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26 PRÁTICA - MANDADO DE INJUNÇÃO

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www.trilhante.com.br
MANDADO DE 
INJUNÇÃO 
INDIVIDUAL E 
COLETIVO - PEÇA 
PRÁTICA 
ÍNDICE
1. MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO ..........................................3
Apontamentos Iniciais ........................................................................................................................................................ 3
Pedidos ..........................................................................................................................................................................................6
2. CASOS PRÁTICOS ...........................................................................................................7
Caso 01 ............................................................................................................................................................................................7
Caso 02 ........................................................................................................................................................................................ 10
www.trilhante.com.br 3
1. Mandado de Injunção Individual e Coletivo
Apontamentos Iniciais
Os remédios constitucionais são instrumentos previstos no ordenamento jurídico 
brasileiro que deveriam ser de conhecimento de todos os cidadãos do nosso país. Isto 
porque são mecanismos que garantem aos cidadãos os direitos fundamentais previstos 
na Constituição Federal quando o Estado não cumpre seu dever, seja por despreparo, 
ilegalidade ou abuso de poder.
No caso do Mandado de Injunção, teremos uma garantia da efetividade das normas 
constitucionais, vez que determinadas normas constitucionais dependem de uma 
norma infraconstitucional para que tenha sua efetividade realizada, vez que sozinha 
ela se demonstra ineficaz. Destarte, quando essa outra norma infraconstitucional não é 
editada pelo poder público, estaremos diante de um caso de inconstitucionalidade por 
omissão.
Nesse sentido, para combater esse mal, temos dois remédios constitucionais:
Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e o Mandado de 
Injunção.
Esses dois institutos têm o mesmo fim: dar ciência ao Poder Legislativo sobre a ausência 
de norma regulamentadora, o que torna inviável o exercício dos direitos e garantias 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania.
O mandado de injunção está previsto no artigo 5º, inciso LXXI da Constituição Federal e 
é regulamentado pela Lei 13.300/2016. Vejamos:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania”.
Destarte, o mandado de injunção é cabível diante da omissão do Poder Público de 
editar diploma regulamentador de uma norma constitucional de eficácia limitada, que 
prescreva direitos, liberdades constitucionais e/ou prerrogativas inerentes à nacionalidade, 
à soberania e à cidadania.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13300.htm
www.trilhante.com.br 4
“Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas 
pelo órgão legislador competente”.
LEGITIMIDADE
Conforme disposto no art. 3º da L. 13.300, são legitimados para o mandado de injunção, 
como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o 
órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.
Ademais, o art. 12 da L. 13.300 apresenta um rol de legitimados para propor o mandado 
de injunção coletivo, quais sejam:
I) Ministério Público;
II) Partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, 
liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária;
III) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da 
totalidade ou de parte de seus membros;
IV) Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos 
direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados.
COMPETÊNCIA
Cuida a Constituição Federal, por ocasião de suas alíneas “q”, inciso I, art. 102, e “h”, inciso 
I, art. 105, de disciplinar a competência originária, respectivamente, do Supremo Tribunal 
Federal e do Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do mandado de injunção. 
Vejamos:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente 
da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma 
dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio 
Supremo Tribunal Federal;
www.trilhante.com.br 5
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, 
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência 
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e 
da Justiça Federal.
Conforme se pode depreender dos próprios dispositivos mencionados, aquela se firma 
em razão da pessoa ou órgão a quem competir a elaboração da norma regulamentadora 
necessária ao exercício do direito, liberdade ou prerrogativa constitucionalmente 
conferidos.
Assim é que, ao Supremo Tribunal Federal, caberá conhecer do mandado de injunção 
quando a incumbência referida couber ao Presidente da República, ao Congresso 
Nacional, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal, à Mesa de uma dessas Casas 
Legislativas, ao Tribunal de Contas da União, aos Tribunais Superiores ou, por fim, a ele 
próprio.
Ao Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, caberá processar e julgar originariamente o 
mandado de injunção quando a feitura da norma tocar a órgão, entidade ou autoridade 
federal, da administração direta ou indireta, desde que não sejam esses casos já 
açambarcados pela competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça 
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal.
No referente aos estados-membros, a Constituição Federal autoriza, de acordo com o 
quanto inserto no §1° do art. 125, que as respectivas cartas, obras do poder constituinte 
derivado decorrente (Constituições Estaduais), definam a competência de seus tribunais 
de justiça.
Aos juízes de direito restaria a competência para julgar autoridade estadual inferior, 
prefeito ou Câmara Municipal, tal como se sucede com o mandado de segurança.
