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INOVACAO TECNOLOGICA

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COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA - IPEMIG 
 
Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 03 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ......... 05 
Reflexões sobre novas TICs e educação ........................................................ 07 
Internet/Intranet.................................................................................................... 09 
O computador e a Inteligência Artificial (IA) ..................................................... 13 
Sistemas Tutores Inteligentes ........................................................................... 14 
TICs, os hipertextos e introdução ao e-learning .............................................. 18 
E-learning .......................................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA .................................................................. 32 
Questionário .................................................................................................... 39 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, 
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos 
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou 
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e 
provado pelos pesquisadores. 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos 
colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada 
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e 
melhorar nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês 
são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: 
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é 
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação 
dos nossos/ seus alunos. 
Concordamos com Moura (2007) ao inferir que as novas Tecnologias de 
Informação e Comunicação têm ocupado cada vez mais lugar nas organizações, na 
sociedade e na vida das pessoas, seja por meio de fontes de trabalho, apoio, 
educação ou entretenimento. Se, por um lado, fica quase impossível perceber o 
mundo atual sem a presença das TICs, por outro lado, reconhecemos e sentimos 
que este relacionamento precisa ser tratado com muita atenção, visto que é um dos 
principais fatores de sucesso e da adoção desta tecnologia. 
Aqui podemos brevemente introduzir a questão da exclusão social e digital 
que atinge a maioria das pessoas, a qual inspira atitudes, principalmente por parte 
dos governos, uma vez que, observaremos ao longo da apostila, nosso país ainda 
está longe de satisfazer à necessidade de todos. 
Esta apostila trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que 
entendemos serem os mais importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de 
redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ter base na academia. 
4 
 
 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final 
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar 
dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - 
NTICs 
Numa breve síntese do que apresentamos e discutimos até o momento, 
podemos inferir que educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, 
mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial 
e/ou temporalmente. Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, eles 
podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telepáticas, 
como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o 
vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. 
Na expressão “ensino a distância” a ênfase é dada ao papel do professor 
(como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra “educação”, que é mais 
abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. 
Hoje, temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte 
virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). 
 A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, nos quais 
professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de 
aula. É o ensino convencional. 
 A semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a 
distância, através de tecnologias. 
 A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece 
fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no 
espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de 
comunicação. 
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se 
dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em 
5 
 
 
serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a 
com novas informações e relações (MORAN, 2002). 
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino 
regular. No Ensino Fundamental, Médio, Superior e na Pós-graduação. É mais 
adequada para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm 
experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece 
no ensino de pós-graduação e também no de graduação. 
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só 
oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a 
Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que 
oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo 
atual predominante no Brasil (MORAN, 2002). 
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a 
distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação 
e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo. 
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que 
conectam pessoas que estão distantes em termos presenciais) - como a Internet, 
telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade - o conceito de 
presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos 
compartilhando determinadas aulas, um professor de fora “entrando”, com sua 
imagem e voz, na aula de outro professor e assim por diante. Haverá, deste modo, 
um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com 
seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, 
muitas vezes a distância. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
Reflexões sobre NTICs e educação 
 
Segundo Belloni (2002), pedagogia e tecnologia (entendidas como 
processos sociais) sempre andaram de mãos dadas: o processo de socialização das 
novas gerações inclui necessária e logicamente a preparação dos jovens indivíduos 
para o uso dos meios técnicos disponíveis na sociedade, seja o arado, seja o 
computador. O que diferencia uma sociedade de outra e diferentes momentos 
históricos são as finalidades, as formas e as instituições sociais envolvidas nessa 
preparação, que a sociologia chama “processo de socialização”. 
Neste início do século XXI, quando o futuro já chegou, observamos novos 
modos de socialização e mediações inéditas, decorrentes de artefatos técnicos 
extremamente sofisticados (como, por exemplo, a realidade virtual) que subvertem 
radicalmente as formas e as instituições de socialização estabelecidas: as crianças 
aprendem sozinhas (“autodidaxia”), lidando com máquinas “inteligentes” e 
“interativas”, conteúdos, formas e normas que a instituição escolar,despreparada, 
mal equipada e desprestigiada, nem sempre aprova e raramente desenvolve. 
Do ponto de vista da sociologia, não há mais como contestar que as 
diferentes mídias eletrônicas assumem um papel cada vez mais importante no 
processo de socialização, ao passo que a escola (principalmente a pública) não 
consegue atender minimamente a demandas cada vez maiores e mais exigentes e a 
“academia” entrincheira-se em concepções idealistas, negligenciando os recursos 
técnicos, considerados como meramente instrumentais. 
No setor privado, as escolas respondem “naturalmente” aos apelos 
sedutores do mercado e se entregam de corpo e alma à inovação tecnológica, sem 
muita reflexão crítica e bem pouca criatividade, formando não o usuário competente 
e criativo, como seria desejável, mas o consumidor deslumbrado (BELLONI, 2002). 
Cabe lembrar o óbvio, como meio de sinalizar a perspectiva desta análise: 
as inovações educacionais decorrentes da utilização dos mais avançados recursos 
técnicos para a educação (o que inclui as Tecnologias de Informação e 
Comunicação, TIC, mas também as técnicas de planejamento inspiradas nas teorias 
de sistemas, por exemplo) constituem um fenômeno social que transcende o campo 
7 
 
 
da educação propriamente dita, para situar-se no nível mais geral do papel da 
ciência e da técnica nas sociedades industriais modernas. 
No capitalismo triunfante da segunda metade do século XX, o avanço 
tecnológico permitiu não apenas a expansão mundial do industrialismo como 
também a difusão planetária de uma cultura mínima ou básica, que serve de 
linguagem comum para a comunicação publicitária, difusora de um discurso 
tecnocrático que vende ilusões com argumentos científicos. 
A ciência e o desenvolvimento tecnológico, cujas relações ambíguas 
poderíamos classificar como incestuosas, adquirem em nossas sociedades 
contemporâneas um grau de autonomia muito importante, tornando-se as principais 
forças produtivas da atual fase do capitalismo (MARCUSE, 1968; LASCH, 1983; 
HABERMAS, 1973; BENAKOUCHE, 2000; BELLONI,1994 APUD BELLONI, 2002). 
Nos países subdesenvolvidos, porém industrializados e altamente 
urbanizados; pobres e atrasados cultural e politicamente, mas com bolsões 
tecnificados e globalizados; nesses países as contradições e as desigualdades 
sociais tendem a ser agravadas pelo avanço tecnológico. 
São aqueles países que, tendo sido compelidos a importar os piores 
malefícios do desenvolvimento (poluição, devastação ecológica, concentração 
urbana), não puderam exigir ao mesmo tempo os benefícios (o avanço social e 
político) e continuam sofrendo os problemas típicos de sua situação tradicional 
(estrutura agrária arcaica, política oligárquica, desemprego estrutural, ignorância, 
exclusão e miséria), agravados de modo inédito na história pela eficácia tecnológica. 
As transformações na estrutura produtiva das sociedades capitalistas 
contemporâneas1 impulsionadas pelo avanço técnico, especialmente em informática 
e telecomunicações, criaram novos contextos culturais (“cibercultura”, “culturas 
híbridas” ou simplesmente “paisagem audiovisual”, sem esquecer a “internacional 
publicitária”), caracterizados por um hibridismo perverso e redutor, que alguns 
autores consideram como uma espécie de pós-modernidade “avant la lettre”, 
observável em alguns países da América Latina, especialmente o México 
 
1
 Estrutura que se convencionou descrever com base em conceitos como: “fordismo” e “pós-
fordismo”, “globalização” e “deslocalização”, “flexibilização” (ou precarização do trabalho), “estado 
mínimo”, entre outros. 
8 
 
