Buscar

MED SEMANA 17

Prévia do material em texto

Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
CIRURGIA 06 
ONCOLOGIA II (Esôfago, Estômago, Cólon, 
Pâncreas e Fígado) 
CÂNCER DE ESÔFAGO 
Nos pacientes com quadro de hiperceratose 
(tilose) palmoplantar, tem um risco elevado de 
desenvolver CA de esôfago, tumores de cabeça 
e pescoço. 
Tipos Histológicos: Escamoso / Adenocarcinoma. 
Localização dos Tumores: 
• Escamoso: porção médio-proximal. 
• Adenocarcinoma: porção distal. 
Fatores de Risco 
Para o tipo escamoso, os fatores de risco são fatores 
externos, já para o adenocarcinoma são fatores 
internos. 
Escamoso ° Tabagismo, etilismo, acalásia, 
estenose cáustica, tilose. 
Adenocarcinoma ° DRGE (Barret e Obesidade). 
 
Manifestações Clínicas 
• Disfagia e emagrecimento em meses – nos 
casos onde esse quadro acontece em anos, o 
diagnóstico mais provável é acalásia. 
Diagnóstico 
• EDA com biópsia. 
Estadiamento 
Exames Utilizados para Chegar no TMN: 
• T: USG endoscópico +/- Broncoscopia 
(qualquer alteração na mucosa das vias aéreas 
é contraindicação para abordagem cirúrgica). 
• N: USG endoscópica com PAAF. 
• M: TC de tórax e abdome (os 2 principais sítios 
de metástase são pulmão e fígado). 
T1a – Mucosa 
T1b – Submucosa 
T2 – Muscular 
T3 – Adventícia 
T4a – Adjacentes ressecáveis 
T4b – Adjacentes irressecáveis 
 
Tratamento 
Inicial – T1a ° Endoscopia – mucosectomia EDA. 
Padrão – O 
resto 
° Cirurgia (esofagectomia + 
linfadenectomia). 
° QT/RT neoadjuvante – só podem 
ser indicada para tumores em 
vísceras longe do peritônio. 
Avançado – 
T4b 
° Paliação. 
° T4b ou M1. 
 
CÂNCER DE ESTÔMAGO – Adenocarcinoma Gástrico 
A drenagem linfática do estômago se desloca 
inteira para a região supraclavicular esquerda. 
Assim, diante de uma linfonodomegalia 
indolor, aderida em região supraclavicular E, 
deve-se pensar em algum tumor abdominal. 
Fatores de Risco 
• Dieta (nitrogenados, defumados). 
• Tabagismo. 
• H. pylori (gastrite atrófica). 
• Homem idoso. 
Manifestações Clínicas 
• Dispepsia + sinais de alarme (> 40 anos, 
hemorragia digestiva, icterícia...). 
Diagnóstico 
Exame físico completo + EDA + Biópsia. 
Virchow ° Linfonodo supraclavicular 
esquerdo. 
Irish ° Linfonodo axilar esquerdo. 
S Mary Joseph ° Massa umbilical. 
Blumer ° Tumorações encontradas 
no fundo de saco ao toque 
retal. 
Krukenberg ° Implante metastático no 
ovário do CA estômago. 
Diante de qualquer desses achados no exame físico, o 
examinador já pode falar que o paciente tem CA 
estômago, mesmo antes de fazer a EDA e que seu 
estágio de doença envolve tratamento paliativo. 
 
 
 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
Classificação 
Borrmann (macro) – Vista pelo Endoscopista 
Tipo I: polipoide (não ulcerado). 
Tipo II: ulcerado (bordas nítidos). 
Tipo III: ulceroinfiltrativo (bordas não nítidas). 
Tipo IV: infiltrante (linite plástica). 
Lauren (micro) – Vista pelo Patologista 
Tipo Intestinal: melhor prognóstico. 
° Mais comum em homem. 
° Padrão esporádico. 
° Paciente idoso. 
° Gastrite atrófica. 
° Tumor bem diferenciado. 
Tipo Difuso: pior prognóstico. 
° Mais comum em mulher. 
° Componente hereditário. 
° Paciente jovem. 
° Relação com tipo sanguíneo A. 
° Tumor indiferenciado (anel de sinete). 
 
