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Diagnóstico Laboratorial da Anemia Hemolítica Autoimune

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APOSTILA
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
LABORATORIAL DALABORATORIAL DA
ANEMIAANEMIA
HEMOLÍTICAHEMOLÍTICA
AUTOIMUNE AHAIAUTOIMUNE AHAI
https://www.unovacursos.com.br/admin/cursos/curso/133
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA ANEMIA 
HEMOLÍTICA AUTOIMUNE 
 
 
INTRODUÇÃO 
O sangue é um tecido fluido, e é formado por uma porção celular 
circulante no plasma, e este plasma é o meio líquido. A porção 
celular representa cerca de 45% em um determinado volume 
sanguíneo, e o plasma representa 55% do volume sanguíneo total. 
A parte celular é formada por eritrócitos, leucócitos e plaquetas. 
Juntos, leucócitos e plaquetas representam a menor parte da porção 
celular. Portanto, o valor do hematócrito é representado, 
principalmente, pelo volume ocupado pelos eritrócitos. 
Em sua composição, o plasma possui 92% de água; os 8% restantes 
são formados por proteínas, sais e outros componentes orgânicos. O 
plasma é um líquido, e seu volume apresenta variações de acordo 
com o peso, a altura e o sexo da pessoa. Tem viscosidade maior que 
a viscosidade da água. A temperatura influencia diretamente nesta 
viscosidade: a cada grau que diminui na temperatura, a viscosidade 
do plasma aumenta em 2%. 
Além da água, componentes orgânicos, inorgânicos e lipídios estão 
presentes no plasma. Os componentes inorgânicos são: 
bicarbonatos, cloretos, nitrogênio total, nitrogênio não-protéico, 
fósforo total, fósforo inorgânico, sódio, cálcio e potássio. Os 
componentes orgânicos, por sua vez, são: proteínas totais, 
globulinas, albuminas, fibrinogênio, lipídios totais, ácidos graxos 
livres e totais. 
Os principais tipos de proteínas plasmáticas são: imunoglobulina, 
albumina, fibrinogênio, fatores de coagulação, transferrina, 
haptoglobina, componentes do sistema complemento, α-1- 
glicoproteína, transcobalamina, α-1-antitripsina, plasminogênio, 
ceruloplasmina e lipoproteínas. 
Com relação ao fluxo do sangue: os batimentos cardíacos são 
responsáveis por manter o fluxo sanguíneo dentro de sua 
normalidade. 
Os eritrócitos, ou seja, as hemácias, possuem número maior que as 
demais células e se encontram na posição central do fluxo 
sanguíneo, formando uma coluna constante e separada da parede 
vascular. Desta forma, essa massa eritrocitária circulante acaba 
auxiliando na manutenção da viscosidade sanguínea adequada. 
Plaquetas e leucócitos circulam no espaço lateral desta coluna, 
próximos à parede vascular. Essa circulação obedece a diferença de 
densidade entre os tipos de células formadoras do sangue. Sendo 
assim, quanto maior a densidade, maior é a distância entre a célula e 
a parede vascular. 
 
 
 
