Buscar

Processo Penal - Questões Primárias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pr. Penal I 
“Um instrumento ético e político de atuação da justiça substancial e garantia das liberdades”. 
I. aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior;
II. não admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica.
1. lei processual penal admitirá o suplemento dos princípios gerais de direito.
2. Na sucessão da lei processual penal no tempo, à fiança e à prisão preventiva aplicar-se-ão os dispositivos legais mais favoráveis ao réu.
3. O princípio da lex fori (país ou do lugar da jurisdição perante a qual se intenta ou deve ser intentada a ação judiciária) admite alguma relativização no processo penal.
4. Entre os órgãos judiciários característicos do Sistema Processual Misto ou Francês, inclui-se o Juizado de Instrução (Juiz de Instrução, no Brasil, é representado pelo delegado de polícia; o juiz é provocado apenas quando diligências que exigem ordem judicial são requeridas. Fácil de ver que isto não dará qualquer proteção à sociedade, e sim blindará os acusados, tornando praticamente impossível existir um processo sem nulidades). 
JUS PUNIENDI:
Direito de punir do Estado
JUS PERSEQUENT:
“Jus Puniendi” na prática. 
Direito Pr. Penal serve para proteger o direito material (que vem do Direito Penal), tendo como fontes:
1. Materiais: Subjetivas e objetivas (históricas e sociológicas).
2. Formais: Leis, CF, CPP, Leis Esparsas, Súmulas Vinculantes.
Sistemas:
1. Acusatório: prega o respeito incondicional ao contraditório, à publicidade, à imparcialidade, à ampla defesa, bem como distribui a órgãos distintos as funções de acusar, defender e julgar.
2. O sistema inquisitorial é um sistema rigoroso, secreto, que adota ilimitadamente a tortura como meio de atingir o esclarecimento dos fatos e de concretizar a finalidade do processo penal. Nele, não há falar em contraditório, pois as funções de acusar, defender e julgar estão reunidas nas mãos do juiz inquisidor, sendo o acusado considerado mero objeto do processo, e não sujeito de direitos, Por essas características, fica evidente que o processo inquisitório é incompatível com os direitos e garantias individuais, violando os mais elementares princípios processuais penais. Sem a presença de um julgador equidistante das partes, não há falar em imparcialidade, do que resulta evidente violação à Constituição Federal e à própria Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH, art. 8º, n° 1).
3. Misto.
Parte da doutrina considera a transação penal exceção à regra da jurisdição necessária, podendo ser aplicada nas hipóteses de ação penal pública condicionada à representação.
(transação penal: A transação penal é um instituto despersonalizado pré-processual inserido pela Lei 9.099/95, em seu artigo 76, que se baseia no direito penal consensual, ou seja, uma mitigação da exigência de um devido processo legal, o qual exige que, para a imposição de pena, é necessário que o agente venha a ser processado e tenha, contra si, uma sentença condenatória transitada em julgado)
NOTAS:
· STF, Súmula 696, STF - REUNIDOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS PERMISSIVOS DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, MAS SE RECUSANDO O PROMOTOR DE JUSTIÇA A PROPÔ-LA, O JUIZ, DISSENTINDO, REMETERÁ A QUESTÃO AO PROCURADOR-GERAL, APLICANDO-SE POR ANALOGIA O ART. 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
· CORRETA. STF, Súmula 723 - Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
· O mandado de segurança em processo penal - ao contrário do habeas corpus, que dispensa advogado - deve ser impetrado por advogado e tutela direito líquido e certo, como no caso de decisão arbitrária que não admita a habilitação do assistente de acusação. 
· A norma processual que permite ao juiz converter o julgamento em diligência e ouvir testemunhas referidas nos autos não arroladas pelas partes funda-se no princípio da Verdade Real: que nada mais é que sobressair das provas constantes nos autos (a verdade formal) para uma elucidação completa dos fatos
· Ação Penal: Direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto”
APONTE UM INSTITUTO (assunto) DE DIREITO PENAL QUE CAUSE UM IMPACTO NO DIREITO PROCESSUAL PENAL:
R: Prescrição, pois é preciso da materialização do Direito Penal para haver instrumentalização do Processo Penal. 
APONTE UM ASPECTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DE DIFERENCIARMOS NORMAS DE DIREITO MATERIAL DAS NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL:
R: As normas de Direito Material regulam os fatos jurídicos do Direito, e as normas do Processo regulam procedimentos jurisdicionais. 
HABEAS CORPUS:
· Violação do Pacto de São José da Costa Rica: Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
 Garantias Processuais
Pode estra implícito ou explícito, na nossa CF. 
1. Pacto S.José da Costa Rica: 
CADH
- Antes podia decretar prisão preventiva de ofício, e agora não pode! Precisa esperar requerimento das partes.
2. Juiz Independente\ Imparcial:
- Implícitos na CF.
- Art. 95 CF: Vitaliciedade, Inamovibilidade, Irredutibilidade do Vencimento.
Independência Interna ( não está vinculado ao seu órgão superior) e Externa : frente aos outros poderes do estado.
- Poderes independentes um dos outros.
(Freio e contrapeso).
- Administração não tem nada com a ver com julgamento de casos.
Imparcialidade objetiva (sistemática para garantir a imparcialidade\ regras) e subjetiva (juiz e o caso concreto\ não se sustenta sozinha).
- TEORIA DA APARENCIA GERAL DA IMPARCIALIDADE.
Notas:
Corresponde ao Direito Pr. Penal Brasileiro
a) A Constituição do Império, de 1824, previu inúmeros direitos ao acusado, tais como o direito a não ser conduzido à prisão ou a não ser mantido preso, se prestada fiança idônea.
b) Durante boa parte do Império, sobretudo a partir de 1841, a polícia assumiu algumas funções judiciais, sendo tal período conhecido como policialismo judiciário.
c) Em razão do federalismo implementado com a Constituição republicana de 1891, vários estados federados passaram a ter um código de processo penal próprio.
d) O Tribunal do Júri, no Brasil, já teve outras competências além do julgamento de crimes dolosos contra a vida.
Segundo a fórmula objeto de Dürig, a dignidade humana é violada toda vez que o homem é coisificado. Essa diretriz é importante limite para a investigação criminal, em razão da possibilidade de graves lesões a esfera individual decorrentes de tais atividades.
Superior Tribunal de Justiça vem admitindo a mitigação do princípio da identidade física do juiz nos casos de convocação, licença, promoção ou de outro motivo que impeça o juiz que tiver presidido a instrução de sentenciar o feito, aplicando, por analogia, a lei processual civil. 
A ação de habeas corpus poderá ser impetrada por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público, deixando, no entanto, de ser expresso na lei o seu cabimento contra atos de particulares.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos já decidiu que no caso de o acusado ter sido absolvido em primeiro grau, mas em razão de recurso da acusação, é condenado em segundo grau pela primeira vez, deve ser garantido recurso amplo desta decisão, podendo rediscutir questões de fato e de direito.
Garantia processual expressa na Constituição da República: a liberdade provisória; a identificação do responsável pelo interrogatório policial; a publicidade restrita; o cumprimento da pena em estabelecimento distinto em razão da natureza do delito.
Encerrada a instrução criminal, não há que se reconhecer excesso de prazo da prisão, restando superada eventual ofensa ao princípio da duração razoável.
O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
Pode-se afirmar que em virtude do contraditório, o juiz não poderá basear eventual decisão condenatória em elementos probatórios produzidos exclusivamente em fase policial.O CONDENADO NÃO PODERÁ RECORRER prisão decorrente de sentença condenatória que transitou em julgado, independentemente do horário de sua efetivação.
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.
· O princípio da proibição à infraproteção ou proibição à proteção deficiente assegura à sociedade a garantia contra as agressões de terceiros, devendo o Estado atuar como esse garante (garantia horizontal) ao tutelar o valor constitucional segurança e justiça.
· O princípio da paridade de armas (par condicio) é mitigado na ação penal pública pelo princípio da oficialidade.
· Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa que, firmada por advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo comprovado para o acusado.
JUÍZ NATURAL:
· O que são Tribunais de exceção: Criados pós fato; causas específicas, por isso juiz natural não se encaixa aqui. 
1. Juiz natural é criado antes do fato.
2. Normalmente o T.E tem critérios discriminatórios porque julgam pessoas ou fatos específicos, depois ele some, diferente do JN que é perene no tempo.
3. TE é serene ( não estão preocupados com princípios e garantias; pulam etapas; rápido).
4. Integrantes escolhidos no dedo em TE, já o JN é pré-estabelecido: concurso.
5. Justiça especializada – foi criada para utilizar a prestação jurisdicional, NÃO É T.E PORQUE AS REGRAS JÁ FORAM PRÉ-ESTABELECIDAS.
