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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ CAMPUS TERESINA CENTRAL CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE TERESINA, PIAUÍ Discente: Cibele Gomes Moura Docente: Ageu da Silva Monteiro Freire TERESINA/PI, JUNHO DE 2022 APRESENTAÇÃO O presente relatório é dividido em duas partes, sendo a primeira que descreve uma visita técnica a Estação de Tratamento de Água (ETA), na zona sul da cidade de Teresina, Piauí. A visita em questão foi realizada no dia 02 de junho de 2022. A segunda parte se deve a uma pesquisa sobre o funcionamento de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde a ETE usada como exemplo encontra-se também no município de Teresina. É importante caracterizar cada uma das etapas que são realizadas em ambas estações de tratamento, sendo todas elas de suma importância tanto para o saneamento ambiental em si quanto para os conhecimentos e futuros estudos na área em questão. Este relatório está dividido em introdução, metodologia, resultado e referências, que foi estruturado para obter maior compreensão do trabalho realizado em campo e da pesquisa, assim como o entendimento dos objetivos do estudo realizado. Sumário 1. INTRODUÇÃO 4 2. METODOLOGIA 4 3. RESULTADOS 5 3.1 Estação de tratamento de água ETA - Teresina 5 I. Captação da água 5 II. Adução 5 III. Desarenação 6 IV. Casa de Química 6 V. Tanques de coagulantes 7 VI. Análise de substância 8 VII. Calha Parshall 8 VIII. Distribuição do coagulador 9 IX. Floculação 9 X. Decantação 10 XI. Filtração 10 XII. Tanque de contato 11 3.2 Estação de Tratamento de Esgoto ETE - Teresina 11 I. Gradeamento 11 II. Desarenador 12 III. Tratamento biológico e decantação primária 12 IV. Decantação Primária 13 V. Peneira Rotativa 13 VI. Adensamento do Lodo 13 VII. Digestão Anaeróbica 13 VIII. Tanque de Aeração 14 IX. Condicionamento Químico do Lodo 14 X. Filtro Prensa de Placas 14 XI. Secador Térmico 14 XII. O destino do lodo 14 4. REFERÊNCIAS 15 1. INTRODUÇÃO Piauí, estado localizado no nordeste do Brasil, é dividido em 224 municípios com uma população de 3289290 habitantes em uma área de 251577,738 km². Sendo composto por 4 mesorregiões e 15 microrregiões. Conta com um relevo moderado e a regularidade da topografia é superior a 53% inferiores aos 300m. Seus rios mais importantes são Parnaíba, Poti, Canindé, Piauí e São Nicolau, e todos eles pertencem à bacia do rio Parnaíba. O estado também conta com um clima tropical e semiárido. O trabalho foi realizado na cidade e capital Teresina, que conta com duas Estações de Tratamento de Água: ETA Sul e ETA Norte, que captam água do Rio Parnaíba. Rio esse que banha 22 municípios do Maranhão e 20 do Piauí, o regime do Parnaíba é pluvial, como quase todos os rios e bacias brasileiras. Paralelamente foi realizada uma pesquisa sobre Estações de Tratamento de Esgoto na cidade e capital Teresina, que conta com 5 estações de esgotamento sanitário. O objetivo do trabalho foi analisar e compreender o funcionamento de uma estação de tratamento de água e uma estação de tratamento de esgoto. Descrevendo o percurso que a “água bruta” captada do rio faz para se tornar própria para consumo e o percurso que “esgoto bruto” captados dos demais pontos de esgoto faz para se tornar água tratada. 2. METODOLOGIA O trabalho foi desenvolvido na disciplina de Saneamento Ambiental pelos alunos do curso técnico em Meio Ambiente, com a orientação do professor Ageu da Silva Monteiro Freire. Foi realizado uma visita para o sul da cidade de Teresina no dia 02 de junho de 2022, onde o percurso foi realizado em um ônibus do IFPI, com saída às 08:00 e chegada às 12:00 do mesmo dia. A visita por dentro das independências da Estação de Tratamento de Água de Teresina foi possível através do projeto PORTAS ABERTAS que permite o recebimento de visitas e a mesma foi guiada principalmente pelo supervisor do tratamento de água e produção “Noé” e pela profissional “Laiane” que atua na parte da responsabilidade social. De forma paralela foi realizada uma pesquisa individual em sites sobre Estações de Esgoto, onde a estação escolhida neste relatório para ser usada como exemplo foi a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Zona Leste de Teresina. 