Quando os níveis sanguíneos estão dentro da normalidade, as trocas 
gasosas a nível tecidual acontecem em excelentes condições, 
evitando vários problemas, como a hipóxia, por exemplo. 
Ao entrarem nos vasos capilares, os eritrócitos diminuem o seu 
volume. As células maiores e mais rígidas, com hemoglobina 
anormal no seu interior ou já envelhecidas, não conseguem reduzir 
seu volume, e ficam presas às malhas da rede capilar dos tecidos. O 
sistema fagocitário remove essas células da circulação. 
Os leucócitos, por circularem lateralmente no endotélio vascular, 
estão sempre prontos a responder a qualquer necessidade do meio 
extravascular. Através da diapedese (a habilidade de movimentação 
ativa), os leucócitos são atraídos para os locais de inflamação ou 
infecção, deixando os vasos, atravessando o endotélio do 
revestimento capilar, e chegando ao tecido onde está a injúria. Este 
processo se chama quimiotaxia. No endotélio, a posição das 
plaquetas auxilia na atuação de todos os elementos que atuam na 
hemostasia, que tem como objetivo interromper a perda de sangue 
para fora dos vasos. 
O sangue é formado por duas linhagens diferentes, e essas 
linhagens são originadas da stem-cell, ou célula totipotente. A célula 
indiferenciada mielóide tem capacidade de diferenciação em 
linhagens granulocíticas, eritrocitárias, monocitária e 
megacariocitária. A célula indiferenciada linfóide origina os linfócitos 
tipo T (timo-dependentes) e os linfócitos B (Bursa-símile- 
dependentes), que também são formados na medula óssea. Células 
linfóide e mielóide se diferenciam das stem-cell porque não são 
capacitadas a realizar a auto-renovação (principal característica das 
células pluripotentes). 
Células sanguíneas primordiais, indiferenciadas, surgem no embrião, 
especificamente no saco vitelínico. A partir dali, essas células 
chegam à circulação embrionária e se estabelecem em locais do 
embrião que possuem uma rica rede vascular. Esses locais são: 
fígado, baço e posteriormente medula óssea. 
Antes e durante o nascimento, a medula óssea formadora de células 
sanguíneas está presente em quase todos os ossos, é ricamente 
vascularizada e apresenta coloração vermelho-escura (medula 
vermelha), no entanto, à medida que se torna inativa, passa a ter 
coloração amarela, e passa a ser rica em células gordurosas (que é a 
medula amarela). É na medula óssea que as células pluripotentes 
encontram ambiente apropriado para as fases de multiplicação e de 
diferenciação. 
Essas fases (de multiplicação e de diferenciação das células 
pluripotentes) precisam de um parênquima de sustentação, que 
deve ser rico em sangue. Neste parênquima podemos observar que 
existem vasos sinusoidais e vários tipos de células estromais, além 
de vasos maiores dos tipos arterial e venoso, fibrilas nervosas e 
fibras reticulares. Todo este aparato forma o estroma medular. 
Qualquer mudança neste microambiente resulta em alterações na 
formação celular sanguínea. 
 