6. Juiz Natural – GRANDE PIZZA: Competência por partes ( FATIAS). TODO JUIZ NATURAL É COMPETENTE, NEM TODO O COMPETENTE SERÁ NATURAL.
P. do contraditório:
INFORMAÇÃO E POSSIBILIDADE DE REAÇÃO.
1. Inquérito é inquisitório, não entra esse princípio, dessa forma ele se contrapõe no contraditório diferido: nas provas irrepetíveis elas não podem ser contestadas, mas as outras podem de forma posterior, feito no júri. 
AMPLA DEFESA
1. Auto Defesa: o próprio réu faz isso: presença (citação pessoal - obrigatório), audiência (participar e ser ouvido), postular (requerer pessoalmente). 
2. Direito a defesa técnica: advogado.
Autodefesa = renunciável
Defesa técnica = irrenunciável
Igualdade das partes
· Passa muito na atuação do juiz (imparcial e independente).
· Investigação defensiva. 
· Investigação oficial estatal: não garante a igualdade.
Estado de Inocência
 A garantia do duplo grau de jurisdição é um princípio implícito: ver a decisão modificada
Não culpabilidade precisa do trânsito em julgado.
1. Garantia política.
2. REGRA DE TRATAMENTO AO ACUSADO: inocente até provar ao contrário.
3. Provas Legítimas.
Princípios: do estado de inocência, do contraditório, da verdade real, da oralidade, da publicidade, do juiz natural.
Princípio da Motivação:
- justificativa do juiz
- Mas não basta motivação genérica.
- Garantia endoprocessual e extrajudicial (dupla garantia)
- Interligado com o do contraditório, porque as partes se defendem do juiz.
- Sustenta a imparcialidade do juiz.
Decisão suicida: vai contra a própria fundamentação do juiz.
Vícios:
1. Sem motivação.
2. Motivação implícita.
3. Per Relatione: magistrado não fornece suas razões de decidir. Puxa uma motivação antiga e usa ela em uma nova, sem coerência.
Princípio da Publicidade
· Em Regra é Ampla para todos os casos, porém em alguns casos para garantir privacidade:
- júri.
Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o Na falta de sala especial, o juiz presidente determinará que o público se retire, permanecendo somente as pessoas mencionadas no caput deste artigo. 
 (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o O juiz presidente advertirá as partes de que não será permitida qualquer intervenção que possa perturbar a livre manifestação do Conselho e fará retirar da sala quem se portar inconvenientemente. 
- inquérito policial. 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
- ADVOGADO SÓ ACESSA O QUE JÁ ESTÁ NO AUTO E TEM DIREITO DE ACESSAR ART 7 XIV EOAB (examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016)) , SUM 14.
- SUM 14 STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Prazo Razoável
· Garantia Explícita. 
· Prisão Preventiva: processo tem que acabar rápido se o réu está preso (interliga com a questão da razoabilidade).
· Súmulas: 52, 54, 21
DEVIDO PR. LEGAL
- Mãezona, passo a passo, tudo o que devemos cumprir; regras do jogo. 
Princípios e garantias não se excluem, eles precisam se compatibilizar.
Sistemas Processuais Penais:
1. Acusatório:
Brasil adota esse no processo.
- cada um no seu quadrado fazendo o que é seu; cada um faz o que é seu norteado por todos os princípios. 
2. Inquisitório:
Brasil adota esse na investigação.
- Princípio da Autoridade é só aqui!
3. Misto:
Notas:
1. Por conta do princípio do favor rei, em caso de conflito entre o jus puniendi do Estado e o jus libertatis do acusado, prevalece este último;
2. Os princípios da indisponibilidade do processo e de sua obrigatoriedade encontram-se mitigados pela possibilidade de transação e suspensão condicional do processo, nas hipóteses das infrações de menor potencial ofensivo, da competência dos juizados especiais.
3. O Princípio da Concentração decorre do Princípio da Oralidade.
4. O princípio da Indisponibilidade é distinto do princípio da Oficiosidade, portanto, aquele não decorre deste. O princípio da Indisponibilidade declara que após oferecida a denúncia, o MP não poderá desistir da ação. Exceto quanto a Lei 9.099/95 da lei de Juizados Especiais Criminais, que traz a possibilidade de transação penal em relação as infrações de menor potencial ofensivo. O princípio da Oficiosidade declara que a ação será promovida pelo MP, independente da manifestação da vítima, salvo no caso de APP Condicionada.
5. O princípio da Autoritariedade diz que somente as autoridades públicas são responsáveis pela persecução penal (relacionado ao P. da Oficialidade).
6. O princípio da Obrigatoriedade se aplica somente às ações penais públicas. Pois, o titular da ação (MP) está obrigado a propô-la sempre que presentes os requisitos necessários.
7. A ação penal somente pode ser proposta contra quem se imputa a prática da infração penal. Outra pessoa, ainda que tenha obrigações de caráter civil decorrentes do delito, não pode ser incluída na ação, isto em função do princípio da intranscendência.
8. A legislação brasileira alberga o princípio da verdade real de forma relativa, tanto que não é permitida a rescisão de uma absolvição já transitada em julgado quando surjam provas concludentes contra o agente.
9. O princípio da indisponibilidade foi mitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transação em matéria penal.
10. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. As duas afirmações que se fizeram são regras oriundas do princípio processual da fungibilidade.
11. Constitui corolário do princípio do contraditório e da ampla defesa a isonomia processual.
12. Será designada data próxima para a audiênciapreliminar com os presentes intimados. Entretanto, as sucessivas ausências do autor do fato poderão acarretar o oferecimento de denúncia e até a decretação da prisão preventiva por conveniência da instrução criminal.
Preliminares
Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas ( havendo contraditório diferido) consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
NORMA MISTA
Quando retoma a contar da suspensão, o prazo prescricional é contado do início.
Princípio do Imediato- pode ser aplicado posterior à infração penal se for benéfica. 
SISTEMAS:
Unidade Processual: uma lei só é aplicada, não tem a antiga brigando com a nova.
Fases Processuais: lei nova só se aplica no próxima fase, a aplicação imediata depende da fase que você está. 
Isolamento dos atos processuais: O NOSSO.
NTP - RETROGE EM CASO BENÉFICO.
Brasil- Sistema do isolamento e as vezes das fases
LEI PR.PENAL SE APLICA NO QUE ESTÁ EM PERCURSO ( Olha a data da decisão proferida, então se existia recurso, pode usar).
NOTAS:
· É pacífico que no processo penal brasileiro existe o princípio da verdade real, que está consagrado no art. 156 do CPP, justificando a atividade investigatória e probatória do juiz. 
· MP: condena o cara não, tava só zuando.
· JUIZ: vc não queria? agr que se fod@!
· o juiz poderá de ofício ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequa- ção e proporcionalidade da medida; ou, ainda, determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
· o sistema inquisitivo, a confissão é considerada a rainha das provas e predominam nele procedimentos exclusivamente escritos
· - O direito processual penal brasileiro adota, como regra, o princípio da territorialidade, segundo o qual a lei processual pátria aplica-se aos crimes praticados em território nacional.
Havendo conflito entre lei nacional e tratado internacional em vigor no Brasil, deve ser aplicada a mais recente.
· Se o ato processual for complexo e iniciar-se sob a vigência de uma lei de natureza processual penal e, antes de se completar, outra for promulgada, modificando-o, devem ser obedecidas as normas da lei antiga.
· Normas processuais mistas ou híbridas que possuam conteúdo de direito material benéfico ao réu serão aplicadas de acordo com os princípios da temporalidade da lei penal.
· Lei Penal: permite retroagir para beneficiar o réu e não permite a retroatividade se for para prejudicar. 
· Lei Processual Penal: não permite a retroatividade, independentemente disso beneficiar ou não.
· lei processual penal tem vigência imediata (sem vacatio legis), não havendo o código penal deixado margem para alteração com relação a esta norma.
· São sistemas que buscam resolver a questão da sucessão de leis processuais no tempo: o da unidade processual; o das fases processuais; o do isolamento dos atos processuais.
· De acordo com o princípio da imediatidade, serão exercidos sob a disciplina de legislação superveniente os atos processuais de processo em andamento ainda não iniciados.
Processo penal
 Lei processual penal no espaço brasileiro:
 ART1: a regra é da territorialidade, no espaço brasileiro pelas competências brasileiras.
 Pelas autoridades juridicionais brasileiras.
 Aspecto positivo: ART1, aplicar no território brasileiro as regras brasileiras
 Aspecto negativo: a exclusão da regra estrangeira no Brasil.
