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O tétano é causado pela ação de uma poderosa neurotoxina formada no corpo durante o crescimento vegetativo de Clostridium tetani, um bacilo grampositivo não encapsulado, anaeróbico, formador de esporos e móvel. Apesar da existência de diferenças nas cepas de C. tetani distribuídas por todo o mundo, todas elas produzem uma toxina antigenicamente homogênea. Esporos resistentes do microrganismo podem ser encontrados no ambiente, sobretudo no solo, onde a maior umidade, o cultivo e a fertilização favorecem a sua sobrevida. Os microrganismos são rotineiramente isolados das fezes de muitos animais domésticos, incluindo o cão e o gato.15 O isolamento das fezes humanas é obtido com maior frequência em pessoas com exposição ocupacional a animais pecuários. Os esporos sobrevivem a condições climáticas adversas, sem exposição à luz solar direta por meses ou anos, e podem ser facilmente encontrados na poeira e detritos de ambientes fechados. Os esporos são resistentes à água fervente, ao fenol, cresol e bicloreto de mercúrio e também resistem à temperatura de autoclave de 120°C durante 15 a 20 min. Entretanto, a fase vegetativa de C. tetani não é mais resistente à inativação química e física do que a de outros microrganismos. Ocorre tétano quando esporos são introduzidos em feridas ou lesões penetrantes. Os esporos vegetam em resposta a condições anaeróbicas no local de lesão. A existência de corpo estranho, necrose tecidual, outros microrganismos ou a formação de abscesso contribuem para a germinação. Foram identificadas duas toxinas de C. tetani. A tetanolepsina provoca hemólise dos eritrócitos durante o rápido crescimento in vitro das bactérias; todavia, essa toxina não é considerada clinicamente significativa. Em contrapartida, a tetanospasmina (peso molecular de 176.000) penetra no corpo a partir do local de ferida e produz efeitos pronunciados sobre a função neurológica. Não é absorvida pelo trato gastrintestinal (GI), visto que é habitualmente destruída pelos sucos digestivos. Nos recém nascidos pode ocorrer absorção, e essa síndrome tem sido observada em seres humanos. O alto peso molecular da tetanosplasmina impede a sua entrada na placenta. A prevalência da doença em cães e gatos é relativamente baixa em comparação com a de outros animais domésticos, o que pode estar relacionado com a resistência natural dos cães e dos gatos a essa toxina. A resistência inerente está relacionada com a incapacidade da toxina de penetrar e ligarse ao tecido nervoso; as injeções diretas da toxina no sistema nervoso central (SNC) produzem os mesmos sinais em diferentes espécies (Tabela 41.1). O tétano também parece ser mais grave em animais mais jovens.7 Isso pode estar relacionado com a imunidade natural associada à idade ou com a maior motores alfa. A ligação da toxina tetânica a locais présinápticos desses neurônios inibitórios é irreversível; a recuperação depende do brotamento de novas terminações axônicas.34 A maioria das evidências experimentais confirmou o efeito da toxina na medula espinal; todavia, o cérebro, as junções neuromusculares e o sistema nervoso autônomo também podem ser acometidos. A toxina tetânica tem afinidade pelos gangliosídios no interior da substância cinzenta do SNC, o que pode explicar os sinais cerebrais que surgem em alguns animais sem comprometimento óbvio da medula espinal. Os efeitos da toxina tetânica também foram atribuídos à sua afinidade por ligarse na junção neuromuscular, o que pode induzir facilitação neuromuscular direta antes da migração da toxina para o SNC. A toxina tetânica pode acometer neurônios inibitórios simpáticos, assim como afeta neurônios inibitórios motores dentro da medula espinal, causando sinais de disfunção autônoma. A bradicardia associada ao tétano provavelmente resulta de hiperatividade vagalparassimpática. A toxina tetânica também bloqueia os neurotransmissores no centro inibitório cardíaco parassimpático do núcleo ambíguo, resultando em aumento do tônus vagal e bradiarritmias pronunciadas. O aumento da liberação de catecolaminas associado à estimulação adrenérgica também pode causar episódios de hipertensão ou taquicardia no tétano. Os sinais clínicos do tétano ocorrem habitualmente em 5 a 10 dias após o surgimento de uma ferida, embora tenham sido relatados na faixa de 3 a 18 dias.25 Esse período varia e é mais curto quando a ferida está localizada mais próximo do SNC, quando há numerosos microrganismos e quando o ambiente é mais anaeróbico, o que favorece a produção de toxina. Devido à resistência aumentada dos gatos e dos cães ao tétano, o início da doença pode ser tardio, ocorrendo em até 3 semanas. Essa demora pode explicar a ausência de ferida detectável por ocasião do exame. Entretanto, devido à maior resistência inata dos gatos em comparação com os cães, a ferida necessária para produzir doença é tão extensa que habitualmente é