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NUTRIÇÃO - NUTRIÇÃO NA ATIVIDADE FÍSICA - ESTUDO DIRIGIDO AV2 
PROFESSORA: NATHÁLIA DELVAUX 
 
1. Quais os componentes do gasto energético total (GET)? E os fatores que influenciam no GET? 
Componentes: TMB, TMR, ETA, ETF. Fatores: idade, sexo, composição corporal, clima, estresse, 
hormônios. 
 
2. Como podemos determinar o GET? Qual técnica considerada padrão-ouro? 
Calorimetria direta, calorimetria indireta, água duplamente marcada, consumo alimentar, questionário 
de frequência alimentar, equações preditivas. Apesar de controvérsias na literatura, pode-se considerar 
a técnica de calorimetria (direta e indireta) como padrão-ouro. 
 
3. O que o quociente respiratório nos diz? Qual sua importância? 
A calorimetria indireta estima o gasto energético pelo consumo de O2 e produção de CO2, ou seja, pelo 
quociente respiratório (QR). É importante pois indica os nutrientes que estão sendo catabolizado para 
energia durante o repouso ou exercício aeróbio. 
 
4. Dentro das equações preditivas, o que devemos saber de cada uma que existe para poder 
tomarmos nossa decisão de qual utilizar? 
É importante ler o artigo original e saber como que a fórmula foi elaborada e para qual finalidade. 
 
5. No que consiste o método fatorial? Ele nos permite calcular exatamente o que do indivíduo? 
O método fatorial permite destrinchar todo o dia do indivíduo, ativo ou não, para que seja possível a 
determinação de um fator de atividade específico para o mesmo. Desta forma, o fator de atividade 
calculado será mais preciso do que os que constam nas tabelas de referências das equações preditivas 
de TMB e TMR. 
 
6. Além do fator de atividade, temos o MET. O MET é considerado uma unidade metabólica. Qual 
sua função? 
É uma das formas de calcular as necessidades nutricionais com base nos equivalentes metabólicos (MET 
- metabolic equivalente task) relacionado ao consumo de oxigênio (3,5 ml/kg/min) aplicado a cada 
atividade. O MET não considera massa corporal, adiposidade, idade, sexo, eficiência do movimento e 
nem condições climáticas. Considera-se o peso do indivíduo, o tempo de atividade e o MET da atividade 
para calcular o gasto energético daquela atividade. 
 
7. Independente da técnica utilizada pelo nutricionista para calcular o GET, a partir do seu valor, 
precisamos definir as características da dieta e da ingestão hídrica. Como o nutricionista faz isso? 
A partir do cálculo do GET, o nutricionista deve definir a quantidade calórica da dieta de acordo com o 
objetivo: perda de peso (ingestão de calorias menor que o GET) hipocalórica, manutenção de peso 
(ingestão de calorias igual ao GET) normocalórica, ganho de peso (ingestão de calorias maior que o GET) 
hipercalórica. Depois de definir a quantidade de calorias, deve-se distribuir essas calorias pelos 
macronutrientes (carboidrato, proteína, lipídeo) de acordo com a tabela de g/kg, DRI ou OMS. A ingestão 
hídrica também segue um cálculo, de acordo com a tabela hipo, normo, hiperhídrica. 
 
8. “Descanso também é treino”. Essa afirmativa está correta? Sim? Não? Justifique sua resposta. 
Sim! Uma vez que o sono e o repouso são fundamentais para a recuperação corporal e ganho das 
adaptações. 
 
9. Defina fadiga e overtraining? Quais consequências do overtraining? 
Quando a intensidade e o volume de treinamento ultrapassam a capacidade de recuperação e de 
adaptação do corpo, o organismo pode apresentar estados de fadiga. Esse processo de cargas excessivas 
de estresse no treinamento, é conhecido como overtraining. Consiste em um desequilíbrio entre o 
estresse e a recuperação acarretando efeitos nocivos no desempenho dos atletas. Existem diversas 
consequências fisiológicas, bioquímicas, psicológicas e imunológicas. 
 
10. Quais são as fases percorridas do sedentarismo até uma situação de overtraining (fadiga→ 
overreaching → overtraining)? Mencionando, se houver, pontos positivos de cada fase. 
A fadiga é definida como o conjunto de manifestações produzidas por trabalho, ou exercício prolongado, 
tendo como consequência a diminuição da capacidade funcional de manter, ou continuar o rendimento 
esperado. Overreaching é um desequilíbrio entre estresse e recuperação no qual o rendimento do atleta 
diminui, mas é restabelecido em até duas semanas. Overtraining é o desequilíbrio entre estresse e 
recuperação que acarreta a queda no rendimento do atleta, o qual pode se prolongar por meses. 
 
11. A tríade ou síndrome da mulher atleta tem esse nome por um motivo, no que consiste essa 
situação? 
A tríade da atleta é uma síndrome que ocorre em adolescentes e mulheres fisicamente ativas, nas quais 
apresentam distúrbios alimentares, amenorreia e osteoporose. 
 