 
(CANCLINI, 1998; YÚDICE, 1991; MATTELART, 1994; BELLONI, 1998 apud 
BELLONI, 2002). 
No contexto atual do capitalismo, sobretudo com o sucesso incontestável 
dos sistemas midiáticos de vocação mundial (televisão e internet), o campo 
educacional aparece como uma nova fatia de mercado extremamente promissora, 
na qual o avanço técnico em telecomunicações permite uma expansão globalizada e 
altas taxas de retorno para investimentos privados transnacionais. 
Evidentemente, o modelo neoliberal selvagem, aplicado aos países 
periféricos segundo receitas das agências internacionais, só vem favorecer a 
expansão de iniciativas mercadológicas de larga escala, colocando nos mercados 
periféricos, a exemplo do que ocorre há muito no campo da comunicação, produtos 
educacionais de baixa qualidade a preços nem tão baixos. É aí que se abre o 
mercado da educação a distância, no qual o uso intensivo das TIC se combina com 
as técnicas de gestão e marketing, gerando formas inéditas de ensino que podem 
até resultar, às vezes e com sorte, em efetiva aprendizagem. 
Neste quadro de dificuldades para os países periféricos como o Brasil, as 
possibilidades de mudança, no sentido da democratização do acesso aos meios 
técnicos disponíveis na sociedade e da diminuição das desigualdades sociais, 
situam-se no nível das escolhas políticas da sociedade, ou seja, da capacidade de a 
escola e os cidadãos acreditarem – e agirem consequentemente – em uma 
concepção dos processos de educação e comunicação como meios de 
emancipação e não apenas de dominação e exclusão (BELLONI, 1995). 
Acreditar que o usuário tem grande margem de escolha e de autonomia ante 
as tecnologias de informação e comunicação, como faz o discurso tecnocrático 
neoliberal do pós-fordismo, faz mais sentido como uma proposta de ação 
pedagógica do que como uma análise da realidade. 
Buscar enfocar as possibilidades de autonomia do cidadão consumidor é 
válido numa perspectiva de mudança, de educação para o exercício dessa 
autonomia. 
Essas possibilidades, porém, não são oferecidas pelas novas 
potencialidades técnicas, que a sociotécnica tende a enfatizar, mas situam-se na 
capacidade política de os grupos sociais se organizarem em projetos educativos de 
9 
 
 
mudança, de modo a assegurar que os sistemas educacionais de todos os níveis e 
modalidades sejam capazes de oferecer oportunidades de acesso a estas 
tecnologias, a todas as crianças e jovens. Não é a natureza mais suave e mais 
amigável das máquinas que permitirá a apropriação criativa dessas tecnologias, 
muito antes pelo contrário, estas características técnicas aumentam seu poder de 
sedução ante o usuário desprevenido (BELLONI, 2002). 
Internet - Intranet 
A evolução tecnológica e as novas tecnologias na informação trouxeram às 
pessoas, e às instituições uma verdadeira revolução nas formas de pensar, de 
interagir e de viver. 
 O desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) 
influenciou as mais diversas áreas do conhecimento. Em função do grande fluxo de 
informação que passou a circular e a democratização do seu acesso, os dias atuais 
ficaram conhecidos como a “Era da Informação”, termo que o pesquisador espanhol, 
Manuel Castells (1999), professor do Departamento de Sociologia da University of 
Califórnia, em Berkeley, Califórnia, Estados Unidos, utiliza em sua trilogia “A era da 
informação: economia, sociedade e cultura”, para se referir as novas configurações 
socioeconômicas e culturais do capitalismo mundial, nas quais se passa a ter uma 
sociedade globalizada, em rede, resultante dos avanços tecnológicos e das novas 
formas de comunicação e que tem a informação como um de seus elementos 
centrais. 
Desta forma, uma das áreas que sentiu fortemente esta mudança foi a 
educação, uma vez que o surgimento das TIC alterou não só os parâmetros da 
Educação Presencial, mais do que isso, deu a Educação a Distância (EAD) uma 
nova perspectiva de trabalho, ampliando o seu alcance e a sua efetividade enquanto 
modalidade de ensino, já que agora as barreiras de tempo e espaço não existem 
mais. 
A tecnologia da informação na concepção de O´Brein (2003), contempla um 
conjunto de software, hardware, telecomunicações, administração de banco de 
dados e outras tecnologiasde processamento de informações utilizadas em 
sistemas de informação computadorizados. 
10 
 
 
Mais difícil do que verificar os pontos negativos desta nova era é aceitar e 
acompanhar os avanços da tecnologia da informação às pessoas e às organizações. 
É possível observar que as formas de comunicação estão mudando, estão deixando 
de ser lentas e demoradas para se tornarem velozes e cada vez mais precisas. 
Sobre o conceito de tecnologia Ribault et. al. (1995) inferem que “uma 
tecnologia é um conjunto complexo de conhecimentos, de meios e de Know-how 
(saber fazer), organizado com vista a uma produção”, explicam também que uma 
tecnologia resolve um problema e sua criação é indispensável à fabricação de um 
produto, componente do produto ou para uma transformação no interior de um 
processo longo e complicado. 
Nesta concepção a Tecnologia é a soma de conhecimento científico, os 
meios (ter como fazer) e o Know How (saber fazer) que é a técnica de como fazer. É 
tudo aquilo útil à comunidade e aplicável. 
Já Dahab et al (1995) definem tecnologia como “o conjunto de 
conhecimentos práticos ou científicos, aplicados à obtenção, distribuição e 
comercialização de bens e serviços”. Nesta conceituação os autores procuram 
definir para a prática e aplicabilidade da tecnologia, já a abordagem feita por. Ribault 
et. al, é abrangente pois, abordam o conceito como tendo partes que se completam 
para formar o todo. 
Em Corrêa, Gianese e Caone. (2001), encontramos um conceito de 
competitividade para efeitos de discussão na linha de produção como sendo “Ser 
competitivo é ser capaz de superar a concorrência naqueles aspectos de 
desempenho que os nichos de mercado visados mais valorizam”, e abordam os 
aspectos como sendo: custo percebido pelo cliente; velocidade da entrega; 
confiabilidade de entrega; flexibilidade das saídas; qualidade dos produtos e 
serviços prestados ao cliente. 
A internet, conhecida como a maior implementação de redes de 
computadores interligadas em rede (Amor, 2000; Laudon e Laudon, 2001), é o 
conjunto (hardware e software) de TI que teve o maior crescimento e impacto social 
nos últimos anos. Sua velocidade de expansão impressiona: atingiu 50 milhões de 
usuários em cinco anos, enquanto outras tecnologias ou formas de comunicação 
levaram bem mais do que isso. A TV a cabo levou 10 anos para atingir 50 milhões 
11 
 
 
de usuários; o computador levou 11 anos; a televisão, 18 anos; o telefone, 16 anos; 
e o rádio, 38 anos. 
Esse crescimento da internet deve-se, em grande parte, ao surgimento da 
World Wide Web, também conhecida como www, w3 ou web. A web padronizou o 
armazenamento, recuperação e apresentação da informação, utilizando a tecnologia 
cliente/servidor (LAUDON; LAUDON, 2001). Por ser eficaz, econômica e utilizar a 
internet como estrutura-padrão para entrega de conteúdo, grande parte das 
organizações já adotou o padrão web. 
A internet liga centenas de milhares de redes individuais em todo o mundo 
por meio de protocolos que podem ser entendidos como conjuntos de regras que 
supervisionam as comunicações realizadas pela internet (Amor, 2000). 
O mais conhecido dos protocolos da internet é o TCP/IP (Transmission 
Control Protocol/Internet Protocol), que possibilita a troca de mensagens entre os 
computadores conectados a ela (AMOR, 2000). Existem outros protocolos utilizados 
na internet que também são conhecidos, como, por exemplo, o HTTP, responsável 
por assegurar a transmissão de documentos HTML (Hypertext Markup Language). 
Além da internet, existem ainda outros dois tipos de redes que de certa 
forma a compõem e utilizam os mesmos protocolos: as intranets e as extranets. 
A intranet é uma rede organizacional interna que oferece acesso a todos os 
dados da empresa. Ela utiliza a infraestrutura de rede existente na empresa, 
juntamente com os padrões de conectividade da internet e softwares desenvolvidos 
para a web (LAUDON; LAUDON, 2001). Por ser particular é protegida do público em 
geral por firewalls — sistemas de segurança com software especializado para evitar 
a invasão de terceiros. 
As extranets são intranets particulares que permitem acesso limitado para 
visitantes de fora da empresa. Esse acesso limitado é controlado pelos firewalls que 
permitem acesso somente dos usuários autorizados. As extranets são importantes 
para ligar as organizações com clientes ou parceiros comerciais (LAUDON; 
LAUDON, 2001). 
A internet está trazendo vários benefícios para as organizações, entre eles: 
 Conectividade e alcance global; 
12 
 