evidente. As feridas mais próximas à cabeça (i. e., cérebro) estão associadas ao início mais rápido e a sinais generalizados do SNC do que as lesões em extremidades distantes. Além das feridas externas, o tétano também tem sido observado com frequência como complicação de corpos estranhos, dentes quebrados ou decíduos, no pósoperatório de ovário histerectomia e após gravidez ou parto, particularmente quando associado a morte fetal.3–5,23,25 Figura 41.1 Transporte intraaxônico retrógrado da toxina tetânica no SNC. (Arte de Dan Beisel © 2004 University of Georgia Research Foundation Inc.) O tétano localizado é mais comum do que o tétano generalizado em cães e gatos, em comparação com seres humanos e outros animais domésticos, devido à relativa resistência dos carnívoros à toxina. O tétano localizado é mais comum em gatos9 do que em cães, presumivelmente devido à maior resistência dos gatos à toxina. A rigidez aumentada de um músculo ou de todo um membro é inicialmente observada em estreita proximidade ao local de ferida (Figura 41.3). No membro torácico, o cotovelo está habitualmente em extensão, e o carpo pode estar em flexão ou extensão. Em geral a rigidez se propaga, acometendo gradualmente o membro oposto. Embora a rigidez possa permanecer localizada em ambos os membros torácicos e associada a regiões paraespinais,11 habitualmente se propaga ao longo de um período variável e acaba acometendo todo o corpo.28 O tétano localizado nos membros pélvicos tem sido comumente associado ao trato reprodutor feminino de cães e gatos. Nos animais em que uma única extremidade é acometida, o diagnóstico pode não ser bem definido. Os animais acometidos com tétano generalizado têm marcha rígida e, em geral, a cauda estendida ou dorsalmente curvada. Não sentem dor, porém têm dificuldade em permanecer de pé ou deitar em posição confortável, devido à extrema rigidez muscular (Figuras 41.4 e 41.5). Geralmente, a temperatura retal mostrase aumentada em virtude da atividade muscular excessiva. O teste de reação postural, como avaliação do posicionamento proprioceptivo, revela habitualmente início normal, porém desempenho rígido da resposta motora. Se o animal apresentar extrema rigidez, as tentativas de corrigir o membro articulado poderão falhar. Quando se efetua esse tipo de teste, é importante proporcionar a sustentação do peso para obter avaliação mais acurada. Os reflexos miotáticos estão geralmente acentuados e os reflexos flexores estão deprimidos, mas pode ser difícil produzir ambos em virtude da rigidez muscular. Figura 41.2 Vias potenciais de disseminação da toxina tetânica no SNC. (Arte de Dan Beisel © 2004 University of Georgia Research Foundation Inc.)Figura 41.3 Tétano localizado no membro direito posterior de uma cadela com metrite pósparto. A rigidez progrediu, acometendo todos os quatro membros, bem como os músculosfaciais. (Fotografia de Craig Greene © University of Georgia Research Foundation Inc.) Os sinais intracranianos desenvolvemse nos estágios tardios do tétano localizado. Aparecem mais cedo em animais com tétano generalizado e rigidez muscular habitualmente generalizada. Os núcleos dos nervos motores cranianos estão acometidos, resultando em hipertonicidade da respectiva musculatura. A protrusão da terceira pálpebra e a enoftalmia resultam da retração do bulbo, causada pela hipertonicidade dos músculos extraoculares (Figura 41.6). Além disso, frequentemente há miose. As orelhas são mantidas eretas, os lábios ficam recuados (riso sardônico) e a fronte está enrugada em consequência do espasmo dos músculos faciais. O trismo (“mandíbula fechada”) é causado pela contração excessiva dos músculos da mastigação. Outras causas mecânicas de trismo17 podem ser diferenciadas do tétano, visto que elas habitualmente não envolvem outros locais do corpo, e a mandíbula não pode ser aberta durante a anestesia. O aumento da salivação, a frequência cardíaca e a frequência respiratória elevadas, o espasmo laríngeo e a disfagia podem resultar do comprometimento dos núcleos dos nervos cranianos parassimpáticos e somáticos. No espasmo laríngeo os sinais de inspiração laboriosa podem ser proeminentes e a fonação pode estar alterada, embora esses sinais possam ser agravados pela espasticidade dos músculos da parede torácica. Figura 41.4 Postura “em cavalete” característica de um cão com tétano generalizado. (Fotografia de Craig Greene © University of Georgia Research Foundation Inc.) Figura 41.5 Postura característica de gato com tétano generalizado, mostrando os membros rígidos e a cauda estendida. (Fotografia de Craig Greene © University of Georgia Research Foundation Inc.) Figura 41.6 Pit Bull com tétano generalizado, mostrando protrusão da terceira pálpebra e contratura dos músculos faciais. (Fotografia de Craig Greene © University of Georgia Research Foundation Inc.) Complicações clínicas Ocorrem espasmos musculares reflexos em animais com tétano