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NOÇÃO BÁSICA DE LUCRO REAL

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LUCRO REAL 2019 Prof. Edson
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Regimes Tributário:
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O regime tributário é o conjunto de normas e leis que define a forma de tributação das empresas, o Regime tributário vai determinar como será realizada a cobrança de impostos conforme o volume de arrecadação. 
No Brasil, existem quatro tipos diferentes de regimes tributários:
SIMPLES NACIONAL
LUCRO PRESUMIDO
LUCRO ARBITRADO
LUCRO REAL
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Lucro Real
Lucro
Presumido
Lucro 
Arbitrado
Simples Nacional
APURAÇÃO
TRIMESTRAL
APURAÇÃO
MENSAL
OPÇÃO: APURAÇÃO ANUAL
SUJEITA A ANTECIPAÇÕES MENSAIS
CALCULADAS POR ESTIMATIVA
OPÇÃO DE REDUZIR OU SUSPENDER
AS ANTECIPAÇÕES MENSAIS
Mediante balancetes mensais cumulativos
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Principais diferenças:
DICAS:
Alguns passos para avaliar melhor regime:
1º Passo: Avaliar Custos/Despesas – As empresas com despesas muito elevada e margem de lucro muito baixa á melhor opção pode ser Lucro Real.
2º Passo: Calcular Margem de Lucro – As empresas de serviços com margem acima de 32%, Comercio com Margem acima de 12% e Industria com margem acima de 8% á melhor opção pode ser LUCRO PRESUMIDO.
3º Passo: Avaliar custo com folha de pagamento, geralmente empresa com custo elevado de folha de pagamento melhor opção pode ser simples nacional.
Para escolher um regime é preciso conhecer bem a empresa e suas particularidades;
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LUCRO REAL
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 O que é Lucro Real?
É a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica.
É o Lucro Líquido apurado na escrituração contábil, com observância das normas da legislação comercial, ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR.
Pelas adições;
Exclusões e
Compensações.
O LUCRO REAL parte do resultado contábil que é a soma algébrica de todas as receitas e despesas de um determinado período. Ajustado as normas fiscais.
A finalidade é apurar IRPJ e CSLL das pessoas jurídicas;
As empresas optante pelo Lucro Real estão sujeitas ao regime de competência. Art. 285 decreto 9580/18;
É considerado o regime o mais complexo;
Não há limite de faturamento;
Os ajustes são adições, exclusões ou compensações;
O Lucro Real parte do Resultado contábil – lucro ou prejuízo da DRE;
Ajusto o resultado as regras fiscais, que pode determinar que um fato contábil será tributado ou não.
As adições e exclusões serve para adequar os tratamentos diferenciados entre contabilidade a contabilidade e o Fisco. Exemplo Depreciação fiscal e Societária. 
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O que seria os ajustes do Lucro Real?
Principais Legislações:
Decreto 9.580 de 2018 que revoga o Decreto 3.000/99;
IN RFB 1.700/17; Art. 1 a 276;
Lei 9.249/95;
Lei 9.718/98, artigo 14;
Lei 12.814/2013, artigo 14;
Lei nº 7.689, de 1988; 
Decreto 1.598/77;
Lei 8.981/95 art. 37.
Lei 12.973/14 art. 43 
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Quem pode optar:
Todas as pessoas jurídicas podem optar pelo Lucro Real;
Algumas delas são obrigadas a esse regime ficando, portanto, impedidas de se enquadrarem no Lucro Presumido ou no Simples Nacional.
São obrigadas ao Lucro Real:
Há dois critérios para identificar a obrigatoriedade do Lucro Real: 
Critério de Valor: Lei 12.814/13 à partir de 01/01/2014 PJ com Receita Bruta total superior a 78 milhões (Engloba todas as receitas) ou 6.5 milhões mensal; (OBS: Se empresa iniciar atividade no meio do exercício e valor mensal faturamento for superior a 6,5 milhões ela é obrigada ao Lucro Real).