 
HEMATOPOESE 
O sangue é formado por duas porções: a porção celular, formada 
por glóbulos vermelhos, e a porção conhecida como plasma, onde a 
porção celular se encontra suspensa. 
As células do sangue possuem vida curta, e por isso são sempre 
renovadas. 
À medida que o embrião cresce, baço e fígado se tornam os órgãos 
responsáveis temporariamente pela hematopoese. No segundo mês 
da gravidez, a clavícula passa pela fase de ossificação e começa a 
produzir medula óssea em seu interior. Conforme a ossificação pré- 
natal no esqueleto vai ocorrendo, a medula óssea passa a ter maior 
atuação e maior importância como órgão hematopoiético. 
As células do sangue passam por várias etapas de diferenciação e 
maturação, até que estejam prontas para migrar para a circulação 
sanguínea. Este processo é ininterrupto, por isso, podemos 
encontrar nos esfregaços células passando entre o estágio atual e o 
estágio seguinte. 
Quando isento de doenças, um adulto produz em torno de 200 
bilhões de hemácias por dia, e essas hemácias substituem as 
hemácias senescentes, de forma que mantém a estabilidade da 
massa eritrocitária total que o organismo precisa. Essa produção 
ocorre exclusivamente na medula óssea, no entanto, existem 
situações nas quais esta produção é realizada também por outros 
organismos. 
Depois das fases embrionária e fetal, duas situações podem fazer 
com que a eritropoiese ocorra fora da medula óssea: 
a) Quadro de proliferação neoplásica do tecido mieloide; 
b) Resposta a um estímulo proliferativo exacerbado, como nas 
anemias hemolíticas. 
Quando se constata a anemia hemolítica, níveis altos de 
eritropoietina podem causar uma troca da medula gordurosa pela 
medula ativa, incluindo nos ossos longos; fazendo com que a 
produção eritropoética aumente de seis a sete vezes acima de sua 
produção normal. Neste estímulo persistente, baço e fígado também 
podem apresentar tecido eritróide. 
A produção de células sanguíneas é chamada de hematopoiese, 
ocorre exclusivamente na medula óssea e é regulada tanto por 
citocinas quanto por outros componentes essenciais (fatores de 
crescimento, hormônios, interações célula-célula e célula-matriz 
estromal). 
Todas as células do sangue são formadas a partir de uma célula 
comum: a célula-tronco pluripotente, ou stem-cell,que existem em 
pequena quantidade no organismo (entre 0,01% e 0,05% de células 
totais da medula óssea). Elas possuem duas características 
importantes: capacidade de formar novas células-tronco e 
capacidade de diferenciação em tipos celulares maduros 
especializados (eritrócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, 
plaquetas, monócitos/macrófagos, osteoclastos, linfócitos T e B). A 
célula-tronco pluripotente é capaz de reconstituir a hematopoiese 
de um indivíduo letalmente irradiado ou tratado com 
quimioterápicos que causam mieloablação total. 
O estroma apresenta um componente celular (fibroblastos, 
adipócitos, macrófagos, linfócitos e células endoteliais dos 
sinusóides medulares), e um componente acelular (matriz 
extracelular). Essas características fazem do estroma o ambiente 
propício para o crescimento e a diferenciação das células da 
hematopoese, e também regulam a hematopoiese através da 
produção de fatores solúveis ou de interações célula-célula e célula- 
matriz extracelular. 
Na medula óssea, a hematopoiese precisa da interação entre células 
hematopoiéticas e células do estroma, que produzem uma 
variedade de citocinas. 
A hematopoiese ocorre apenas no espaço extravascular, e as células 
maduras vão para o sangue atravessando o citoplasma das células 
endoteliais. 
 