Estadiamento 
T1: Submucosa. 
T1a: mucosa. 
T1b: submucosa. 
Câncer Gástrico Precoce 
T2: Muscular. 
T3: Subserosa. 
T4: Serosa ou adjacentes. 
O T1a é a lesão iniciado que eu posso tratar 
inicialmente com ressecção endoscópica. 
N0: Sem metástase para linfonodos. 
N1: Metástase em 1 a 2 linfonodos. 
N2: Metástase em 3 a 6 linfonodos. 
N3: Metástase em > 7 linfonodos. 
 N3a: 7 a 15 linfonodos. 
 N3b: > 15 linfonodos. 
O número mínimo de linfonodos que são ressecados 
deve ser de 16. 
Exames para o Estadiamento: 
• T: USG endoscópico. 
• N: USG endoscópica com PAAF + TC abdome. 
• M: TC de tórax e abdome. 
Tratamento 
• Inicial: endoscopia (T1a) – mucosectomia EDA. 
Indicado nos casos não ulcerados, tipo 
intestinal, < 2cm e sem linfonodos. 
• Padrão: O resto – gastrectomia + 
Linfadenecomia a D2. 
• Avançado: Paliação (M1). 
CÂNCER COLORRETAL – Adenocarcinoma 
° Mutação no gene APC – essa mutação pode ser 
hereditária (polipose adenomatosa familiar) ou 
adquirida (80% dos casos). 
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) 
• Pólipos adenomatosos. 
• Presença de > 100 pólipos. 
• APC mutante hereditário. 
• 100% de certeza de desenvolver CA colorretal. 
Variantes: 
• Gardner: dentes supranumerários, osteomas e 
tumores desmoides. 
• Turcot: tumores do SNC. 
Não Polipoide Hereditária (Sd Lynch) 
Critérios de Amsterdam 
° Câncer < 50 anos. 
° > 3 familiares (um de 1° grau). 
° 2 gerações consecutivas. 
 
Tipos de Síndrome de Lynch: 
• Lynch I: apenas CA colorretal. 
• Lynch II: colorretal + outros tumores (CA 
endométrio, ovário, estômago, pâncreas e 
tumor urinário superior). 
Síndrome de Peutz – Jeghers 
• Pólipos hamartomatosos: geralmente não 
viram câncer. Apenas viram câncer, se houver 
uma mutação e ele se transformar em pólipo 
adenomatoso – ai aumenta o risco. 
• Fenótipo: manchas melanóticas em pele e 
mucosas. 
• Clínica: intussuscepção (dor), melena e 
anemia. 
• Baixo risco para CA de cólon. 
Fatores de Risco 
• Idade avançada. 
• Histórico familiar. 
• Síndromes hereditárias. 
• Doença inflamatória intestinal (Crohn e RCU). 
 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
Manifestações Clínicas 
Cólon Direito 
° Melena, anemia e massa palpável. 
Cólon Esquerdo 
° Alteração do hábito intestinal. 
Reto 
° Hematoquezia e fezes em fita. 
 
Diagnóstico 
• Colonoscopia + Biópsia. 
CEA: não é usado para diagnóstico, apenas para 
acompanhamento. 
Rastreamento 
Feito com colonoscopia, no paciente assintomátco mas 
com fator de risco. 
Característica Início do 
Rastreio 
Conduta 
Esporádico ° > 50 anos. Colectomia segm. 
H. familiar ° > 40 anos. Colectomia segm. 
Lynch I e II ° > 20 anos. Colectomia total. 
Popipose AF ° > 10 anos. Colectomia total. 
Nos pacientes com polipose AF, o início do 
rastreamento pode ser feito com retossigmoidoscopia, 
por se tratar de uma criança – mas se houver alteração, 
deve realizar a colono de qualquer forma. 
Tratamento 
Cólon: Colectomia + Linfadenectomia. 
Reto 
USG transrretal: 
Inicial T1 → excisão endoscópica (alto) ou local 
(baixo). 
 
Padrão > T2 → QT + RT neoadjuvante. 
 ° > 5 cm: anastomose + ostomia de proteção. 
RAB: R. abdominal baixa + excisão total do 
mesorreto. 
 ° < 5 cm: colectomia definitiva. 
RAP: R. abdominoperinela + excisão total do 
mesorreto. 
 
Avançada → Paliação. 
 