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2. Critério do tipo de atividade: 
PJ com atividade de banco, financiamento, investimento, arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, entidade de previdência privada, capitalização;
que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
PJ’s que autorizada pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou à redução do IR;
que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo Regime de Estimativa;
PJ de prestação de serviços cumulativa e continua de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, factoring;
que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.
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Formas de Cálculo e opção:
A apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Real, poderá ser feito das seguintes formas:
Trimestral: O calculo do IR e CSLL será feito com base no resultado fiscal do encerramento do trimestre.
Anual (mensal): O calculo do IR e CSLL poderá ser por meio de estimativas mensais (BASE a RECEITA BRUTA) e/ou por meio de balanço de suspensão ou redução, apurados ao fim de cada exercício.
A opção pelo Lucro Real anual, Lucro Real Trimestral ou Lucro Presumido será manifestada pelo pagamento da primeira quota de qualquer um dos regimes, mediante DARF, sendo que a legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano-calendário. Lei 9718/98 art. 13 e 14.
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Após o recolhimento do DARF com a opção Trimestral ou Anual, não se altera.
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Como se determina Lucro Contábil?
Estrutura da DRE:
Para as empresas brasileiras, a demonstração do resultado do exercício é obrigatória, de acordo com a lei n° 11.638/07;
Receita Bruta
(-) Deduções e abatimentos
(=) Receita Líquida
(-) CPV (Custo de produtos vendidos) ou CMV (Custos de mercadorias vendidas)
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas/ Administrativas/ Financeiras
(=) Resultado Antes IRPJ CSLL
(-) Provisões IRPJ E CSLL
(=) Resultado Líquido.
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Como se determina o Lucro Real?
O Lucro Real será determinado a partir do Lucro Líquido do período de apuração, obtido na escrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado no Lalur, observando-se que:
A base de cálculo do IRPJ e CSLL determinada a partir do LUCRO Contábil. 
Lucro (Prejuízo) Contábil:
(+) Ajustes fiscais positivos (adições);
(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões) e Compensações;
(=) Lucro Real ou Lucro/ Prejuízo Fiscal do período.
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O que é LALUR?
O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um documento que reúne informações sobre os impostos pagos, com a função de ajustar os demonstrativos contábeis que servirá como base de cálculo para o Imposto de Renda (IRPJ) e para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O Lalur será entregue em meio digital (SPED ECF BLOCO M e N), conforme art. 277 decreto 9.580/18).
LALUR é composto pelo LAIR – Livro de apuração do Imposto de Renda e LACS – Livro de apuração da Contribuição Social. 
o LALUR, é dividido em duas:
Parte A, destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período de apuração e à transcrição da demonstração do lucro real.
Parte B, Nessa parte é que apuramos a base de cálculo do imposto.
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Como se determina a CSLL?
Estrutura LACS:
= Lucro Líquido antes dos Impostos (Lucro contábil);
( + ) Adições (discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das adições);
( - )Exclusões (discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das exclusões);
=Lucro ou Prejuízo antes das Compensações (resultado fiscal);
( - ) Compensação Prejuízo Fiscal Limitado a 30%;
= BASE de Calculo da CSLL;
( - ) Alíquota de 9%;
= CSLL a pagar.
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Como se determina o IR e AIR?
Estrutura LAIR:
= Lucro Líquido antes dos Impostos (Lucro contábil);
( + ) Adições (discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das adições);
( - )Exclusões (discriminadas item poritem, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das exclusões);
=Lucro ou Prejuízo antes das Compensações (resultado fiscal);
( - ) Compensação Prejuízo Fiscal Limitado a 30%;
= BASE de Calculo da IR;
( - ) Alíquota de 15% IR;
( - ) Deduções (PAT/INCENTIVOS FISCAIS);
= IR a pagar.
( - ) BASE de Calculo da IR ( - ) Exclusão do limitador de R$60.000,00 a.t.
= BASE de Calculo da AIR;
( - ) Alíquota de 10% AIR;
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Alíquotas CSLL:
A alíquota é de 9% para as pessoas jurídicas em geral;
15% (quinze por cento), no caso das pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, de seguros privados e de capitalização.