TECIDO HEMATOPOÉTICO - SÍTIOS DE HEMATOPOESE 
A partir da 5ª semana de vida intrauterina, as primeiras células 
hematopoiéticas são formadas. Nesta fase, a produção dessas 
células é restrita à eritropoese. A partir da 20ª semana, o fígado e o 
baço passam a ser os principais locais onde as células sanguíneas 
são produzidas. Nos primeiros anos (2 a 3 anos) o tecido 
hematopoético é encontrado na cavidade medular de todos os 
ossos. Ainda na infância há substituição gradual da medula 
hematopoética ativa, denominada polpa vermelha, por um tecido 
gorduroso, chamado polpa amarela. 
Este processo começa nas diáfises dos ossos longos, e no jovem 
adulto, o tecido hematopoético ativo é exclusivo às epífises dos 
ossos longos, do esterno, das costelas, do crânio, das vértebras e da 
pélvis. A produção do tecido finaliza na infância, sendo assim, o 
volume de medula ativa de um adulto é o mesmo de uma criança de 
3 anos, mas é menor em idosos. Algumas condições fazem com que 
ocorra uma expansão do tecido ativo, tanto para sítios 
extramedulares (fígado e baço) quanto para locais de medula 
inativa. Este processo é conhecido como metaplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGULAÇÃO DA ERITROPOESE 
Na regulação da eritropoese, a eritropoetina exerce um papel 
fundamental, e sua produção é controlada pela quantidade de O2 
no sangue arterial que leva oxigênio às células no córtex renal. Esse 
fator age diretamente nas colônias eritróides. O ligante do kit, a 
Interleucina 3 (IL-3) também tem participação no controle da 
proliferação e da maturação dos eritrócitos. A eritropoetina é uma 
glicoproteína de 154 aminoácidos, é produzida no tecido renal (que 
sintetiza em torno de 90% do hormônio; os demais 10% são 
produzidos por hepatócitos (células do fígado) que se encontram ao 
redor das veias centrais no fígado. 
Um terço das células da medula óssea é produzido por precursores 
da linhagem mielóide, onde o proeritroblasto é o tipo celular mais 
imaturo identificado nesta linhagem. O proeritroblasto tem origem 
nos precursores mais primitivos com certa funcionalidade. Cada 
eritroblasto forma entre oito e trinta e dois eritroblastos 
ortocromáticos. Os eritroblastos ortocromáticos não têm condições 
de promover divisão e, quando perdem o núcleo, formam hemácias. 
Outra habilidade dos precursores eritróides é a síntese protéica, 
onde a hemoglobina é a principal proteína produzida e retida pelos 
eritroblastos. Ao perder o núcleo, o eritroblasto pára de produzir 
RNA (Ácido ribonucleico) mensageiro. 
O proeritroblasto é uma célula basofílica grande (15 a 20 μm de 
diâmetro). Conforme vai se diferenciando, torna-se menor e seu 
citoplasma mais eosinofílico (eritroblasto basófilo), com aumento da 
quantidade de hemoglobina produzida nos ribossomos. 
Os precursores eritróides apresentam os receptores de eritropoetina 
e de transferrina. O receptor de transferrina está presente em todas 
as células e é importante para agregar o ferro à célula. Conforme 
avança o estágio de maturação, a hemoglobina se torna abundante. 
O núcleo é extrusado e fagocitado por macrófagos; a partir daí, a 
célula passa a se chamar reticulócito medular, que é a última etapa 
de desenvolvimento antes de ser um eritrócito maduro. Ao perder o 
núcleo, a célula para de se dividir, mas a produção de hemoglobina 
continua. A célula madura apresenta formato bicôncavo. A maior 
quantidade dos reticulócitos permanece entre 1 e 2 dias na medula 
antes da liberação para a circulação sistêmica, passando a ser 
chamados de reticulócitos circulantes. 
O eritrócito é capacitado a receber e a transportar oxigênio, 
mantendo um ambiente propício para que as trocas gasosas 
ocorram normalmente em todos os tecidos e órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERITROPOESE INEFICAZ 
Uma porção de eritroblastos não se desenvolve e é destruída na 
medula óssea, e esta fração é a eritropoese ineficaz. A hemoglobina 
produzida nessas células não chega a entrar na circulação, e o 
catabolismo origina a bilirrubina, que é resultado da hemoglobina 
liberada das hemácias em circulação quando são destruídas. 
Em condições normais, cerca de 4 a 12% de hemoglobina produzida 
é destruída na medula óssea na eritropoiese ineficaz. 
ANEMIA 
A anemia é uma síndrome mundial e que atinge pessoas de 
qualquer idade, etnia e gênero, no entanto, sua classificação 
etiológica pode apresentar maior prevalência em situações nas quais 
a carência alimentar se destaca. 
Alguns medicamentos também podem desencadear o surgimento 
da anemia. Disfunções na hematopoiese e problemas imunológicos 
são os fatores que inevitavelmente dão início à anemia hemolítica 
autoimune. 
Vários são os exames laboratoriais necessários para o diagnóstico 
preciso, e sempre que possível, devem ser realizados precocemente, 
a fim de que o tratamento do paciente portador desta síndrome seja 
iniciado o quanto antes. 
Distúrbios na hematopoiese podem provocar o surgimento da 
anemia, que é classificada como uma síndrome. A anemia é 
considerada um problema mundialmente constatado, em todas as 
suas classificações. 
Pela definição da Organização Mundial da Saúde, anemia é a 
diminuição da taxa de hemoglobina (Hb) abaixo de um valor entre 
13 e 15 g/dl em uma pessoa que se encontra ao nível do mar e que 
tem volume sanguíneo total normal. 
A anemia, em muitos casos, é resultado da redução do valor de 
eritrócitos, que está diretamente relacionado ao sexo do indivíduo. 
A anemia pode ser desencadeada por inúmeros fatores, e é 
classificada com base em dois critérios: fisiopatológico e 
morfológico. 
O critério morfológico mostra os aspectos morfológicos dos 
eritrócitos que circulam no sangue. Sendo assim, as anemias são 
divididas em macrocítica, microcítica e normocítica. Nesta 
classificação não se aborda a causa da anemia. 
a) Anemia macrocítica: presença de hemácias de grande volume, 
geralmente com hipercromia, e algumas hemácias podem ser 
megaloblásticas; 
b) Anemia microcítica: presença de hemácias de pequeno 
volume, com pouca hemoglobina, como no caso da anemia 
ferropriva.; 
c) Anemia normocítica: presença de hemácias normocrômicas, 
como no caso das anemias aplástica e hemolítica. 
O critério fisiopatológico mostra a base fisiopatogênica e elucida 
vários tipos de anemias. Neste critério se encontram dois grandes 
grupos de anemias, divididos de acordo com a porcentagem de 
reticulócitos presentes no sangue periférico. 
a) Anemia hemolítica: porcentagem de reticulócitos maior que 
3%, visto que ocorre destruição e produção exacerbadas de 
eritrócitos; 
b) Anemia não-hemolítica:porcentagem de reticulócitos 
circulantes menor que 2%. A origem pode estar na falha na 
produção de precursores eritroblásticos da medula óssea. 
Pode também ocorrer maturação anormal dos precursores 
eritroblásticos, que causa a produção de células eritrocitárias 
com morfologia anormal. 
 
