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Alergia à proteína do leite de vaca

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
FACULDADE DE NUTRIÇÃO MACAÉ 
 
 
 
MAYARA APARECIDA MENDES 
DRE: 120034559 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alergia à proteína do leite de vaca 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ 
 2021 
 
 
 MAYARA APARECIDA MENDES 
 
 
 
 
 
 
 Alergia à proteína do leite de vaca 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa para trabalho avaliativo da disciplina 
Processamento de Alimentos I 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ 
2021
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 4 
2.2 Causas e como evitar............................................................................................... 4 
2.3 Tratamento e cuidados ............................................................................................ 4 
2.4 Desenvolvimentos tecnológicos e cura ...................................................................... 5 
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 7 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 8 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
No ano de 2018, foi publicado o novo Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, 
elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Brasileira de Alergia 
e Imunologia (Asbai). O consenso aborda quais diagnósticos e tratamentos estão sendo utilizados 
em casos de pacientes com alergias alimentares. Entre as alergias do material (1), está a tão 
recorrente alergia à proteína do leite de vaca (APLV) que será o tema deste trabalho. 
A APLV acontece quando o organismo reage de maneira defensiva na presença da 
proteína do leite, ela pode preceder outras alergias como à amendoim e ovo. Essa alergia 
normalmente é causada pela β-lactoglobulina, pela α-lactalbumina e pela caseína (2). Casos de 
APLV são comuns nos primeiros meses de vida e causam diversos sintomas respiratórios, 
gástricos e até dermatites atópicas. 
Antes de aprofundarmos no assunto é válido ressaltar que a alergia à proteína do leite é 
diferente de intolerância a lactose, a última acontece devido a uma quantidade insuficiente de 
enzimas lactase, responsáveis pela quebra da lactose, um tipo de açúcar presente no leite, em 
nosso organismo, enquanto que a alergia é uma reação adversa ao componente proteico do 
alimento e envolve mecanismos imunológicos (3).
 
 
 2. DESENVOLVIMENTO 
 
 2.1 Como ocorre e sintomas 
 
A alergia à proteína do leite de vaca ocorre quando o sistema imunológico de crianças e 
bebês identifica erroneamente uma ou mais proteínas do alimento como prejudiciais, essas 
proteínas podem ser a β-lactoglobulina, a α-lactalbumina ou a caseína. Os sintomas são variados 
e podem se manifestar por meio de reações imediatas, em segundos ou até duas horas após a 
ingestão, por reações tardias que podem acontecer até dias depois do consumo ou em reações 
mistas. Entre as imediatas temos a urticária, angioedema, vômitos em jato, diarreia, dificuldade 
de respiração, e em casos mais graves anafilaxia e choque anafilático. As tardias envolvem 
cólicas, intestino preso, sangue nas fezes, diarreia com ou sem muco, assadura, baixo peso e 
baixo crescimento. Por fim, as reações mistas envolvem dermatite atópica, asma e refluxo (4). 
É importante que na presença de sintomas a criança ou lactente seja acompanhado por 
um pediatra, gastropediatra e nutricionista, a fim de identificar o grau da alergia e iniciar o 
tratamento imediato e adequado. 
2.2 Causas e como evitar 
 
Existem cinco possíveis causas da alergia à proteína do leite acontecer (5) elas são: 
influência genética, uma vez que filhos de pais alérgicos possuem 75% de chance de apresentá-
la; hipóteses higiênicas que envolvem questões de que medicações, limpeza e vacinação mudam 
o sistema de defesa do organismo; a exposição precoce da criança às proteínas do leite por meio 
de fórmulas, a ingestão de leite e seus derivados precocemente pode causar problemas porque o 
sistema digestório ainda está em maturação e por último está a transgenia dos alimentos. 
Atualmente, não há formas de prevençãodo para o aparecimento da alergia, pois não 
existem estudos que comprovem que restrições na dieta da mãe durante a gestação e 
amamentação tenham esse efeito, restrições só são indicadas caso o bebê tenha de fato a APLV 
(3). 
2.3 Tratamento e cuidados 
 