 Excessão: Contudo,essa regra n é absoluta.Se o Estado assina um tratado internacional que fala q naquele caso tem q aplicar lei estrangeira,ai ela q vai ser aplicada.
 A lei penal brasileiro apenas se aplica a ações e omissões no Brasil, ou também pode ter incidência sobre os delitos praticados no espaço estrangeiro?
 Um estrangeiro q no exterior pratique crime sobre o presidente da República, nossa lei penal fala q a msm o delito ocorrendo em outro país, a lei penal brasileira vai ser aplicada.
 A lei processual brasileira q vai ser aplicada, apesar do crime ser abraçada pelo direito penal, vai tramitar e ser processada aq no Brasil, pelo processo penal.
 
 Interpretação da lei processual penal:
 Art3: interpretação extensiva.
 Interpretação analógica.
 Uma das regras de interpretação é usar os princípios.
Princípio da igualdade, o norteador do processo penal.
 
 Inquérito policial:
 Tem o direito de processar o delito.
 Esta fazendo a investigação preliminar, o Estado deve apurar a prática de um delito, está na fase investigatória.
 Ultrapassando a fase de investigação, vem a fase processual.
 Quem que pode investigar? As polícias.
 Tem a polícia penal: agentes penitenciários.
 O inquérito policial é para as polícias judiciárias.
 Tem também o inquérito policial militar, que vão ser conduzidas pela polícia militar.
 As polícias n integram o poder judiciário, mas estão no poder executivo.
 As polícias judiciárias dão civis e militares.
 E as de segurança são as militares e penal.
 O MP se ele é o titular da ação pública, ele também pode investigar.
 Inquérito policial: é um procedimento administrativo (conjunto de atos investigativos) realizados pela polícia judiciária, consistente em atos de investigação visando apurar a ocorrência de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal passa exerce-la bem como requerer medidas cautelares.
 Art4: apurar a existência da investigação.
 Art12: existem ações penais privadas.
 Abusos de autoridade: n pode instaurar o inquérito sem elementos mínimos, configura falta de justa causa e até de abuso de autoridade.
 Ex:O inquérito ser instaurado com base de denuncia anônima, se ela n vem instruída com outros elementos.
 Natureza jurídica: inquérito n é processo, mas sim um procedimento administrativo.
 Inquérito tem q ser escrito, documentado, n pode tramitar verbalmente sem ser documentado.
 Mas hj em dia pode gravar,filmar, reconstituicao dos fatos,fotos, toda metodologia para coletar.
 Permeada pelo sigilo, regra do sigilo.
 Natureza juridica inquisitória, n se desenvolve sobre o contraditório.
 Incide no príncipio da Ampla defesa, tem o direito de ficar calada, há possibilidades de pedidos de diligência.
 Art14: o ofendido ou seu representante legal e o indicial, pode pedir diligência ( permeado pela discricionariedade) o policial pode deferir o pedido de diligência ou n , do investigado.
 Pode pedir também para o delegado.
 (Diligência: é pedir para escutar tal testemunha, fazer tal perícia...).
 Se o delegado denegar o pedido de diligência, tem q fundamentar esse indeferimento.
 Art14: No nosso CPP, tem a investigação estatal, n tem a conduzida pelo próprio investigado.Oq temos são atos investigados q podem ser requeridos pelo advogado ou seu defensor.
 É de suma importância saber, o provimento 188/2018, que trás oq é a investigação defensiva desenvolvida pelo advogado.Os mecanismos de produção de provas.
 Em 2018, teve a publicação desse provimento:
https://deoab.oab.org.br/pages/materia/19 
 O processo de investigação está nesse provimento.
 A investigação é estatal , mas esse provimento fala q o advogado tbm pode produzir, mas isso n significa q n é estatal.
 Quando a OAB, baixa esse provimento 188, vem a garantir a paridade de armas, entre os dois lados .
 O inquérito policial sem justa causa, pode ser alvo também de hábeas corpos, instrumento para garantir a ampla defesa.
 Possibilidade de da impretacao do mandato de segurança, para os autos dos inquéritos policiais, msm quem sapo sigilosos , n é secreto.N pode negar o acesso ao investigado e seu defensor e se for negado, tem o mandato de segurança para ver oq já está documentado.
 Mandato de segurança paragarantir o príncipio da Ampla defesa,garantia de acesso n significa q o advogado deve ser intimado a todos os atos de investigação.
 Assegura o advogado assistir o investigado durante a apuração das investigações.
 -Interpretação restritiva:Mas se a pessoa n quer aparecer com o advogado o problema é dele, uma interpretação mais restritiva.
 -Interpretação ampla: deve assegurar obrigatoriamente que deve comparer c advogado e sem o ato n pode ser realizado ou nulo, com base na convenção América dos direitos humanos.
 Oq está valendo mais é a interpretação restritiva, n considera nula as declarações sem presença de advogado. Tem o auto de prisão em flagrante do msm modo.
VALOR PROBATÓRIO:
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
- princípio da livre motivação.
- p\ra o contraditório diferido.
INQUÉRITO É DISPENSÁVEL, ISTO É NÃO PRECISA PARA O TITULAR DA AÇÃO PENAL
- circunscrição judicinal - porção territorial do delegado e as vezes não bate com o do juiz.
- racione loc.
- critério material: delegacias especializadas.
- violado: é irregularidade e não nulidade
- lavrar sem atribuição é irregular, e o preso é solto.
- o juiz que ve delito encaminha pro MP ( autoridade policial é obrigada a instaurar o inquérito )
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
- não é queixa-crime.
- auto de prisão em flagrante delito: inaugura o inquérito.
AÇ. PUBLI. COND:
- § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
- denúncia anonima n serve de base para investigação.
- Notícia criminis: conhecimento pelos policiais do crime.
- delatio crimis: comunicação de crime feita por qualquer do povo.
- oitiva do ofendido, quando for possível.
- regras no art 185 a 196 do cpp.
- falta de procedimento 226 a 230 do cpp.
- se termina no relatório final.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
- Cognação imediata: terceira pessoa.
- C. mediada: flagrante. 
PRISÃO DOMICILIAR É O MESMO PRAZO E DEVE SER RESPEITADO!
- ARQUIVAMENTO VEM DA AUTORIDADE POLICIAL!
- INQUÉRITO PODE SER REABERTO.
- TEORIA DA ARVORE DO FRUTO ENVENENADO, PROVA ILICITA GERA O RESTO ENVENENADO. 
- SE O MP ACUSA PODE INVESTIGAR
Finalizado o inquérito policial, se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá ele mesmo dar seguimento à investigação policial, requisitando-os, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-los.
Contém: autoritariedade. inquisitivo e indisponibilidade.
A delatio criminis somente autorizará a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal pública incondicionada;
ANPP
- Antes era pelo MP de resoluções apenas, CNMP, que equivale ao CNJ.
- Art. 28 – A CPP.
- Expansão da justiça penal no brasil.
- Supera a Obrigatoriedade.
Tem que ter advogado e juiz para homologar.
- pena mais leve.