 
ERITROPOESE INEFICAZ NAS ANEMIAS 
A eritropoese ineficaz provoca o surgimento de várias doenças. 
Nestes casos ocorre diferença entre uma pequena quantidade de 
reticulócitos no sangue periférico e a grande hiperplasia de 
hemácias, significando que inúmeros eritroblastos estão sendo 
destruídos na medula, e por consequência eritrócitos maduros não 
são produzidos. Nestes casos são observadas mudanças 
morfológicas (assincronia na maturação, fragmentação nuclear, e 
binuclearidade). Uma quantidade significativa de eritroblastos com 
hemoglobina parcial, destruídos ainda na medula, é indicativa de 
que está ocorrendo importante grau de eritropoiese ineficaz. Estes 
eritroblastos liberam hemoglobinas e enzimas que são detectadas 
em exames laboratoriais em anemias hemolíticas. Esses exames são 
a bilirrubina indireta e a desidrogenase láctica. 
 
 
BAÇO 
A despeito de seu tamanho, um volume sanguíneo considerável 
circula pelo baço, que possui anatomia é simples e sem células 
específicas. Está situado na porção esquerda superior da cavidade 
abdominal, e tem uma cápsula com trabéculas fibrosas que formam 
um conjunto de ramos secundários, terciários e quaternários, que 
guiam vasos e nervos que entram no parênquima esplênico. Sua 
estrutura elástica e fibrosa permite que passe por alterações em seu 
volume, dependendo do sangue ali contido. O baço possui ainda 
duas regiões: polpa branca e polpa vermelha. 
a) Na polpa branca se encontram os folículos linfoides, também 
conhecidos como linfonodos ou corpúsculos de 
Malpighi; 
 
 
 
b) Na polpa vermelha estão cordões de Billroth e os sinusóides 
vasculares. 
Sendo assim, o baço possui importante função, e qualquer alteração 
reflete diretamente em várias hemopatias. 
 
