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Como elaborar um fichamento 
 
Sandra Mattos 
 
O sistema de fichamento foi criado pelo Abade Rozier na Academia Francesa de 
Ciências, no século XVII. 
 
 
 
O que é um fichamento? 
 
 Fichamento é um recurso acadêmico que tem como função registrar um texto 
nas partes relevantes. Serve para situar o pesquisador a respeito do tema que trata o 
texto original. Portanto, ele é uma prática de redigir que ajuda na organização dos 
estudos cotidianos e também, na elaboração de pesquisas acadêmicas. 
 Segundo Marconi & Lakatos (2003, p.48) o fichamento permite a ordenação do 
assunto estudado, possibilitando “uma seleção constante da documentação e de seu 
ordenamento”, facilitando o desenvolvimento das atividades acadêmicas. 
 
 Para Severino (2000) o fichamento se constitui por fichas a respeito de uma 
temática e baseiam-se em determinada área de saber. O fichamento é muito importante 
para o desenvolvimento e construção dos trabalhos científicos. 
 
Por que fazer um fichamento? 
 
 O fichamento é uma forma de conhecer determinado assunto ou tema. Ele 
contém partes relevantes, permitindo ao pesquisador, em consultas posteriores, registrar 
em um trabalho aquilo que lhe interessa do tema proposto. Permite ainda, ao aluno, 
assimilar o conteúdo de determinada disciplina ou área de estudo. 
 
Como fazer um fichamento? 
 
1) Leia o texto integralmente, ou seja, faça uma leitura panorâmica do texto; 
2) Leia o texto novamente e vá grifando, ou seja, sublinhando o que considere 
importante ressaltar do texto e vá fazendo anotações que permitam entender 
o que o autor disse a cada parágrafo; 
3) Faça o fichamento colhendo o que foi feito anteriormente; 
4) Leia seu fichamento e veja se entendeu o tema e as ideias do texto original. 
Se ficou claro, o fichamento está pronto. Se não ficou claro, refaça algumas 
etapas ou tente perceber onde houve falhas. 
 
Partes relevantes de um fichamento: 
 
1) Indicação bibliográfica (Feita de acordo com a ABNT 6023) – Fonte 
bibliográfica do texto; 
2) Resumo – síntese do texto com suas palavras e 
3) Citação – transcrições significativas do texto. 
 
Existem diferentes tipos de fichamento: 
 
Qualquer fichamento precisa seguir as orientações das normas técnicas 
brasileiras, ABNT, que auxiliam no desenvolvimento de trabalhos científicos. 
Assim, as transcrições ou citações devem seguir as orientações da ABNT 
10520/2002 e a referência bibliográfica do texto deve seguir as orientações da 
ABNT 6023/2002. 
 
a) Fichamento textual ou de Citações: deve percorrer as ideias 
principais do texto original, captando sua estrutura, argumentação 
e justificativas. É uma maneira de fazer um “raio X” do texto. 
Neste tipo de fichamento deve-se colocar um esquema ou quadro 
sinótico, fazendo a síntese do texto. 
Exemplo de fichamento de Citações: 
 
 
 
b) Fichamento temático ou de Esboço: deve reunir as ideias 
relevantes do assunto ou da área de estudo. Precisa ser 
desenvolvido em tópicos com subtítulos. Neste fichamento 
constam transcrições, ou seja, citação literal de partes do texto 
original. Segundo Marconi & Lakatos (2003, p.59) apresenta as 
seguintes características: a) é uma ficha “mais extensa”, apesar de 
requerer síntese do leitor; b) é “mais detalhada” e c) “exige 
indicação das páginas”. 
 
 
Exemplo de fichamento de Esboço: 
 
 
 
c) Fichamento Bibliográfico: é o incremento de uma resenha ou 
comentário desenvolvendo o ideia do autor sobre o texto. Pode ser 
de partes de um texto, ou seja, pode ser capítulo de livro ou 
artigos. Portanto, é a descrição de tópicos abordados pelo autor da 
obra com comentários do leitor. Segundo Salvador (apud 
MARCONI & LAKATOS, 2003, p.56-57) o fichamento 
bibliográfico pode referir-se a: 
a) o campo do saber que é abordado; b) os problemas significativos tratados; 
c) as conclusões alcançadas; d) as contribuições especiais em relação ao 
assunto do trabalho; e) as fontes dos dados, que podem ser: documentos; 
literatura existente; estatísticas (documentação indireta de fontes primárias ou 
secundárias; documentação direta, com os dados colhidos pelo autor); 
observação; entrevista; questionário; formulário etc.; f) os métodos de 
abordagem e de procedimento utilizados pelo autor: g) a modalidade 
empregada pelo autor: Geral, Específica, Intensiva, Extensiva (exaustiva), 
Técnica, Não Técnica, Descritiva, Analítica etc.; h) a utilização de recursos 
ilustrativos, tais como: tabelas, quadros, gráficos, mapas, desenhos etc. 
 
Segundo este autor para este tipo de fichamento é recomendado 
“ser breve, utilizar verbos ativos e evitar repetições 
desnecessárias” (apud MARCONI & LAKATOS, 2003, p.57). 
 
 
Exemplo de fichamento bibliográfico: 
 
 
 
d) Fichamento de Conteúdo ou Resumo: é a síntese das principais 
ideias de uma obra com a interpretação do leitor, ou seja, acontece 
a leitura do texto para posterior escrita das ideias principais do 
texto. De acordo com Marconi & Lakatos (2003, p58-59) este 
fichamento tem como características não ser “um sumário ou 
índice das partes componentes da obra”; não ser “transcrição” 
literal do texto, não ser “longo” e não obedecer “estritamente à 
estruturação da obra”. 
 