generalizado ou comprometimento intracraniano. Os animais tornamse apreensivos e reagem fortemente a estimulações táteis ou auditivas. Uma estimulação leve pode precipitar contração tônica generalizada periódica de todos os músculos, com opistótono, ou causar convulsões de tipo grande mal. Quando contrações tônicas começam a ocorrer, o intervalo entre os espasmos diminui até o animal alcançar o estado convulsivo. Os cães e os gatos permanecem habitualmente conscientes até desenvolver convulsões. Os espasmos musculares reflexos são dolorosos, de modo que os animais podem vocalizar durante esses episódios. Em geral, animais com tétano têm desejo de comer; todavia, em virtude da rigidez da mandíbula, podem ter dificuldades na preensão ou em deglutir alimentos sólidos. Os animais com hérnia de hiato começam a regurgitar.2,7,13,40 Disúria, retenção urinária, constipação intestinal e distensão gasosa são resultados comuns das contrações persistentes dos esfíncteres anais e uretrais. As infecções urinárias complicam o tratamento do tétano quando são utilizados cateteres de demora em animais em decúbito. Com frequência, desenvolvemse úlceras de decúbito nos animais que permanecem deitados por longos períodos. A luxação do quadril, que tem sido observada em pessoas com tétano em consequência de contração muscular intensa, foi relatada em cães acometidos.3,19 A hipertermia é uma complicação importante das contrações musculares constantes ou convulsões. A pneumonia hospitalar é uma complicação comum do tétano e é causada por diversos fatores, como postura em decúbito, reintubação ou traqueostomia, aspiração, uso de agentes paralisantes ou distúrbios autônomos.8 A progressão dos sinais clínicos culmina em morte, que é habitualmente causada por comprometimento respiratório, em consequência da rigidez da musculatura respiratória, espasmos reflexos da laringe, aumento das secreções da via respiratória e parada respiratória central em decorrência de intoxicação bulbar ou anoxia. A história de ferida recente e os sinais clínicos constituem a principal maneira de estabelecer o diagnóstico de tétano. As feridas que podem existir causam anormalidades hematológicas, incluindo leucocitose com neutrofilia e desvio para a esquerda. Os valores da bioquímica do soro e do líquido cerebrospinal não estão alterados, embora possa haver elevações moderadas a pronunciadas das atividades das enzimas musculares (creatinoquinase, aspartato aminotransferase). Presumivelmente, essa elevação resulta da lesão muscular provocada pela hipertonicidade mantida e pela posição de decúbito. Frequentemente os resultados dos exames cardíacos são anormais.5,7,27 Podese observar a ocorrência de taquiarritmias e bradiarritmias em indivíduos com tétano. É comum a ocorrência de hipertensão sistêmica com acentuada elevação da pressão arterial sistólica. A frequência cardíaca rápida está habitualmente associada a taquicardia sinusal ou supraventricular e, com menos frequência, a taquicardia ventricular. A bradicardia (menos de 70 bpm) caracterizase por bloqueio cardíaco atrioventricular, parada sinusal ou parada atrial e complexos de escape ventricular. Os casos fatais podem resultar de taquiarritmias, levando à fibrilação ventricular, ou de bradiarritmias, levando à parada cardíaca. Em cães que desenvolvem hérnia de hiato e megaesôfago ocorrem alterações radiográficas do tórax na região caudal, incluindo aumento da densidade e dilatação esofágica. O aumento da densidade alveolar é visível em animais que desenvolvem pneumonia por aspiração em consequência de aumento da salivação, decúbito e disfunção faríngea e laríngea. Os resultados citológicos de lavados das vias respiratórias inferiores são compatíveis com aspiração e incluem inflamação supurativa com bactérias intracelulares. Os espasmos musculares que ocorrem em animais com tétano são habitualmente reduzidos, mas nem sempre abolidos com anestesia geral. A anestesia profunda em animais levemente acometidos pode eliminar todas as evidências de hipertonicidade muscular. Mesmo quando ocorre relaxamento clinicamente evidente, habitualmente é possível detectar alterações eletromiográficas características. A inserção da agulha ou a punção dos músculos ou tendões são seguidas por descargas elétricas persistentes das unidades motoras, em lugar do período esperado de silêncio elétrico. Um achado característico é a descarga espontânea e contínua das unidades motoras com atividade simultânea em músculos tanto agonistas quanto antagonistas.10,39 Habitualmente, os resultados de biopsia muscular são inespecíficos nos casos agudos de tétano, e qualquer anormalidade observada pode ser atribuída ao traumatismo muscular causado por hipertonicidade constante ou decúbito prolongado. A determinação dos títulos de anticorpos séricos contra a toxina tetânica tem sido usada para fundamentar o diagnóstico de tétano. Os valores precisam ser comparados com os de