 
FUNÇÕES DO BAÇO 
a) Quando isento de anormalidades, o baço é denominado 
normoesplênico; 
b) Quando apresenta hiperfunção, o sangue também apresenta 
alterações, e o baço é diagnosticado com hiperesplenismo; 
c) O hipoesplenismo é quando o baço apresenta hipofunção ou 
não está trabalhando mais. 
O baço é ligado à síntese e ao armazenamento das células do 
sangue e na produção de anticorpos. Portanto, a avaliação da 
função esplênica é realizada observando-se alterações 
imunológicas e hematológicas. 
a) Quanto à função, polpa vermelha e polpa branca são 
diferentes. Na polpa vermelha estão os macrófagos, que 
atuam na fagocitose de eritrócitos alterados ou velhos, e na 
retenção de bactérias e outros agentes patogênicos; 
b) Na polpa branca, o aspecto morfológico dos folículos linfóides 
está relacionado às condições da idade de cada pessoa. 
Também apresenta grande quantidade de linfócitos T, com a 
função de reconhecer substâncias antigênicas. 
FUNÇÃO IMUNOLÓGICA DO BAÇO 
O tecido esplênico tem linfócitos T que reconhecem antígenos, e 
tem também linfócitos T supressores que regulam a produção de 
imunoglobulinas pelos linfócitos B. Células linfocitárias da polpa 
branca ou do parênquima formam um tecido de importante para a 
resposta imunológica, pois antígenos são reconhecidos e anticorpos 
são produzidos. 
Nos cordões da polpa vermelha podem ser observadas as malhas de 
filtração, que as células de barreira, visto que formam uma proteção 
contra elementos estranhos. Quando passam nesta camada, os 
monócitos do sangue periférico são retidos e transformam-se em 
novos macrófagos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEMIA HEMOLÍTICA 
Quando o organismo se encontra isento de anormalidades, as 
hemácias apresentam sobrevida entre 80 e 120 dias. Porém, em 
quadros de hemólise ocorre a destruição precoce das hemácias, 
diminuindo sua sobrevida a um período inferior a 80 dias. Sintomas 
comuns como icterícia, urina e fezes com coloração mais escura são 
encontrados em quadros de hemólise. 
A esplenomegalia ocorre diante da destruição crônica das hemácias, 
pois o baço captura as células modificadas. Caso a eritropoese esteja 
em condições normais, com valores normais de ferro, ácido fólico e 
vitamina B12, a meia-vida eritrocitária pode cair para 20 a 25 dias 
sem que a anemia se instale, já que a medula aumenta a produção 
eritrocitária em até 8 vezes. Mas se essa vida média eritrocitária 
diminui, a medula óssea tenta compensar esta perda, trabalhando 
mais do que o normal, desta forma é detectado um aumento 
considerável nos níveis de precursores eritroblásticos entre 5 e 8 
vezes acima do normal. Se esta produção medular exacerbada não 
compensar a perda de hemácias, então aparecem os sintomas 
clássicos da anemia. 
A hemólise extravascular ocorre com maior frequência. As hemácias 
são destruídas no baço. Este tipo de hemólise pode ter origem em 
alterações genéticas ou em alterações adquiridas que atingem o 
citoesqueleto, a membrana ou a forma das hemácias, tornando 
difícil a passagem dessas hemácias pelas fendas sinusoidais, e isto 
aumenta o contato dos eritrócitos com os macrófagos. 
A hemólise intravascular tem por característica a destruição de 
hemácias na circulação, e o seu conteúdo é excretado no plasma. 
Esse tipo geralmente ocorre em disfunções adquiridas, como em 
traumas, destruição através do sistema complemento ou por 
toxicidade. 
 
 
 
 
 
ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE 
 
É a anemia hemolítica de maior relevância, pois ocorre com grande 
frequência e tem considerável nível de gravidade. Pode ser induzida 
pela ligação entre anticorpos e/ou componentes do complemento e 
a membrana do eritrócito. Pode também ser desencadeada por 
autoanticorpos reagentes a antígenos de membrana (as que 
participam dos sistemas de grupos sanguíneos. 
A hemólise na AHAI (Anemia Hemolítica Autoimune) é relacionada à 
opsonização. Ocorre um revestimento da membrana da hemácia, e 
os anticorpos IgG se conectam a determinados receptores dos 
macrófagos do baço, viabilizando assim a fagocitose das hemácias. 
 
