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Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 CIRURGIA 06 ONCOLOGIA II (Esôfago, Estômago, Cólon, Pâncreas e Fígado) CÂNCER DE ESÔFAGO Nos pacientes com quadro de hiperceratose (tilose) palmoplantar, tem um risco elevado de desenvolver CA de esôfago, tumores de cabeça e pescoço. Tipos Histológicos: Escamoso / Adenocarcinoma. Localização dos Tumores: • Escamoso: porção médio-proximal. • Adenocarcinoma: porção distal. Fatores de Risco Para o tipo escamoso, os fatores de risco são fatores externos, já para o adenocarcinoma são fatores internos. Escamoso ° Tabagismo, etilismo, acalásia, estenose cáustica, tilose. Adenocarcinoma ° DRGE (Barret e Obesidade). Manifestações Clínicas • Disfagia e emagrecimento em meses – nos casos onde esse quadro acontece em anos, o diagnóstico mais provável é acalásia. Diagnóstico • EDA com biópsia. Estadiamento Exames Utilizados para Chegar no TMN: • T: USG endoscópico +/- Broncoscopia (qualquer alteração na mucosa das vias aéreas é contraindicação para abordagem cirúrgica). • N: USG endoscópica com PAAF. • M: TC de tórax e abdome (os 2 principais sítios de metástase são pulmão e fígado). T1a – Mucosa T1b – Submucosa T2 – Muscular T3 – Adventícia T4a – Adjacentes ressecáveis T4b – Adjacentes irressecáveis Tratamento Inicial – T1a ° Endoscopia – mucosectomia EDA. Padrão – O resto ° Cirurgia (esofagectomia + linfadenectomia). ° QT/RT neoadjuvante – só podem ser indicada para tumores em vísceras longe do peritônio. Avançado – T4b ° Paliação. ° T4b ou M1. CÂNCER DE ESTÔMAGO – Adenocarcinoma Gástrico A drenagem linfática do estômago se desloca inteira para a região supraclavicular esquerda. Assim, diante de uma linfonodomegalia indolor, aderida em região supraclavicular E, deve-se pensar em algum tumor abdominal. Fatores de Risco • Dieta (nitrogenados, defumados). • Tabagismo. • H. pylori (gastrite atrófica). • Homem idoso. Manifestações Clínicas • Dispepsia + sinais de alarme (> 40 anos, hemorragia digestiva, icterícia...). Diagnóstico Exame físico completo + EDA + Biópsia. Virchow ° Linfonodo supraclavicular esquerdo. Irish ° Linfonodo axilar esquerdo. S Mary Joseph ° Massa umbilical. Blumer ° Tumorações encontradas no fundo de saco ao toque retal. Krukenberg ° Implante metastático no ovário do CA estômago. Diante de qualquer desses achados no exame físico, o examinador já pode falar que o paciente tem CA estômago, mesmo antes de fazer a EDA e que seu estágio de doença envolve tratamento paliativo. Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 Classificação Borrmann (macro) – Vista pelo Endoscopista Tipo I: polipoide (não ulcerado). Tipo II: ulcerado (bordas nítidos). Tipo III: ulceroinfiltrativo (bordas não nítidas). Tipo IV: infiltrante (linite plástica). Lauren (micro) – Vista pelo Patologista Tipo Intestinal: melhor prognóstico. ° Mais comum em homem. ° Padrão esporádico. ° Paciente idoso. ° Gastrite atrófica. ° Tumor bem diferenciado. Tipo Difuso: pior prognóstico. ° Mais comum em mulher. ° Componente hereditário. ° Paciente jovem. ° Relação com tipo sanguíneo A. ° Tumor indiferenciado (anel de sinete). Estadiamento T1: Submucosa. T1a: mucosa. T1b: submucosa. Câncer Gástrico Precoce T2: Muscular. T3: Subserosa. T4: Serosa ou adjacentes. O T1a é a lesão iniciado que eu posso tratar inicialmente com ressecção endoscópica. N0: Sem metástase para linfonodos. N1: Metástase em 1 a 2 linfonodos. N2: Metástase em 3 a 6 linfonodos. N3: Metástase em > 7 linfonodos. N3a: 7 a 15 linfonodos. N3b: > 15 linfonodos. O número mínimo de linfonodos que são ressecados deve ser de 16. Exames para o Estadiamento: • T: USG endoscópico. • N: USG endoscópica com PAAF + TC abdome. • M: TC de tórax e abdome. Tratamento • Inicial: endoscopia (T1a) – mucosectomia EDA. Indicado nos casos não ulcerados, tipo intestinal, < 2cm e sem linfonodos. • Padrão: O resto – gastrectomia + Linfadenecomia a D2. • Avançado: Paliação (M1). CÂNCER COLORRETAL – Adenocarcinoma ° Mutação no gene APC – essa mutação pode ser hereditária (polipose adenomatosa familiar) ou adquirida (80% dos casos). Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) • Pólipos adenomatosos. • Presença de > 100 pólipos. • APC mutante hereditário. • 100% de certeza de desenvolver CA colorretal. Variantes: • Gardner: dentes supranumerários, osteomas e tumores desmoides. • Turcot: tumores do SNC. Não Polipoide Hereditária (Sd Lynch) Critérios de Amsterdam ° Câncer < 50 anos. ° > 3 familiares (um de 1° grau). ° 2 gerações consecutivas. Tipos de Síndrome de Lynch: • Lynch I: apenas CA colorretal. • Lynch II: colorretal + outros tumores (CA endométrio, ovário, estômago, pâncreas e tumor urinário superior). Síndrome de Peutz – Jeghers • Pólipos hamartomatosos: geralmente não viram câncer. Apenas viram câncer, se houver uma mutação e ele se transformar em pólipo adenomatoso – ai aumenta o risco. • Fenótipo: manchas melanóticas em pele e mucosas. • Clínica: intussuscepção (dor), melena e anemia. • Baixo risco para CA de cólon. Fatores de Risco • Idade avançada. • Histórico familiar. • Síndromes hereditárias. • Doença inflamatória intestinal (Crohn e RCU). Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 Manifestações Clínicas Cólon Direito ° Melena, anemia e massa palpável. Cólon Esquerdo ° Alteração do hábito intestinal. Reto ° Hematoquezia e fezes em fita. Diagnóstico • Colonoscopia + Biópsia. CEA: não é usado para diagnóstico, apenas para acompanhamento. Rastreamento Feito com colonoscopia, no paciente assintomátco mas com fator de risco. Característica Início do Rastreio Conduta Esporádico ° > 50 anos. Colectomia segm. H. familiar ° > 40 anos. Colectomia segm. Lynch I e II ° > 20 anos. Colectomia total. Popipose AF ° > 10 anos. Colectomia total. Nos pacientes com polipose AF, o início do rastreamento pode ser feito com retossigmoidoscopia, por se tratar de uma criança – mas se houver alteração, deve realizar a colono de qualquer forma. Tratamento Cólon: Colectomia + Linfadenectomia. Reto USG transrretal: Inicial T1 → excisão endoscópica (alto) ou local (baixo). Padrão > T2 → QT + RT neoadjuvante. ° > 5 cm: anastomose + ostomia de proteção. RAB: R. abdominal baixa + excisão total do mesorreto. ° < 5 cm: colectomia definitiva. RAP: R. abdominoperinela + excisão total do mesorreto. Avançada → Paliação. CÂNCER DE PÂNCREAS – Adenocarcinoma Ductal Manifestações Clínicas Cabeça ° Icterícia + S. Courvoisier (massa palpável e indolor em HD). Corpo ° Dor abdominal + Perda de peso. Diagnóstico • TC de abdome com contraste. • CA 19.9 (não serve para o diagnóstico, mas é usado para acompanhamento). Tratamento Critérios para Cirurgia: • Sem metástase. • Sem invasão vascular (tronco celíase e artéria mesentérica superior). Indicações para QT/RT neoadjuvante: • Invasão > 180° na veia mesentérica superior ou veia porta. • Invasão < 180° na artéria mesentérica superior ou tronco celíaco. Localização Cirurgia Cabeça ° Duodenopancreatectomia (whipple) Corpo ° Pancreatectomia dista + esplenectomia. TUMORES HEPÁTICOS Benignos ° Adenoma. ° Hemangioma: o mais comum. ° Hiperplasia nodular focal. Malignos ° Metástases: o mais comum. ° Hepatocarcinoma. O principal exame para chegar ao diagnóstico é a TC dinâmica (trifásica). TC Dinâmica (Trifásica) Fases do exame: Sem contraste: aorta está escura. Fase arterial: aorta está brilhando. Fase portal: não tem contraste na aorta, mas tem contraste dentro do tumor. Fase de equilíbrio: contraste todo colado dentro do tumor.Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 Wash Out: Fase arterial: aorta está brilhando e o tumor tem um contraste mais periférico. Fase portal: aorta não está mais brilhando e lavou o tumor – não é mais visível. Os tumores bem vascularizados tem a característica de wash out – e todos esses tumores tem alta chance de malignidade, mesmo sendo benigno ou maligno. Tumores Benignos Hemangioma HNF Adenoma Idade Mulher jovem Mulher jovem Mulher adulta Associação Kasabach – Merrit Não tem associações ACO e Anabolizante Complicação Nada Nada Ruptura + Malignização Fase arterial Captação Periférica e Centrípeta Cicatriz Central – Imagem em Estrela Hipercaptação Arterial Wash Out Não Pode ter Sim Fígado Normal Normal Normal, se cirrose – CA Conduta Conservador Conservador. >5cm: cirurgia <5cm: suspende ACO ° Kasabach – Merrit: coagulopatia de consumo, paciente desenvolve focos de hemorragia e no hemograma se apresenta com plaquetopenia. Tumores Malignos ° Metástases: mpultiplos nódulos HIPOcaptantes. • Geral: paliativo. • Colorretal: metastasectomia. Hepatocarcinoma ° Fatores de risco: cirrose e hepatite B. ° Clínica: dor HCD, emagrecimento e hepatomegalia. ° Diagnóstico: TC dinâmica (wash out + cirrose) ou alfafetoproteína > 400 (usada mais para o acompanhamento). Tratamento: depende da função hepática (CHILD) ° CHILD A – Sim → hepatectomia. – Não → Avaliação critérios de Milão. ° Critérios de Milão: Lesão única < 5cm ou até 3 lesões < 3 cm. - SIM: Transplante. - NÃO: Paliação (ablação, quimioembolização ou sorafenib) Anotações: Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 MEDICINA PREVENTIVA ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Classificação Estudos descritivos: quando apenas descreve/relata alguma coisa que aconteceu, sem querer provar uma relação causal. Estudos analíticos: estudos que querem provar uma causa e um efeito, levando a um adoecimento. Investigados Investigador Tempo Nome Agregado ° Observação ° Intervenção ° Transversal ou Longitudinal ° Longitudinal ° Ecológico ° Série temporal ° Ensaio comunitário Indivíduo ° Observação ° Intervenção ° Transversal ou Longitudinal ° Longitudinal ° Inquérito ° Coorte / Caso-controle ° Ensaio clínico ° Estudo agregado ou populacional: olha para a população como um todo e não para as individualidades de cada indivídio participante. ° Estudo individuado: avalia a resposta de cada indivíduo participante do estudo. ° Estudos de intervenção: sempre serão longitudinais, pois não tem como eles olharem só uma vez para chegar a uma intervenção. ° Um exemplo de ensaio comunitário: vacina. ° Coorte: vai avaliar uma coisa para frente. ° Caso-controle: avalia uma coisa que já passou. Estudo Ecológico Agregado Observação Transversal ° Estudo fácil, barato e rápido de ser feito. ° Na maioria dos casos onde se faz um estudo ecológico, são usados dados secundários (DataSus / IBGE) – não é o pesquisador que vai primeiramente coletar os dados. ° Por ser um estudo transversal (foto) – você só vai olhar uma única vez e nessa olhada a doença e o fator de risco vão estar presentes ao mesmo tempo. - Gera suspeitas: eu acho que o cigarro pode ser fator de risco para o CA de pulmão. - Mas não confirma: pois como olhou só uma vez ele não tem como ver acontecer o cigarro sendo o fator de risco para o CA de pulmão. ° Por ser um estudo agregado, ao se chegar em uma resposta é uma média para aquela população – significa que se eu individualizar, não é certeza mas eu posso errar → pode induzir a erro (falácia ecológica). Estudo de Coorte Individuado Observação Longitudinal ° Estudo que vai ficar observando daqui para frente. ° O estudo pega 2 grandes grupos: grupo com fator de risco e grupo sem fator de risco e vai observar se essas pessoas irão ou não adoecer. O estudo acompanha e vê acontecer – o estudo já inicia com uma suspeita. Um estudo que parte do fator de risco (ou situação de risco) em direção a doença (ou consequência futura). ° O estudo serve para definir riscos e confirmar suspeitas. ° Estudo caro, longo e vulnerável a perdas (o participante pode abandonar o estudo a qualquer momento – mudança, morte ou saco cheio). ° É um bom estudo para doenças com curto período de incubação. ° É um estudo ruim para doenças raras e de longo período de incubação. ° O fator de risco (exposição) pode ser raro, o que não pode ser raro é a doença. ° O estudo pode analisar várias doenças em conjunto. Estudo de Caso-Controle Individuado Observação Longitudinal ° Característica: vou estar observando daqui para trás – sempre será um estudo retrospectivo. ° Pega 2 grandes grupos: os doentes (casos) e os não doentes (controles) e vai observar se no passado essas pessoas foram expostas aos fatores de risco. - Faz o caminho oposto do coorte, onde ele parte da doença e volta no tempo atrás dos fatores de risco. Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 ° É um estudo mais rápido e mais barato do que o coorte, pois o indivíduo já é doente. ° Um exemplo de estudo de caso-controle foi o nos casos de crianças nascendo com microcefalia, assim foi feito o estudo retrospectivo atrás dos fatores de risco, chegando no zika. ° Estudo bom para doenças raras e doenças longas – a doença já está na mão. ° Ruim para fator de risco raro, pois ele faz o caminho oposto ao estudo de coorte. ° Pode analisar vários fatores de risco. ° O que faz esse estudo ser longitudinal é que ao pegar um paciente já doente + por meio dos meus questionários específicos eu estou olhando 2 momentos da vida do mesmo. ° O estudo não define o risco, ele estima o risco baseado nas informações do passado. ° Estudo bem mais vulnerável a erros, quando comparado ao estudo de coorte. - Viés de memória: os doentes sabem falar muito mais detalhes do passado do que os não doentes que as vezes não lembra do passado direito. Relato / Série de Casos ° Estudo descritivo. ° Bom para doenças raras / desconhecida. ° Faz a descrição (uma narração) de um caso raro ou de uma série de casos raros que estão acontecendo juntos. Não prova nada – só descreve. ° Pouca gente / Não tem controle. ° Viés de publicação. Ensaio Clínico Indivíduo Intervenção Longitudinal ° Fase pré-clínica: testa primeiramente em animais, se não der certo, nem passa para a fase de teste em humanos. Fases Clínicas: Fase I ° Avaliar a segurança da droga em humanos. Fase II ° Avaiar qual a dose da droga para obter o efeito desejado. Fase III ° Ensaio clínico – estudos comparativos. Fase IV ° Vigilância pós-comercialização. Usada para investigar efeitos raros que agora com muita gente usando podem ser encontrados. ° O estudo geralmente usa 2 grandes grupos: o grupo onde será usado a substância e outro grupo que é usado placebo/convencional. A partir da divisão do grupo, ele vai avaliar se o efeito estará presente ou ausente entre as pessoas. ° O ensaio clínico é o melhor para testar medicamentos. ° Consegue controlar os fatores (diferente do coorte, que é um estudo apenas observacional). ° É um estudo social, ético, porém complexo, caro, longo e sujeito a perdas. ° Efeito Hawthorne: é um viés onde o paciente ao ser monitorizado, tende a andar mais na linha do que se não estivesse sendo monitorizado. ° Efeito Placebo: efeito psicológico de acreditar no estudo. ° Uma das necessidades de um ensaio clínico é que ele seja controlado – evitando assim o erro da intervenção. ° Estudo randomizado: evita o erro de seleção e o erro de confusão. O estudo é randomizado para que os 2 grupos sejam osmais homogêneos possíveis. ° Estudo mascarado: evitar o erro de aferição – ensaio aberto (todo mundo sabe quem pertence a cada grupo), simples-cego (apenas os participantes não sabem a qual grupo eles pertencem) e duplo-cego (nem os participantes e nem os pesquisadores sabem quem pertencem a cada grupo). Níveis de Estudos: Nível I: Ensaio Clínico. Nível II: Coorte. Nível III: Caso-Controle. Nível IV: Série de casos. Nível V: Opinião de especialista. Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 Resumindo Transversal ° Fotografia. ° Gera suspeitas, mas não confirma – vê fumaça, mas não vê fogo. ° Doença e fator de risco aparecem ao mesmo tempo. Coorte ° Vou estar observando para frente. ° Bom para definidir o risco. ° Fator de risco antes da doença. Caso-Controle ° Vou estar observando para trás. ° Bom para doenças raras e longas. ° Não define o risco, apenas faz uma estimativa do risco baseado no passado. ° Doença antes do fator de risco. Ensaio Clínico ° Caçacores de mitos. ° Interfere no fator, prevenindo a doença. Análise Frequência ° Medir a frequência do adoecimento. ° Não se