animais de controle. Essas determinações podem ser úteis em situação clínica para confirmar a causa de rigidez muscular não diagnosticada. O isolamento do C. tetani de feridas pode ser um procedimento difícil, que não é compensador na maioria dos casos. Comumente existem microrganismos em concentrações muito baixas, e, embora os esfregaços corados pelo método de Gram possam demonstrar bastonetes grampositivose endósporos esféricos de coloração escura, a morfologia do C. tetani não difere daquela de muitas outras bactérias anaeróbicas. A cultura, quando tentada, deve ser realizada em condições anaeróbicas estritas a 37°C durante 12 dias. As reações bioquímicas ou bioensaios podem ser avaliados na tentativa de classificar o microrganismo. A inoculação de isolados em camundongos não é um procedimento facilmente disponível. Em geral, os animais levemente acometidos respondem de modo satisfatório ao tratamento e têm tempo de hospitalização mínimo. O tratamento do tétano em animais gravemente acometidos é oneroso e demorado, e os proprietários dos animais precisam ser avisados quanto à possibilidade de complicações e de hospitalização prolongada. O tempo de hospitalização de animais gravemente acometidos pode variar de 7 a 40 dias, com média em torno de 20 dias. Felizmente, em geral a doença é localizada ou leve em cães e gatos, em virtude de sua resistência inata. Todavia, casos não tratados podem ser fatais. Por outro lado, quando há recuperação bemsucedida, não são observados déficits neurológicos residuais. Em virtude de sua resistência natural, os cães e os gatos não são vacinados com toxoide como meio de profilaxia ou tratamento. As doses recomendadas dos fármacos usados no tratamento seguinte estão resumidas na Tabela 41.2. Antitoxina A antitoxina para o tétano consiste em soro antitetânico (SAT) equino ou imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT). Nos EUA, a IGHAT está aprovada para uso intramuscular, enquanto o SAT é aprovado para uso intramuscular ou intravenoso. A IGHAT contém timerosal e agregados de imunoglobulina e pode tender mais a produzir reações quando administrada por uma via diferente da via intramuscular.1 A preocupação imediata no tratamento do tétano consiste na administração de antitoxina para neutralizar qualquer toxina que não esteja ligada ao SNC ou que ainda não esteja formada. O momento adequado e a via de administração da antitoxina são importantes para determinar a eficácia da destoxificação. O uso de antitoxina deve constituir rotina; entretanto, a eliminação da toxina ligada pelo animal acometido é gradual, e a administração de antitoxina tem pouco efeito para acelerar o processo. Por conseguinte, habitualmente a recuperação é lenta e progressiva. A dose para profilaxia é muito menor do que aquela necessária para tratamento. Em cães ou gatos levemente acometidos, ou naqueles com tétano localizado, o tratamento com antitoxina pode não ser necessário, em virtude de sua resistência inata à toxina. A administração intravenosa de antitoxina é superior à administração intramuscular ou subcutânea para produzir o aumento rápido e pronunciado de antitoxina circulante. São necessárias 48 a 72 h para que a antitoxina administrada por via subcutânea alcance concentrações terapêuticas. A dose de antitoxina equina é administrada lentamente durante 5 a 10 min. Animais de maior porte devem receber uma dose proporcionalmente mais baixa, com base no peso corporal. Doses totais acima de 20.000 U não parecem ser mais eficazes, visto que aumentam a massa antigênica; além disso, também são mais onerosas. Infelizmente, a antitoxina intravenosa está associada a uma elevada prevalência de anafilaxia; por conseguinte, é preciso tomar as devidas precauções durante a sua administração. As primeiras manifestações de reações alérgicas são vômito e taquipneia durante a infusão. Devese administrar uma doseteste inicial de antitoxina (0,1 a 0,2 mℓ), por via subcutânea ou intradérmica, 15 a 30 min antes da administração da dose intravenosa. O aparecimento de uma pápula no local de injeção pode indicar que haverá desenvolvimento de reação anafilática. A epinefrina, os glicocorticoides e os antihistamínicos devem estar prontamente disponíveis em caso de reação adversa, ou podem ser administrados glicocorticoides e antihistamínicos antes da injeção intravenosa de antitoxina se for prevista a CG, cão e gato; C, cão; G, gato; IV, intravenosa; IM, intramuscular; SC, subcutânea; VO, via oral. aVer Formulário de fármacos, no Apêndice, para informações adicionais sobre esses fármacos. bDose por administração em intervalo especi〼‾cado. Os fármacos IV devem ser sempre infundidos lentamente na forma de solução diluída por gotejamento ou bomba de infusão. O valor mais baixo da faixa aplica-se a animais com maior peso corporal. cPara a penicilina G: 1.440 a 1.680 U = 1 mg. dA via IV é preferida e mais e〼‾caz. Recomenda-se a administração