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Semiologia 1- Aula 1 Relação médico paciente e Anamnese 1 João Victor Santos Gomes - Como atingir um sucesso profissional? 3 requisitos: Conhecimento, habilidade, atitude (CHA) - Conhecimento + Habilidade = atitude = aplicar quando se tem necessidade, no momento exato, de forma mais sábia . Postura profissional = saber conversar, ser empático, ser ético Ter respeito com o sofrimento, com a saúde e a integridade de sua vida . Foi feita uma pesquisa sobre a aparência que o paciente respeita mais no médico: resultado foi o branquinho básico da medicina hahaha. Jaleco branco, clean, etc. O primeiro contato com o paciente é visual, então a vestimenta, a aparência, importam muito . Celular é uma das principais causas de processo médico . Whatson Jeopardy- IBM/ Microsoft Go = inteligência artificial, sendo desenvolvida na área médica = Pesquisar sobre . A diferença entre a Máquina x o Médico sempre esteve no sentir e no se relacionar com o seu paciente Não cabe perder proximidade na medicina O sentido de humanidade, empatia é a essência que vai permanecer sempre e não devemos nos esquecer disso . NR-32 – Normativa do ministério do trabalho = Adorno Zero = profissionais e saúde não podem usar adorno em ambiente hospitalar ou de treinamento. Sapato fechado, unhas curtas, cabelo preso, tinta de unha clara, jaleco branco e fechado. ANAMNESE 1- Identificação . Nome . Idade/ Data de nascimento . Cor . Profissão atual e anteriores . Onde reside e residiu (epidemiologicamente importante) . Sexo . Endereço completo . Estado civil . Naturalidade . Religião 2- Queixa principal (QP) . queixa com as palavras do paciente . motivo que trouxe o paciente ao consultório . No máximo 3 sintomas . Escrever com as palavras do paciente e entre aspas 3- História Da doença atual (HDA) Estar em ordem com os acontecimentos, acompanhando a evolução do caso do paciente . quando começou . quanto tempo duram os sintomas Ordem cronológica . há períodos em que o paciente sente melhora/piora? Se ter dor, 7 coadjuvantes da dor (irradiação, intensidade, sintomas associados, o que melhora ou piora, etc) Escala de dor (0-10) Intensidade da dor, tipo da dor Fatores de melhora ou piora Localização da dor, se irradia ou não, sua intensidade, de que forma o paciente interpreta essa dor É um detalhamento da queixa principal Detalhamento da queixa principal - Sintomas 4- Revisão de sistemas ( mario lopez coloca no final, marlos prefere logo após a HDA) - Sintomas e sinais que não estão relacionados com a HDA mas se relacionam com a historia do paciente - Ajuda a avaliar o paciente como um todo - O paciente pode ter internado por problema de coração, mas ter outros problemas . muitas vezes o paciente tem sinais que ele nem percebe, é tão crônico que nem incomoda ele mais, ele nem se queixa mais - Aqui não cabe doença - Aborda os sintomas e sinais de todos os sistemas - Oftalmologicos, gástricos, neurológicos, etc - Sentido crânio-caudal 5- História Patológica Pregressa (HPP) - Doenças - Medicamentos que usa - Vacinação - Gestação e parto - Cirurgias prévias - Alergias - Traumas - Colocar “paciente nega”, quando o paciente negar alguma coisa 6- História Fisiológica - Nascimento (normal, cesárea, domiciliar, etc0 - Caracteres sexuais (aparecimento de pelos, mamas, menstruação) - Gestações podem ser aqui ou na HPP (Marlon prefere aqui do que na Hpp já que gestação não é doença) = Aborto é na HPP - Caracteres de parceiros sexuais (homo o hetero, múltiplos parceiros, etc) 7- História familiar . Doenças presentes na família . causa da morte dos pais se forem mortos, de irmãos, tios tbm (até 2º grau) . se possuírem filhos, eles têm alguma doença? . câncer, diabetes, asma, IAM, HAS 8- História social . condição de moradia . situação de trabalho, local de trabalho, carga horária, forma de deslocamento Hábitos alimentares Se possui animais domésticos Quem mora em casa (pensar em doenças infectocontagiosas) Lazer Fonte de renda da família Qualidade de água Drogas Fogão de lenha Tabagismo Etilismo No uso de substancias perguntar quantidade e frequência - O primeiro contato com o paciente é fundamental, é importante ser empático, educado, cumprimentar, apertar a mão do paciente, etc. Essas primeiras posturas já ganham ou não a confiança do paciente e está totalmente relacionado com a qualidade das informações que vamos obter. - Apesar dos avanços tecnológicos, o diagnóstico perfeito ainda está no ouvir o paciente falar - 80% dos diagnósticos vem de uma boa anamnese e só 20% de um bom exame físico “os bons médicos ouvem mais do que examinam” = obvio que bom exame físico + anamnese é ótimo, mas é fundamental uma boa anamnese - A anamnese é um documento também, além de médico, é um documento jurídico, um juiz pode analisar minha