 
 Redução dos custos de comunicação; 
 Redução de custo de transação; 
 Redução de custo de operação; 
 Interatividade, flexibilidade e personalização e distribuição acelerada de 
conhecimento (AMOR, 2000; LAUDON; LAUDON, 2001). 
Contudo, Young (2001) destaca que entre as oportunidades mais 
promissoras que a internet oferece para melhorar as operações dos negócios nas 
organizações estão a entrega de aprendizado e o suporte à performance dos 
empregados. 
Rosenberg (2002) acrescenta que a internet é uma tecnologia unificadora 
que permite que o aprendizado ultrapasse as fronteiras geográficas e 
organizacionais, as culturas e fusos horários, as linhas de produtos e classificação 
de clientes, transformando radicalmente o aprendizado nas organizações e levando 
todos os envolvidos a avaliar novamente a sua função e seu objetivo. 
A internet cria também, uma flexibilidade de tempo, localização, conteúdo e 
forma de instrução sem precedentes, onde os estudantes estão potencialmente 
hábeis a aprender o que eles precisam quando e onde eles quiserem e no formato 
mais apropriado a suas necessidades, o que está fortalecendo cada vez mais a EAD 
(GHEDINE, TESTA, FREITAS, 2006). 
Existem várias tecnologias de apoio para a interação em cursos via Internet. 
Entre as que suportam a comunicação síncrona, destacam-se os chats, a 
teleconferência, a videoconferência, os groupware, os tutoriais computadorizados e 
os GSS (Group Suport Systems). Para a comunicação assíncrona, podem ser 
citadas as listas de e-mail, os fóruns de discussão, as aulas pré-gravadas 
distribuídas via Web e as simulações (GHEDINE, TESTA, FREITAS, 2008). 
 
 
 
 
13 
 
 
O computador e a Inteligência Artificial (IA) 
 
Segundo Aguiar e Hermossila (2007) o computador tem sido utilizado na 
educação durante os últimos 20 anos, demonstrando ser um grande auxílio no 
processo de ensino/aprendizagem. Este tópico procura apresentar como a 
inteligência artificial (IA) está contribuindo com novas abordagens, ao permitir a 
representação de algumas habilidades de raciocínio e conhecimento especialista 
voltadas ao ensino e aprendizado. 
Os primeiros sistemas voltados para o ensino através do computador foram 
o treinamento baseado em computador (CBT - Computer-Based Training) e 
instrução baseada em computador (CAI - Computer Assisted Instructional) 
Usualmente, estes sistemas geravam conjuntos de problemas projetados 
para aumentar o desempenho do estudante em domínios baseados em habilidades, 
como aritmética e recuperação de vocabulário. Nestes sistemas, a instrução não era 
individualizada para as necessidades do estudante. A proposta era apresentar um 
problema ao estudante, registrar a resposta e avaliar seu desempenho. 
Segundo Beck (1998 apud Aguiar e Hermossila, 2007), as decisões sobre 
como o estudante deveria navegar através do material era baseada em árvores de 
decisão. A sequência de perguntas e respostas era dirigida pelos acertos e erros 
dos estudantes, não sendo consideradas suas habilidades individuais. 
Nos sistemas CBT e CAI, a maior parte do esforço de desenvolvimento 
estava dirigida a resolver problemas com o desempenho do tempo de resposta. Eles 
consideravam que se a informação fosse apresentada ao estudante, ele poderia 
absorvê-la (URBAN-LURAIN, 1998 apud Aguiar e Hermossila, 2007). Enquanto CBT 
e CAI podiamser parcialmente efetivos em ajudar os estudantes, eles não forneciam 
o mesmo tipo de atenção individualizada que podia ser oferecido por um tutor 
humano. Segundo McArthur (1993 apud Aguiar e Hermossila, 2007), esta atenção 
poderia ser alcançada através de um sistema que pudesse raciocinar sobre o 
domínio e sobre o estudante. Neste sentido, surgiu uma nova proposta de sistema: 
os sistemas tutores inteligentes (ITS - Intelligent Tutoring Systems). 
 
14 
 
 
Sistemas Tutores Inteligentes 
 
Segundo Hall (1990 apud Vaz e Raposo, 2008), os sistemas tutores 
inteligentes (ITS) são uma composição de diversas disciplinas como psicologia, 
ciência cognitiva e inteligência artificial. O objetivo principal destes sistemas é a 
modelagem e representação do conhecimento especialista humano para auxiliar o 
estudante através de um processo interativo. 
Sistemas ITS oferecem considerável flexibilidade na apresentação do 
material e uma maior habilidade para responder às necessidades do usuário. Eles 
procuram não apenas ensinar, mas como ensinar, aprendendo informações 
relevantes sobre o estudante, proporcionando um aprendizado individualizado. Estes 
sistemas alcançam sua inteligência pela representação de decisões pedagógicas 
sobre como transmitir o material (ensinar), além de informações sobre o estudante. 
Isto permite uma grande interatividade do sistema com o estudante. Sistemas 
tutores inteligentes têm sido apresentados como altamente eficientes para a melhora 
do desempenho e motivação dos estudantes. 
Existem diversas aplicações para sistemas ITS, nos mais variados domínios 
do conhecimento. Um interessante exemplo da aplicação de sistemas ITS pode ser 
encontrado em (KOEDINGER e ANDERSON, 1995 apud Vaz e Raposo, 2008). Eles 
apresentam um tutor inteligente para a disciplina de álgebra chamado PAT (Practical 
Algebra Tutor). Neste trabalho, eles reportam os resultados positivos da aplicação 
de sistemas tutores em larga escala nas escolas de segundo grau. 
Em Azevedo e Tavares (1998), é descrito um sistema ITS para o ensino de 
orientação a objetos. Mitrovic (1998 apud Azevedo e Tavares, 198) utiliza um tutor 
inteligente para o ensino da linguagem SQL (Structured Query Language). 
É importante notar que a implementação de sistemas ITS trouxeram a tona 
outras questões pedagógicas. As tecnologias que permitem automatizar métodos 
tradicionais de ensino e aprendizagem estão também ajudando na criação de novos 
métodos e redefinindo as metas educacionais. Isto traz algumas dificuldades iniciais, 
pois os métodos tradicionais de ensino são bem conhecidos e bem definidos, mas 
os novos métodos precisam ainda ser mais discutidos. Dentre estes novos métodos, 
15 
 
 
poder-se-ia citar aspectos de colaboração, aprendizado por experiências ou 
visualização. 
Neste contexto, surgem os ambientes de ensino interativo (ILE - Interactive 
Learning Environment) que são uma evolução natural dos sistemas ITS, onde se 
procura endereçar os novos métodos educacionais. Possivelmente a migração de 
sistemas ITS para ILE é um processo que representa um padrão na educação atual. 
O objetivo não é apenas ensinar as habilidades tradicionais de forma mais rápida, 
eficiente e com menos custo. O foco é trabalhar na mudança dos métodos 
educacionais para redefinir novas metas e aplicá-las também em sala de aula. 
Os sistemas tutores inteligentes são usualmente definidos através de 
componentes. Woolf (1992 apud Vaz e Raposo, 2008) identificou quatro 
componentes principais: módulo estudante, módulo pedagógico, módulo domínio do 
conhecimento e módulo de comunicação. Em seu trabalho, Woolf considerava que o 
conhecimento especialista estava representado pelo módulo do domínio. Entretanto, 
em um trabalho mais recente, Beck (1998 apud Vaz e Raposo, 2008) subdividiu este 
módulo e definiu um quinto elemento: o módulo especialista. 
A figura 1 apresenta como estes módulos estão relacionados. 
 
