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@medcomtais CARACTERISTICAS GERAIS ➢ Protozoário flagelado; ➢ Dois hospedeiros obrigatórios. ➢ Heteroxênico; ➢ Vetor: lúmen do trato digestivo. ➢ Hospedeiro vertebrado: células do sistema mononuclear fagocitário, principalmente macrófagos. FORMAS Amastigota: Promastigota: A espécie infectante é importante para o fenótipo da patologia desenvolvida em indivíduos imunocompetentes A expressão diferencial ou presença/ausência de genes provavelmente causa as diferenças nas patologias observadas. CICLO EVOLUTIVO Mosquito se infecta ao picar humanos ou animais infectados (cães). 1. Formas promastigotas metacíclicas regurgitadas por mosquitos são introduzidas na derme, onde são fagocitados pelos macrófagos. 2. Promastigotas dentro do fagolisossomo se transformam em amastigotas, que se multiplicam no macrófago. A célula hospedeira é rompida liberando amastigotas que são fagocitados por outros macrófagos. 3. Macrófagos infectados são ingeridos por Lutzomiya 4. Após ingestão, amastigotas se transformam em promastigotas e se multiplicam dentro de uma membrana formada pelo vetor. @medcomtais 5. Promastigotas se desenvolvem para paramastigotas que aderem em pontos diferentes no trato digestivo. 6. Após 3-5 dias, promastigotas metacíclicos migram ativamente para partes anteriores do tubo digestivo (probóscide). Somente promastigotas metacíclicos são infecciosos para os hospedeiro vertebrado! Porque uma célula profissional do sistema fagocitário não consegue eliminar um parasita dentro do fagossomo? 1. A sinalização para ativação do macrófago está impedido por ação de LPG: Tradução de sinais, mobilização de cálcio, ativação de Proteína cinase C. 2. Indução de resposta disfuncional: a. Falha na apresentação por MHC após estimulação com IFN γ b. Fosfoglicanos bloqueiam produção de IL-12 c. Inibição da produção de radicais livres oxigênio. Os diferentes tipos de Leishmaniose na clínica 1) Visceral ou Calazar Agente: L. donovani, L. infantum. No Brasil: L. chagasi Enfermidade aguda e crônica Caracterizada por: • febre irregular e de longa duração • hepatoesplenomegalia • linfoadenopatia • Anemia com leucopenia • Hipergamaglobulinemia • Emagrecimento • Edema • Caquexia e morte se não for tratado, dentro de 2 anos Formas clínicas calazar: assintomática, oligossintomática, aguda e crônica. 2) Forma Tegumentar a) Cutânea: • Infecção confinada na derme, com epiderme ulcerada; • Europa e Ásia: L. tropica, L. major e L. aethiopica • No Brasil: L. braziliensis, L. guyanensis, L. chagasi, L. lainsoni • Leishmaniose cutânea (“oriental sore”, “botão do oriente”, “úlcera de Bauru” b) Muco-cutânea: Infecção na derme (úlceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem; No Brasil: L. braziliensis e outras spp. c) Cutânea difusa: • Infecção confinada na derme, formando nódulos não ulcerados. • Disseminação por todo o corpo; • Associado à deficiência imunológica do paciente; • No Brasil: L. pifanoi, L. amazonenses. Responsável pela patologia é o estado imunológico do hospedeiro predominância de resposta celular (Th1) leva à imunidade e cura, resposta humoral (Th2) leva às formas crônicas. Quais são os motivos para tanta diversidade da patologia da infecção? • Depende do tipo de resposta induzida (via Th1 ou Th2); • Fatores de virulência do parasita; • Predisposição individual? Diagnóstico Leishmaniose Tegumentar Clínico: Caraterísticas da lesão e dados epidemiológicos; @medcomtais Laboratorial: ➢ Exame direto de esfregaços corados a partir de aspirados ou biópsias; ➢ Exame histológico ➢ Cultura ➢ PCR. Importante para exclusão de tuberculose cutânea, hanseníase, infecções por fungos, úlcera tropical, etc. Testes Imunológicos ❖ Teste de Montenegro (teste da resposta contra formas promastigostas mortas do parasita, resposta celular); ❖ Testes sorológicos (detecção de anticorpos) Imunofluorescência indireta Hemaglutinação indireta Diagnóstico Leishmaniose Visceral - Calazar Clínico: sintomas ➢ Febre baixa recorrente, envolvimento linfohepático, esplenomegalia, caquexia, dados epidemiológicos. Laboratorial: 1. Exames Parasitológicos a) Demonstração direta do parasita em esfregaços corados de material obtido por punção de medula óssea, fígado ou baço ou biópsia; b) Cultivo ou inoculação em animais. 2.Testes Imunológicos a) Teste de Montenegro b) Testes serológicos - Reatividade cruzada com Chagas e tuberculose c) Detecção do antigeno rK39 na urina 3. Análise do DNA de material recolhido PCR: possibilita discriminação de espécies Medidas de Prevenção Identificação de focos de Leishmania (animais infectados em proximidade a domicílios: silvestres e domésticos: erradicação; Imunização em massa de cães (Leishvaccin) Uso de repelentes, telas de proteção, borrifação frequente de ambientes; Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com alta incidência de flebotomíneos;
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