A APLV tem tratamento e cura. O tratamento se dá por meio de exclusão do leite, seus 
derivados e alimentos que o possuam em sua composição da dieta da criança. É conveniente que 
 
 
a mãe, caso esteja amamentando, também faça essa dietoterapia, pois as proteínas do leite de 
vaca podem se misturar ao leite materno. Apesar de parecer ser de simples execução, deve-se 
tomar todo o cuidado para evitar que a criança tenha contato com o leite não só dentro de casa, 
mas em seus locais de convívio social. Além de cuidados com a dieta se deve ficar atento aos 
rótulos de produtos de higiene como sabonetes, cremes e shampoos afinal estes podem possuir 
yogurt powder e whey protein que são derivados de leite (6). 
A nutricionista materno infantil Tatiana Magri (7), ressalta que é preciso fazer a separação 
de utensílios exclusivos para uso do filho com alergia e que locais de preparo dos alimentos 
devem ser bem limpos para que se evite a contaminação cruzada dos alimentos pelo alérgeno. 
É necessário, atenção redobrada aos rótulos e listas de ingredientes dos alimentos 
comprados para a dieta da criança, os seguintes ingredientes (7) devem ser evitados visto que 
indicam a presença de leite: Lactoglobulina, fosfato de lactoalbumina, lactato, lactoferrina, 
lactulose, lactulona, caseína, caseína hidrolisada, caseinato de cálcio, caseinato de potássio, 
caseinato de amônia, caseinato de magnésio, caseinato de sódio, chantilly, creme de leite, 
leitelho, nata, nougat, soro de leite, soro de leite deslactosado, gordura de leite, coalhada, proteína 
láctea, proteína de leite hidrolizada, whey protein, fermento lácteo, gordura de manteiga, óleo de 
manteiga, éster de manteiga, composto lácteo, mistura láctea, lactose. Já os compostos, ácido 
lático, lactato de sódio e de cálcio, estearoil lactil, leite de coco, conservador propionato de 
cálcio, manteiga de cacau podem ser utilizados na alimentação (8). 
Como não pode ocorrer o consumo de leite, é essencial que a mãe tenha o 
acompanhamento de um profissional da área, para que ele escolha corretamente alimentos que 
possam substituir o leite e, ao mesmo tempo oferecer as vitaminas, minerais e outros nutrientes 
que o mesmo oferece, dessa maneira a criança não tera prejuízos no seu desenvolvimento e 
crescimento. 
2.4 Desenvolvimentos tecnológicos e cura 
 
Devido esse tipo de alergia alimentar ser tão comum em todo o mundo, existem estudos 
de desenvolvimentos tecnológicos de alimentos para alérgicos, principalmente relacionados aos 
tipos de leite A1 e A2. Em um primeiro momento, sabe-se que o leite de vaca possui 30% de β-
caseína em sua composição sendo ela do tipo A1 ou A2 em bovinos (2). O leite do tipo A1 é o 
que causa a APLV ele surgiu há cerca de dez mil anos por causa de uma mutação. A única 
 
 
diferença entre o leite A1 e o A2 está na posição do aminoácido 67, isso acarreta na 
digestibilidade da molécula pelo organismo. Já que o leite A1 possui prolina no lugar de histidina 
como no A2, a quebra dessa proteína acaba sendo nessa posição 67 do aminoácido gerando o 
BCM-7, um derivado que gera vários efeitos sobre a função gastrointestinal acarretando 
variedade de sintomas da APLV. 
No leite com beta caseína A2 não ocorre a formação do BCM-7, por isso estudos 
mostram bons resultadosde seu uso por pacientes alérgicos. Contudo, para se ter um leite 
puramente do tipo A2 deve-se fazer uma seleção genética entre os bovinos, visto que existem 
vacas com alelos A1A2 e outras homozigóticas A1 e A2. Levantamentos, feitos no Rio Grande 
do Sul (2) mostram que raças zebuínas tem grande potencial para produção de leite A2. Nos dias 
atuais, a pioneira e maior empresa de leite A2 e seu derivados no mundo é a A2 Milk Company 
Em um segundo momento, é válido ressaltar que o leite do tipo A2 é indicado em casos 
de APLV de crianças que possuam alergia somente a beta caseína A1 (2) , na maioria dos casos 
ela se apresenta de forma mista, ou seja existe alergia conjunta há outras proteínas do leite como 
a β-lactoglobulina e a α-lactalbumina, portanto é preciso estar atento se o leite A2 pode ser 
consumido ou não. 
Outra substituição comum para o leite de vaca é o uso de fórmulas hipoalérgicas a base 
de soja, aminoácidos ou proteínas hidrolisadas que além de serem livres das proteínas do leite 
possuem vitaminas e sais minerais importantes para a saúde da criança (9). Hoje em dia, para a 
fabricação dessas fórmulas a hidrólise enzimática é a que mais se destaca no mercado, por essa 
razão, pesquisas para a biossíntese de novas peptidases para hidrólise das proteínas do leite estão 
sendo feitas, os benefícios que essas recombinantes podem trazer envolvem os custos mais em 
conta, rendimento e até a redução do sabor amargo que muitas vezes a formulação apresenta 
(10). 
No mercado também encontramos lojas que comercializam produtos com zero adição de 
leite para alérgicos a proteína do leite de vaca, como a Delícias sem leite (11), loja on line que 
entrega para todo país, diversos produtos voltados para o público com APLV e a Tudo zero leite 
(12), a primeira indústria vegana do Brasil, dona da linha de produtos Zeromilk® uma fabricante 
de chocolates livres de leite. 
Por fim, é valido frisar que a APLV tem cura, normalmente depois dos dois anos de idade 
até os cinco muitas crianças já conseguem se ver livres da alergia. Para que se saiba se a criança 
 