de uma dose-teste por via intradérmica ou SC (0,1 a 0,2 ml) antes da infusão IV para detectar a ocorrência de hipersensibilidade. eDose máxima IV de 3 mg para qualquer cão. fSe for administrado em infusão de taxa constante, usar 0,6 a 1,8 mg/kg por hora. gA dose inicial de diazepam em bolo pode ser de até 0,95 mg/kg IV, seguida de infusão de velocidade constante de 0,2 a 0,4 mg/kg por hora. h A velocidade constante de infusão IV de pentobarbital é de 0,4 a 0,85 mg/kg por hora. iQuando administrado em infusão com velocidade constante, usar 1 mg/kg por hora. jSe houver rigidez muscular intensa ou excitabilidade do sistema nervoso central, usar a infusão com velocidade constante de 0,5 a 2 mg/kg por hora. kA infusão de bolo IV de uma dose total de metocarbamol pode ser repetida a cada 1 a 2 h. De modo alternativo, tem sido administrado em infusão com velocidade constante de 3 a 5 mg/kg por hora durante 10 h. Não se deve ultrapassar a dose diária máxima de 330 mg/kg. lAdministrar por meio de sonda nasal, faríngea, esofágica ou gástrica cirurgicamente colocada. mEssa dose de manutenção é administrada na forma de gotejamento IV contínuo durante o período de 24 h. Pode ser necessária uma dose de ataque inicial temporária de 70 mg/kg nos primeiros 30 min para aumentar os níveis séricos. Ver o texto para precauções contra a superdosagem, que é principalmente devida à hipocalcemia iatrogênica. nPode ser necessário administrá-lo por via IV como infusão contínua no início do tratamento. Tratamento antimicrobiano O tratamento local e parenteral com agentes antibacterianos deve ser instituído na tentativa de destruir qualquer C. tetani vegetativo existente na ferida (ver Tabela 41.2). Embora os agentes antibacterianos possam não neutralizar a toxina circulante, eles reduzem a quantidade de antitoxina necessária para tratar o tétano experimental quando os sinais clínicos já estão aparentes. A penicilina G, que é o fármaco de escolha, pode ser administrada por via intravenosa na forma de sal potássico ou sódico aquoso, ou por via intramuscular na forma de sal procaína. Uma porção da dose, na forma de penicilina procaína, pode ser injetada por via intramuscular próximo ao local da ferida identificada. Como a eficiência da penicilina contra os microrganismos vegetativos pode variar, foi recomendada a tetraciclina como alternativa. A penicilina também é um antagonista conhecido do GABA, assim como da toxina tetânica. Os derivados da penicilina, como a ampicilina, não são tão eficazes contra o microrganismo, e o seu uso pode produzir pouca ou nenhuma resposta. O metronidazol demonstrou ser superior à penicilina G e à tetraciclina no tratamento do tétano clínico e experimental, embora esteja associado a maior risco de causar toxicidade. O metronidazol pode ser mais ativo e preferido para o tratamento do tétano, visto que é bactericida, atinge a maioria dos anaeróbios e alcança concentrações terapêuticas eficazes, mesmo em tecidos anaeróbicos. A clindamicina e as tetraciclinas também são eficazes contra C. tetani, embora geralmente não sejam usadas. A eficácia das quinolonas contra C. tetani é questionável, e, por isso, não devem ser usadas. Otétano em um gato progrediu da forma localizada para a forma generalizada, apesar do tratamento com enrofloxacino.29 Sedativos Vários fármacos, isoladamente ou em associação, têm sido administrados para controlar os espasmos reflexos e as convulsões associadas ao tétano. Esses fármacos também ajudam a controlar a hipertermia que resulta das contrações musculares excessivas. O agente ideal é aquele que controla a excitabilidade e a espasticidade, sem interferir na função motora voluntária ou na consciência. Infelizmente, não se dispõe desse tipo de fármaco; todavia, a associação de fenotiazina e barbitúrico aproximase do ideal. Quando administrada isoladamente ou em associação com barbitúricos, as fenotiazinas parecem ser altamente eficazes no controle do estado de hiperexcitabilidade. A clorpromazina é o fármaco de escolha, embora a acetilpromazina e a metotrimeprazina possam ser administradas como substitutos. As fenotiazinas são ineficazes no tratamento de sinais de aspecto semelhante causados pela estricnina ou por outras causas de convulsões. O tétano é uma exceção da condição para a qual as fenotiazinas são administradas a animais com propensão a convulsões. Acreditase que esses fármacos atuem em nível central no tronco encefálico, deprimindo as vias excitatórias descendentes nos neurônios motores inferiores dentro da medula espinal. Em geral, são altamente eficazes no controle dos espasmos musculares e com frequência superiores a outros fármacos usados para relaxamento muscular. Os barbitúricos podem ser administrados para controle bemsucedido das convulsões de tipo grande mal, rigidez corporal generalizada e opistótono, que podem ocorrer no tétano. O pentobarbital pode ser administrado a cada 2 a 3 h, porém