12. O que comer antes, durante e depois do treino? 
Depende! Quanto tempo antes? Imediatamente antes? Imediatamente depois? Quanto tempo vai durar 
o treino? Que horas o treino vai ser realizado. O que se tem que ter em mente são as funções primordiais 
dos macros: carboidratos (energia de mais fácil acesso) e lipídeos (energia de acesso mais demorado) e 
proteína (construção). 
 
13. O que é necessário para se calcular e montar um cardápio ideal? Discorra sobre isso tanto no 
caso de emagrecimento quanto de ganho de massa magra. 
Mais uma vez, depende! Para ganho de massa magra é importante oferecer ao organismo combustível 
suficiente para que a proteína seja bem aproveitada e não tenha sua função (construtora) desviada. 
Para emagrecimento, é interessante reduzir o teor de calorias de acordo com seu gasto calórico. 
Resposta pode ser baseada com a resposta da questão 8. 
 
14. Como nosso corpo regula a temperatura no frio e no calor e qual a região do cérebro responsável 
por essas respostas ao ambiente? 
No frio, a termorregulação ocorre devido a ajustes vasculares (vasoconstrição), a própria pele, músculo 
e gordura corporal funcionam como isolantes na manutenção da temperatura, na atividade muscular 
onde calafrios geram calor metabólico, com a produção hormonal de adrenalina e noradrenalina que 
elevam a produção de calor. No calor, a termorregulação ocorre devido a ajustes vasculares 
(vasodilatação), a radiação (troca global de energia térmica sem contato molecular), condução 
(transferência direta por contato com líquido, sólido ou gás), convecção (permuta de ar ou líquido 
adjacente já aquecido), evaporação (água por glândulas sudoríparas). A região do cérebro responsável 
por essas respostas ao ambiente é o hipotálamo, uma vez que recebe das terminações nervosas 
localizadas na epiderme informações para que acorra ajustes fisiológicos de controle da temperatura. 
 
15. Infelizmente, no esporte, existem muitos casos de transtornos alimentares (TA). Faça um 
resumo sobre os mais frequentes nos atletas: anorexia nervosa, bulimia nervosa, ortorexia e 
vigorexia. Quais motivos que você acha que pode levar a um TA? O nutricionista pode 
diagnosticar o transtorno? 
A dismorfia corporal, a pressão de ser ter um corpo perfeito preconizado pela sociedade, a pressão dos 
treinadores e familiares, grandes restrições alimentares, disciplina desportiva, lesões... 
Anorexia nervosa: perda de peso corporal grave (85% do normal). Acomete mais as mulheres. 
Bulimia nervosa: episódios recorrentes de compulsões periódicas seguido de sentimento de culpa e 
comportamento compensatório como provocar vômitos e diarreias. Acomete mais as mulheres. 
Ortorexia: comportamento obsessivo patológico caracterizado pela fixação por saúde alimentar. 
Acomete mulheres e homens. 
Vigorexia: transtorno dismórfico corporal caracterizado pela insatisfação constante com o próprio corpo, 
devido a busca de corpos perfeitos e fortes. Acomete mais os homens. 
Não, nem o nutricionista e nem o educador físico podem diagnosticar o transtorno, mas sim observar 
sinais e sintomas do paciente e, se for necessário, encaminhar para o tratamento com o profissional da 
área como psicólogos e psiquiatras. 
 
 
16. O que são consideradosrecursos ergogênicos? 
É aplicação de um procedimento ou recurso que pode ser nutricional, físico, psicológico ou farmacológico 
capaz de aprimorar a capacidade de trabalho físico ou desempenho atlético. A utilização desses recursos 
visa o sucesso esportivo, a potencialização da performance atlética e atenuar os mecanismos geradores 
de fadiga de seus atletas de alto nível. 
 
17. Em relação à suplementação, vamos pensar sobre algumas situações abaixo e responder 
algumas perguntas: 
- Situação 1: Atleta de levantamento de peso olímpico. 
- Situação 2: Atleta de maratona. 
- Situação 3: Indivíduo fisicamente ativo. 
a) De acordo com as particularidades de cada situação, é necessário a utilização de 
suplementação? Sim? Não? Justifique sua resposta. 
Não necessariamente. Segundo a Sociedade de Medicina do Esporte, apenas atletas que restringem 
a ingestão energética, usam práticas de perda de peso drásticas, eliminam um ou mais grupos de 
alimentos de sua dieta ou consomem dietas com alta proporção de carboidratos e baixas densidades 
de nutrientes podem necessitar de alguma suplementação dietética. 
 
b) Se você optar por trabalhar com suplementação, quais você utilizaria em cada situação 
dessas. E pq? 
Agora quero ver de vcs! É pra pensar mesmo! 
 
c) Qual o objetivo de se suplementar carboidratos? E lipídeos? E proteínas? 
Carboidratos conferem energia de forma primordial ao organismo e é armazenado em forma de 
glicogênio muscular e hepático. Auxilia na manutenção da glicemia, evita fadiga, preserva proteína. 
Lipídeos conferem energia e é armazenado na forma de triacilglicerídeos no adipócito, também 
participa de estruturas (membrana, bainha de mielina...), confere saciedade. 
Proteínas são construtoras, participam de estruturas e componentes corporais, funcionais, energia.