3. RESULTADOS 3.1 Estação de tratamento de água ETA - Teresina I. Captação da água Etapa de captação da água proveniente do rio Parnaíba, na ETA de Teresina, Piauí. A água do rio é “filtrada” por uma grande rede que separa a água bruta dos grandes resíduos, onde a água que passa é armazenada em um canal. Figuras 1 e 2. Registradas por Mariana Aragão. II. Adução Centrífugas operando com intuito de reduzir impurezas da água recém coletada por grandes tubulações. Figura 3. Registrada por Mariana Aragão. III. Desarenação Tanque de transporte da água bruta, onde a mesma passa também por um processo de decantação de quaisquer resíduos que permaneceram. Figura 4. Registrada por Mariana Aragão. IV. Casa de Química Área de produção de insumos que são adicionados na etapa final do tratamento da água, onde no tubo azul ocorre a mistura de sal e água para gerar cloro. Figura 5 e 6. Registradas por Mariana Aragão. Figura 7. Retirada do site. V. Tanques de coagulantes Tanques de coagulantes responsáveis por aglutinar partículas residuais. Figura 8 e 9. Registradas por Mariana Aragão. VI. Análise de substância Processo de coagulação conforme ocorre posteriormente na Calha Parshall, porém realizado em pequenos reservatórios para serem analisados minuciosamente. Após 2 minutos inicia-se o processo de floculação, e por fim é retirado as amostras para serem avaliadas em custo-benefício. Figura 10. Registrada por Mariana Aragão. VII. Calha Parshall Sistema de medição da água em Calha Parshall, utilizado por padrão na medição de vazão em canais abertos de líquidos fluindo por gravidade. Figura 11. Registrada por Mariana Aragão. VIII. Distribuição do coagulador Na etapa de distribuição do coagulador (ainda na Calha Parshall) na água bruta proveniente do tanque de transporte, a mesma precisa estar em constante movimento durante este processo para que o coagulador possa ser distribuído de maneira homogênea. Figura 12. Registrada por Mariana Aragão. IX. Floculação Na etapa de floculação, partículas de resíduos são coagulados e podem ser facilmente vistos a olho nu. Figura 13. Registrada por Mariana Aragão. X. Decantação Na etapa de decantação as partículas coaguladas são decantadas, separando a água “limpa” das partículas residuais. Nesta etapa a água encontra-se 80% pura. Figura 14 e 15. Registradas por Mariana Aragão. XI. Filtração Na etapa de filtração, a água passa por estruturas denominadas “lanelas”, que lembram pedaços de pano, nelas são retidas as particulas coaguladas, restando somente a água filtrada. Nesta etapa a água encontra-se 90% pura. Figura 16 e 17. Registradas por Mariana Aragão. XII. Tanque de contato É onde a água já filtrada vai ser designada aos tanques e passa por um processo especializado de filtração, onde a água é agitada junto ao carvão ativado e outros minerais, ocorrendo a desinfecção final. Nesta etapa a água encontra-se 95% pura. Figura 18 e 19. Registradas por Mariana Aragão. 3.2 Estação de Tratamento de Esgoto ETE - Teresina I. Gradeamento A primeira etapa do procedimento é a “filtração” de materiais mais grosseiros, como o lixo, em um filtro formado por grades. Essa primeira filtragem ajuda a deixar o líquido livre dos resíduos sólidos que foram descartados incorretamente na rede de esgoto. Figura 2. Retirada do site autossustentável. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental – DEHA/UFC. II. Desarenador Em seguida, o esgoto segue para a caixa de areia, onde é realizada a remoção de todos os detritos sólidos presentes nele e que possam ter escapado ao processo anterior, mediante sedimentação. A areia, pedrinhas, cascalhos e outros elementos vão para o fundo do tanque e o líquido que permanece na superfície é encaminhado para a próxima etapa.Figura 3. Retirada do site autossustentável. Registrada por SOUZA, Weverton Gesiel de (2012). III. Tratamento biológico e decantação primária Já sem sólidos visíveis, o esgoto é levado para o tratamento biológico no tanque de aeração onde ele é exposto à ação de seres microscópicos, que promovem reações bioquímicas e condensam em flocos de lodo a matéria orgânica que até então estava dissolvida no efluente. Figura 4. Retirada do site autossustentável. Registrada por ALEH Saneamento e Arquitetura. IV. Decantação Primária O líquido também é submetido a um processo de decantação. O lodo formado vai para o fundo do tanque, separando-se da parte líquida, que já está livre de impurezas. Essa matéria torna-se um subproduto do chamado biosólido, que pode ser usado na agricultura. V. Peneira Rotativa O lodo formado por decantação é submetido a um processo de centrifugação que separa a parte sólida da mistura em uma espécie de peneira que serve como uma nova fase de filtragem e separação. Assim, o líquido pode ser armazenado em tanques. Figura 5. Retirada do site autossustentável. Registrada por EnvironQuip. VI. Adensamento do Lodo Nesta etapa o lodo é filtrado, reduzindo o volume de água, para que seja retirada mais uma parte da matéria sólida, que é submetida a outros processos de filtragem. VII. Digestão Anaeróbica O objetivo dessa etapa é estabilizar a mistura através de processos químicos no lodo remanescente, neutralizando bactérias e gases nocivos. Após essa etapa o esgoto já está sem sólidos visíveis e pode seguir para o tanque de aeração. VIII. Tanque de Aeração Nesse tanque um processo bioquímico onde os resíduos orgânicos são transformados em gás carbônico, condensando a matéria orgânica que estava dissolvida no esgoto em flocos de lodo. Figura 6. Retirada do site autossustentável. Registrada por SESAMM – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim. IX. Condicionamento Químico do Lodo O lodo passa então por um processo de coagulação e desidratação, filtrando o lodo e retirando as partes sólidas do composto. X. Filtro Prensa de Placas Novamente o lodo é filtrado por um processo de compressão mecânica, onde placas prensadas fazem todo o restante do líquido ser eliminado. XI. Secador Térmico Nesta última etapa o lodo restante é exposto a altas temperaturas, evaporando, desta forma, qualquer líquido ainda presente no material. XII. O destino do lodo Esse lodo gerado nas ETE’s deve ser encaminhado para aterros sanitários, onde serão armazenados de forma adequada. A água resultante do processo de tratamento de esgoto pode passar por uma nova etapa de tratamento para que seja convertida em água de reuso. 4. REFERÊNCIAS WIKIPÉDIA. Características do estado Piauí. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Piauí. Acessado em 05 de junho de 2022. ÁGUAS DE TERESINA. Estações de tratamento em Teresina. Disponível em: https://www.aguasdeteresina.com.br/agua/#:~:text=Teresina%20conta%20com%20duas%20Estações,Parnaíba%2C%20maior%20rio%20genuinamente%20nordestino. Acessado em 05 de junho de 2022. ÁGUAS DE TERESINA. Etapas do processo de tratamento e imagens. Disponível em: https://www.aguasdeteresina.com.br/agua/. Acessado em 05 de junho de 2022. WIKIPÉDIA. Características do Rio Parnaíba. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Parnaíba. Acessado em 05 de junho de 2022. SANEAMENTO EM PAUTA. Etapas do tratamento de esgoto. Disponível em: https://blog.brkambiental.com.br/etapas-tratamento-de-esgoto/. Acessado em 06 de junho de 2022. AUTOSSUSTENTÁVEL. Como o esgoto é tratado e imagens. Disponível em: https://autossustentavel.com/2020/08/como-o-esgoto-e-tratado-conheca-como-funciona-uma-ete.html. Acessado em 06 de junho de 2022.
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