a dose eficaz deve ser ajustada de acordo com a gravidade dos sinais clínicos do paciente, visto que a superdosagem pode suprimir desnecessariamente a frequência respiratória e a consciência. O fenobarbital oral ou injetável pode ser administrado quando houver necessidade de um fármaco de ação mais longa. Com frequência, é usado como apoio, durante a hospitalização de duração prolongada e durante o período inicial de alta. Quando se utiliza a associação de fenotiazina e pentobarbital é necessária uma dose menor de barbitúrico para controlar a tetania, embora essa associação possa resultar em bradicardia. Quando a frequência cardíaca diminui para menos de 60 bpm, podese administrar glicopirrolato, se necessário, para reverter a bradicardia. Os derivados benzodiazepínicos, como diazepam ou midazolam, constituem alternativas para os barbitúricos no controle das convulsões e da hiperexcitabilidade nervosa. Esses fármacos bloqueiam os reflexos polissinápticos dentro do bulbo e da medula espinal. O baclofeno, um depressor e antiespasmolítico que atua como agonista do GABA no SNC, tem sido benéfico quando administrado por via intratecal no tratamento do tétano grave em pessoas.33,42 Os narcóticos têm sido evitados no tratamento do tétano, visto que deprimem os centros respiratórios e podem estimular outras áreas do SNC. O butorfanol tem sido usado para reduzir o desconforto associado às contrações musculares excessivas. Relaxantes musculares, agentes autônomos e outros fármacos O metocarbamol (carbamato de guaifenesina) é recomendado com frequência, porém é menos comumente usado como relaxante muscular de ação central. Exerce numerosos efeitos farmacológicos, incluindo relaxamento da musculatura esquelética de ação central, por meio de supressão da transmissão dos neurônios internunciais. Tem sido administrado por via oral; entretanto, o seu uso parenteral é necessário para animais gravemente acometidos, a não ser que estejam com sondas de alimentação enteral. O metocarbamol é comumente usado no controle inicial da rigidez muscular, porém a sua eficácia no controle da rigidez muscular no tétano canino é questionada.7 Além disso, tem duração de ação relativamente curta. O dantroleno, um relaxante muscular de ação direta que interfere na ligação do cálcio no músculo, tem sido usado para controlar a espasticidade no tétano humano.32,36 A dose para cães está listada na Tabela 41.2. Não deve ser usado se houver doença hepática subjacente. A manutenção de níveis séricos suprafisiológicos de magnésio por meio de infusão intravenosa contínua tem sido usada para controlar os espasmos musculares em pacientes humanos com função renal adequada.8a O tratamento é titulado para reduzir a rigidez muscular e os reflexos, sem provocar parada respiratória nem outros sinais de toxicidade do magnésio.25a Em certas ocasiões, são necessários agentes autônomos para controlar o ritmo cardíaco. Em geral, os agentes simpaticolíticos não são usados no tratamento das taquiarritmias, visto que essa complicação é habitualmente controlada por outros sedativos. A bradiarritmia (frequência cardíaca abaixo de 60 bpm) que persista poderá ser controlada pela administração a curto prazo de um agente parassimpaticolítico, como atropina ou glicopirrolato, quando necessário. Esse tipo de arritmia frequentemente regride depois de alguns dias em animais que começam a apresentar resolução da rigidez muscular. Devese evitar também o uso de fármacos parassimpaticolíticos, como a atropina, nos casos de rotina; todavia, broncospasmo, hipersecreção brônquica e instabilidade cardiovascular têm sido controlados por infusões contínuas de atropina em pessoas com tétano grave.14 Além de auxiliar nas arritmias cardiovasculares, o broncospasmo, a hipersecreção brônquica e a hipersalivação são reduzidos pela atropina. A clonidina, um fármaco simpaticoplégico de ação central, diminui a disfunção autônoma no tétano e pode ser benéfica em animais gravemente acometidos.38 O tratamento com glicocorticoides nunca demonstrou ser benéfico no tétano e, em geral, deve ser evitado. Em um estudo controlado de pacientes humanos com tétano grave, a betametasona diminuiu a necessidade de traqueostomia e de ventilação no espasmo laríngeo. Todavia, o tratamento com glicocorticoides tem sido associado a ulceração GI em pacientes caninos e humanos com tétano.7 Devese evitar o uso de glicocorticoides, se possível. A oxigenação hiperbárica tem sido administrada a pessoas e cães com tétano, na tentativa de inativar o C. tetani; entretanto, não há provas suficientes de seu benefício para justificar o tempo e o custo com esse procedimento. Agentes bloqueadores neuromusculares, como o curare, foram usados em seres humanos com tétano, na tentativa de controlar as convulsões ou de paralisar os pacientes, que então são colocados em respiradores artificiais. Todavia, a ventilação de pressão positiva pode não ser prática