Fig. 1 - Interações entre os componentes de um sistema ITS. 
 
 
16 
 
 
O módulo estudante armazena informações específicas para cada estudante 
de forma individual. No mínimo, este módulo deve manter um histórico sobre como o 
estudante está trabalhando no material em questão. É interessante também manter 
registro sobre os erros do estudante. O propósito é fornecer dados para o módulo 
pedagógico do sistema. O módulo especialista deve ter acesso a todas as 
informações armazenadas (VAZ; RAPOSO, 2008). 
O módulo pedagógico oferece uma metodologia para o processo de 
aprendizado. Questões a serem pensadas são: quando revisar, quando e como 
providenciar informação adicional. As entradas deste módulo são fornecidas pelo 
módulo estudante. As decisões pedagógicas são feitas de acordo com as 
necessidades individuais de cada estudante. 
O módulo do domínio do conhecimento armazena a informação que o tutor 
está ensinando. A modelagem do conhecimento a ser disponibilizado é de grande 
importância para o sucesso do sistema como um todo. 
Critérios de desempenho também devem ser considerados. Deve-se 
procurar uma representação do conhecimento que esteja preparada para o 
crescimento incremental do domínio. 
O módulo especialista deve ter acesso a todas as informações do sistema, 
incluindo-se o conhecimento global (domínio) e o conhecimento individual de cada 
estudante. A preocupação deste módulo não é a representação do conhecimento 
global, mas como um indivíduo representa seu próprio conhecimento através do uso 
de suas habilidades dentro do domínio. Usualmente, este módulo possui a forma de 
um sistema especialista capaz de resolver problemas em um dado domínio. Este 
módulo não deveria realizar apenas a comparação entre as soluções do estudante 
com a do tutor, mas também a comparação entre as soluções geradas pelos 
próprios estudantes. 
O módulo de comunicação está mais voltado para o conceito de interface 
com estudante. A questão é definir qual será a melhor metáfora com a qual o 
estudante terá acesso ao sistema. A complexidade para a implementação deste 
módulo é bastante variável, podendo ser desde simples janelas de diálogo até 
linguagem natural e reconhecimento de voz. Outra questão a ser considerada é a 
17 
 
 
aplicação de realidade virtual para permitir uma imersão total do estudante no 
sistema. 
Sistemas tutores inteligentes representam uma interessante ferramenta para 
ambientes de aprendizagem. Entretanto, os maiores problemas associados a estes 
tipos de sistema são seu alto custo financeiro e o elevado tempo de 
desenvolvimento. Na tentativa de reduzir estes custos, conceitos bem conhecidos da 
engenharia de software como reutilização e modularidade têm sido utilizados. A 
questão é desenvolver sistemas ITS de forma incremental, permitindo uma evolução 
contínua. 
Um método de ensino que tem sido bastante discutido nos últimos anos é 
baseado em investigação. Estes sistemas procuram explorar aspectos que os 
sistemas ITS tradicionais não consideraram. Alguns autores, como McArthur (1993 
apud Vaz e Raposo, 2008), acreditam que estes sistemas, de modo genérico, 
podem ser entendidos como ambientes de ensino interativos (ILE). 
Os principais princípios associados a estes ambientes são: 
 Construção e não instrução: o objetivo é explorar o fato de que estudantes 
podem aprender mais efetivamente através da construção de seu próprio 
conhecimento. 
 O controle é do estudante e não do tutor: a questão é dar mais liberdade para 
o estudante controlar suas interações no processo de aprendizado. O tutor 
deve atuar como um guia, e não como o único detentor do conhecimento. 
 A individualização é determinada pelo estudante e não pelo tutor: 
diferentemente dos sistemas ITS, a personalização da informação é o 
resultado da interação com o ambiente. Esta responsabilidade pode estar 
também associada ao sistema, mas o estudante ainda terá uma boa parte do 
controle de sua individualização. O conhecimento adquirido pelo estudante é resultado de suas interações com 
o sistema e não com o tutor: a informação adquirida vem como uma função 
das escolhas e ações do estudante no ambiente de ensino e não como um 
discurso gerado pelo tutor. 
18 
 
 
Estes princípios apresentam uma clara mudança no enfoque de aprendizado 
dos sistemas ITS para ambientes ILE. O processo deixa de ser centrado no tutor e 
passa a ser centrado no estudante. Sendo assim, torna-se necessária uma nova 
gama de ferramentas computacionais. Estas ferramentas incluem, frequentemente, 
vídeo interativo ou outras representações gráficas, e permitem aos estudantes 
investigar e aprender tópicos de forma livre, sem estarem presos a algum tipo de 
controle externo. 
 
TICs, os hipertextos e introdução ao e-learning 
 
Conforme Prado e Valente (2002, p. 29) as abordagens de EAD por meio 
das TIC podem ser de três tipos: 
 Broadcast; 
 Virtualização da sala de aula presencial ou, 
 Estar junto virtual. 
Na abordagem denominada broadcast, a tecnologia computacional é 
empregada para “entregar a informação ao aluno” da mesma forma que ocorre com 
o uso das tecnologias tradicionais de comunicação como o rádio e a televisão. 
Quando os recursos das redes telemáticas são utilizados da mesma forma 
que a sala de aula presencial, acontece a virtualização da sala de aula, que procura 
transferir para o meio virtual o paradigma do espaço-tempo da aula e da 
comunicação bidirecional entre professor e alunos. 
O estar junto virtual, também denominado aprendizagem assistida por 
computador (AAC), explora a potencialidade interativa das TIC propiciada pela 
comunicação multidimensional, que aproxima os emissores dos receptores dos 
cursos, permitindo criar condições de aprendizagem e colaboração. Porém, é 
preciso compreender que não basta colocar os alunos em ambientes digitais para 
que ocorram interações significativas em torno de temáticas coerentes com as 
intenções das atividades em realização, nem tampouco pode-se admitir que o 
19 
 