 
 
CÂNCER DE PÂNCREAS – Adenocarcinoma Ductal 
Manifestações Clínicas 
Cabeça ° Icterícia + S. Courvoisier (massa 
palpável e indolor em HD). 
Corpo ° Dor abdominal + Perda de peso. 
 
Diagnóstico 
• TC de abdome com contraste. 
• CA 19.9 (não serve para o diagnóstico, mas é 
usado para acompanhamento). 
Tratamento 
Critérios para Cirurgia: 
• Sem metástase. 
• Sem invasão vascular (tronco celíase e artéria 
mesentérica superior). 
Indicações para QT/RT neoadjuvante: 
• Invasão > 180° na veia mesentérica superior ou 
veia porta. 
• Invasão < 180° na artéria mesentérica superior 
ou tronco celíaco. 
Localização Cirurgia 
Cabeça ° Duodenopancreatectomia (whipple) 
Corpo ° Pancreatectomia dista + 
esplenectomia. 
 
TUMORES HEPÁTICOS 
Benignos ° Adenoma. 
° Hemangioma: o mais comum. 
° Hiperplasia nodular focal. 
Malignos ° Metástases: o mais comum. 
° Hepatocarcinoma. 
O principal exame para chegar ao diagnóstico é a TC 
dinâmica (trifásica). 
TC Dinâmica (Trifásica) 
Fases do exame: 
 Sem contraste: aorta está escura. 
 Fase arterial: aorta está brilhando. 
 Fase portal: não tem contraste na aorta, mas 
tem contraste dentro do tumor. 
 Fase de equilíbrio: contraste todo colado 
dentro do tumor.Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
Wash Out: 
 Fase arterial: aorta está brilhando e o tumor 
tem um contraste mais periférico. 
 Fase portal: aorta não está mais brilhando e 
lavou o tumor – não é mais visível. 
Os tumores bem vascularizados tem a característica de 
wash out – e todos esses tumores tem alta chance de 
malignidade, mesmo sendo benigno ou maligno. 
Tumores Benignos 
 Hemangioma HNF Adenoma 
Idade Mulher 
jovem 
Mulher 
jovem 
Mulher adulta 
Associação Kasabach – 
Merrit 
Não tem 
associações 
ACO e 
Anabolizante 
Complicação Nada Nada Ruptura + 
Malignização 
Fase arterial Captação 
Periférica e 
Centrípeta 
Cicatriz 
Central – 
Imagem em 
Estrela 
Hipercaptação 
Arterial 
Wash Out Não Pode ter Sim 
Fígado Normal Normal Normal, se 
cirrose – CA 
Conduta Conservador Conservador. >5cm: cirurgia 
<5cm: 
suspende ACO 
° Kasabach – Merrit: coagulopatia de consumo, 
paciente desenvolve focos de hemorragia e no 
hemograma se apresenta com plaquetopenia. 
Tumores Malignos 
° Metástases: mpultiplos nódulos HIPOcaptantes. 
• Geral: paliativo. 
• Colorretal: metastasectomia. 
Hepatocarcinoma 
° Fatores de risco: cirrose e hepatite B. 
 
° Clínica: dor HCD, emagrecimento e hepatomegalia. 
 
° Diagnóstico: TC dinâmica (wash out + cirrose) ou 
alfafetoproteína > 400 (usada mais para o 
acompanhamento). 
Tratamento: depende da função hepática (CHILD) 
 
° CHILD A – Sim → hepatectomia. 
 – Não → Avaliação critérios de Milão. 
 
° Critérios de Milão: Lesão única < 5cm ou até 3 
lesões < 3 cm. 
 - SIM: Transplante. 
 - NÃO: Paliação (ablação, quimioembolização ou 
sorafenib) 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
MEDICINA PREVENTIVA 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Classificação 
Estudos descritivos: quando apenas descreve/relata 
alguma coisa que aconteceu, sem querer provar uma 
relação causal. 
Estudos analíticos: estudos que querem provar uma 
causa e um efeito, levando a um adoecimento. 
Investigados Investigador Tempo Nome 
Agregado ° Observação 
° Intervenção 
° Transversal 
ou 
Longitudinal 
° Longitudinal 
° Ecológico 
° Série 
temporal 
° Ensaio 
comunitário 
Indivíduo ° Observação 
° Intervenção 
° Transversal 
ou 
Longitudinal 
° Longitudinal 
° Inquérito 
° Coorte / 
Caso-controle 
° Ensaio clínico 
 