O Acordo de Não Persecução Penal Uma vez aberto, instruído e concluído o inquérito policial (ou procedimento investigatório do MP), como vimos, deverá o Ministério Público decidir entre denunciar (se presentes as condições necessárias para o exercício da ação penal, como veremos no próximo Capítulo), pedir mais diligências ou ordenar o arquivamento. Aqui temos mais uma inovação trazida pela reforma de 2019/ 2020: o acordo de não persecução penal, que poderá ser proposto pelo Ministério Público (e aceito ou não pelo imputado) quando, na dicção do art. 28-A, “sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente”. Importante esclarecer que tal dispositivo está plenamente em vigor, não tendos sido suspenso pela liminar anteriormente referida. Vejamos agora os limites desse acordo e seus requisitos. Outrora inconstitucional a nosso juízo–pois previsto em uma resolução do CNMP (!)–o acordo de não persecução penal agora ingressa de forma regular no sistema processual penal, pela via legislativa adequada. Trata-se de mais um instrumento de ampliação do espaço negocial, pela via do acordo entre MP e defesa, que pressupõe a confissão do acusado pela prática de crime sem violência ou grave ameaça, cuja pena mínima seja inferior a 4 anos (limite adequado à possibilidade de aplicação de pena não privativa de liberdade), que será reduzida de 1/ 3 a 2/ 3 em negociação direta entre acusador e defesa. Se fôssemos pensar uma estrutura escalonada de negociação, levando em consideração seus requisitos e condições impostas, seria disposta na seguinte ordem: 1º transação penal 2º acordo de não persecução 3º suspensão condicional do processo 4º acordo de delação premiada Se fizermos um estudo dos tipos penais previstos no sistema brasileiro e o impacto desses instrumentos negociais, não seria surpresa alguma se o índice superasse a casa dos 70% de tipos penais passíveis de negociação, de acordo. Portanto, estão presentes todas as condições para um verdadeiro “desentulhamento” da justiça criminal brasileira, sem cairmos na abertura perversa e perigosa de um plea bargaining sem limite de pena, como inicialmente proposto pelo “Pacote Moro” e, felizmente, rechaçada pelo Congresso Nacional. Portanto, é um poderoso instrumento de negociação processual penal que requer uma postura diferenciada por parte dos atores judiciários, antes forjados no confronto, que agora precisam abrir-se para uma lógica negocial, estratégica, que demanda uma análise do que se pode oferecer e do preço a ser pago (prêmio), do timing da negociação, da arte negocial. Nesse terreno, é preciso ler Alexandre MORAIS DA ROSA e seus vários escritos sobre a “teoria dos jogos aplicada ao processo penal” 192. Entendemos que–preenchidos os requisitos legais–se trata de direito público subjetivo do imputado, mas há divergência no sentido de ser um “poder do Ministério Público” e não um direito do imputado. Uma vez formalizado o acordo e cumpridas as condições estabelecidas, será extinta a punibilidade, não gerando reincidência ou maus antecedentes, registrando-se apenas para o fimde impedir um novo acordo no prazo de 5 anos (inciso III do § 2º). O acordo de não persecução penal está previsto no art. 28-A193 de onde podemos extrair: I) Requisitos cumulativos: a) Não deve ser caso de arquivamento, devendo estar presentes as condições de admissibilidade da acusação (viabilidade acusatória); b) O imputado deve confessar formal e circunstancialmente a prática de crime, podendo essa confissão ser feita na investigação ou mesmo quando da realização do acordo; c) O crime praticado deve ter pena mínima inferior a 4 anos e ter sido praticado sem violência ou grave ameaça. Para aferição dessa pena, deve-se levar em consideração as causas de aumento (como o concurso de crimes, por exemplo) e de redução (como a tentativa), devendo incidir no máximo nas causas de diminuição e no mínimo em relação as causas de aumento, pois o que se busca é a pena mínima cominada; d) O acordo e suas condições devem ser suficientes para reprovação e prevenção do crime, ou seja, adequação e necessidade (proporcionalidade). II) São causas impeditivas do acordo, de natureza alternativa (basta portanto a existência de uma delas para não ter cabimento): a) Não poderá ser proposto o acordo quando for cabível transação penal (cuja proposta antecede e prevalece, pois mais benéfica para o imputado); b) Quando as circunstâncias pessoais do imputado não recomendarem, por ser ele reincidente ou existirem elementos probatórios suficientes de que se trata de conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional, exceto quando as infrações penais anteriores forem insignificantes. Esse é um critério vago e impreciso, que cria inadequados espaços de discricionariedade por parte do MP; c) O imputado não poder ter-se beneficiado, nos últimos 5 anos anteriores ao criem, de acordo de não persecução, transação penal ou suspensão condicional do processo; d) Ainda que a pena mínima seja inferior a 4 anos, não caberá o acordo quando se tratar de crime de violência doméstica ou familiar (Lei n. 11.340/ 2006) 194 ou praticado constituir violência de gênero (praticado contra mulher em razão da condição de sexo feminino). III) Condições a serem acordadas (que são alternativas, mas podem ser cumuladas): a) Reparação do dano ou restituição do objeto à vítima, salvo impossibilidade195; b) Renúncia (para perdimento) de bens e direitos que sejam instrumentos, produto direto ou adquiridos com os proventos da infração, a serem indicados pelo Ministério Público; c) Prestação de serviços à comunidade ou a entidade pública, pelo tempo correspondente ao da pena mínima cominada ao delito, que será reduzida de um a dois terços conforme negociação entre MP e imputado; d) Pagamento de prestação pecuniária, que reverterá, preferencialmente, a entidade pública ou de interesse social que tenha como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos atingidos pelo delito; e) Cumprir, por prazo a ser negociado e determinado, outra condição indicada pelo MP, desde que proporcional e compatível com o crime imputado. IV) Como se dá o procedimento desse acordo? a) O acordo de não persecução deverá ser proposto antes do recebimento da denúncia, sendo homologado pelo juiz das garantias; b) Poderá ser proposto na audiência de custódia, quando for caso de sua realização e a especificidade do caso permitir; c) O acordo de não persecução penal poderá ser oferecido aos processos em curso quando da sua entrada em vigor, na medida em que se trata de norma mista (retroage para beneficiar o réu). Também não vislumbramos obstáculos a que seja oferecido em qualquer fase do procedimento, caso não tenha sido acordado no início do feito; d) Será formalizado por escrito e firmado pelo MP e o imputado e seu defensor, nada impedindo que seja realizada audiência para a negociação das condições do acordo; e) Firmado o acordo, será submetido a homologação judicial, na mesma audiência em que se realizou ou em audiência específica para esse fim (caso o acordo tenha se dado apenas por escrito entre as partes), momento em que o juiz deverá ouvir o investigado na presença de seu defensor para avaliar a voluntariedade do acordo e sua legalidade; f) Homologado o acordo, deverá o MP promover-lhe a execução perante o juízo competente; g) Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições, devolverá os autos para o MP para que reformule as propostas com a concordância do imputado. Se não realizada essa adequação ou não forem atendidos os requisitos legais, o juiz poderá recusar a homologação. Essa postura intervencionista do juiz se justifica apenas quando houver ilegalidade nas condições ou for gravemente abusiva para o imputado; h) Não homologado o acordo, o juiz devolverá os autos para o MP, para que ofereça denúncia, faça uma adequação no acordo, ou complemente as investigações e faça uma nova proposta. Essa previsão é problemática, na medida em que pode representar uma inquisitória atuação judicial em uma esfera de negociação exclusiva das partes. Ademais, se o juiz não homologar o acordo e devolver os autos, o Ministério Público poderia, em tese, promover o arquivamento e não denunciar (ainda que neste caso exista o reexame necessário nos termos do art. 28). Por outro lado, não homologado o acordo e não oferecida a denúncia, ou pedidas diligências complementares ou promovido o arquivamento, poderia a vítima utilizar a ação penal privada subsidiária da pública (pois haveria inércia do MP); i) A vítima não participa do acordo, mas é intimada da homologação (ainda que não possa se opor a ele) e de eventual descumprimento. Mesmo que a vítima não possa impedir o acordo, nada impede que sua presença nesse momento seja importante para melhor definição das condições a serem cumpridas, especialmente da reparação do dano. Não há previsão legal, mas pensamos que seria adequado e coerente também intimar a vítima em caso de não homologação, até porque, dependendo da situação que se criar a seguir, poderá propor a ação penal privada subsidiária; j) Em caso de descumprimento do acordo homologado, o MP comunicará o juiz para fins de rescisão e oferecerá denúncia; k) Sendo informado pelo MP o descumprimento do acordo, deverá o juiz designar audiência oral e pública para exercício do contraditório, momento em que deverá ouvir o imputado sobre a veracidade e eventuais motivos que justifiquem o descumprimento na presença do seu defensor. Também deverá ser analisada a proporcionalidade do descumprimento em relação às consequências. A revogação, portanto, além do contraditório, deverá ser objeto de decisão fundamentada do juiz, não sendo obrigatória, unilateral ou automática; l) Considerando a sistemática de homologação do acordo, pensamos que deve ser mantida a coerência com o sistema adotado, que estabelece uma postura intervencionista do juiz, também no momento da rescisão. Assim, eventualmente, poderá o juiz entender que está justificado o descumprimento ou mesmo que ele não ocorreu, indeferindo o pedido de rescisão e determinando a continuidade do acordo. Considerando ainda que estamos diante de um negócio jurídico processual, é aplicável, por exemplo, as teorias civilistas da boa-fé e também a do adimplemento substancial, para fins de manutenção do acordo ou extinção da punibilidade por cumprimento das condições. Somos contra a importação de categorias do direito civil e do processo civil para o processo penal, mas aqui justifica-se, não só por coerência, mas também pela hibridez do próprio instituto da negociação no processo penal. Uma vez cumprido integralmente o acordo, o juiz deverá declarar a extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito, exceto o registro para o fim de impedir um novo acordo no prazo de 5 anos (§ 2º, inciso III). Em caso de rescisão por não cumprimento, deverá o MP oferecer denúncia e o feito prosseguirá sua tramitação. E se presentes os requisitos para o acordo de não persecução penal, não for oferecido pelo Ministério Público? Determina o § 14 que se deve aplicar por analogia o art. 28 do CPP, com o imputado fazendo um pedido de revisão(prazo de 30 dias) para a instância competente do próprio MP, que poderá manter ou designar outro membro do MP para oferecer o acordo. Essa é uma leitura possível do novo art. 28 e sua incidência em caso de inércia do MP. Contudo, pensamos que é possível cogitar de outra alternativa. Como se trata de direito público subjetivo do imputado, presentes os requisitos legais, ele tem direito aos benefícios do acordo. Não se trata, sublinhe-se, de atribuir ao juiz um papel de autor, ou mesmo de juiz-ator, característica do sistema inquisitório e incompatível com o modelo constitucional-acusatório por nós defendido. Nada disso. A sistemática é outra. O imputado postula o reconhecimento de um direito (o direito ao acordo de não persecução penal) que lhe está sendo negado pelo Ministério Público, e o juiz decide, mediante invocação. O papel do juiz aqui é o de garantidor da máxima eficácia do sistema de direitos do réu, ou seja, sua verdadeira missão constitucional. Mas já imaginamos que essa posição encontrará resistência e que a tendência poderá ser pela aplicação do art. 28 do CPP (seja o art. 28 antigo ou pelo novo dispositivo–cuja liminar suspendeu a eficácia–quando entrar em vigor). E cabe o acordo de não persecução penal na ação penal de iniciativa privada? Pensamos que haverá resistência no início, mas em breve deverá ser aceito, da mesma forma que a transação penal. Portanto, uma vez preenchidos os requisitos legais anteriormente explicados, pode o querelante propor o acordo de não persecução penal, até porque a ação penal de iniciativa privada é plenamente disponível. Por fim, diversas questões poderão surgir ao longo da aplicação do acordo e pensamos que muitas delas já foram discutidas e resolvidas no âmbito da transação penal e da suspensão condicional do processo, institutos já consagrados e amplamente debatidos, que guardam similitude com o acordo de não persecução penal. Por isso, remetemos o leitor, nesses momentos, para o Capítulo XIII, especificamente no tópico destinado ao Juizado Especial Criminal e os institutos da transação penal e da suspensão condicional do processo, pois lá poderá encontrar uma resposta para suas dúvidas.”