A AHAI tem duas síndromes distintas. 
AHAI a quente: os autoanticorpos IgG se conectam à superfície da 
hemácia na temperatura do corpo (anticorpos quentes). Em 70 a 
80% dos casos de AHAI a quente os autoanticorpos reagem mais 
facilmente em temperatura corporal de 37 graus. É mais comum em 
mulheres (adultas) e apresenta destruição das hemácias por 
fagocitose. Pode estar associada a LES (Lúpus Eritematoso 
Sistêmico), neoplasias linfoides, artrite reumatoide, uso de 
medicamentos como levodopa, cefalosporinas, metildopa, 
penicilinas, quinidina e anti-inflamatórios não esteroidais. O paciente 
pode apresentar esplenomegalia, palidez, icterícia, cefaleia, dispneia, 
fadiga e palpitações. 
São observadas alterações no hemograma, no VCM, HCM, RDW, 
presença de reticulócitos, de macrócitos policromáticos 
(policromatocitose), eritroblastos e de precursores granulocíticos, 
além de hemoglobinemia e hemoglobinúria. 
AHAI a frio: os autoanticorpos do tipo IgM reagem com as hemácias 
em baixas temperaturas (anticorpos frios), entre 4 e 18 graus. Esses 
anticorpos frios têm pouca atividade na temperatura corporal 
normal. O paciente apresenta icterícia, hemoglobinemia, 
hemoglobinúria, aglutinação de hemácias e consequentemente 
hemólise. 
São observadas alterações no hemograma, no VCM, HCM, RDW, 
presença de reticulócitos, de macrócitos policromáticos 
(policromatocitose), eritroblastos e de precursores granulocíticos, 
além de hemoglobinemia e hemoglobinúria. 
 
Existe ainda a AHAI por IgG, que não apresenta causa aparente, por 
isso se chama AHAI por IgG idiopática e acontece em 50% dos casos 
de AHAI. 
Os sinais e sintomas são os mesmos de outras anemias, mas na 
hemólise, é comum observar achados como discreta icterícia, 
palidez, esplenomegalia,história familiar com casos de anemia, 
hemoglobinúria. 
Pacientes com esplenomegalia podem ser portadores de neoplasia 
hematológica ou de anemia hemolítica crônica. Dentre as anemias 
hemolíticas que desencadeiam esplenomegalia, as talassemias são 
as que mais provocam essa alteração. 
Anemia aguda com urina avermelhada ou marrom indica 
hemoglobinúria, e este achado é característico de hemólise 
intravascular. Uma crise hemolítica aguda geralmente provoca febre, 
dor lombar, urina escura, palidez, icterícia. 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA ANEMIA HEMOLÍTICA 
AUTOIMUNE 
Para que o diagnóstico da anemia hemolítica autoimune seja 
confirmado, alguns exames laboratoriais são necessários, tendo 
sempre como prioridade a realização desses exames tão logo o 
quadro clínico seja sugestivo. 
 
Ácido Úrico Sérico 
O ácido úrico sérico apresenta uma elevada destruição de 
nucleoproteínas na anemia hemolítica autoimune. 
 
Bilirrubina 
Bilirrubina não conjugada aumentada indireta pode ser encontrada 
em hemólise autoimune, uso exagerado de remédios que provocam 
hemólise. O resultado deste exame pode apresentar resultados 
equivocados se houver hemoglobina na amostra. 
 
Desidrogenase Láctica (LDH) Sérica 
É um ótimo marcador para hemólise in vivo em quadros de anemia 
hemolítica, e tem valor acima do normal nos vários tipos de anemias 
hemolíticas. 
 
Ferro Sérico 
É empregado como diagnóstico diferencial nos diversos tipos de 
anemias, e se encontra com valor acima do normal diante da 
destruição de hemácias. 
 
 
Haptoglobina Sérica 
Indica hemólise, e seu valor está menor que o normal ou até mesmo 
ausente quando ocorre hemólise intravascular. 
 