PROCEDIMENTO
Nos termos do art. 4º da L. 13.300/16, a petição inicial seguirá os requisitos da lei 
processual, ou seja, deverá preencher os requisitos do art. 319 do Código de Processo 
Civil, indicando também, além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou 
aquela a que está vinculado
Quando o documento necessário à prova do alegado encontrar-se em repartição ou 
estabelecimento público, em poderde autoridade ou de terceiro, havendo recusa em 
fornecê-lo por certidão, no original, ou em cópia autêntica, será ordenada, a pedido do 
www.trilhante.com.br 6
impetrante, a exibição do documento no prazo de 10 (dez) dias. (Sendo que, em último 
caso, cabe Habeas Data para tanto).
Por fim, importante ressaltar que qualquer omissão por parte da Lei 13.300/16 será 
suplementada pelo Código de Processo Civil e pela Lei 12.016/09 (Lei do Mandado de 
Segurança), de forma subsidiária.
Pedidos
Primeiramente, deve o candidato realizar o pedido presente na sequência do art. 8 da L. 
13.300/16:
(I) pedido de reconhecimento do estado de mora legislativa;
(II) determinado prazo razoável para que seja editada norma regulamentadora;
(III) estabelecimento das condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado;
(IV) intimação do Ministério Público, e
(V) exibição de documentos, se for o caso.
https://www.trilhante.com.br/curso/remedios-constitucionais/aula/remedios-constitucionais-habeas-data-i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12016.htm
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2. Casos Práticos
O mandado de injunção se diferencia da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por 
Omissão exatamente por incidir em casos concretos, enquanto a ADO incide em casos 
abstratos. Dessa forma, para que seja possível a incidência de mandado de injunção, será 
necessário verificar a presença de:
1. Caso concreto;
2. Norma constitucional de eficácia limitada (federal ou estadual)
3. Omissão do Poder Público.
Caso 01
Joana Augusta laborou, durante vinte e seis anos, como enfermeira do quadro do 
hospital ligado a determinada universidade federal, mantendo, no desempenho de suas 
tarefas, em grande parte de sua carga horária de trabalho, contato com agentes nocivos 
causadores de moléstias humanas bem como com materiais e objetos contaminados.
Em conversa com um colega, Joana obteve a informação de que, em razão das atividades 
que ela desempenhava, poderia requerer aposentadoria especial, com base no § 4º do art. 
40 da Constituição Federal de 1988. A enfermeira, então, requereu administrativamente 
sua aposentadoria especial, invocando como fundamento de seu direito o referido 
dispositivo constitucional.
No dia 30 de novembro de 2008, Joana recebeu notificação de que seu pedido havia 
sido indeferido, tendo a administração pública justificado o indeferimento com base 
na ausência de lei que regulamente a contagem diferenciada do tempo de serviço dos 
servidores públicos para fins de aposentadoria especial. Sem uma lei que estabeleça os 
critérios para a contagem do tempo de serviço em atividades que possam ser prejudiciais 
à saúde dos servidores públicos, a aposentadoria especial não poderia ser concedida.
Nessa linha de entendimento, Joana deveria continuar em atividade até que completasse 
o tempo necessário para a aposentadoria por tempo de serviço. Inconformada, Joana 
procurou escritório de advocacia, objetivando ingressar com ação para obter sua 
aposentadoria especial.
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por 
Joana, redija a petição inicial da ação cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, 
atentando-se, necessariamente, aos seguintes aspectos:
a) competência do órgão julgador;
b) legitimidade ativa e passiva;
c) argumentos de mérito;
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d) requisitos formais da peça judicial proposta
Regra dos 5 Passos
1. Resumo do caso
2. Legitimidade ativa
3. Legitimidade passiva
4. Escolha da ação
5. Órgão competente
Temos, no caso tela, evidente norma constitucional de eficácia limitada, com a 
administração pública inviabilizando o direito constitucional à aposentadoria especial 
por falta de legislação que regulamente tal direito. Dessa forma, temos os dois requisitos 
juntos de um caso concreto, sendo patente a necessidade da impetração de mandado 
de injunção.
CORREÇÃO E PEÇA EXEMPLO:
EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
(pular aproximadamente 5 linhas em todas as petições iniciais)
Joana Augusta, nacionalidade..., estado civil..., enfermeira, portadora do RG n°... e do CPF 
n°..., residente e domiciliada..., nesta cidade, por seu advogado, conforme procuração 
anexa ...., com escritório ..., endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, com 
fundamento no art. 5º, LXXI da CRFB/88, vem impetrar MANDADO DE INJUNÇÃO em 
face de ato omissivo do Presidente da República, que poderá ser encontrado na sede 
funcional...
I – SÍNTESE DOS FATOS
A impetrante trabalhou durante vinte e seis anos como enfermeira do quadro do hospital 
universitário ligado a determinada universidade federal, mantendo, no desempenho de 
suas tarefas, contato com agentes nocivos causadores de moléstias humanas bem como 
com materiais e objetos contaminados, ou seja, trabalho considerado de risco.