 
 
 
 
Exemplo de fichamento de Resumo: 
 
 
 
e) Fichamento de Comentário Crítico ou Analítico: é a realização 
da leitura do texto original e posterior escrita de um novo texto 
desenvolvido pelo leitor. Neste novo texto o leitor coloca seu 
entendimento e análise crítica a respeito do tema ou assunto da 
obra original. Para Marconi & Lakatos (2003, p.59) pode 
apresentar: 
comentário sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho, no que 
se refere aos aspectos metodológicos; b) análise crítica do conteúdo, tomando 
como referencial a própria obra; c) interpretação de um texto obscuro para 
tomá-lo mais claro; d) comparação da obra com outros trabalhos sobre o 
mesmo tema; e e) explicitação da importância da obra para o estudo em 
pauta. 
 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo de fichamento de Comentário: 
 
 
Tipos de transcrição: 
 
a) Transcrição ou citação, ou seja, é cópia fiel do texto e por isso deve estar entre 
aspas. 
Ex: Segundo Pellisson (2011, p. 305) “o ato de ensinar exige do professor que, em 
primeiro lugar, goste dessa prática. O aluno envolve-se quando percebe, no 
professor, laços afetivos que este possui com seu objeto de trabalho.” 
Este tipo de fichamento pode ser de três formas diferentes: 
 
a.1) Transcrição sem cortes, ou seja, cópia fiel do original sem cortes, um 
parágrafo inteiro. 
Ex: Segundo Vieira (2009, p.37) “para Dubar (2005) cada configuração identitária é 
resultante de uma dupla transação: uma entre o indivíduo e as instituições (transação 
objetiva) e outra entre o indivíduo em confronto com uma mudança e o seu passado 
(transação subjetiva)”. 
 
a.2) Transcrição com cortes intermediário de algumas palavras ou partes do 
textos. Nesta transcrição utiliza-se [...] para indicar omissão. 
Ex; Segundo Wallon (1975/1952, p.205) “[...] a humanidade é feita de grupos [...]” 
 
 
a.3) Transcrição com cortes de parágrafo inteiro. Utiliza-se – ou [...]. 
Ex: Desse modo, para Wallon (1975/1952, p.202) [...]. O ser vivo adapta-se a um 
certo meio segundo as suas próprias necessidades e segundo os meios à sua 
disposição de as satisfazer”. 
 
Ficha: 
 
 
A ficha deve ser organizada da seguinte maneira: 
 
1) Escrever o assunto geral do texto, ou seja, do que trata aquele texto. Desse 
modo, é muito mais fácil achar o assunto que se quer. 
Ex: Assunto geral do texto: Fração 
2) Escrever o assunto específico, quando for o caso. 
Ex: Fração de números inteiros 
3) Escrever a referência bibliográfica, ou seja, o autor, o título, local da 
edição, editora, número de páginas. 
Ex1: CARRAHER, T. N.; CARRAHER, D. & SCHLEIMANN, A. (2011). Na 
vida dez, na escola zero. 16 ed. SP: Cortez, 2011.Ex2: FIORENTINI, D. (1995). Alguns modos de ver e conceber o ensino da 
matemática no Brasil. Zetetiké. ano 3. n 4, 1995. p. 1-37. Disponível em 
http://www.fe.unicamp.br/zetetike/viewissue.php?id=20&locale=fr&locale=pt. 
Acesso em 27/12/2012 às 17:30. 
4) Corpo do fichamento, ou seja, escrever o que você entendeu do texto e 
colocar as principais citações que vão permitir saber sobre o que o texto 
trata. 
5) Local, ou seja, onde se localiza o texto. Pode ser em um site, em uma 
biblioteca, em um livro, em um artigo de revista impressa ou online. 
 
Para Marconi & Lakatos (2003, p.51) as fichas compreendem três partes 
principais: “cabeçalho, referência bibliográfica e corpo ou texto”. Existem algumas 
partes que são consideradas opcionais, como: onde se encontra a obra e quem deverá ler 
o fichamento. Entretanto, recomenda-se que o local seja colocado ao final da ficha, pois 
facilita o retorno ao texto, quando for preciso. 
 
Composição das fichas de acordo com Marconi & Lakatos (2003): 
1) Cabeçalho: escrito nas duas primeiras linhas da ficha, compreendendo o título 
genérico ou geral, o título específico, número de classificação da ficha e letra da 
ficha, caso haja mais de uma ficha para desenvolvimento do fichamento. 
2) Referência bibliográfica: procede-se a importação da ficha catalográfica da 
obra, se for um livro. Em outras obras, pode-se procurar na folha de rosto, 
lombada ou nos sites pesquisados. 
3) Corpo ou texto: é a parte escrita a respeito da obra do autor. Varia conforme o 
tipo de fichamento. 
4) Indicação da obra: a ficha pode ser utilizada por outras pessoas além do leitor e 
produtor da mesma, por isso, é desejável indicar a quem se destina o fichamento. 
5) Local: a indicação do local em que se acha disponível a obra é necessário para 
que permita retorno a mesma, caso seja necessário. 
 
Referências bibliográficas: 
MARCONI, M.A. & LAKATOS, E.M. Fundamentos da metodologia científica. 5 ed. 
SP: Atlas, 2003. 
 
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. SP: Cortez, 2000. 
 
Imagem Rozier. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Rozier. 
http://www.fe.unicamp.br/zetetike/viewissue.php?id=20&locale=fr&locale=pt

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