Requisitos
· Investigação.
· Pena inferior a 4 anos.
· Não ter arquivamento.
· Confissão formal da prática do crime.
O que é um juiz de garantias?
Discutido ao longo de 2019, a Lei 13.964, chamada de “pacote anticrime” foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e adicionou uma função nunca mencionada em terras brasileiras para além da academia jurídica: o juiz de garantias.
Saiba mais sobre o Pacote Anticrime!
Vale lembrar que no texto original do Pacote Anticrime sugerido por Moro, o juiz de garantias não estava presente. A figura acabou sendo inclusa após a análise de um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados. O presidente, por fim, optou por não vetar a escolha feita pela Câmara, mesmo com a oposição do atual Ministro da Justiça Sérgio Moro
E qual foi a origem dessa proposta?
O acréscimo do juiz de garantias deveu-se ao resultado final de uma votação na Câmara dos Deputados na qual votaram 8 deputados à favor e 1 contra. A sugestão foi dada pelos deputados Paulo Teixeira, do PT e Margarete Coelho, do Progressistas, que criaram em conjunto a emenda.
Para acessar o projeto de lei referente ao juiz de garantias, é só clicar no link.
Em nota, Sérgio Moro se posicionou contra a decisão:
“O Ministério da Justiça e Segurança Pública se posicionou pelo veto ao juiz de garantias, principalmente porque não foi esclarecido como o instituto vai funcionar nas comarcas com apenas um juiz (40% do total) e também se valeria para processos pendentes e para os tribunais superiores, além de outros problemas”
Já o Presidente Bolsonaro justifica a implementação do juiz de garantias como uma maneira de não ficar sempre contra ao parlamento:
“Na elaboração de leis quem dá a última palavra sempre é o Congresso, ‘derrubando’ possíveis vetos. Não posso sempre dizer não ao Parlamento, pois estaria fechando as portas para qualquer entendimento”, afirmou em uma rede social.
E, afinal, qual é o papel de um juiz de garantias?
Na prática, o juiz de garantias, caso se confirme, atuará somente na investigação criminal. Dessa forma, os processos penais passam a ter um acompanhamento por dois juízes. O de Garantias se responsabilizará na parte investigativa, enquanto a apuração e as sentenças permanecem sob a responsabilidade de outro magistrado.
O resultado será uma seleção das funções jurisdicionais, na investigação e no julgamento. Faz parte do dever do Juiz de Garantias, por exemplo, decidir sobre prisão provisória, sobre assuntos como os que envolvem impostos, bancos, dados telefônicos, e também sobre fases de busca e apreensão. Margarete Coelho cita a operação Lava-Jato como um exemplo dessa divisão de tarefas, pois, segundo ela, isso já acontece em casos específicos como esse. Nesse caso, um grupo de trabalho foi criado para ajudar nas investigações, com membros do Ministério Público Federal.
A lei entrou em vigor no dia 23 de janeiro e, posteriormente, teve o prazo prorrogado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, em seis meses. Para ele, seria necessário um período para a novidade entrar em vigor com mais precisão.
No entanto, o ministro Luiz Fux – vice-presidente do STF – suspendeu a decisão de Toffoli enquanto cobria o recesso do presidente em exercício. Ficou assim decidido que a entrada do juiz de garantias ficaria suspensa até que fosse analisada no plenário da corte. A decisão de Fux se estenderá por tempo indeterminado.
Os principais motivos para a decisão de Fux são:
· Considerar que a proposta deveria ter partido do poder judiciário;
· Considerar os gastos orçamentários que não foram previsto quando a lei foi aprovada.
Outras mudanças feitas pelo Fux
O Supremo, que se responsabiliza pelo cumprimento da lei e o cumprimento da Constituição brasileira, pode suspender ou aprovar o conteúdo das leis. Considerando este ponto, Fux, em suas últimas decisões, suspendeu mais 3 pontos do pacote anticrime.
· Uma solução automática de retenção que não foi registrada pela audiência de custódia em 24 horas após a prisão em flagrante foi suspensa.
· Fux implementou regras para o arquivamento de inquéritos e suspendeu parte do pacote anticrime que altera o Artigo 28 do Código de Processo Penal (CPP). Na regra que foi suspensa, o Ministério Público (MP) examina a polícia ou investiga e vítima quando há um arquivamento da investigação.
· Por fim, foi suspensa a decisão que orienta o juiz a  dar a sentença final se uma das provas for considerada inadmissível. Tais decisões foram tomadas a partir de uma motivação por parte da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).
Contra ou a favor?
A novidade gerou alguns estranhamentos e, consequentemente, surgiram argumentos favoráveis ​​e desfavoráveis.
Entre os argumentos favoráveis, está a imparcialidade nas decisões finais, uma vez que dois juízes irão analisar o mesmo caso.
A divisão de tarefas também é um argumento para seus defensores. Com a chegada de mais um juiz, o outro poderia analisar melhor o que lhe é direcionado. Evitar uma figura heróica de juiz em alguns casos é outro fator considerado benéfico.
Entre os argumentos contra está a dificuldade de resolver os casos mais complexos, uma vez que a avaliação de dois juízes pode prolongar o andamento desses casos. Vale ressaltar que entre aqueles contra esta o ministro Sérgio Moro.
Juiz de garantias em outros países
Poucos sabem, mas apenas dois países da América Latina não têm a figura do juiz de garantias: Brasil e Cuba.
Ação Penal:
NOTAS:
1. O prazo para exercício do direito de representação é de direito material, devendo ser computado o dia do começo e excluído o dia final.
2. O vício de legitimidade leva à carência da ação e, no processo penal, é causa de nulidade absoluta.
Uma vez instaurado, o habeas corpus pode trancar ação penal cujo pedido seja juridicamente impossível.
3. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dosautores do crime, a todos se estenderá.
4. a ação penal privada, em certos casos é personalíssima, só podendo o delegado de polícia instaurar inquérito, exclusivamente, no caso de requerimento do próprio ofendido.
5. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
6. I. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
II. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
III. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
IV. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
V. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.
7. A ação penal ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha condições de representá-lo, nos crime de ação pública, quando não for intentada pelo Ministério Público no prazo legal, denomina-se ação penal privada subsidiária da pública.
- Princípio da insignificância, muito aceito.
- CF, art 5, inciso 35.
- Abrange o campo penal, pleita a tutela jurisdicional.
 CONDIÇÕES:
- Possibilidade, interesse e legitimidade. 