Ao ser informada de que poderia obter a aposentadoria especial prevista no § 4º do art. 
40, III, da CRFB/88, a impetrante requereu administrativamente sua aposentadoria, tendo 
a administração pública indeferido o pedido com base na ausência de lei complementar 
que regulamente a contagem diferenciada do tempo para tal aposentadoria especial.
Joana Augusta, portanto, não pode exercer o direito fundamental à aposentadoria 
especial em razão da falta da lei que a regulamente, o que enseja a propositura do 
mandado de injunção ora apresentado.
www.trilhante.com.br 9
II – FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Na forma do art. 5º, LXXI, da CRFB/88, o mandado de injunção é o remédio constitucional 
responsável pela defesa em juízo de direito fundamental previsto na Constituição ainda 
pendente de regulamentação.
Como não há norma específica regulamentando o remédio no plano infraconstitucional, 
de acordo com o art. 24, parágrafo único, da Lei 8038/90, aplica-se ao mandado de 
injunção, no que couber, as regras do mandado de segurança, previstas na Lei 12.016/09.
De acordo com o inciso III, § 4º, do art. 40 da CRFB/88, é vedada a adoção de requisitos 
e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime 
de que trata o artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, dentre 
eles, os casos de servidores cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, justamente a situação em que se encontra a 
impetrante, titular de tal direito fundamental ainda pendente de regulamentação.
O remédio ora em análise foi impetrado em face de ato omissivo do Presidente da 
República, tendo em vista que a matéria relativa à aposentadoria de servidores é de sua 
iniciativa privativa deste, na forma do art. 61, § 1º, II, c, da CRFB/88.
Ademais, compete ao STF processar e julgar originariamente o mandado de injunção 
quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da 
República, segundo dispõe o art. 102, I, q, da CRFB/88.
III – DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL
Até 2007, o STF adotava a posição não concretista geral e, de acordo com esse 
entendimento, em nome da separação entre os poderes (art. 2º, da CRFB/88), o Poder 
Judiciário não poderia suprir a omissão da norma faltante, tampouco fixar prazo para o 
legislador elaborar a lei, restando a sentença produzindo efeito apenas para declarar a 
mora legislativa.
Desde 2007, entretanto, o Tribunal vem mudando de entendimento e tem adotado 
posições concretistas, aplicando, por analogia, leis já existentes para suprir a omissão 
normativa, ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora inter partes.
No que tange especialmente à ausência da Lei Complementar anunciada pelo art. 40, 
§ 4º, a Corte tem aplicado a Lei 8213/91, no que couber, até que seja suprida a referida 
omissão inconstitucional.
IV – DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer-se:
a) a notificação da autoridade omissa no endereço fornecido na inicial, para que, querendo, 
preste asinformações que entender pertinentes do caso;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8038.htm
www.trilhante.com.br 10
b) a intimação do Representante do Ministério Público;
c) a condenação do Impetrado em custas processuais;
d) que o pedido seja ao final julgado procedente para que a omissão normativa seja 
sanada mediante a aplicação analógica da Lei 8213/91;
e) a juntada de documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos procedimentais.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB nº...
Caso 02
Servidores públicos do Estado Beta, que trabalham no período da noite, procuram o 
Sindicato ao qual são filiados, inconformados por não receberem adicional noturno do 
Estado, que se recusa a pagar o referido benefício em razão da inexistência de lei estadual 
que regulamente as normas constitucionais que asseguram o seu pagamento.
O Sindicato resolve, então, contratar escritório de advocacia para ingressar com o 
adequado remédio judicial, a fim de viabilizar o exercício em concreto, por seus filiados, 
da supramencionada prerrogativa constitucional, sabendo que há a previsão do valor 
de vinte por cento, a título de adicional noturno, no Art. 73 da Consolidação das Leis do 
Trabalho.
Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo Sindicato, 
utilizando o instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial cabível.
Possível verificar, no caso acima, que se trata de um Mandado de Injunção Coletivo. 
Temos um caso concreto, uma norma constitucional de eficácia limitada e a evidente 
omissão do Poder Público que não edita a legislação pertinente.
