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1 GO Diagnóstico de Gravidez Arthur Linhares de Almeida : 201910865 : UniFOA Adaptações do Organismo Materno à Gestação Sist. Circulatório → hipervolemia - vol sanguíneo materno em até 50% dos valores pré-gestacionais; ocorre pela necessidade de suprimento nos órgãos genitais → hemodiluição – causada pela hipervolemia; causa da viscosidade plasmática (oq trabalho cardíaco) → “anemia fisiológica” / na [ ] de hemoglobina – ocorre por conta da hemodiluição; hemoglobina até 11g/dl é aceitável → leucocitose – leucócitos totais entre 5.000- 14.000/mm³ • obs.: durante parto e puerpério leucócitos podem chegar a 29.000mm³ (provável q por ação das adrenais devido ao estresse) → plaquetopenia – plaquetas ≥ 100.00/mm³ → em até 50% de fibrinogênio e dímero D → anemia ferropriva – qnd ñ ocorre suplementação adequada → DC – ocorre por conta do da FC e elevação do vol sist. → RVP acentuada – por vasodilatação periférica e aparecimento da circulação uteroplacentária • obs.: PA mesmo com DC → alterações fisiológicas ECG nas ondas Q e T, no segmento ST e desvio do eixo cardíaco para a esquerda 15-20º Sist. Endócrino e Metabolismo → Hipofisários • - Prolactina, ACTH, MSH, Ocitocina (durante parto), GH (a partir do 2º tri; fonte placentária) • - FSH, LH e TSH (fica normal no 2º e 3ºtri) • obs.: ADH apresenta níveis mantidos, mas fica com menor limiar de liberação → tireoidianos • - T3, T4 total e T4 livre (leve no 1ºtri e normaliza no 2º e 3º) → paratireoidianos • - Calcitonina • - PTH (normaliza no 2º e 3º) → adrenais • - Cortisol, Aldosterona, Andrógenos (androstenediona) • - Andrógenos (DHEA-S) → ovarianos • - Progesterona, Estrógeno, Relaxina, Andrógenos (Androstenediona e Testosterona) Peles e Anexos → eritema palmar, telangectasias, da secreção sebácea e sudorese – causadas pela vasodilatação periférica por conta do estado hiperprogestogênico → cloasma/melasma – máculas hipercrômicas que são causadas pelo da produção e secreção de hormônio melanotrófico da hipófise devido aos altos níveis de progesterona → locais de maior incidência da hiperpigmentação: linha nigra, aréola mamária e regiões de dobra → podem ocorrer estrias devido a distensão da pele Sist. Esquelético → maior elasticidade das articulações da bacia óssea (sínfise púbica, sacrococcígea e sinostoses sacroilíacas) → hiperlordose e hipercifose da coluna vertebral → aumento da base de sustentação (afastamento pés) → marcha anserina 2 GO Sist. Digestório → náuseas e vômitos – comuns no 1ºtri → alterações de apetite e sede devido resistência à ação da leptina → pirose e constipação são frequentes – isso ocorre devido a ação da progesterona que tem potente ação relaxante sobre fibras musculares lisas (causa relaxamento do esfíncter esofágico inferior, diminuição da contratilidade da musculatura lisa do intestino) → obs.: Hiperêmese Gravídica (ocorre em 1,5% das gestantes) – manutenção/agravamento de náuseas e êmese após a 20ªsem + perda de peso + desidratação + distúrbios hidroeletrolíticos + cetose e cetonuria Sist. Respiratório → ingurgitamento e edema da mucosa nasal – leva ao da obstrução nasal, sangramentos e rinite → edema de laringe e faringe – pode dificultar intubações → elevação do diafragma → aumento da circunferência e diâmetro da caixa torácica → amplitude do movimento do diafragma reduzida ao longo da gestação → capacidade pulmonar total fica reduzida em aproximadamente 200ml → aumento do volume minuto → diminuição da capacidade residual funcional → hiperventilação causando alcalose respiratória Sist. Renal/Urinário → do plasmático