Alíquotas IRPJ:
IMPOSTO DE RENDA a alíquota normal de 15% sobre a totalidade da base de cálculo apurada; e
 Alíquota adicional de IRPJ em 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder ao limite de R$ 20.000,00 ao mês, R$60.000,00 ao trimestre e R$240.000,00 anual.
Alíquota de 15% e 10% são as mesmas para todas as empresas.
IN1700/2017Art. 29.
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Adicional de Imposto de renda: 
De acordo com os art. 2 º e 4º da Lei nº 9.430/96, a pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real, Arbitrado ou Presumido estão sujeitas ao adicional de imposto de renda, calculado à alíquota de 10% sobre a parcela excedente a: 
I - R$ 240.000,00 do lucro real anual; 
II - R$ 20.000,00, do lucro estimado mensal; e 
III - R$ 60.000,00, do lucro real trimestral. 
O valor apurado de adicional deve ser calculado e pago juntamente com o próprio imposto de renda, em DARF único.
É importante mencionar que no valor do adicional não pode ser aplicado deduções.
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Exemplo: Calculo Adicional por trimestral
Resultado Contábil no trim..........................................R$113.500,00
(+)Adições Apuradas......................................................R$53.600,00
( - )Exclusões Apuradas................................................(R$15.100,00)
Resultado Fiscal...........................................................R$152.000,00
Prejuízo Fiscal Compensado (30%)..............................(R$45.600,00)
Base de Cálculo............................................................R$106.400,00
IRPJ 15%.........................................................................R$15.960,00
BASE DE ADICIANAL= Exclui da Base 60 mil. ...............R$46.400,00
10% DE ADICIONAL ...................................................R$4.640,00
Total de imposto a recolher .....................................R$20.600,00
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R$106.400,00-(R$60.000,00) 
= R$46.400,00 
A Parte A do Lalur deverá conter:
Após o último lançamento de ajuste do lucro líquido do período, necessariamente na data de encerramento (seja trimestral ou anual), será transcrita a demonstração do lucro real, que deverá conter:
a) o lucro ou prejuízo líquido constante da escrituração comercial, apurado no período de apuração; 
b) as ADIÇÕES ao lucro líquido, discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das adições; 
c) as EXCLUSÕES do lucro líquido, discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das exclusões; 
d) Lançamentos de Compensações ex. prejuízo fiscal 30%.
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Parte B:
A Parte B (cuja numeração é sequencial à da Parte A), destinada ao controle dos valores e saldos que foram ajustados na Parte A que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial.
Controlar valores de adições e exclusões;
Controlar Saldos de prejuízos fiscais;
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Adições: 
Serão adicionados ao lucro líquido do período, os valores lançados na contabilidade, que diminuem o Lucro, mas que a legislação do IR e CSLL são consideradas indedutíveis. art. 260 decreto 9580/18:
Os custos, as despesas, os encargos, as perdas, as provisões, as participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do Lucro Líquido que não sejam dedutíveis na determinação do Lucro Real, tais como: multas, doações, brindes, despesas não operacionais etc..
resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do Lucro Líquido e que, de acordo com a legislação, devam ser computados na determinação do lucro real. Exemplo: Ajuste de exercício anterior de receitas não registras na competência. 
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Principais Adições:
Alimentação de sócios, acionistas e administradores (art. 13 Lei 9249/95);
Despesas com Brindes;
Doações, exceto as que se referem o art. 377 e 385 do decreto 9580/18;
Multas por infrações fiscais;
Provisões (exceto as de férias, 13º salários e seus encargos sociais e as provisões técnicas estabelecidas pela Susep);
PCLD quando não há processo de cobrança judicial;
Depreciação Societária, 
Demais despesas não dedutíveis; e
Outras adições.
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Exclusões:
Poderão ser excluídos do lucro líquido do período, os valores que foram acrescentados ao resultado contábil, mas que pela legislação não devem compor a base de IR e CSLL (Decreto 9580/18 art. 261):
I – os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Art. 418 Decreto 9580/18. Os lucros ou os dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados por pessoas jurídicas tributadas pelo regime do lucro real, presumido ou arbitrado não integrarão a base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa jurídica beneficiária.