anamnese pra saber se minhas atitudes foram corretas ou não “médico que não escreve se defende mal, muito visto isso em processos judiciais” É importantíssimo sempre escrever tudo na anamnese - A anamnese é um grande momento de contar história = ouvir a historia é importante, pois é a historia do paciente, da doença dele, na HDA é importante parar para ouvir e não ficar induzindo respostas, é bom ouvir a história do paciente da forma como ele conta Anamnese é ouvir, não é questionário - Perguntar o que mais incomoda o paciente e que trouxe ele ao serviço médico É a pergunta mais crucial, pois em cima dessa resposta vamos obter informações a respeito do diagnóstico Na QP normalmente devemos colocar 3 queixas relacionadas Ex: pneumonia, tosse, febre e dor pra respirar ou no corpo são sintomas associados, uma dor no dedão, por exemplo, já não seria um sintoma associado As vezes é bom refinar a pergunta: “Fulano, o que mais te incomoda, que te vez vir aqui?” - Vamos supor que a QP seja falta de ar Ressalta-se que nosso objetivo é tratar o paciente, a doença e principalmente aliviar o sofrimento. Quando a queixa principal é falta de ar, devemos aliviar esse sofrimento, entendendo o que ela é e a tratando. Quando um paciente fala de falta de ar devemos pensar em doenças como Asma, pneumonia, ansiedade, DPOC, INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Quando falamos de fata de ar como queixa principal, devemos pensar nessas doenças já que todas elas causam Dispneia; Essa palavra falta de ar, já nos remete a um leque de possibilidades diagnósticas Se fazemos a pergunta da QP errada, de modo que o paciente responda a pergunta errada, responda coisas que não são o principal motivo que o trouxe a consulta, vamos fazer o diagnóstico de um tanto de coisa que nem é o que ele quer que ele trate “ Disso tudo que vc disse, o que mais te incomoda que te trouxe ao hospital” = sempre fazer essa pergunta A história toda de tratar o paciente está toda em cima dos sintomas e da busca correta da QP A pergunta da QP deve ser muito bem elaborada É o momento de ouvir a história a respeito da queixa principal Largara a caneta, não escrever nesse momento, prestar a atenção no paciente, mostrar que estamos atentos e interessados pelo que ele fala, é importante escutar a história com atenção Escrever pode dar pro paciente a ideia de que estou mais interessado em escrever que o dar tenção/ ouvir sua história. Não interromper o paciente, o escutar o tempo que for HDA não é fazer questionário, é ouvir o paciente Na HDA é que encontramos a verdadeira arte de ser médico = ouvir “tem capacidade de cura” Evitar elementos detratores como celular, computador, etc durante a HDA As vezes o paciente fala alguma coisa pontual, que é importante, e precisamos escrever, mas isso é pontual, não devemos escrever o tempo todo mas podemos escrever coisas pontuais - Fazendo uma analogia com filme: Toda vez que eu faço uma história clinica a QP é o cartazdo filme que vamos assistir e a HDA é o filme em si, é a história do filme em si, o que não pode é na QP ter a capa do rei leão e na HDA a historia dos vingadores Se a QP é faltar de ar, a HDA tem que versar sobre dispneia 80% do tempo Se abordagem da QP for errada, HDA, diagnóstico, tratamento, tudo vão estar errados também - Toda história tem começo, meio e fim A cronologia é importantíssima porque as doenças tem marca cronológica A evolução da doença tem uma marca É importante escrever a história cronologicamente perfeita Por mais que o paciente conte fora do contexto cronológico, nós como médicos devemos organizar essa história cronologicamente, O dia que o paciente nos procurou é o fim da história, é a última parte A falta de cronologia é o erro mais comum na anamnese - Quando tivermos frente a um paciente prolixo devemos fazer uma interrupção sutil, a fim de voltar pra parte da história que interessa, sem constranger o paciente e sem deixar a impressão que perdemos o interesse em ouvi-lo Muitas vezes vão faltar pedaços na história e quem une melhor os pedaços que tem é quem faz melhor o diagnóstico = o paciente não vai contar a história perfeita na maioria das vezes - A descrição na HDA deve ser sempre em termos médicos - Não deve conter sinais ou sintomas que não são relacionados com a QP. = HDA é pura QP - Tudo o que não for QP não cabe na HDA, entra na revisão de sistemas SIC (segundo informações colhidas) = quando colhermos as informações de terceiros, mãe, esposa de paciente incapacitado, etc Quando a queixa é aguda, a história é curta como exemplo ao lado Quando o paciente termina a história dele é bom perguntar, “Tem mais alguma coisa pra falar?” Se não tiver mais nada pra falar, acaba a HDA aí e prosseguimos para as outras partes da anamnese
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