° Estudo agregado ou populacional: olha para 
a população como um todo e não para as 
individualidades de cada indivídio participante. 
° Estudo individuado: avalia a resposta de cada 
indivíduo participante do estudo. 
° Estudos de intervenção: sempre serão 
longitudinais, pois não tem como eles olharem 
só uma vez para chegar a uma intervenção. 
° Um exemplo de ensaio comunitário: vacina. 
° Coorte: vai avaliar uma coisa para frente. 
° Caso-controle: avalia uma coisa que já 
passou. 
Estudo Ecológico 
Agregado Observação Transversal 
 
° Estudo fácil, barato e rápido de ser feito. 
° Na maioria dos casos onde se faz um estudo 
ecológico, são usados dados secundários (DataSus / 
IBGE) – não é o pesquisador que vai primeiramente 
coletar os dados. 
° Por ser um estudo transversal (foto) – você só vai 
olhar uma única vez e nessa olhada a doença e o fator 
de risco vão estar presentes ao mesmo tempo. 
- Gera suspeitas: eu acho que o cigarro pode 
ser fator de risco para o CA de pulmão. 
- Mas não confirma: pois como olhou só uma 
vez ele não tem como ver acontecer o cigarro 
sendo o fator de risco para o CA de pulmão. 
° Por ser um estudo agregado, ao se chegar em uma 
resposta é uma média para aquela população – 
significa que se eu individualizar, não é certeza mas eu 
posso errar → pode induzir a erro (falácia ecológica). 
Estudo de Coorte 
Individuado Observação Longitudinal 
 
° Estudo que vai ficar observando daqui para frente. 
° O estudo pega 2 grandes grupos: grupo com fator de 
risco e grupo sem fator de risco e vai observar se essas 
pessoas irão ou não adoecer. O estudo acompanha e 
vê acontecer – o estudo já inicia com uma suspeita. Um 
estudo que parte do fator de risco (ou situação de 
risco) em direção a doença (ou consequência futura). 
° O estudo serve para definir riscos e confirmar 
suspeitas. 
° Estudo caro, longo e vulnerável a perdas (o 
participante pode abandonar o estudo a qualquer 
momento – mudança, morte ou saco cheio). 
° É um bom estudo para doenças com curto período de 
incubação. 
° É um estudo ruim para doenças raras e de longo 
período de incubação. 
° O fator de risco (exposição) pode ser raro, o que não 
pode ser raro é a doença. 
° O estudo pode analisar várias doenças em conjunto. 
Estudo de Caso-Controle 
Individuado Observação Longitudinal 
 
° Característica: vou estar observando daqui para trás 
– sempre será um estudo retrospectivo. 
° Pega 2 grandes grupos: os doentes (casos) e os não 
doentes (controles) e vai observar se no passado essas 
pessoas foram expostas aos fatores de risco. 
- Faz o caminho oposto do coorte, onde ele 
parte da doença e volta no tempo atrás dos 
fatores de risco. 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
° É um estudo mais rápido e mais barato do que o 
coorte, pois o indivíduo já é doente. 
° Um exemplo de estudo de caso-controle foi o nos 
casos de crianças nascendo com microcefalia, assim foi 
feito o estudo retrospectivo atrás dos fatores de risco, 
chegando no zika. 
° Estudo bom para doenças raras e doenças longas – a 
doença já está na mão. 
° Ruim para fator de risco raro, pois ele faz o caminho 
oposto ao estudo de coorte. 
° Pode analisar vários fatores de risco. 
° O que faz esse estudo ser longitudinal é que ao pegar 
um paciente já doente + por meio dos meus 
questionários específicos eu estou olhando 2 
momentos da vida do mesmo. 
° O estudo não define o risco, ele estima o risco 
baseado nas informações do passado. 
° Estudo bem mais vulnerável a erros, quando 
comparado ao estudo de coorte. 
- Viés de memória: os doentes sabem falar 
muito mais detalhes do passado do que os não 
doentes que as vezes não lembra do passado 
direito. 
Relato / Série de Casos 
° Estudo descritivo. 
° Bom para doenças raras / desconhecida. 
° Faz a descrição (uma narração) de um caso raro ou de 
uma série de casos raros que estão acontecendo 
juntos. Não prova nada – só descreve. 
° Pouca gente / Não tem controle. 
° Viés de publicação. 
Ensaio Clínico 
Indivíduo Intervenção Longitudinal 
 
° Fase pré-clínica: testa primeiramente em animais, se 
não der certo, nem passa para a fase de teste em 
humanos. 
 