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Principais Exclusões:
• Lucros ou dividendos recebidos, de investimento avaliado pelo custo de aquisição;
• Depreciação Fiscal;
Lançamentos de créditos de Incentivos Fiscais;
JSCP lançados em conta patrimonial;
As reversões dos saldos das provisões não dedutíveis;
• Ajustes de RTT; e
• Outras exclusões.
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PREJUÍZO FISCAL
Prejuízo Fiscal é aquele decorrente do resultado negativo da Base de Cálculo do Lucro Real,  na apuração do IRPJ e da CSLL.
Os prejuízos fiscais poderão ser compensados independentemente de qualquer prazo;
O limite de 30% (trinta por cento) Lucro apurado no período;
Poderá ser total ou parcial;
Mudança de regime: Caso a pessoa jurídica optante pela tributação com base no lucro presumido retorne à tributação com base no lucro real, os saldos de prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas da CSLL, remanescentes do lucro real e não utilizados, poderão vir a ser compensados.
Decreto 9580/18: art. 579.
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Os prejuízos que podem ser apurados pela pessoa jurídica são de duas modalidades: 
CONTÁBIL: apurado na Demonstração do Resultado do período de apuração, conforme determinado pelo art. 187 da Lei nº 6.404, de 1976. O prejuízo apurado nessa modalidade é conhecido como prejuízo contábil ou comercial, pois é obtido por meio da escrituração comercial do contribuinte; 
FISCAL: apurado na Demonstração do Lucro Real e registrado no Lalur (que parte do lucro líquido contábil do período mais adições menos exclusões e compensações). O prejuízo apurado nessa modalidade é conhecido como prejuízo fiscal, o qual é compensável para fins da legislação do imposto de renda.
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Prejuízo fiscal Atividade Rural:
A compensação de prejuízos fiscais decorrentes da atividade rural com o lucro real da mesma atividade não está sujeita ao limite de 30% (trinta por cento), ou seja, pode ser integralmente compensado em um único período-base, desdeque o lucro real apurado na atividade rural comporte a compensação, observado o seguinte (artigo 583 decreto 9580/18):
A compensação de prejuízos fiscais das demais atividades, fica sujeita ao limite de 30% (ressalvada a hipótese da letra "a") e demais condições estabelecidas na legislação para a compensação de prejuízos fiscais.
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Vantagens:
Não paga IRPJ e CSLL, quando apresenta prejuízo fiscal;
Compensação do prejuízo fiscal por tem indeterminado;
Paga menos impostos quando tem margem de Lucro Reduzido;
Compensação de créditos de PIS e COFINS;
Legislação tributária prevê diversos benefícios fiscais;
Pagamento de Juros Sobre o Capital Próprio;
Opção de apuração trimestral e Anual;
Desvantagens:
Complexidade no tratamento e obrigações acessórias;
Requer um rigoroso controle e observância dos princípios contábeis;
Há mais complexidade de legislação.
Observação: Por ser mais burocrática, orienta-se que para opção pelo Lucro Real, a empresa tenha em mente que deverá ter a organização financeira da empresa impecável. 
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Despesas e Custos Dedutíveis
Na determinação do Lucro Real serão dedutíveis somente as despesas necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. Sendo assim, despesa operacional são dedutível da base de IR e CSLL. 
Basicamente, são três os requisitos que habilitam um determinado gasto a ser considerado como despesa operacional dedutível:
1. É necessário que o gasto seja incorrido, ou seja, é indispensável que a empresa já tenha usufruído dos bens e serviços adquiridos;
2. O gasto deve ser necessário para a manutenção da atividade da empresa e, deve ser normal e usual ou relacionado com a atividade explorada; e 
3. O gasto deve ser adequadamente comprovados.
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DOCUMENTAÇÃO: 
A legislação fiscal exige, ainda, que as despesas operacionais estejam devidamente comprovadas por documentos hábeis e idôneos a comprovarem a sua natureza, a identidade do beneficiário, a quantidade, o valor da operação e as demais características relacionadas à transação.