 
acesso a hipertextos e recursos multimediáticos dê conta da complexidade dos 
processos educacionais (ALMEIDA, 2003). 
Utilizar as TIC como suporte à EAD apenas para pôr o aluno diante de 
informações, problemas e objetos de conhecimento pode não ser suficiente para 
envolvê-lo e despertar nele tal motivação pela aprendizagem, levando-o a criar 
procedimentos pessoais que lhe permitam organizar o próprio tempo para estudos e 
participação das atividades, independente do horário ou local em que esteja. 
Conforme Almeida (2000, p. 79) é preciso criar um ambiente que favoreça a 
aprendizagem significativa ao aluno, desperte a disposição para aprender, 
disponibilize as informações pertinentes de maneira organizada e, no momento 
apropriado, promova a interiorização de conceitos construídos. 
Inserir determinada tecnologia na EAD não constitui em si uma revolução 
metodológica, mas reconfigura o campo do possível. 
A leitura de um texto não linear (hipertexto) na tela do computador está 
baseada em indexações, conexões entre ideias e conceitos articulados por meio de 
links (nós e ligações) que conectam informações representadas em diferentes 
linguagens e formas tais como palavras, páginas, imagens, animações, gráficos, 
sons, clips de vídeo, etc. Dessa forma, ao clicar sobre uma palavra, imagem ou frase 
definida como um nó de um hipertexto, encontra-se uma nova situação, evento ou 
outros textos relacionados. Portanto, cada nó pode ser ponto de partida ou de 
chegada, originar outras redes e conexões, sem que exista um nó fundamental. 
A representação de informações em hipertextos com o uso de distintas 
mídias e linguagens permite romper com as sequências estáticas e lineares de 
caminho único, com início, meio e fim fixados previamente. O hipertexto disponibiliza 
um leque de possibilidades informacionais que permitem ao leitor interligar as 
informações segundo seus interesses e necessidades, navegando e construindo 
suas próprias sequências e rotas. Ao saltar entre as informações e estabelecer suas 
próprias ligações e associações, o leitor interage com o hipertexto e pode assumir 
um papel mais ativo do que na leitura de um texto do espaço linear do material 
impresso. 
Apesar das possibilidades do aprendiz desenvolver a leitura e a escrita com 
o uso de hipertextos, escolhendo entre um leque de ligações preestabelecidas ou 
20 
 
 
criando novas ligações e percursos não previstos pelo autor do hipertexto, a 
exploração de hipertextos não dá conta da complexidade dos processos 
educacionais, cujas atividades se desenvolvem com o uso desses materiais de 
suporte e, sobretudo, com a interação entre os alunos e entre estes e os 
formadores, que na EAD, pode ser o professor ou o tutor. 
Os ambientes digitais e a EAD 
Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais 
disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas 
tecnologias de informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, 
linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver 
interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar 
produções tendo em vista atingir determinados objetivos. 
As atividades se desenvolvem no tempo, ritmo de trabalho e espaço em que 
cada participante se localiza, de acordo com uma intencionalidade explícita e um 
planejamento prévio denominado design educacional (Campos; Rocha, 1998; Paas, 
2002), o qual constitui a espinha dorsal das atividades a realizar, sendo revisto e 
reelaborado continuamente no andamento da atividade. 
Os recursos dos ambientes digitais de aprendizagem são basicamente os 
mesmos existentes na internet (correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de 
recursos, etc.), com a vantagem de propiciar a gestão da informação segundo 
critérios preestabelecidos de organização definidos de acordo com as características 
de cada software. Possuem bancos de informações representadas em diferentes 
mídias (textos, imagens, vídeos, hipertextos), e interligadas com conexões 
constituídas de links internos ou externos ao sistema. 
O gerenciamento desses ambientes diz respeito a diferentes aspectos, 
destacando-se a gestão das estratégias de comunicação e mobilização dos 
participantes, a gestão da participação dos alunos por meio do registro das 
produções, interações e caminhos percorridos, a gestão do apoio e orientação dos 
formadores aos alunos e a gestão da avaliação. 
Os ambientes digitais de aprendizagem podem ser empregados como 
suporte para sistemas de educação a distância realizados exclusivamente on-line, 
para apoio às atividades presenciais de sala de aula, permitindo expandir as 
21 
 
 
interações da aula para além do espaço-tempo do encontro face a face ou para 
suporte a atividades de formação semipresencial nas quais o ambiente digital 
poderá ser utilizado tanto nas ações presenciais como nas atividades à distância. 
A fim de melhor compreender as diversas metodologias com as quais se 
desenvolve a educação a distância, com suporte em ambientes digitais de 
aprendizagem, é importante especificar o significado de alguns termos 
frequentemente empregados como equivalentes, mas que possuem especificidades 
relacionadas com as formas como esses ambientes são incorporados ao processo 
educacional, quer se realizem nas modalidades tradicionais do ensino formal, quer 
sejam atividades livres ou relacionadas a programas de formação continuada. 
Educação on-line, educação a distância e e-Learning são termos usuais da 
área, porém não são congruentes entre si. A educação a distância pode se realizar 
pelo uso de diferentes meios (correspondência postal ou eletrônica, rádio, televisão, 
telefone, fax, computador, internet, etc.), técnicas que possibilitem a comunicação e 
abordagens educacionais; baseia-se tanto na noção de distância física entre o alunoe o professor como na flexibilidade do tempo e na localização do aluno em qualquer 
espaço. 
Educação on-line é uma modalidade de educação a distância realizada via 
internet, cuja comunicação ocorre de forma sincrônicas ou assincrônicas. Tanto 
pode utilizar a internet para distribuir rapidamente as informações como pode fazer 
uso da interatividade propiciada pela internet para concretizar a interação entre as 
pessoas, cuja comunicação pode se dar de acordo com distintas modalidades 
comunicativas, a saber: 
 Comunicação um a um, ou dito de outra forma, comunicação entre uma e 
outra pessoa, como é o caso da comunicação via e-mail, que pode ter uma 
mensagem enviada para muitas pessoas desde que exista uma lista 
específica para tal fim, mas sua concepção é a mesma da correspondência 
tradicional, portanto, existe uma pessoa que remete a informação e outra que 
a recebe; 
 Comunicação de um para muitos, ou seja, de uma pessoa para muitas 
pessoas, como ocorre no uso de fóruns de discussão, nos quais existe um 
22 
 
 
mediador e todos que têm acesso ao fórum, enxergam as intervenções e 
fazem suas intervenções; 
 Comunicação de muitas pessoas para muitas pessoas, ou comunicação 
estelar, que pode ocorrer na construção colaborativa de um site ou na criação 
de um grupo virtual, como é o caso das comunidades colaborativas em que 
todos participam da criação e desenvolvimento da própria comunidade e 
respectivas produções. 
O e-Learning é uma modalidade de educação a distância com suporte na 
internet que se desenvolveu a partir de necessidades de empresas relacionadas 
com o treinamento de seus funcionários, cujas práticas estão centradas na seleção, 
organização e disponibilização de recursos didáticos hipermediáticos. Porém, devido 
ao baixo aproveitamento do potencial de interatividade das TIC na criação de 
condições que concretizem a interação entre as pessoas, a troca de experiências e 
informações, a resolução de problemas, a análise colaborativa de cenários e os 
estudos de casos específicos, profissionais envolvidos com o e-Learning vêm 
denunciando a falta de interação entre as pessoas como fator de desmotivação, de 
altos índices de desistência e baixa produtividade. 
Assim, o e-Learning originado no treinamento corporativo segundo a 
perspectiva de treinamento começa a incorporar práticas voltadas ao 
desenvolvimento de competências por meio da interação e colaboração entre os 
aprendizes. Considerado no momento a solução para superar as dificuldades de 
tempo, deslocamento e espaço físico que comporte muitas pessoas reunidas, o e-
Learning está sendo apontado como a tendência atual de treinamento, 
aprendizagem e formação continuada no setor empresarial. 
Na EAD em meio digital, pode-se observar que existe um foco central em 
determinado aspecto, diretamente relacionado com a abordagem educacional 
implícita, o qual pode ser: 
 O material instrucional disponibilizado, cuja abordagem está centrada na 
informação fornecida por um tutorial ou livro eletrônico hipermediático. Essa 
abordagem se assemelha à autoinstrução e distribuição de materiais, 
chegando a dispensar a figura do professor. 
23 
 