*algumas só dizem que o interesse já está dentro possibilidade.
*algumas utilizam a justa causa como mais uma condição da ação.
1. o pedido será juridicamente possível sempre que, em tese, a conduta imputada ao acusado for típica sendo o pedido juridicamente impossível se alguém for acusado, por exemplo, de furto de uso ou de incesto, devendo a denúncia ser rejeitada
EX: ROUBAR PARA COMER.
2. o pedido também será juridicamente impossível, nos casos em que o fato não constituir crime, como no ato infracional praticado por menor de 18 anos
Há, também, posicionamento no sentido de que, se já estiver extinta a punibilidade, o pedido será juridicamente impossível. 
3. pedido é juridicamente impossível, quando se pede a condenação do acusado a uma pena não admitida em nosso ordenamento jurídico, como seria o caso de açoite, desterro, degredo, trabalhos forçados etc. 
Condições de Procedibilidade
(1) representação do ofendido na ação penal pública condicionada (CP, art. 100, § 1.º, c.c. CPP, art. 24);
(2) requisição do Ministro da Justiça (CP, art. 100, § 1.º, c.c. CPP, art. 24);
(3) entrada do agente brasileiro, em território nacional, nos crimes cometidos no estrangeiro (CP, art. 7.º, § 2.º);
(4) a sentença civil de anulação do casamento, no crime do art. 236 do CP (art. 236, parágrafo único);
(5) exame pericial homologado pelo juiz, nos crimes contra a propriedade imaterial (CPP, art. 529, caput);
(6) a autorização do Poder Legislativo, para processar o Presidente da República, o Vice Presidente e os Governadores, nos crimes comuns ou de responsabilidade.
Interesse de Agir
é a relação de utilidade entre a lesão de um direito afirmado e o provimento de tutela jurisdicional pleiteada
A utilidade é aferida por meio da necessidade do provimento jurisdicional e de sua adequação.
É possível que o provimento seja necessário sem ser adequado ou seja adequado sem ser necessário
A prestação jurisdicional é necessária quando não se pode obter a satisfação do direito violado por outro meio que não o Poder Judiciário
a ação penal sempre será necessária para a imposição de uma pena, em face de um fato que se afigure crime
soluções consensuais: Sursis processual; transação penal; ANPP
a prestação jurisdicional é adequada quando o provimento pedido for apto a afastar a lesão ou mal invocado pelo autor
Legitimidade das Partes
- Pessoa certa.
- Aç. Privada: só a pessoa ingressa.
- Justa Causa: conjunto de elementos mínimos que dão suporte a uma acusação. 
Há legitimidade de partes quando o autor afirma ser titular do direito subjetivo material demandado (legitimidade ativa) e pede a tutela em face do titular da obrigação correspondente àquele direito (legitimidade passiva).
Para que haja legitimidade de partes, tanto o autor quanto o réu devem ser partes legítimas. É possível o autor ser parte legítima e o réu não, ou o réu ser parte legítima sem o autor o ser.
No processo penal, haverá ilegitimidade da parte ativa se o Ministério Público oferecer denúncia em um crime de ação penal privada ou se a vítima oferecer queixa em um crime de ação penal pública (salvo, é claro, tratando-se de ação penal privada subsidiária).
A legitimidade passiva é sempre daquele a quem se atribui a prática do fato criminoso.
CLASSIFICAÇÃ QUANTO O CRITÉRIO SUBJETIVO: 
RESUMO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA
Conceito:
A ação penal pública é aquela cujo titular é o Ministério Público, na figura dos promotores de justiça ou dos Procuradores do Republica, que exercem seu direito de ação por meio da denúncia (peça inicial da ação penal pública).
São ações penais públicas:
Incondicionada: não depende da satisfação de nenhuma condição para que o Ministério Público exerça sua titularidade oferecendo a denúncia. Tal modalidade de ação penal pública não depende de representação; e
Condicionada: depende do cumprimento de certo pressupostos de admissibilidade, sendo estas a:
Representação do ofendido (ex.: Crime de ameaça, art. 147 CP); ou a Requisição do Ministro da Justiça.
Princípios da ação penal pública:
1. Princípio da oficialidade: quem propõe a ação pública é o órgão do Estado (Ministério Público);
2. Princípio da indisponibilidade: o Ministério Público não pode dispor (desistir) da ação penal;
3. Princípio da obrigatoriedade: presentes os elementos legais, quais sejam, prova da ocorrência do crime e indícios de autoria, o Ministério Público é obrigado a denunciar. A exceção se dá na Lei 9.099/95 dos juizados especiais criminais;
4. Princípio da indivisibilidade: o Ministério Público deve denunciar todos os envolvidos do crime;
5. Princípio da transcendência: a ação deve ser proposta somente contra o autor do crime.
Art. 100 Código Penal – A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
Art. 5º XXXV Constituição Federal – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito
Código de Processo Penal
Art. 24 Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
(…)
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
“Com a nova lei 13718/18, todos os crimes contra a liberdade sexual passarão a ser denunciados por ação penal pública incondicionada. Isso significa, na prática, que a ação contra crimes como estupro e assédio sexual não dependerão mais da vontade da vítima para ocorrer.
Até a implementação dessa lei, sancionada na última segunda-feira (24/09) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que exercia a presidência da República na data, a denúncia contra crimes desse tipo era realizada por meio de ação penal pública condicionada.
Ou seja, era necessária a anuência da vítima, com exceção dos crimes contra vulneráveis (menores de 14 anos ou portadores de enfermidade ou deficiência mental), para que a ação fosse levada a cabo.”
Ação Penal Privada
É aquela cuja a titularidade, em regra, é do ofendido ou se ele for incapaz, do seu representante legal. O crime que exige a interposiçãode uma de ação penal privada é aquele em que o código prevê a seguinte frase: “somente se procede mediante queixa”.
O termo utilizado para qualificar as partes é querelante (quem promove a ação privada, a vítima) e querelado (aquele que sofre a ação penal).
Suas espécies são:
Exclusiva: a vítima ou seu representante legal exerce diretamente;
Personalíssima: a ação não pode ser proposta por um representante legal, apenas pela vítima; e
Subsidiaria da Pública: sempre que numa ação penal pública o Ministério Público se mostrar inerte, o ofendido apresenta a queixa e o Ministério Público sairá de sua posição de inércia e poderá aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva.
Princípios da ação penal privada
1. Princípio da conveniência: Segundo tal princípio o ofendido promove a ação se ele assim quiser;
2. Princípio da indivisibilidade: A vítima deve promover a queixa contra todos os agentes que tiveram participação no crime. Caso se opte por não dar queixa perante um dos agentes, a nenhum outro poderá recair a responsabilização pelo fato típico;
3. Princípio da disponibilidade: a vítima possui meios de paralisar a ação penal, podendo desistir dessa de duas formas: oferecendo o perdão – que deve ser aceito – ou pela perempção, isso é, pela perda do direito de dar continuidade a ação penal privada, diante da inercia do querelante. (art. 60 CPP)
4. Princípio da intranscendência: deve se promover a ação somente contra àquele que praticou o crime.
	Obs: Nos crimes de ação penal privada deve ser oferecida a queixa no prazo de 6 meses, sob pena de decadência do art. 103 do Código Penal, junto de um mandado (procuração) com poderes especiais e necessariamente o resumo do crime, dos fatos que ocorreram, sob pena de rejeição da queixa.
Legislação
Art. 30.  Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
(…)
Art. 44.  A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
(…)
Art. 60.  Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, está se extinguir sem deixar sucessor.
Jurisdição e competência 
Conceito de jurisdição
É o poder de atribuição do Estado para aplicar a lei ao caso concreto pretendendo a resolução de conflitos e compondo litígios, poder este previsto Constitucionalmente. Será realizada mediante atividade substitutiva do Poder Judiciário, através de juízes e tribunais, observando exceções a possibilidade do Senado Federal, no qual processa e julga o Presidente da República, o Vice-Presidente, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República, o Advogado-Geral da União, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes de responsabilidade. No mesmo sentido as Constituições Estaduais têm fixado a competência de tribunais especiais para julgar o Governador, o Vice-Governador, os Secretários de Estado, o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral do Estado nos crimes de responsabilidade, bem como aos mesmos crimes os Prefeitos Municipais serão julgados pela Câmara Municipal. Sendo assim, o Estado detém o monopólio da distribuição de justiça na esfera penal.
Princípios regentes da jurisdição criminal
São princípios da jurisdição criminal: indeclinabilidade (o juiz não pode se recusar a julgar os casos à ele apresentados); improrrogabilidade (mesmo que as partes entrem em acordo, não podem subtrair o conhecimento do juízo natural); indelegabilidade (o juiz não pode transmitir poder a quem não possui); unidade (a jurisdição é única, pertencente ao Poder Judiciário).
