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EXAME FÍSICO ABDOMINAL Profª Drª Luz Marina G. A. Oliveira Disciplina de Propedêutica Universidade Nove de Julho São Bernardo -SP 2023 Antes de iniciar o exame físico do abdome: ❖ Higienizar as mãos e explicar para o paciente o que será examinado. ❖ Deixar o paciente em posição confortável, com o abdome completamente exposto (as partes íntimas cobertas), mãos ao lado do corpo e com a bexiga vazia. ❖ Descer o decúbito dorsal até onde paciente se sentir confortável; se houver dispneia (até onde paciente aceitar sem dispneia). ❖ O examinador deve ficar ao lado direito do paciente. ❖ As mãos e o estetoscópio devem estar aquecidos; as unhas devem estar curtas e aparadas. ❖ Mantenha o paciente relaxado com as pernas estendidas e paralelas. Pontos fundamentais da revisão • Revisão anatomia topográfica • Exame físico do abdome: 1. Inspeção estática e dinâmica 2. Ausculta 3. Percussão 4. Palpação superficial e profunda Divisões topográficas do abdome Sequência do exame físico abdominal 1) Inspeção estática e dinâmica 2) Ausculta 3) Percussão 4) Palpação superficial e profunda Sinal da Descompressão Brusca O examinador comprime a parede abdominal com uma das mãos e solta abruptamente. A manobra é positiva quando há exacerbação da dor ao realizar a descompressão (atentar-se para a expressão facial do paciente) → inflamação aguda da cavidade peritoneal. Sinal de JOBERT Hipertimpanismo à percussão da loja hepática, denotando pneumoperitônio. Hipertimpanismo à percussão da loja hepática, denotando pneumoperitônio. Sinal de MURPHY (ou sinal da inspiração interrompida) • Ponto cístico → situa-se no ponto formado pelo rebordo costal direito com a linha hemiclavicular, na interseção destas linhas. • Deve ser palpado em busca do Sinal de Murphy, que pode estar presente na colecistite aguda. • É a interrupção da inspiração ao se aplicar pressão no abdome superior direito, no ponto cístico, e dor intensa à descompressão brusca neste ponto. • Característico da colecistite aguda. Sinal de MURPHY Sinal de COURVOISIER-TERRIER ▪ Palpa-se vesícula grande e indolor em paciente ictérico, o que ocorre em obstrução biliar prolongada. ▪ Provável tumor periampular. Dor localizada em determinada região do HCD à percussão de moderada a forte intensidade → Provável abscesso hepático Sinal de TORRES-HOMEM (ou sinal da percussão dolorosa em HCD) Sinal de RANSOHOFF Coloração amarelada da região periumbilical, denotando ruptura de ducto biliar comum. Sinal de JOBERT ◻ Sinal de Jobert → sinal clínico que refere-se ao desaparecimento da macicez e aparecimento de hipertimpanismo (por conta da presença de ar) na região hepática. ◻ É um sinal observado nos grandes pneumoperitônios. Sinal de BLUMBERG • Ponto de McBURNEY → situado no terço lateral da linha entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterossuperior. DESCOMPRESSÃO BRUSCA POSITIVA Comprimir o ponto de McBURNEY e descomprimir rapidamente; se positivo ↓ SINAL DE BLUMBERG Sinal de BLUMBERG Sinal de ROVSING Dor na fossa ilíaca direita à compressão retrógrada dos gases a partir da fossa ilíaca esquerda. Sinal do Obturador • O sinal do obturador é um sinal indicador de irritação do músculo obturador interno. Para realizá-lo, com o paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. • É um dos sinais da apendicite aguda. Sinal do iliopsoas ◻ Esse sinal é observado ao estender a perna direita posteriormente, estando o paciente em decúbito lateral esquerdo. ◻ Caso o paciente sinta dor no ponto de McBurney ao movimento, é um indicativo de apendicite aguda. Outros sinais relacionados à apendicite aguda: Sinal de AARON: Dor ou aperto no epigástrio ou região anterior do tórax, face a pressão aplicada no ponto de McBURNEY. Sinal de BASSLER: Dor aguda ao comprimir o apêndice entre a parede abdominal e o osso ilíaco. Sinal de TEN HORN: Dor causada pela tração delicada do testículo direito. Sinal de CARNETT Ocorre perda da sensibilidade dolorosa quando os músculos da parede abdominal são contraídos, denotando fonte intra-abdominal da dor. Sinal de CHANDELLIER Dor pélvica intensa à mobilização do colo uterino, denotando doença inflamatória pélvica. Sinal de GIORDANO Punho-percussão dolorosa em região lombar (11ª/12ª costelas). Sinal de CRUVEILHIER-BAUMGARTEN Presença de varizes periumbilicais ("caput medusae"), denotando hipertensão portal. Sinal de KEHR Dor no ombro esquerdo ao pressionar o abdome superior ipsilateral, denotando hemoperitônio por ruptura esplênica. Sinal de DANFORTH Presença de dor no ombro à inspiração, denotando hemoperitônio decorrente de gravidez ectópica rota. Sinal de GERSUNY Presença de massa palpável e moldável, que retorna lentamente à sua situação original, denotando a presença de fecaloma. Também conhecido como sinal do “esparadrapo”. Sinal de DeBAKEY Presença de massa epigástrica pulsátil e visível, denotando aneurisma aórtico abdominal. Sinal de FOTHERGILL Massa palpável que não cruza a linha média e que permanece palpável com a contração do m. reto abdominal. Sinais de GRAY-TURNER e CULLEN Presença de equimoses em flancos e região periumbilical respectivamente, denotando hemorragia retroperitoneal, compatível com Pancreatite aguda grave. Nódulo da Irmã MARY JOSEPH Presença de nódulo eritematoso e violáceo na região umbilical, denotando metástase de neoplasia intra abdominal. Sinal de MANNKOPF Aumento de frequência de pulso quando o abdome doloroso é palpado. Indica simulação quando é negativo.
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