em certas situações na medicina veterinária devido ao monitoramento intensivo necessário. A depressão respiratória pode constituir uma complicação quando o uso de qualquer um desses relaxantes musculares for excessivo. A piridoxina (vitamina B 6) é uma coenzima que catalisa ações na via de produção do GABA. Tem sido usada principalmente em casos de tétano humano que ocorrem em recémnascidos. A suplementação com piridoxina parece diminuir a duração dos espasmos e a taxa de mortalidade em pacientes tratados, em comparação com aqueles que permanecem não tratados.12,18 Cirurgia e cuidados da ferida A cirurgia pode ser necessária se a necrose tecidual ou a formação de abscesso forem extensas. Deve se administrar antitoxina antes da cirurgia, já que a toxina é liberada na circulação durante a manipulação dos tecidos. Geralmente, há necessidade de anestesia geral para o desbridamento das feridas e a remoção do tecido necrótico. O tecido desvitalizado e o material estranho visívelou dentes enfermos devem ser removidos, e a ferida irrigada. O peróxido de hidrogênio pode ser benéfico para irrigar a ferida, pois aumenta a tensão de oxigênio, o que inibe os anaeróbios obrigatórios. Existe um risco potencial de embolia gasosa quando se emprega esse método. O prognóstico para a recuperação será sempre mais satisfatório se o local de ferida for localizado e se for possível efetuar o seu desbridamento. Cuidados de enfermagem As medidas de suporte são indispensáveis para o tratamento bemsucedido de um animal com tétano. Podem ser necessários cuidados de enfermagem constantes para os animais gravemente acometidos. O animal deve ser colocado em ambiente escuro e tranquilo, com estimulação mínima. As gaiolas devem ser cobertas para reduzir a luz, e devemse colocar pequenas compressas de algodão ou de gaze nas orelhas para reduzir a transmissão dos sons. Todas as medidas terapêuticas devem ser coordenadas e realizadas ao mesmo tempo diariamente, de modo que haja um grau mínimo de manipulação e estimulação. Os animais devem ser estimulados a comer e beber sozinhos. O enxágue da boca com solução de acetato de clorexidina a 0,1% ajuda a limpar e a lubrificar as mucosas. Com frequência os animais com tétano têm dificuldade na preensão e deglutição dos alimentos sólidos, mas em geral podem ingerir alimentos passados no liquidificador ou líquidos voluntariamente, sugando através dos dentes cerrados. Em geral, os animais com tétano mais leve são capazes de pegar e deglutir pequenos “bolinhos” feitos com alimentos úmidos. A alimentação do animal na postura ereta com seringa também é possível; todavia, todos os procedimentos envolvidos com alimentação artificial ou colocação de sonda podem causar estimulação neural excessiva indesejável. Sondas nasoesofágicas podem ser colocadas em animais incapazes de comer ou deglutir eficazmente; todavia, o espasmo esofágico ou a hérnia de hiato podem restringir a passagem da sonda ou causar regurgitação e aspiração subsequentes. As sondas gástricas podem ser introduzidas por cirurgia ou endoscopia sob anestesia geral, que também produz relaxamento da mandíbula, faringe e laringe para intubação bemsucedida para ventilação e anestesia inalatória e para a colocação endoscópica da sonda. Apenas oferecidas frequentemente, pequenas quantidades de alimento devem ser dadas por meio de sonda gástrica, devido ao elevado risco de refluxo gastresofágico ou vômitos e consequente pneumonia por aspiração. Os animais com tétano frequentemente apresentam refluxo gastresofágico, e a sua postura lateralmente rígida impede o auxílio da gravidade para seus esforços de deglutição. O hematócrito, os níveis plasmáticos de proteínas e o peso corporal devem ser avaliados diariamente para determinar se o equilíbrio hídrico adequado e de nutrientes está sendo mantido. Devemse administrar líquidos isotônicos poliônicos balanceados para corrigir qualquer déficit. A alimentação parenteral pode ser útil para suprir as necessidades calóricas de alguns animais; entretanto, exige a administração intravenosa contínua de líquidos especiais por meio de cateter venoso central e é de alto custo. Os animais gravemente acometidos com comprometimento respiratório em consequência dos espasmos tetânicos incontroláveis podem ser sedados ou anestesiados, incubados e colocados sob ventilação com pressão positiva. Em alguns casos, o tratamento com oxigênio nasal pode ser benéfico, sem necessidade de suporte com respirador. Os animais que apresentam espasmo laríngeo, manifestado por dispneia, inquietação, estridor das vias respiratórias superiores e cianose, podem exigir traqueostomia. Geralmente essas medidas tornamse muito onerosas para os proprietários dos animais e, com frequência, resultam em complicações cardiorrespiratórias. Complicações As complicações em cães e gatos com tétano são numerosas. Devese providenciar uma cama confortável e macia para animais, visto que