Haptoglogina 
É um teste com alta sensibilidade e confiança, pois o seu teor no 
plasma diminui e assim permanece por um período de 2 a 3 dias. 
Este exame confirma que a sobrevivência eritrocitária está diminuída. 
Seu valor está abaixo do normal na hemólise extravascular e em 
vários tipos de anemias megaloblástica da gravidez, falciforme, 
perniciosa, hemolítica não-esferocítica congênita, hemolítica 
idiopática. 
Hemólises Intravascular, Extravascular e Compensada 
O esfregaço de sangue periférico mostra macrócitos e 
policromatofilia. A presença de esferócitos aponta anemia 
hemolítica autoimune. 
 
Teste de Coombs Direto (Antiglobulina) 
O Teste de Antiglobulina Direta Positiva (TAD) mostra anticorpos 
para imunoglobulina sobre a membrana eritrocitária em casos de 
hemólise e de hemólise autoimune. 
 
Teste de Coombs Indireto Positivo 
O soro do paciente mostra anticorpos específicos e autoanticorpos 
não-específicos na anemia hemolítica adquirida. 
 
Volume Corpuscular Médio (VCM) 
O hematócrito é dividido pela contagem de hemácias, e este exame 
auxilia no diagnóstico diferencial de anemias. Se o resultado for 
positivo, é constatada a anemia hemolítica autoimune. 
 
 
Em resumo, os seguintes exames e achados são necessários para o 
diagnóstico inequívoco e seguro da AHAI: 
- Constatação de anemia, com Hemoglobina (Hb) ente 6 e 10 g/dL; 
- Citopenia; 
- Macrocitose ou normocitose; 
- Microesferocitose; 
- Presença de esquizócitos; 
- Poiquilocitose; 
- Policromasia; 
- Anisocitose; 
- Presença de eritroblastos no sangue periférico; 
- A leucocitose é presente em alguns casos; 
- Plaquetocitose ou plaquetopenia; 
- Reticulocitose; 
- DHL elevada; 
- Hiperbilirrubinemia indireta; 
- Haptoglobina diminuída ou indetectável (pela saturação de Hb); 
- TAD (Teste de Antiglobulina Direto) é um diagnóstico 
imunohematológico, considerado o padrão ouro no diagnóstico de 
AHAI; conhecido como Coombs Direto, este exame detecta a 
presença de autoanticorpos ou fração do complemento aderidos à 
superfície das hemácias; 
- IgG positivo na AHAI a quente; 
- C3 (C3b e C3d) na AHAI a frio. 
80% dos pacientes têm anticorpos livres no soro, que podem ser 
detectados no Teste da Antiglobulina Indireto (TAI), também 
chamado de Coombs Indireto. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Pacientes aprovados na triagem laboratorial devem receber 
tratamento específico imediatamente, a fim de reduzir o grau de 
hemólise, aumentar os níveis de hemoglobina e amenizar os 
sintomas. 
É necessário também acompanhar o portador da anemia hemolítica 
autoimune, pois neste acompanhamento os sintomas são avaliados 
e o quadro de regressão ou progressão da síndrome são 
constatados. 
Em casos onde a esplenectomia deve ser realizada, a monitorização 
deve ser constante, com a realização de exames laboratoriais 
específicos para o descartar ou confirmar o diagnóstico da 
septicemia. 
Pacientes portadores de AHAI apresentam períodos de remissão e 
recidiva; portanto, o tratamento pode ter seu início quando o 
paciente apresentar crise hemolítica. Pacientes submetidos a 
esplenectomia necessitam de agentes imunossupressores por longo 
período, e a suspensão no uso desses imunossupressores pode ser 
tentada após resposta observada por um período mínimo de 6 
meses. 
Espera-se a queda no grau de hemólise, aumento dos níveis de 
hemoglobina e melhora dos sintomas. 
Portadores de AHAI idiopática necessitam de acompanhamento 
ininterrupto, pois o curso da doença é geralmente crônico. 
Portadores de AHAI secundária apresentam bom prognóstico, 
geralmente sem recidivas. 
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	Teste de Coombs Indireto Positivo
	Volume Corpuscular Médio (VCM)
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	BIBLIOGRAFIA
	MOTTA, V.T. Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretações.
	NAOUM, P.C; Avanços tecnológicos em hematologia laboratorial.

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