 
Fases Clínicas: 
Fase I ° Avaliar a segurança da droga em 
humanos. 
Fase II ° Avaiar qual a dose da droga para obter 
o efeito desejado. 
Fase III ° Ensaio clínico – estudos comparativos. 
Fase IV ° Vigilância pós-comercialização. Usada 
para investigar efeitos raros que agora 
com muita gente usando podem ser 
encontrados. 
 
 ° O estudo geralmente usa 2 grandes grupos: o grupo 
onde será usado a substância e outro grupo que é 
usado placebo/convencional. A partir da divisão do 
grupo, ele vai avaliar se o efeito estará presente ou 
ausente entre as pessoas. 
° O ensaio clínico é o melhor para testar 
medicamentos. 
° Consegue controlar os fatores (diferente do coorte, 
que é um estudo apenas observacional). 
° É um estudo social, ético, porém complexo, caro, 
longo e sujeito a perdas. 
° Efeito Hawthorne: é um viés onde o paciente ao ser 
monitorizado, tende a andar mais na linha do que se 
não estivesse sendo monitorizado. 
° Efeito Placebo: efeito psicológico de acreditar no 
estudo. 
° Uma das necessidades de um ensaio clínico é que ele 
seja controlado – evitando assim o erro da 
intervenção. 
° Estudo randomizado: evita o erro de seleção e o erro 
de confusão. O estudo é randomizado para que os 2 
grupos sejam osmais homogêneos possíveis. 
° Estudo mascarado: evitar o erro de aferição – ensaio 
aberto (todo mundo sabe quem pertence a cada 
grupo), simples-cego (apenas os participantes não 
sabem a qual grupo eles pertencem) e duplo-cego 
(nem os participantes e nem os pesquisadores sabem 
quem pertencem a cada grupo). 
Níveis de Estudos: 
 Nível I: Ensaio Clínico. 
 Nível II: Coorte. 
 Nível III: Caso-Controle. 
 Nível IV: Série de casos. 
 Nível V: Opinião de especialista. 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
Resumindo 
Transversal ° Fotografia. 
° Gera suspeitas, mas não confirma 
– vê fumaça, mas não vê fogo. 
° Doença e fator de risco aparecem 
ao mesmo tempo. 
Coorte ° Vou estar observando para 
frente. 
° Bom para definidir o risco. 
° Fator de risco antes da doença. 
Caso-Controle ° Vou estar observando para trás. 
° Bom para doenças raras e longas. 
° Não define o risco, apenas faz 
uma estimativa do risco baseado 
no passado. 
° Doença antes do fator de risco. 
Ensaio Clínico ° Caçacores de mitos. 
° Interfere no fator, prevenindo a 
doença. 
 
Análise 
Frequência ° Medir a frequência do adoecimento. 
° Não se mede frequência no estudo 
de caso-controle. 
° Prevalência: transversal. 
° Incidência: coorte / ensaio clínico. 
Associação ° Avaliar se realmente tem associação 
ao fator estudado e a doença. 
Estatística ° Avaliar se pode ou não confiar no 
estudo. 
 
Medida de Associação do Caso-Controle 
Odds Ratio (OR) = ad → fórmula do peixinho. 
 bc 
Jateamento de 
Areia 
Pneumoconiose 
SIM NÃO 
Total 
Exposto 100 300 400 
Não exposto 20 480 500 
Total 120 780 900 
 
Interpretação: 100 x 480 = 8 
 300 x 20 
OR = 8 = quem foi exposto ao jateamento de areia tem 
um risco 8x maior de pneumoconiose, quando 
comparado com quem não teve exposição. 
 