glomerular, com consequente aceleração do ritmo de filtração glomerular → mecanismo da sede e liberação de ADH desencadeados por menores níveis osmóticos Diagnóstico Clínico → MS orienta que ao ocorrer atraso menstrual de mais de 15d deve-se realizar o teste rápido de gravidez → MS diz que se atraso menstrual for >12sem o diagnóstico pode ser clínico → principais sintomas que levam as pacientes ao atendimento são: atraso menstrual, fadiga, mastalgia, aumento da freq. urinária e náuseas/vômitos matinais → os sinais observados para investigação da gestação são divididos em • sinais de presunção • sinais de probabilidade • sinais de certeza Sinais de Presunção → amenorreia (4sem) – sinal mais precoce; em ♀com ciclo menstrual regular pressupõe gravidez → náuseas (5sem) – acomete 50% das mulheres; normalmente matutinas; → congestão mamária (5sem) – mamas congestas e doloridas • 8ªsem – aréola 1ária mais pigmentada + tubérculos de Montgomery • 16ªsem – colostro já é produzido e pode ser obtido por expressão mamária correta • 16ªsem – Rede de Haller • 20ªsem – Sinal de Hunter: aréola 2ária (aumenta pigmentação em volta do mamilo com perda de definição areolar) 3 GO → polaciúria (6sem) – ocorre no 2º e 3ºm pelo útero apresentar maior volume e anteflexão; obs.: sintomatologia cessa no 2ºtri e retorna nas últimas 2sem ao insinuar a apresentação fetal Sinais de Probabilidade → amenorreia (6sem) - atraso menstrual superior a 10-14d; ao mesmo tempo a perda sanguínea semelhante à menstruação não exclui a possibilidade de gravidez, uma vez que pode ser uma hemorragia de implantação ovular → aumento do vol uterino (6sem) – na gravidez o útero expande e com 6sem adquire volume de tangerina; com 12sem o tamanho da cabeça fetal é palpável logo acima da sínfise púbica → Sinal de Hegar/ alteração da consistência uterina (8sem) – útero adquire consistência cística, elástico pastosa, principalmente no istmo cervical; → alteração no formato uterino (8sem) – útero cresce inicialmente de forma mais acentuada na zona de implantação • Sinal de Piskacek – sensação tátil de abaulamento e amolecimento no local; é possível as vzs notar sulco separando as regiões • Sinal de Nobile-Budin – dedo que examina encontra fundos de saco encontra espaço ocupado pelo corpo uterino • Sinal de Osiander – percepção dos batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco • exame de toque é completado pelo exame especular; ao entreabrir a vulva pode-se notar o Sinal de Jacquemier – coloração violácea vulvar o Sinal de Kluge – cianose vaginal e cervical → do vol abdominal (16sem) – aumento do vol abdominal progressivo é notável a partir de 16sem; obs.: útero torna-se palpável com 12sem Sinais de Certeza → dados pelas existência do concepto, verificados pelos batimentos cardiofetais e pela movimentação ativa; USG capaz de rastrear com 7sem → Sinal de Puzos (14sem) – rechaço fetal intrauterino; ao impulsionar com os dedos no fundo do saco anterior ocorre impressão de rechaço qnd o concepto se afasta e qnd ele retorna 4 GO → percepção e palpação dos movimentos fetais + palpação dos segmentos fetais (18sem) → auscultação – identificação dos BCF; sinal mais fidedigno de gravidez • 12sem - BCF podem ser detectados com sonar Doppler • 20sem – BCF podem ser detectados com estetoscópio de Pinard Diagnóstico Hormonal → melhor parâmetro para diagnóstico de gravidez inicial → usa gonadotrofina coriônica humana (hCG) produzida pelo ovo como parâmetro; a hCG já é produzida uma semana após a fertilização → níveis de -hCG alcançam pico entre 60-90d → na prática níveis menores q 5UI/L são