o tétano causa incapacitação, resultando frequentemente em úlceras de decúbito. Essas úlceras podem aparecer sobre proeminências ósseas de cães em decúbito, mas podem ser evitadas acolchoandose adequadamente a jaula e mudando o animal de posição a intervalos de poucas horas. O traumatismo provocado durante espasmos musculares ou convulsões de ocorrência súbita pode resultar em fraturas dos ossos longos, da coluna ou do crânio, ou em luxações articulares. Outros problemas incluem sepse em consequência do cateterismo intravenoso e da pneumonia por aspiração causada pela dificuldade de deglutição. A hérnia de hiato esofágica e o megaesôfago podem resultar em reflexo gastresofágico e regurgitação. Ocorre retenção urinária e fecal como resultado da hipertonia dos esfíncteres uretral e anal. Podem ser necessários cateterismos urinários repetidos se houver disúria ou dissinergia reflexa. A cateterização limpa intermitente, quando necessária, é preferida a manter um cateter de demora, visto que existe menos probabilidade de adquirir infecção bacteriana. Quando possível, a expressão manual da bexiga, a cada 4 a 6 h, pode ser preferível ao cateterismo para evitar o risco de introduzir uma infecção. A simeticona administrada por via oral, a intubação gástrica e os enemas podem ajudar a aliviar os gases GI ou a constipação intestinal. Uma solução de glutamina (10 g por 500 mℓ de água) pode ser administrada por via oral, na dose de 0,5 g/kg/dia, em doses fracionadas por gavagem ou por sonda de demora como suplemento para ajudar a manter a integridade da mucosa GI. A hipertermia causada pelas contrações musculares generalizadas pode ser controlada com líquidos parenterais, ventiladores e aplicação de álcool nas patas e pavilhão auricular. A pneumonia hospitalar é uma complicação importante em pacientes com tétano grave. 8 As razões da sua ocorrência em animais com tétano incluem imobilidade diafragmática, decúbito com atelectasia ou aspiração da ingesta, ventilação mecânica prolongada, traqueostomia e uso de agentes paralisantes ou sedativos. Foi relatada a ocorrência de síndrome de resposta inflamatória sistêmica, insuficiência renal, tromboembolismo pulmonar, coagulação intravascular disseminada e falência múltipla de órgãos em seres humanos com tétano e em cães gravemente acometidos.7 Esses processos podem resultar de hipertermia não controlada, translocação de bactérias do intestino ou pneumonia por aspiração, todos os quais podendo causar hipercoagulabilidade e liberação de citocinas, resultando em disfunção múltipla de órgãos. Prognóstico O prognóstico para a recuperação do tétano varia, dependendo da gravidade da rigidez por ocasião da instituição do tratamento. Os pacientes com sinais mais leves podem ser tratados com terapia oral e hospitalização mínima. Os animais gravemente acometidos necessitam de hospitalização com monitoramento intensivo. A maioria dos cães e gatos apresenta evolução autolimitada do tétano quando se institui rapidamente o tratamento adequado. Os animais com tétano localizado apresentam prognóstico mais satisfatório e recuperação mais rápida do que aqueles com forma generalizada. Os indivíduos com doença rapidamente progressiva têm prognóstico pior. Os animais com rigidez que os impede de manter a posição ereta ou de andar rigidamente sem auxílio são os que apresentam prognóstico mais reservado. Os animais com opistótono ou episódios convulsivos contínuos, que não podem se mexer da posição de decúbito lateral rígida, frequentemente correm risco de parada respiratória. Aqueles com complicações secundárias também correm risco. A duração, a intensidade e o custo do tratamento são maiores para os animais com tétano generalizado.A taxa de mortalidade das complicações também é elevada nos animais que apresentam doença generalizada ou disfunção autônoma grave. A melhora após a instituição do tratamento é habitualmente percebida em até 1 semana, e observase geralmente a recuperação gradual, porém completa, em 3 a 4 semanas. Em certas ocasiões, a rigidez persiste por períodos mais longos de até 16 semanas. Foram observados movimentos motores anormais durante o sono em cães em semanas a meses após a recuperação do tétano.7 O toxoide antitetânico é aprovado para uso em cães em alguns países; todavia, a doença em carnívoros é incomum. A imunoprofilaxia ativa com toxoide antitetânico não é recomendada para cães e gatos; é usada para espécies mais suscetíveis, como seres humanos e cavalos. Não há necessidade de reforços de rotina, nem de profilaxia pósexposição. Os cuidados apropriados das feridas infectadas e o tratamento antibacteriano racional devem minimizar a ocorrência do tétano. Ocorreu epizootia em hospitais veterinários que esterilizavam inadequadamente seus instrumentos cirúrgicos. Não se deve usar a esterilização a frio dos instrumentos para procedimentos cirúrgicos.
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