 
 O professor, considerado o centro do processo educacional, o que indica 
abordagem centrada na instrução fornecida pelo professor, que recebe 
distintas denominações de acordo com a proposta do curso. 
 O aluno, que aprende por si mesmo, em contato com os objetos 
disponibilizados no ambiente, realizando as atividades propostas a seu tempo 
e de seu espaço. 
As relações que podem se estabelecer entre todos os participantes 
evidenciando um processo educacional colaborativo no qual todos se comunicam 
com todos e podem produzir conhecimento, como ocorre nas comunidades virtuais 
colaborativas. 
Em um mesmo curso à distância, conforme as características da atividade, 
pode existir alternância entre focos, sendo possível lançar mão de diferentes meios 
e recursos, tais como hipertextos veiculados em CD-Rom, distribuição de material 
impresso via correios, vídeos, teleconferências, etc. Porém, sempre há um foco que 
se sobressai entre os demais e uma concepção educacional subjacente. Autores 
que se dedicam a estudar EAD, principalmente no setor corporativo, indicam o 
blended learning como uma tendência potencial da EAD, apontando para a 
capacidade de um mesmo sistema integrar diferentes tecnologias e metodologias de 
aprendizagem com o intuito de atender necessidades e possibilidades das 
organizações, considerar as condições de aprendizagem dos aprendizes visando 
potencializar a aprendizagem e o alcance dos objetivos. Também denominado e-
Learning híbrido, pode englobar auto-formação assincrônicas, interações sincrônicas 
em ambientes virtuais, encontros ou aulas e conferências presenciais, outras 
dinâmicas usuais de aprendizagem e diversos meios de suporte à formação, tanto 
digitais como outros mais convencionais (ALMEIDA 2003). 
 
E-Learning 
 
Muito já foi escrito sobre o impacto do e-Learning em desenvolvedores de 
conteúdo, instrutores e gerentes de treinamento. Quando a discussão se vira para 
os treinandos (alunos), a atenção tende a focar o impacto de menos viagens e 
24 
 
 
menos tempo disponível para seus trabalhos. Mas não se explora o modo como o 
comportamento do treinando deve mudar quando a pessoa está num ambiente de e-
Learning. 
Para direcionar a maioria dos investimentos em e-Learning, nós precisamos 
antes questionar como as habilidades que servem bem aos alunos em uma sala de 
aula ou no processo de aprendizagem se adaptam, ou não, às experiências de um 
ambiente colaborativo virtual e individual. Precisamos de novas competências para o 
aprendizado? Será que algumas pessoas não possuem a habilidade para o e-
Learning? 
Novas tecnologias nem sempre exigem novas competências. Invenções e 
avanços geralmente fazem as coisas funcionarem de modo mais fácil. Um bom 
exemplo de uma tecnologia que exige dos usuários um novo comportamento para 
ser eficiente é o sistema ABS de freios para automóveis. O ABS foi estabelecido 
como equipamento padrão na maioria dos carros fabricados em 1987. O objetivo do 
sistema ABS é prevenir que os freios do veículo travem, fornecendo mais controle 
ao motorista. Contudo, desde 1987, nenhuma diminuição significativa em acidentes 
de automóveis pode ser atribuída ao ABS. 
Supomos que a razão para isso é que o uso correto do ABS exige do 
motorista uma técnica diferente para se usar o pedal de freio. Muitos motoristas 
simplesmente não estão familiarizados com a nova técnica. Eles passaram em seus 
testes de motorista antes do ABS ser implementado e não precisaram fazer o teste 
novamente para mostrar que assimilaram a nova tecnologia. Sem uma mudança de 
comportamento por parte dos motoristas, os benefícios da tecnologia são perdidos. 
Vamos dar um passo para trás e olhar para um Modelo de Competência do 
Aluno que se enquadra no contexto da experiência do aprendizado em três níveis: 
1. Entre o aluno e o ambiente (auto-orientação); 
2. Entre o aluno e o conteúdo; 
3. Entre o aluno e o colaborador virtual (colaboração) 
 
Competências de auto-orientação - O aprendizado de auto-orientação é 
qualquer forma de estudo na qual o estudante possui a responsabilidade primária 
25 
 
 
por planejar, executar e avaliar seus esforços. Os alunos bem-sucedidos neste 
quesito possuem características como autoconhecimento, autossuficiência e 
autoconfiança. 
 Autoconhecimento é a identificação da necessidade de se aprender 
algo, e o compromisso com o desenvolvimento desta habilidade ou 
falta de conhecimento. 
 Autossuficiência é a habilidade de gerenciar a atividade de aprendizado 
para garantir a conclusão bem-sucedida e a realização dos objetivos 
estabelecidos. 
 Autoconfiança é a crença de que se é capaz de aprender de um modo 
auto-orientado. 
Em outros termos, autoconhecimento significa“Eu preciso aprender”, 
autossuficiência significa “Eu sou responsável por meu aprendizado” e 
autoconfiança significa “Eu posso aprender”. 
 
Autoconhecimento (“Eu preciso aprender”) 
O autoconhecimento começa com a pessoa reconhecendo que precisa de 
algum treinamento. Um aluno de e-learning consegue identificar e priorizar suas 
habilidades pessoais e as áreas em que precisa desenvolver seu conhecimento. 
Muitas empresas possuem modelos de desenvolvimento profissional das habilidades 
e conhecimentos que os funcionários devem ter. Os gerentes e líderes devem ser 
consultados sobre inputs e conhecimentos que devem ser desenvolvidos, mas 
sempre que possível o aluno deve buscar testes de avaliação; estes são incluídos 
com frequência nos programas de treinamento que as companhias disponibilizam 
para suas equipes. 
Nas situações aonde a identificação da necessidade de treinamento vem de 
uma fonte externa, como um gerente ou o departamento de RH, o autoconhecimento 
exige que o próprio aluno concorde que o treinamento é necessário. Diante de um 
grande catálogo de opções de treinamento, o autoconhecimento ajuda a 
diagnosticar melhor qual habilidade deve ser desenvolvida. Por exemplo, uma 
pessoa pode pensar que precisa de um treinamento em softwares de gerenciamento 
26 
 
 
de projetos, mas talvez precise, de fato, aprender sobre conceitos de planejamento 
de projetos primeiro. 
Os motivadores tradicionais para o e-Learning são geralmente fontes 
sociais, como reconhecimento, conformidade, desenvolvimento de carreira e 
competição. Para quem possui autoconhecimento, a fonte de motivação deve ser 
mais orientada para a realização. Alunos bem-sucedidos são motivados por um 
benefício direto, que seja valioso para eles e que aparece como o resultado do 
aprendizado completo. Assim como é verdade que para a maioria do aprendizado 
“on-the job”, uma das melhores maneiras de se manter motivado e não perder o foco 
é possuir um problema específico para se resolver, ou uma tarefa a completar, que 
não possa ser feita até que se aprenda o assunto em questão. Sem isso, o aluno 
deve tentar especificar qual habilidade precisa ser desenvolvida, em termos de 
carreira ou aspecto pessoal (VAZ; RAPOSO, 2008). 
 
Autossuficiência (“Eu sou responsável por meu aprendizado”) 
Autossuficiência é o gerenciamento eficaz dos recursos tempo e 
aprendizado. O formato tradicional de ensino condicionou os alunos a serem 
passivos – a sentar, ouvir e absorver informação, e depois aplicá-la no futuro. Os 
alunos de e-Learning bem-sucedidos gerenciam seu aprendizado assim como 
qualquer outra atividade importante: eles estabelecem metas claras, prazos, planos 
detalhados, recursos seguros, monitoram e documentam seus progressos. Além 
disso, quando podem, eles também fixam acordos com seus gerentes e outras 
pessoas que supervisionam seu tempo, para que a atividade de aprendizagem seja 
uma prioridade. O aprendizado não terá êxito a não ser que o indivíduo tenha um 
enorme senso de propriedade e responsabilidade quanto ao processo em si. 
O ambiente do funcionário pode não ser sempre condizente com o 
aprendizado. Já que a maior parte do e-Learning é feita em um computador em uma 
mesa de escritório, a proximidade com os colegas, o telefone, e-mail e outras tarefas 
são distrações inevitáveis. Em casa as distrações também existem, como os 
membros da família, a televisão, a cozinha. Não há dúvidas de que o e-Learning 
exige disciplina. 
27 
 
 
Colocar algum cartaz do tipo “Não perturbe” no escritório pode ajudar a 
afastar os colegas na hora do e-Learning, mas os alunos bem-sucedidos em seus 
cursos, além disso, irão fechar seu programa de e-mail, desligar os telefones e 
limpar seu espaço de qualquer distração. Eles reconhecem e removem todas as 
fontes possíveis de distração. (TV, telefone, etc.). 
 
