se 
inicia o período sem prazo determinado para o exame, neste prazo o INPI verificará se 
preenchido os requisitos, analisar impugnações, dentre outros; Havendo concordância pelo INPI, 
haverá a entrega da carta patente, sendo concedida a patente (exclusividade). 
Licença: trata-se da permissão de uso, o titular segue titular, mas pode conceder a utilizava. A 
licença pode ser: 
a) Voluntária: combinação entre as partes; 
b) Compulsória: o próprio legislador diz que quando cabe a compulsoriedade, vejamos: 
Comentários: B.1. Em casos de abuso: inércia, falta de exploração pelo titular. Essa inércia deve 
ser de no mínimo 3 anos. 
ATENÇÃO: não tem nenhuma relação com o valor. 
B.2. Em casos de licença cruzada (patente dependente): existe uma dependência da 
exploração de uma patente em relação a outra. 
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Requisitos: dependência; tentativa de acordo; e significativo progresso (avaliação do INPI); 
C. Em casos de emergência nacional ou interesse público (sempre deve haver a declaração 
pelo poder executivo federal). 
Exemplo: vacina da covid, ainda que na fase de sigilo (artigos 68 a 71 da Lei de Propriedade 
Industrial). 
 
MARCA 
Conceito: busca-se proteger um sinal visual. 
Requisitos: I. Novidade relativa: precisa ser novo em determinada classe (ramo de atividade); 
II. A marca não pode colidir com marca de alto renome (famosa, registrado no INPI, e pela 
pesquisa realizada, recebe proteção especial, em todos os Ramos de atividade e não somente 
naquele desenvolvido) (artigo 125 da Lei de Propriedade Industrial); 
III. A marca não pode colidir com marca notoriamente conhecida: marca conhecida, não por ser 
famosa, mas que registrado em outro país (convenção da união de Paris), não tem registro no 
Brasil, mas a sua proteção se estende sendo, porém, apenas no ramo que desenvolve a sua 
atividade (artigo 126 da Lei de Propriedade Industrial). 
Prazo de exclusividade: que será de 10 anos da sua concessão e não do seu depósito, 
prorrogado sucessivamente (artigo 133 da Lei de Propriedade Industrial). 
 
ESPÉCIES DE MARCA 
Conceito: em relação a lei, há três espécies: 
Fundamento legal: artigo 123 da Lei de Propriedade Industrial. 
Produto ou serviço: é aquela usada para diferenciar um produto ou serviço e outro semelhante; 
Exemplos: marcas: tridimensionais (o objeto em si, ex. garrafa de água de vidro); de posição (o 
local em que aquela marca deve constar, ex. New balance sempre ao lado do tênis); dentre 
outros. 
Marca de certificação: serve para atestar a conformidade de um produto ou serviço (exemplo: 
inmetro) (empresa certificadora, não pode ser titular de uma empresa que desenvolve o produto 
que receberá a certificação); 
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Marca coletiva: pertence a determinada entidade (cooperativa; associação; dentre outros), e os 
membros da entidade podem utilizar. 
 
DESENHO INDUSTRIAL 
Conceito: busca-se proteger o formato ou o design de um determinado produto ou serviço, não 
sobre um viés artístico e sim em razão da produção em escala. A proteção se dá ao conjunto 
ornamental de linhas e cores, aplicados a um produto (artigo 95 da Lei de Proteção Industrial). 
Prazo de proteção: será de 10 anos, contados do depósito, podendo ser prorrogável por 3 
períodos de 5 anos (artigo 108 da Lei de Propriedade Industrial).

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