considerados negativos e acima de 25UI/L positivos → atualmente podem ser realizados 3 testes para identificação do hCG: • imunológicos • radioimunológicos (RIA) • enzima-imunoensaio (ELISA) Testes Imunológicos → para estes testes é importante que a urina esteja bastante concentrada para melhorar a sensibilidade → prova de inibiçãoda aglutinação do látex / teste de lâmina – resultado em poucos minutos; sensibilidade pqn (1.500-3.500UI/L) e imagem do resultado pode ser discutível → prova de inibição da hemaglutinação / teste de tubo – resultado em 2h, raras interpretações duvidosas e maior sensibilidade (750-1.000UI/L) • recomenda-se atraso menstrual superior a 10-14d; a partir desse período a sensibilidade vai de 97-99% → hemaglutinação passiva reversa – variante da prova de inibição de hemaglutinação; antissoro (e ñ as hemácias) tem o hCG ligado; sensibilidade desde 75UI/L • pode ser realizada com 1-3d de amenorreia Testes Radioimunológicos → resultados em 4h → reconhece a partir de 10-18d de concepção oq possibilita diagnóstico precoce → sensibilidade de 5UI/L Teste ELISA → sensibilidade de 25UI/L → pode ser realizado a partir de 14-17d após concepção 5 GO Diagnóstico Ultrassonográfico → USG transvaginal é obrigatória no 1ºtri → datação da IG sempre baseada na 1ª USG → saco gestacional (4-5sem) – formação arredondada, anelar, de contornos nítidos q corresponde à estrutura ovular • obs.: ausência de saco gestacional intrauterino com valores de hCG >1.500UI/L deve levantar suspeita de gravidez ectópica → espessamento do saco gestacional (10- 12sem) – expressa a placenta em desenvolvimento e local de implantação no útero) → placenta (12sem) – apresenta estrutura definida com 16sem gestação de 8sem (USG 3D); E – embrião VV – vesícula vitelina 6 GO Idade da Gestação e Data Provável do Parto Arthur Linhares de Almeida : 201910865 : UniFOA Última Menstruação → gravidez é considerada a partir do 1ºd da última menstruação → para calcular a provável data do parto considera-se a gestação com duração de 280d (40sem) → na prática usa-se a regra (de Nägele) em que se adiciona à DUM 7d + 9m ou menos 3m (qnd se faz o cálculo retrógrado Aumento do Vol Uterino → útero pode ser palpado a partir de 12sem → com o avanço da gestação o fundo uterino fica mais alto e se distancia da sínfise púbica → 1ª metade da gestação a mensuração de fundo de útero é boa para cálculo da IG; na 2ª metade existe a tendência de crescer 4cm/mês , mas as variações são mais comuns → na primíparas, 2sem antes do parto ocorre a insinuação da cabeça fetal levando ao rebaixamento do fundo em 2cm; isso permite uma respiração mais fácil, mas volta a causar queixas urinárias Ausculta Fetal e Movimentos Fetais → ausculta com Pinard a partir de 20sem → atualmente usa-se o sonar-Doppler, pois identifica desde 10-12sem → os movimentos fetais são percebidos a partir de 18sem; qnd a mulher ñ souber informar a DUM é importante para cálculo da IG USG → a USG é importante pois em até 30% das grávidas a IG ñ pode ser calculada pela DUM por ciclos irregulares, amenorreia pós-parto ou pós-anovulatórios, “hemorragia de implantação” → IG no 1ºtri é estimada pelo comprimento cabeça-nádega (CCN) (precisão de 5d) → IG entre 12-20sem é estimada pelo diâmetro biparietal (DBP) (precisão de 10d) → após 20sem a USG é imprecisa → USG prevalece para estabelecer IG se DUM indicar IG diferente Redefinição do termo da gravidez pela OMS → termo-precoce: 37sem+0d – 38sem+6d → termo-completo: 39sem+0d – 40sem+6d → termo-tardio: 41sem+0d – 41sem+6d → pós-termo: ≥42sem
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