Autoconfiança (“Eu posso aprender”) 
Aqueles que se acostumaram a ter o ensino organizado e preparado por 
outras pessoas podem não ter confiança em sua capacidade de aprender por conta 
própria. Embora a colaboração virtual e os tutores estejam cada vez mais presentes 
nos cursos, nas situações em que os alunos estão completamente sozinhos, a falta 
de um feedback externo pode fazê-los questionar seu progresso e cumprimento das 
metas. Alunos confiantes reconhecem que o constrangimento às vezes causado por 
um erro num ambiente normal de sala de aula são minimizados num ambiente de e-
Learning, e então se dispõe a correr riscos maiores. Os alunos que se saem bem 
num ambiente de e-Learning identificam maneiras ativas de testar e aplicar seu 
conhecimento adquirido, e se recompensam pelo próprio sucesso. 
 
Competências Metacognitivas 
Metacognição se refere a um estado avançado de pensamento que envolve 
o controle ativo dos processos cognitivos relacionados a e-Learning. Em termos 
mais simples, metacognição é “pensar sobre o modo como você pensa”. 
Pensamentos metacognitivos são planejados, deliberados, objetivamente 
direcionados e orientam o comportamento para o futuro, de modo que podem ser 
usados para realizar tarefas cognitivas. 
Alunos de e-Learning bem-sucedidos possuem um sólido entendimento do 
processo de aprendizado, possuem suas próprias orientações acerca dele, e sabem 
como estruturar suas atividades de aprendizado (“Eu sei como eu aprendo”). Eles 
também possuem a capacidade de avaliar seu progresso objetivamente (“Eu sei se 
estou aprendendo”). 
28 
 
 
Processo de Aprendizado (“Eu sei como eu aprendo”) 
Os alunos de e-Learning são em grande parte responsáveis pela estrutura 
de seu processo de aprendizagem, eles precisam entender como se aprende. Isto 
possibilita a criação e o planejamento de um programa de estudo que funcione 
melhor para eles. As premissas da teoria de aprendizado dos adultos são bem 
conhecidas daqueles que planejam e oferecem treinamento, mas na maioria das 
vezes são um mistério para os treinandos. Independente do modelo usado, os 
alunos de e-Learning bem-sucedidos entendem os princípios básicos da teoria de 
aprendizado dos adultos, reconhecem seu próprio estilo de estudo e suas 
orientações e estruturam sua experiência de e-Learning usando as estratégias que 
serão mais eficientes para o seu caso. 
Algumas técnicas adotadas por alunos de e-Learning bem-sucedidos 
incluem: 
 Revisões do conteúdo estudado; 
 Anotações; 
 Revisões de tópicos compreendidos anteriormente e tópicos relacionados ao 
assunto; 
 Desenvolvimento de modelos (diagramas, tabelas, etc) que organizem a 
informação de modo que elas tenham um significado pessoal; 
 Associação de novas informações a assuntos já aprendidos para a aplicação 
do conhecimento em uma situação mais complexa e difícil. 
 
Auto-Avaliação (“Eu sei se estou aprendendo”) 
Um aspecto crítico do processo de e-Learning é uma honesta e exata auto-
avaliação. Ela se distingue da habilidade de autossuficiência de monitorar o 
progresso frente a um plano, desde que o foco não esteja no cumprimento das 
tarefas e na resposta dos testes, mas se o aprendizado está sendo mesmo real. 
Alunos de e-Learning bem-sucedidos buscam oportunidades para aplicar 
seus novos conhecimentos, e medem seus resultados objetivamente, sempre 
respeitando suas intenções originais de aprendizado primeiro lugar. Eles também 
29 
 
 
avaliam se estão gerenciando de forma eficiente seu processo de aprendizado. Os 
alunos mais avançados podem até mesmo chegar ao ponto de identificar se há um 
impacto nos negócios ou um retorno sobre o investimento em seus esforços de 
aprendizagem. 
Competências de Colaboração 
As competências de colaboração são aquelas necessárias quando se 
participa de uma atividade online síncrona ou assíncrona, o que pode incluir sessões 
de chat, troca de e-mails, fóruns de discussão, mensagens instantâneas e classes 
virtuais. 
Dois temas principais dominam as competências desta área. Primeiro: no 
aprendizadocolaborativo online, toda a linguagem corporal, e em muitos casos, o 
tom de voz, não estão presentes. Segundo: no modo assíncrono, os colaboradores, 
incluindo os tutores e pares, podem não estar envolvidos no processo de 
aprendizado ao mesmo tempo. Os alunos bem-sucedidos em e-Learning precisam 
ter competências em comunicação virtual, reação assíncrona e feedback virtual. 
 
Comunicação Virtual (“Eu sei o que você quer dizer e você sabe o 
que eu quero dizer”) 
Fala: nós estamos acostumados a nos comunicarmos com nossos corpos 
quando usamos a voz. Pessoas que costumam se expressar bem em uma sala de 
aula virtual se parecem com aquelas personalidades talentosas de rádio ou com 
dubladores de desenho animado: eles sabem usar seus corpos quando falam, e 
sabem como usar o ritmo, o volume e as pausas para expressas suas intenções e 
sentimentos. 
Audição: Uma audição ativa num ambiente de colaboração virtual se torna 
mais difícil pela ausência da observação da linguagem corporal. A atenção deve ser 
maior para as variações no tom de voz, assim como tentar se antecipar à direção 
que os tutores irão tomar, além da preocupação em fazer perguntas claras, refazê-
las quando preciso e resumi-las, quando solicitado. 
Escrita: A escrita numa sala de chat, num fórum de discussão ou num e-
mail deve ser clara, concisa e livre de erros de lógica e gramaticais. Uma das 
30 
 
 
vantagens do ambiente assíncrono, assim como dos fóruns de discussão é que o 
aluno tem tempo para checar as informações, refletir e se posicionar perante elas 
antes de publicar sua opinião. A inteligência do colaborador será julgada pela 
qualidade de sua escrita. Para construir relacionamentos com os colaboradores 
virtuais, o aluno de e-Learning deve deixar sua personalidade se manifestar em sua 
escrita. 
Leitura: Ao ler textos escritos por outras pessoas, deve-se tomar cuidado 
para não se ater somente ao que foi escrito. Muitas das habilidades auditivas 
mencionadas acima também se aplicam à leitura. 
 
Reações Assíncronas (“Eu estou aqui”) 
Ferramentas assíncronas, assim como as listas de discussão e trocas de e-
mail podem ser fáceis de ignorar ou podem levar muito tempo para serem 
respondidas. Evitar confrontos nesses casos é muito simples, basta ignorar as 
mensagens de quem você discorda. E é mais fácil manter a informação guardada 
quando se está em um ambiente de competição. Ser um bom “cidadão virtual” 
significa compartilhar as informações abertamente, respeitando a opinião dos outros 
e participando prontamente das atividades assíncronas. Aqueles que não 
demonstram estas habilidades podem facilmente ser dispensados por seus 
colaboradores virtuais. 
 