PLC – Participações nos lucros: 
Poderá deduzir da base de IRPJ e CSLL as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, dentro do próprio exercício de sua constituição. Assim, não há necessidade que a participação esteja “paga” para que seja dedutível, podendo ser contabilizada nos balancetes ou balanço, segundo o regime de competência. Art. 526 decreto 9580/18;
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São dedutíveis as provisões: 
Na determinação do Lucro Real, somente serão dedutíveis as provisões expressamente autorizadas no art. 339 do decreto 9580/18:
I - para o pagamento de férias de empregados, 
II - para pagamento de décimo - terceiro salário. 
Gratificações pagas a empregados:
São dedutíveis na base de IR e CSLL, as gratificações pagas aos empregados; art. 311 DC 9580/18.
Despesas médicas, odontológicas e Plano de Saúde:
 São dedutíveis desde que destinados indistintamente a todos os funcionários; conforme artigo 372 do decreto 9580/18;
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Furto, Roubo, Desfalques:
São dedutíveis as perdas com desfalques, assalto, furto ou apropriação Indébita, se houver inquérito nos termos.
MULTAS DEDUTÍVEIS:
São dedutíveis as multas compensatórias e aquelas impostas pelo cumprimento de obrigações que não resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributos. Também podemos citar como dedutível as multas onde é revelado pela lei ao fixar a taxa de cálculo em função do tempo de atraso. Como exemplo de multas compensatórias temos as multas pelo pagamento espontâneo, em atraso, de IR, CSLL, IPI, COFINS e PIS/PASEP.
Despesas com propaganda:
são dedutíveis desde que sejam diretamente relacionadas com a atividade explorada pela empresa e estejam registradas em conta própria, conforme disposto no artigo 380 do decreto 9580/18;
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PCLD – Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa:
Disposto no artigo 347 do decreto 9580/18.
A PCLD existe para reconhecer essa parcela que a empresa não receberá de forma onerosa em seu resultado, representando uma "perda" de valor nos seus títulos a receber, afetando o seu Patrimônio Líquido. 
A PCLD é uma conta de natureza credora, fazendo parte do Ativo Circulante, grupo Disponibilidades. É uma conta redutora, ou seja, entra com saldo negativo no Ativo, deduzindo os valores a receber dos clientes (conta Duplicatas a receber).
D- Despesas com PCLD (despesas administrativas (DRE) / -PL)
C- PCLD (conta retificadora, saldo credor (Ativo) / -A)
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Até 1995 a Lei 8.981/95 o PCLD era dedutível e desde 1996 a PDD ou PCLD não é mais aceita como uma dedução.
IN1700/17 - Art. 71. As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real e do resultado ajustado, observado:
I) insolvência em processo de cobrança Judicial; 
II) Sem garantia de valor:
até R$ 15.000,00 por operação, vencidos a mais de 6 meses;
acima de R$ 15.000,00 até R$ 100.000,00 vencidos a mais de um ano, independente de iniciados processos judiciais, porém mantida cobrança administrativa;
acima de R$ 100.000,00, vencidos a mais de um ano somente com procedimentos judiciais.
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DEPRECIAÇÃO FISCAL X DEPRECIAÇÃO Societária: 
Art. 317 decreto 9580/18. A depreciação é o modo pelo qual é registrado, contabilmente, a diminuição do valor de bens do Ativo Imobilizado resultante do desgaste pela sua utilização.
Valor de Ativo Imobilizado: a lei nº 12.973/2014 que alteraram o valor é de R$326,61 para R$1.200,00 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2015.
Quando optar pela depreciação econômica/societária:
As novas regras contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009, determinam, que a empresa faça uma análise criteriosa do imobilizado e, a partir daí, estime a vida útil dos bens. 
“Essa é a depreciação econômica, que deve ser elaborada com base na real vida útil do bem e será calculada sobre o valor depreciável”.
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 27, é obrigatória na contabilidade, independente do regime tributário da pessoa jurídica, pois reflete a realidade econômica da empresa. 
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Quando optar pela depreciação fiscal:
Na Depreciação Fiscal, o cálculo é feito com base na tabela estabelecida pela Receita Federal, publicada no Anexo III da Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017. 