mede frequência no estudo de caso-controle. ° Prevalência: transversal. ° Incidência: coorte / ensaio clínico. Associação ° Avaliar se realmente tem associação ao fator estudado e a doença. Estatística ° Avaliar se pode ou não confiar no estudo. Medida de Associação do Caso-Controle Odds Ratio (OR) = ad → fórmula do peixinho. bc Jateamento de Areia Pneumoconiose SIM NÃO Total Exposto 100 300 400 Não exposto 20 480 500 Total 120 780 900 Interpretação: 100 x 480 = 8 300 x 20 OR = 8 = quem foi exposto ao jateamento de areia tem um risco 8x maior de pneumoconiose, quando comparado com quem não teve exposição. Medida de Associação do CooRRte Risco Relativo (RR) = Incidência no Exposto Incidência no Não Exposto Cigarro CA de Pulmão SIM NÃO Total Fumante 90 10 100 Não Fumante 5 95 100 Total 95 105 200 Interpretação: RR = 90% = 18%. 5% RR = 18 = Quem fumou tem 18x mais de risco de ter CA de pulmão, quando comparado com quem não fumou. ° O RR é bem mais fidedigno do que o OR, uma vez que o OR é uma estimativa do risco, enquanto o RR é uma medida direta do risco. Medida de Associação do Ensaio Clínico ° O ensaio clínico é um tipo de Coorte. ° A medida de associação é o Risco Relativo. Grupo Doença SIM NÃO Total Nova Droga 15 85 100 Controle 20 80 100 RR = IE = 15% = 0,75. IC 20% Interpretação: A Redução do RR – ocorreu redução de 25% do risco de adoecimento em relação ao controle. Redução Absoluta do Risco (Rar – pega o maior menos o menor): IC – IE = 20% - 15% = 5%. - O RAR é usado para avaliar o número necessário ao tratamento (NNT) – quantas pessoas eu preciso tratar com esse medicamento, para tratar um evento (adoecimento). NNT = 1 = 1 = 20. RAR 5% Interpretação: para prevenir 1 evento, eu preciso tratar 20 pacientes. Mateus Castro MED 2021 SEMANA 17 Estudo x Análise Estudo Frequência Associação Transversal Prevalência Razão de Prevalências Caso-ContROle ---------- Odds Ratio CooRRte Incidência Risco Relativo Ensaio Incidência RR / RRR Rar / NNt Interpretação RR = 1 (sem associação). OR > 1 (fator de risco). RP < 1 (fator de proteção). Estatística Erro Sistemático (Viés) ° Seleção. ° Aferição (informação). ° Confundimento. - O ideal para um estudo é que ao ser válido ou acurado, os erros sistemáticos não estiveram presentes. Erro Aleatório (Acaso) p < 0,05 (5%): estudo estatisticamente significativo. Intervalo de confiança (95%): de 100 vezes que se repete um estudo, 95% das vezes eu tenho que encontrar a mesma associação – estudo confiável. = Estudo preciso / confiável. RR versus IC IC 95% = 2,7 a 7,6 significa que, embora o RR tenha sido de 5 (MEU ESTUDO), ao repetir 100x, em 95x o RR esteve entre 2,7 e 7,6 – RR verdadeiro. Interpretação do RR / IC Três Estudos de Coorte: ° Estudo 1 → RR = 3 (IC 95% = 2,3 a 4,1). ° Estudo 2 → RR = 5 (IC 95% = 0,9 a 8,4). ° Estudo 3 → RR = 6 (IC 95% = 3,2 a 9,9). ° Estudo X → RR = 6 (IC 95% = 4,2 a 9,9). Em qual estudo eu não confio? Estudo 1: diante de um RR de 3, no IC eu tenho que encontrat todos > 1, ou seja, nesse estudo eu posso confiar. Estudo 2: diante de um RR de 5, assim, em 95% das vezes eu tenho que encontrar esse número > 1, ou seja nesse caso, não posso confiar nesse estudo. Qual o estudo mais preciso? O estudo em que o intervalo de confiança teve a menor variação – o estudo 1. Qual estudo trabalhou com mais gente? Os estudos mais precisos, são mais confiáveis, pois trabalharam com mais pessoas – o estudo 1. Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? O 1° passo é comparar os intervalos de confiança. Nesses casos não houve diferença estatística, pois houve interposição dos intervalos de confiança – por horas o estudo 1 teve maior sobrevida, e por outras horas o estudo 3 teve maior sobrevida. Houve diferença estatística entre o 1 e o X? Sim, pois não há nenhuma sobreposição entre os intervalos de confiança. Revisão Sistemática Unidade de análise = ensaio, coorte. Metanálise: método estatístico para integrar o resultado dos estudos. Anotações:
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