Feedback Virtual (“Como estou me saindo?”) 
Um treinamento em sala de aula conduzido por um instrutor não precisa 
necessariamente oferecer aos treinandos um feedback formal, mas eles 
inevitavelmente terão um feedback informal baseado no seu comportamento 
individual. Alunos de e-Learning precisam saber como solicitar feedback de forma 
oportuna e regular. Algumas atividades virtuais de colaboração não possuem nem 
mesmo um instrutor para controlar o processo. Sendo assim, é necessário solicitar o 
feedback dos pares. 
Alunos de e-Learning devem entender o tipo de feedback que eles precisam, 
e quem poderá oferecer este feedback a eles. Eles devem buscar e oferecer um 
31 
 
 
feedback que focalize o desempenho específico, e o relacione aos objetivos e às 
expectativas do treinamento, seus efeitos, e suas consequências. Além disso, os 
alunos de e-Learning bem sucedidos devem oferecer aos facilitadores um feedback 
das atividades e se certificarem de que as sessões online correspondem às suas 
necessidades no que diz respeito ao ritmo e compreensão. 
Enfim, o e-learning rompe barreiras geográficas e temporais. 
Outra vantagem do e-learning está relacionada a reprodução do conteúdo. 
Uma vez montado o curso para um aluno, a sua reprodução para dois, centenas, ou 
milhares de alunos pode ser feita a um custo marginal insignificante. Com um curso 
tradicional, o máximo que se consegue é montar turmas de alunos, até se completar 
todo o universo que se pretenda atingir numa escala crescente de custos, energia e 
tempo dispendido. Evidentemente, isso sugere que, para poucos alunos, talvez um 
treinamento convencional seja a solução mais adequada que o e-learning. Por outro 
lado, pensando em termos de políticas públicas de ensino, onde o universo se mede 
não em milhares, mas em milhões de candidatos à instrução, é possível que o e-
learning, venha a representar uma verdadeira revolução na geração de 
conhecimento. 
É importante ressaltar, que o e-learning não veio para substituir o ensino 
tradicional, da mesma forma que a Internet, não substitui a TV que, por sua vez, não 
fez desaparecer o rádio. O e-learning é uma nova ferramenta potencializada pela 
Internet e perfeitamente ajustada às características de nosso tempo, marcado pela 
agilidade, velocidade e gigantescos volumes de informação a serem digeridos. No 
que se refere às empresas e à educação, o objetivo não deve ser simplesmente 
substituir a forma de ensino tradicional pelo e-learning, mas sim, utilizar essa 
ferramenta na medida adequada às suas necessidades. De tal forma que os 
objetivos da organização/instituição sejam plenamente atingidos. 
 
 
 
 
32 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AGUIAR, Juliana; HERMOSILLA, Lígia. Aplicações da Inteligência Artificial na 
Educação. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE PSICOLOGIA. Ano IV – Número 
06 – Fevereiro de 2007 – Periódicos Semestral. 
 
ALMEIDA, M. B. E. O computador na escola: contextualizando a formação de 
professores. São Paulo: Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em 
Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2000. 
 
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação a distância na internet: 
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http://www.eps.ufsc.br/disc/tecmc/designedu.html
34 
 
 
Questionário 
 
1)Relacione as colunas abaixo e assinale a alternativa que contem a sequência 
correta: 
(1)Educação presencial 
(2)Educação semipresencial 
(3)Educação a distância 
 
( ) dos cursos regulares, em qualquer 
nível, nos quais professores e alunos se 
encontram sempre num local físico, 
chamado sala de aula. É o ensino 
convencional. 
( ) acontece uma parte na sala de aula e 
outra parte a distância, através de 
tecnologias. 
( ) pode ter ou não momentos 
presenciais, mas acontece 
fundamentalmente com professores e 
alunos separados fisicamente no espaço 
e/ou no tempo, mas podendo estar juntos 
através de tecnologias de comunicação. 
a)3,1,2 
b)2,1,3 
c)1,2,3 
d)3,2,1 
 
2)Ao conjunto de conhecimentos práticos ou científicos, aplicados à obtenção, 
distribuição e comercialização de bens e serviços damos o nome de: 
a)informação 
b)comunicação 
c)evolução 
d)tecnologia 
3) É uma rede organizacional interna que oferece acesso a todos os dados da 
empresa: 
a)intranet 
b)internet 
c)ITS 
d)n.r.a. 
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Thaline Carbonaro
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Thaline Carbonaro
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4) Os sistemas tutores inteligentes são usualmente definidos através de 
componentes. Woolf (1992 apud Vaz e Raposo, 2008) identificou quatro 
componentes principais. Qual das opções abaixo se relaciona com o módulo 
estudante? 
a) armazena informações específicas para cada estudante de forma individual. 
b) oferece uma metodologia para o processo de aprendizado. 
c) armazena a informação que o tutor está ensinando. 
d)n.r.a. 
 
5) Na EAD em meio digital, pode-se observar que existe um foco central em 
determinado aspecto, diretamente relacionado com a abordagem educacional 
implícita, o qual pode ser... Assinale a alternativa correta: 
a)Somente o aluno 
b)O aluno e o professor 
c)O material disponibilizado e o professor 
d)o material disponibilizado, o aluno e o professor 
 
 
6) Segundo Belloni (2002), pedagogia e tecnologia (entendidas como processos 
sociais) sempre andaram de mãos dadas: o processo de socialização das novas 
gerações inclui necessária e logicamente a preparação dos jovens indivíduos para o 
uso dos meios técnicos disponíveis na sociedade.. O que diferencia uma sociedade 
de outra? Marque a opção correta. 
A- ( ) diferentes momentos históricos e as finalidades, 
B- ( ) as instituições sociais 
C-( ) A sociedade em geral 
D- ( ) diferentes momentos históricos , as finalidades, as formas e as instituições 
sociais envolvidas nessa preparação, que a sociologia chama “processo de 
socialização 
 
Thaline Carbonaro
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Thaline Carbonaro
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Thaline Carbonaro
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7) As extranets são importantes para ligar as organizações com clientes ou parceiros 
comerciais (LAUDON; LAUDON, 2001).A internet está trazendo vários benefícios 
para as organizações. Marque a opção incorreta 
 
A- ( )Conectividade e alcance global; 
B- ( )Redução dos custos de comunicação; 
C- ( )Redução de custo de transação e Redução de custo de operação 
D- ( )A inflexibilidade na despersonalização e distribuição acelerada 
 
8) Segundo Hall (1990 apud Vaz e Raposo, 2008), os sistemas tutores inteligentes 
(ITS) são uma composição de diversas disciplinas como psicologia, ciência cognitiva 
e inteligência artificial. O objetivo principal é : 
 A- ( ) a modelagem e representação do conhecimento especialista 
B- ( ) a não modelagem e representação do conhecimento especialista humano 
para auxiliar o estudante através de um processo interativo 
C – ( ) a modelagem e representação do conhecimento especialista humano para 
auxiliar o estudante através de um processo interativo 
E- ( ) Todas as assertivas estão corretas 
 
9 ) A educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a 
distância) e educação a distância (ou virtual) . Marque a opção errada 
A- ( )A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, nos quais 
professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala 
de aula. É o ensino convencional. 
B- ( )A semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a 
distância, através de tecnologias. 
C- ( ) As assertivas A E B estão corretas 
D- ( ) Nenhuma assertiva é correta. 
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Thaline Carbonaro
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Thaline Carbonaro
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10 ) Conforme Prado e Valente (2002, p. 29) as abordagens de EAD por 
meio das TIC podem: 
A- ( ) Broadcast; 
B – ( ) Virtualização da sala de aula presencial ou, 
C- ( ) As assertivas A E B estão corretas 
D- ( ) Nenhuma assertiva é correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
Nome do aluno:_______________________________________ 
Matrícula:___________ 
Curso:_______________________________________________ 
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Data do envio:____/____/_______. 
 
Questão 1 
Questão 2 
Questão 3 
Questão 4 
Questão 5 
Questão 6 D 
Questão 7 D 
Questão 8 C 
Questão 9 c 
Questão 10 C

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