Primeiramente, quem será o legitimado passivo e de quem é a competência para 
julgamento? Sendo certo que, a nível federal, o responsável por elaborar leis que criem 
cargos públicos ou aumentem a remuneração é o Presidente da República, por simetria, 
na esfera estadual, essa responsabilidade é do Governador.
http://firmino-aline.blogspot.com.br/2013/01/principio-da-simetria-constitucional.html
www.trilhante.com.br 11
Nesse sentido, a competência na esfera federal para julgamento é do STF quando se 
tratar do Presidente da República. Novamente, aplicando o princípio da simetria, teremos 
o Tribunal de Justiça como órgão competente. Vejamos a correção completa:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO BETA
Sindicato dos Servidores Públicos do Estado Beta, pessoa jurídica de direito privado, 
inscrita no Ministério do Trabalho sob o n. xxx, com sede à xxx, vem, mui respeitosamente, 
perante V. Exa., por meio de seu advogado que esta subscreve, com procuração e 
endereços anexos, nos termos do Art. 5º, LXXI da CF/88 e na Lei. 13.300/2016, impetrar 
o presente:
MANDANDO DE INJUNÇÃO COLETIVO
EM FACE DO GOVERNADOR DO ESTADO BETA, INTEGRANTE DO ESTADO BETA, 
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO, PELAS RAZÕES DE FATO E DIREITO QUE 
PASSA A EXPOR:
I – DOS FATOS
Os servidores públicos do Estado Beta que trabalham no período da noite não recebem 
adicional noturno. O Estado se recusa a fazer o pagamento desse direito constitucional 
protegido, alegando ausência de norma regulamentadora.
Trata-se de evidente sintoma da síndrome de inefetividade de ser norma constitucional. 
Isso porque, apesar de tal direito ser expressamente previsto no art. 39, § 3º da 
CF/88, combinado com o art. 7º, IX, da CF/88, verifica-se, pelo art. 39, caput, que seu 
estabelecimento depende da edição de norma integrativa para que seja eficaz, posto 
tratar-se de uma norma de eficácia limitada.
Nesse contexto, o Estado Beta manteve-se inerte ao preceito da Lei Maior, dando causa 
a inconstitucionalidade por omissão. Desse modo, não restou outra alternativa a este 
sindicato, na defesa de seus filiados, senão impetrar o presente remédio constitucional, 
visando a sanar a referida omissão.
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA
A legitimidade do sindicato para a impetração de mandado de injunção coletivo é 
dada pelo art. 12, III, da L. 13.300/2016, para assegurar o exercício de direito, liberdades e 
prerrogativas de seus membros, independentemente de qualquer autorização especial 
de seus filiados.
III – DA LEGITIMIDADE PASSIVA
O legitimado passivo é o Poder, ór urisdição estadual, tem-se que o Governador do 
Estado Beta é o legitimado passivo desta lide.
www.trilhante.com.br 12
IV – DO DIREITO
Segundo o art. 5º, LXXI, da CF/88, ou ainda o art. 2º da Lei 13.300/16, que remete ao 
primeiro:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania.
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas 
pelo órgão legislador competente.
Possível perceber que é justamente este o caso. Muito embora a Constituição Federal 
garanta aos servidores o direito ao adicional noturno, segundo consta do art. 39, § 3º 
da CF/88, combinado com o art. 7º, IX, da CF/88; para que tal comando seja efetivo, é 
necessário que haja uma norma integrativa para dar efetividade ao preceito constitucional.
Isso porque se trata de norma constitucional de eficácia limitada, que, quando diante da 
inércia, da mora, ou ainda da omissão do Poder Público, configura a inconstitucionalidade 
por omissão. Nesses casos, o remédio apto a sanar o problema é o mandado de injunção.
Portanto, uma vez constatado que os servidores públicos que trabalham no período 
noturno não gozam desse direito constitucional por conta da omissão legislativa; é dever 
deste sindicato velar pela proteção dos direitos constitucionais de seus filiados, a fim de 
que sejam efetivamente concretizados, conforme manda a Constituição.
Por último, vale lembrar que o mínimo garantido aos trabalhadores, a titulo de adicional 
noturno, conforme dispõe o art. 73 da CLT, é de 20% (vinte por cento). Assim sendo, este 
valor deverá ser a referência mínima a ser garantida aos impetrantes.
V – DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer-se:
1. A intimação do Ministério Público, nos termos do art., no prazo legal contido 
no art. 7º da Lei 13.300/16;
2. Que seja julgado procedente o pedido para reconhecer o estado de mora le-
gislativa, decretando a omissão do Poder Público, a fim de ver deferida a ordem 
de injunção coletiva, conforme art. 8º, caput, da L. 13.300/16;
www.trilhante.com.br 13
3. Seja determinado prazo razoável para que o Governador promova a edição 
de norma regulamentadora, nos termos do art. 8º, I, da L. 13.300/16;
4. Sejam estabelecidas condições, nos termos do art. 8º, II, da L. 13.300/16, para 
suprimir a omissão normativa e garantir o exercício do direito reclamado, no 
percentual não inferior a 20% (vinte por cento), consoante disposição do art. 73 
da CLT, caso não seja editada a norma no prazo determinado.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos procedimentais.
Termos em que,
Pede deferimento.
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Norma constitucional que sozinha não consegue produzir efeitos, precisando de uma lei 
integrativa.
Ex: Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei 
específica;
Ex: Presidente da República integra a União.
Direito ou prerrogativa inerente à nacionalidade, soberania ou cidadania.
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