 
já não possui mais alergia, são realizados testes de provocação oral (TPO), o mesmo usado em 
diagnósticos. Esses testes vão reintroduzindo aos poucos pequenas quantidades de leite e seus 
derivados na alimentação da criança, lembrando que esse processo deve ser feito sob supervisão 
de médicos e nutricionistas (13), caso os resultados estejam sendo positivos após várias testagens 
é concluído que a criança não possui mais alergia à proteína do leite de vaca. 
 
3. CONCLUSÃO 
 
Diante do exposto, é perceptível que a APLV é uma alergia comum e de fácil tratamento. 
Apesar das várias restrições que as crianças e mães lactantes devem seguir, a cura é dada em um 
curto período de tempo. É válido ressaltar o quão importante é a existência de lojas de produtos 
especializadas em APLV como a citadas no trabalho, uma vez que facilitam o acesso a 
diversificados produtos autorizados para a dieta do alérgico e com isso tornam mais variada a 
alimentação da criança que possui essa alergia alimentar.
 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 2 - Diagnóstico, 
tratamento e prevenção. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e 
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 2, 
n. 1, 2018. 
2. REVISTA LEITE INTEGRAL 
HTTPS://WWW.REVISTALEITEINTEGRAL.COM.BR. Revista Leite Integral - Tudo o que 
você precisa saber sobre leite A2. Disponível em: 
<https://www.revistaleiteintegral.com.br/noticia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-leite-a2>. 
Acesso em: 25 jul. 2021. 
3. Alergia ao leite de vaca - SBP. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-
para-familias/doencas/alergia-ao-leite-de-vaca/>. Acesso em: 25 jul. 2021. 
4. CONHEÇA OS SINTOMAS DA APLV. Disponível em: 
<https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/guia-aplv/conheca-sintomas>. Acesso em: 25 jul. 
2021. 
5. Quais são as possíveis causas associadas à APLV? Disponível em: 
<https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda-alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-
associadas-a-aplv>. Acesso em: 25 jul. 2021. 
6. Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) - Isababy Oficial. Disponível em: 
<http://www.isababyoficial.com.br/cuidados-com-o-bebe/alergia-a-proteina-do-leite-de-vaca/>. 
Acesso em: 25 jul. 2021. 
7. MAGRI, T. Bebê com APLV - Sintomas, cuidados importantes e dieta YouTube, 24 nov. 
2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SG0dMtWNa3E>. Acesso em: 25 jul. 
2021 
8. Tratamentos. Disponível em: <https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/tratamento>. Acesso 
em: 25 jul. 2021. 
 
 
9. TRATAMENTO DA APLV. Tratamento da APLV. Disponível em: 
<https://www.danonenutricia.com.br/infantil/dificuldades-alimentares/tratamento-
aplv#:~:text=As%20f%C3%B3rmulas%20nutricionais%20utilizadas%20no,e%20%C3%A0%20
base%20de%20amino%C3%A1cidos>. Acesso em: 25 jul. 2021. 
10. GRAZIELA BARBOSA PALUDO. APLV: uso de peptidases na produção de derivados 
lácteos. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/colunas/claucia-fernanda-souza/aplv-
uso-de-peptidases-na-producao-de-derivados-lacteos-224551/>. Acesso em: 25 jul. 2021. 
11. Delicias sem Leite - A sua loja p/ APLV. Disponível em: 
<https://www.deliciassemleite.com.br/>. Acesso em: 25 jul. 2021. 
12. ZeroMilk. Disponível em: <https://www.tudozeroleite.com.br/zeromilk/>. Acesso em: 25 jul. 
2021. 
13. Diagnóstico e manejo de Alergia à proteína do leite de vaca em lactentes e crianças | 
Nova Pediatria. Disponível em: <https://novapediatria.com.br/diagnostico-e-manejo-de-alergia-
proteina-do-leite-de-vaca-em-lactentes-e-criancas/>. Acesso em: 25 jul. 2021.

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