Em relação a indelegabilidade da jurisdição Greco Filho entende que quando um juiz expede precatória a outro, ele transmite uma solicitação para que o deprecado proceda ao pedido ou colha uma prova está dentro de sua esfera de competência, visto que o deprecante não poderia fazê-lo. Concluímos então que, poderá haver a delegação de competência, porém a jurisdição é indelegável e intransmissível.
Conceito de competência
A competência é uma delimitação da jurisdição, é o espaço no qual determinada autoridade judiciária poderá aplicar o direito aos litígios que lhe forem apresentados, ou seja, a jurisdição é um pode que todo magistrado possuirá, porém a competência será diferenciada concedida através de permissão legal.
Haverão as competências relativa e absoluta. Sendo assim, competência absoluta será a hipótese de fixação de competência que não admite prorrogação, o processo deverá ser remetido ao juiz natural determinado por normais constitucionais ou processuais penais, sob pena de nulidade do feito. Possuirá competência absoluta a competência em razão da matéria e a competência em razão de prerrogativa de função. A competência relativa será aquela na qual a hipótese de fixação de competência admite prorrogação, ou seja, não invocada a tempo a incompetência do foro, reputa-se competente o juízo que conduz o feito, não havendo a possibilidade de posteriormente se alegar a nulidade. A possibilidade de competência relativa será o caso da competência territorial.
Quadro geral de competência
A regra geral será garantir a punição do autor do delito no lugar onde ele se realizou, do lugar onde a ordem jurídica foi efetivamente lesada, visto que matem seu caráter intimidatório geral, ou seja pune-se o criminoso para mostrar à sociedade o mal que se pode advir com a prática de um delito.
Em regras gerias, busca-se julgar o conflito no lugar da infração penal, porém haverão exceções: quando houver matéria especial a ser cuidada, levando-se em conta a natureza da infração e quando houver privilégio especial em função da pessoa a ser julgada. Desconhecendo o lugar da infração, será regra subsidiária, o julgamento no lugar do domicílio ou residência do réu.
Estabelecida a competência inicial, passa-se ao critério da seleção do magistrado, através da distribuição dos autos, observadas as exceções, que serão: em função da matéria debatida, em função da conexão ou da continência ou em razão da prevenção.
O lugar da infração penal como regra geral para a competência do foro
Em regra, o lugar da infração é o foro competente para ser julgada a causa. No caso da tentativa, verifica-se o foro competente no local onde se deu o último ato executório. Assim, será competente para julgar uma infração penal o foro onde se deu a consumação do delito, observado a teoria do resultado adotado por nosso código.
Trata-se de competência territorial e caso não seja arguida a tempo, poderá haver prorrogação, visto que é competência relativa.
No caso de crimes plurilocais, cuja ação ou omissão se dá em um lugar e o resultado em lugar diverso, firma-se a competência o foro do local da consumação do delito, ou seja, do resultado.
Devemos observar que no caso do homicídio, que se trata de crime material, onde a conduta de lesionar pode ocorrer em local diverso do resultado morte, o agente deverá ser julgado no lugar da ação ou omissão, o que na opinião de Mirabete fere frontalmente o disposto em lei. Já nos crimes qualificados, será competente o foro do lugar onde ocorreu o resultado qualificador, observando a jurisprudênciaque estabelece o lugar de maior facilidade de buscar provas. Será competente o foro da consumação o delito em que ocorra fraude com efetiva lesão patrimonial, consumando-se no lugar onde deveria ter havido o pagamento e o cheque foi recusado.
Sendo assim, em regras gerais, utilizamos a teoria da ubiquidade, podendo ser tanto o lugar da ação ou omissão quanto o lugar do resultado.
- O domicílio ou residência do réu como foro supletivo
Será utilizado subsidiariamente para a escolha do foro, quando não houver certeza do lugar da ação ou omissão, o domicílio do réu, que será a residência com ânimo permanente e definitivo, quando não tiver residência habitual será domicílio o lugar onde for encontrada a pessoa. Será aplicada a regra da prevenção nos casos de vários corréus com diferente domicílio, bem como na hipótese do acusado não ter residência fixa.
A regra geral para a fixação do foro competente o do lugar da infração penal, tal não se aplica necessariamente nos casos de ação exclusivamente privada, pois o interesse público, nesses casos, é secundário, visto que a iniciativa pertence ao particular.
Deixando-se ao critério do querelante a eleição do foro, deverá se escolher ou o foro do lugar da infração penal, que será a regra geral, ou opta o particular pelo foro do domicílio ou residência do agente.
- A matéria como regra específica de competência
Quando não se considerar como regra principal o critério do lugar da infração ou do domicílio do réu, será utilizado a competência em razão da matéria. Em um local onde vários juízes poderiam ser competentes, deixa de haver coincidência quando um deles é apto em razão da natureza da infração. Se houver mais de uma vara competente na comarca ou região, utiliza-se o critério geral, lugar da infração ou domicílio do réu.
Ao cuidar da fixação da competência em razão da matéria, esta serve para afastar a incidência da regra geral, bem como verificar a natureza da matéria para escolher o juízo competente.
Como exemplo de competência privativa temos a Vara do Júri, cabendo julgar os delitos dolosos contra a vida, previstos no Capítulo I, do Título I, da Parte Especial do Código Penal. Abrangendo as formas de homicídios simples, privilegiado e qualificado, induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, infanticídio e as modalidades de aborto. Porém, nada impede que a lei ordinária aumente a possibilidade do júri julgar outros delitos.
Em outros países, quando a Constituição não especifica a competência mínima, a tendência sempre foi reduzir a participação do júri no sistema jurídico, de modo a conduzi-lo a um papel decorativo.
Tipicamente, o júri é conhecido no âmbito da Justiça Estadual, tendo em vista que os crimes dolosos contra a vida dificilmente envolve matéria afeita a magistrado federal. Entretanto, é possível que ocorra, por exemplo, homicídio de delegado federal que investiga a corrupção na polícia federal, ou ainda, a prática de um aborto dentro de uma aeronave.
Ainda nesse sentido, a Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei, previstos no artigo 9º do Código Penal Militar, observando o disposto no parágrafo único: “Os crimes de que trata esse artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da competência da justiça comum”, ou seja, resta ao júri julgar o militar, quando cometa o delito doloso contra a vida de civil. Atualmente, o júri auferiu competência para julgar delitos dolosos contra a vida de civis cometidos por militares, confirmado pela nova redação dada ao art. 125, § 4º, da Constituição Federal (Emenda Constitucional 45/2004). Caso civis cometam algum crime vinculado por conexão ou continência ao delito militar, responderão perante a justiça comum.
Haverão duas hipóteses de desclassificação ao Tribunal do Júri: quando juiz de Vara privativa do júri verificar, por ocasião do julgamento da admissibilidade da acusação, que não se trata de crime doloso contra a vida, deverá alterar a classificação deixando de ser competente e enviando-o para o juiz singular. Ou ainda quando os jurados, do Tribunal do Júri, concluírem que a infração não é de sua competência, ao invés de um juiz presidente remeter o feito ao juízo singular, deve ele mesmo julgar.
- A prerrogativa de foro como regra específica de competência.
Prerrogativa de função é a existência da eleição legal de um foro privilegiado para julgar determinado réu, investido de função especial, diz respeito à qualidade da pessoa em julgamento. Assim, Marcelo Semer sustenta que o foro privilegiado para julgar determinadas autoridades é uma desigualdade que permanece.
Se todos são iguais perante a lei, seria preciso particular e relevante razão para afastar determinada pessoa que pratica um delito de um juiz natura. Assim, um juiz julgará um Ministro de Estado ou um cidadão com a mesma imparcialidade, devendo-se clamar pelo mesmo foro, levando em conta o lugar do crime e não a função do réu.
O foro privilegiado, bem como a prisão especial, é herança de uma legislação elitista, sendo assim, as autoridades em geral, que possuem foro privilegiado, somente podem ser processadas, ainda que o delito seja cometido antes do início do exercício funcional, nas Cortes especificadas na Constituição ou em lei. Em caso do crime ter sido cometido antes da posse de uma autoridade, então ele é eleito, passa a correr na Vara Especial, porém ele deixa o cargo, sem ter sido julgado, retornará à instância original, visto que o delito foi praticado antes do exercício do mandato.
- Competência originária decorrente da prerrogativa de função ou da matéria.