Medida de Associação do CooRRte 
Risco Relativo (RR) = Incidência no Exposto 
 Incidência no Não Exposto 
Cigarro CA de Pulmão 
SIM NÃO 
Total 
Fumante 90 10 100 
Não Fumante 5 95 100 
Total 95 105 200 
 
Interpretação: RR = 90% = 18%. 
 5% 
RR = 18 = Quem fumou tem 18x mais de risco de ter CA 
de pulmão, quando comparado com quem não fumou. 
° O RR é bem mais fidedigno do que o OR, uma 
vez que o OR é uma estimativa do risco, 
enquanto o RR é uma medida direta do risco. 
Medida de Associação do Ensaio Clínico 
° O ensaio clínico é um tipo de Coorte. 
° A medida de associação é o Risco Relativo. 
Grupo Doença 
SIM NÃO 
Total 
Nova Droga 15 85 100 
Controle 20 80 100 
 
RR = IE = 15% = 0,75. 
 IC 20% 
Interpretação: A Redução do RR – ocorreu redução de 
25% do risco de adoecimento em relação ao controle. 
Redução Absoluta do Risco (Rar – pega o maior menos 
o menor): IC – IE = 20% - 15% = 5%. 
- O RAR é usado para avaliar o número 
necessário ao tratamento (NNT) – quantas 
pessoas eu preciso tratar com esse 
medicamento, para tratar um evento 
(adoecimento). 
NNT = 1 = 1 = 20. 
 RAR 5% 
Interpretação: para prevenir 1 evento, eu 
preciso tratar 20 pacientes. 
 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 17 
 
Estudo x Análise 
Estudo Frequência Associação 
Transversal Prevalência Razão de 
Prevalências 
Caso-ContROle ---------- Odds Ratio 
CooRRte Incidência Risco Relativo 
Ensaio Incidência RR / RRR 
Rar / NNt 
 
Interpretação 
RR = 1 (sem associação). 
OR > 1 (fator de risco). 
RP < 1 (fator de proteção). 
Estatística 
Erro Sistemático (Viés) 
° Seleção. 
° Aferição (informação). 
° Confundimento. 
- O ideal para um estudo é que ao ser válido ou 
acurado, os erros sistemáticos não estiveram 
presentes. 
Erro Aleatório (Acaso) 
p < 0,05 (5%): estudo estatisticamente significativo. 
 
Intervalo de confiança (95%): de 100 vezes que se 
repete um estudo, 95% das vezes eu tenho que 
encontrar a mesma associação – estudo confiável. 
 
= Estudo preciso / confiável. 
 
RR versus IC 
IC 95% = 2,7 a 7,6 significa que, embora o RR tenha sido 
de 5 (MEU ESTUDO), ao repetir 100x, em 95x o RR 
esteve entre 2,7 e 7,6 – RR verdadeiro. 
Interpretação do RR / IC 
Três Estudos de Coorte: 
° Estudo 1 → RR = 3 (IC 95% = 2,3 a 4,1). 
° Estudo 2 → RR = 5 (IC 95% = 0,9 a 8,4). 
° Estudo 3 → RR = 6 (IC 95% = 3,2 a 9,9). 
° Estudo X → RR = 6 (IC 95% = 4,2 a 9,9). 
 
 
 
Em qual estudo eu não confio? 
Estudo 1: diante de um RR de 3, no IC eu tenho que 
encontrat todos > 1, ou seja, nesse estudo eu posso 
confiar. 
 
Estudo 2: diante de um RR de 5, assim, em 95% das 
vezes eu tenho que encontrar esse número > 1, ou 
seja nesse caso, não posso confiar nesse estudo. 
Qual o estudo mais preciso? 
O estudo em que o intervalo de confiança teve a 
menor variação – o estudo 1. 
Qual estudo trabalhou com mais gente? 
Os estudos mais precisos, são mais confiáveis, pois 
trabalharam com mais pessoas – o estudo 1. 
Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? 
O 1° passo é comparar os intervalos de confiança. 
Nesses casos não houve diferença estatística, pois 
houve interposição dos intervalos de confiança – por 
horas o estudo 1 teve maior sobrevida, e por outras 
horas o estudo 3 teve maior sobrevida. 
Houve diferença estatística entre o 1 e o X? 
Sim, pois não há nenhuma sobreposição entre os 
intervalos de confiança. 
 
Revisão Sistemática 
Unidade de análise = ensaio, coorte. 
Metanálise: método estatístico para integrar o 
resultado dos estudos. 
Anotações:

Continue navegando