“Portanto, na maioria dos casos, as taxas de depreciação utilizadas pelas empresas na depreciação econômica, são diferentes das impostas pelo Fisco na depreciação fiscal”
Exclusivamente para fins tributários, a elaboração é facultativa, entretanto, a depreciação fiscal é um benefício tributário para as empresas do Lucro Real, tendo em conta que trata-se de uma despesa dedutível no cálculo do IRPJ e CSLL. No regime tributário Lucro Real, o único método aceito é a depreciação fiscal com regras da Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017. 
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As empresas de Lucro Real deve realizar os dois Cálculos de depreciação sendo um para fins contábil e outro para fins fiscais e deve Adicionar a Depreciação Econômica na base de Calculo e Excluir a Depreciação Fiscal. 
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Não Dedutíveis:
As despesas não dedutíveis deve ser adicionas na base de IR e CSLL.
Previdência Privada: A dedução desta despesa nas bases de IR e CSL está limitada a 20% do total de salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa beneficiadas pelo plano.
Alimentação de Acionistas, Administradores e Sócios - Não são aceitos como despesas os valores pagoscomo alimentação para sócios, acionistas e administradores.
PERDÃO DE DÍVIDA: O perdão de dívida, por se tratar de uma mera liberalidade, não é uma despesa dedutível para quem está concedendo o perdão e para quem está recebendo o perdão é uma receita tributável.
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Brindes: 
Não podem ser deduzidos, exceto quando relacionados diretamente com a atividade da empresa ou destinada a propaganda ex. Caneta ( Lei 9249/1995, art. 13). 
As mercadorias que não constituam objeto normal da atividade da empresa, adquiridas com a finalidade específica de distribuição gratuita ao consumidor ou ao usuário final, objetivando promover a organização ou a empresa, em que a forma de contemplação é instantânea, embora não tenham valor comercial, não são consideradas amostras, pois não se tratam de produto, fragmento ou parte de mercadoria em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade, por este motivo são consideradas indedutíveis na apuração do Lucro Real.
A Solução de Consulta Cosit n° 58, de 30 de dezembro de 2013 (DOU de 18.02.2014) dispõe sobre a indedutibilidade das despesas com brindes:
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MULTAS INDEDUTÍVEIS:
São indedutíveis as multas impostas por ocasião do lançamento de ofício ou auto de infração, visando punir o contribuinte por infração que tenha resultado falta ou insuficiência de pagamento de tributos. As multas punitivas são excluídas pela denúncia espontânea, onde o arrependimento, oportuno e formal, da infração, faz cessar o motivo de punir. 
As multas punitivas devem ser adicionadas na Parte “A” do LALUR.
São exemplos de multas punitivas, portanto indedutíveis:
a) as multas de lançamento de ofício, no caso de falta de declaração ou  apresentação   de declaração inexata;
b) a multa lançada em virtude de evidente intuito de fraude definido na legislação; 
c) a multa aplicável pela falta de retenção do imposto devido na fonte; 
d) a multa de ofício pela falta de recolhimento do imposto, ou recolhimento após o prazo sem o acréscimo de multa de mora.
Provisões Para Contingências Fiscais e Trabalhistas: 
Essas provisões não têm a sua dedutibilidade admitida pela legislação fiscal, mas, tecnicamente, poderá ser necessária a sua constituição sempre que a empresa possua uma informação razoável sobre a possibilidade de não ter os argumentos que motivaram a contestação de exigências fiscais reconhecidos no processo administrativo ou judicial.
Conforme orientação do CPC 25 a contingências se dividem em três categorias: 
Quando a obrigação (probabilidade de perda) for provável, é considerado uma provisão que exige um reconhecimento no passivo de uma obrigação e uma divulgação em nota explicativa;
Quando a obrigação (probabilidade de perda) for possível trata-se de um passivo a ser evidenciado apenas em notas explicativa; 
 Quando a obrigação (probabilidade de perda) for remota, não se reconhece e não faz evidência de tal fato em nota explicativa.
Atualiza Cursos - LUCRO REAL 2019 Prof. Edson
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