Guilherme de Souza Nucci apresenta um quadro geral da divisão judiciária bastante eficaz compreender a os julgamentos realizados pelas Cortes Especiais, em relação à prerrogativa de função, bem como em relação à matéria em julgamento:
Supremo Tribunal Federal: nas infrações penais comuns julgará: Presidente da República, Vice-Presidente, membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República. Cabe ainda, processar e julgar, o Advogado-Geral da União, conforme decisão proferida, por maioria dos votos. Nas infrações penais comuns e crimes de responsabilidade em competência originária: julgar os Ministros de Estado, Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica (observada a exceção quando os crimes de responsabilidade por eles cometidos forem conexos com os mesmos cometidos pelo Presidente ou Vice-Presidente da República, sendo todos julgados pelo Senado Federal), membros dos Tribunais Superiores, integrantes do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Superior Tribunal de Justiça julgará: nas infrações penais comuns: Governadores do Estado e do Distrito Federal; nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade:desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, membros dos Tribunais de Conta dos Estados e do Distrito Federal, integrantes dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e do Ministério Público da União, oficiantes nesses tribunais.
O Superior Tribunal Militar julgará: nos crimes militares, os oficiais generais das Forças Armadas, bem como habeas corpus, mandado de segurança e etc.
Tribunais Regionais Federais: nas infrações penais comuns e de responsabilidade: juízes federais da área da sua jurisdição, incluídos os magistrados da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, bem como os membros do Ministério Público da União (salvo o que cabe à Justiça Eleitoral julgar) e Prefeitos (quando cometerem crimes da esfera federal).
Tribunais Regionais Eleitorais: nas infrações eleitorais: julgará juízes e promotores eleitorais, bem como Deputados estaduais e Prefeitos.
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal: nas infrações penais comuns e de responsabilidade: juízes de direito e membros do Ministério Público (salvo o que compete à Justiça Eleitoral), conforme previsto na ConstituiçãoFederal (art. 96, III).
Compete ao Tribunal de Justiça julgar conforme o disposto na Constituição Estadual de São Paulo, com autorização da Constituição Federal: nas infrações penais comuns: o Vice-Governador, os Secretários de Estado, os Deputados Estaduais, o Procurador-Geral da Justiça, o Procurador-Geral do Estado, o Defensor Público Geral e os Prefeitos Municipais. Atualmente os Prefeitos são julgados pelas Câmaras, em decorrência do excessivo número de processos contra os chefes do Executivo Municipal. Será de competência do Tribunal de Justiça julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da Justiça Comum estadual. Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade: os Juízes do Tribunal de Justiça Militar, os Juízes de Direito e os Juízes auditores da Justiça Militar Estadual, os membros do Ministério Público, exceto o Procurador-Geral de Justiça, o Delegado Geral da Polícia Civil e o Comandante Geral da Polícia Militar.
O Tribunal de Justiça Militar do Estado: nos crimes militares, o Chefe da Casa Militar e o Comandante Geral da Polícia Militar.
Justiça Especial de primeiro grau: Conselhos de Justiça Militar Federal são divididos em: Conselho Especial de Justiça, nos crimes militares, os oficiais das Forças Armadas, exceto oficiais-generais; o Conselho Permanente de Justiça, os crimes militares, todos os integrantes das Forças Armadas, que não sejam oficiais. Os Conselhos de Justiça Militar Estadual dividem-se em: especial (para o fim de processar e julgar oficiais) e permanente (para processar e julgar inferiores e praças).
Os Juízes Eleitorais nos crimes eleitorais, qualquer pessoa.
Justiça Comum de primeiro grau: Juízes federais: nos crimes praticados em detrimento de bens, serviços e interesses da União, de suas entidades autárquicas ou empresas públicas é competente para processar e julgar crimes cometidos contra funcionário público federal, bem como crimes contra a fauna se ocorrer em área de proteção ambiental da União. Julgará crimes políticos; crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quanto teve a execução iniciada no Brasil; crimes contra a organização do trabalho, quando envolver interesses coletivos dos trabalhadores; crimes contra a organização do trabalho, quando envolver interesses coletivos dos trabalhadores; crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, nos casos apontados em lei; crimes cometidos a bordo de navio, considerados estes as embarcações de grande cabotagem, e aeronaves; crimes de ingresso, reingresso e permanência irregular de estrangeiro no Brasil; crimes cometidos contra comunidades indígenas; cumprimento de cartas rogatórias e sentenças estrangeiras homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça; as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º, do art. 109, CF (tal disposição deve ser analisada com cuidado e critério, visto que qualquer homicídio é uma questão a envolver direito humano fundamental. Os Juízes estaduais, detêm competência residual, ou seja, todas as demais infrações não abrangidas na Justiça Especial e pela Justiça Federal.
Justiça Política: o Senado Federal julga os crimes de responsabilidade do Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros de Estado e Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, do Procurador-Geral da República, do Advogado-Geral da União e membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público. O Tribunal Especial nos crimes de responsabilidade, o Governador, o Vice-Governador, e os Secretários de Estado, nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles, bem como o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral do Estado. A Câmara Municipal nos crimes de responsabilidade, os Prefeitos Municipais.
- Notas especiais em relação à competência excepcional de prerrogativa de função.
Magistrados e membros do Ministério Público deverão ser julgados pelo Tribunal ao qual estão vinculados.
Haverá perpetuação da jurisdição em casos de foro privilegiado, quando: o agente político, mesmo afastado da função que atrai o foro por prerrogativa de função, deve ser processado e julgado perante esse foro, se acusado criminalmente por fato ligado ao exercício das funções inerentes ao cargo; o agente político não responde a ação de improbidade administrativa se sujeito a crime de responsabilidade pelo mesmo fato; os demais agentes públicos, em relação aos quais a improbidade no foro definido por prerrogativa de função, desde que a ação de improbidade tenha por objeto ato funcional.
Ocorrerá extensão do foro privilegiado às ações de improbidade administrativa quando estabelecido pela Constituição normas excepcionais ao direito à igualdade perante a lei. As ações por improbidade administrativa tem caráter civil, e implicam medidas reparatórias e preventivas de ordem civil e administrativa, não se deslocando à esfera penal. Assim, tramitam em primeira instância, não havendo foro privilegiado para qualquer autoridade.
Há exceção da verdade nos crimes contra a honra quando se apurar o delito de calúnia, em que é possível a representação, pelo acusado, na forma do disposto no art. 138, § 3º, do Código Penal, em que prevê a possibilidade de exceção de verdade nos casos que: constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no inciso I do art. 141; ou ainda, se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. Quando se tratar de foro privilegiado, e sendo apresentada a exceção da verdade, desloca-se o julgamento para a Corte Especial, já que existe a prerrogativa de função.
- Notas especiais em relação à competência excepcional quanto à matéria.
A Justiça Militar Estadual terá competência para julgar ações judiciais contra atos disciplinares militares. A Justiça Militar Federal não tem competência para julgar atos de natureza civil praticados contra militar, ainda que este esteja no exercício da sua função. A justiça Militar Estadual não tem competência para julgar crimes praticados por civil, ainda que este atente contra as instituições militares ou contra militares no exercício das suas funções, sendo exclusiva para o julgamento de militares, e nunca de civis.
A competência especial do juiz da execução penal, será competente para conduzir o processo de execução do condenado o magistrado responsável pela Vara das Execuções Criminais do lugar onde está correndo o cumprimento da pena. Em situação excepcional, o condenado esteja na mesma cidade do juiz prolator da decisão que o condenou e neste lugar não haja Vara privativa de execução penal, torna-se competente o juiz da sentença. Porém, se mudar de cidade, os autos de execução devem segui-lo, cabendo ao magistrado do local onde estiver o cumprimento da pena, promover a execução. Devendo ainda observar a exceção de que quando houver transferência provisória do condenado para outra comarca, os autos não acompanham o condenado. Em se tratando de lei mais benéfica, será competente para essa alteração o juiz da aplicação da execução penal, não importando se a condenação foi estabelecida pelo juiz de 1º instância, a Súmula 611 do STF determina que transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação da lei mais benéfica. O Conselho Superior da Magistratura editou o Provimento 653/1999 disciplinando que, havendo condenação, deve o magistrado, ingressando recurso de qualquer das partes, expedir a guia de recolhimento provisória, remetendo-a para a Vara das Execuções Criminais, que passou a ser o juízo competente para a execução provisória da pena. O juízo das execuções penais tem facilidade de determinar a elaboração dos laudos cabíveis para checar a possibilidade de progressão ou livramento condicional.
A distribuição como alternativa à competência cumulativa supletiva será quando houver mais de um juiz na Comarca, igualmente competente para julgar a matéria

Continue navegando