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COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA - IPEMIG Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação Sumário INTRODUÇÃO .................................................................................................... 03 AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ......... 05 Reflexões sobre novas TICs e educação ........................................................ 07 Internet/Intranet.................................................................................................... 09 O computador e a Inteligência Artificial (IA) ..................................................... 13 Sistemas Tutores Inteligentes ........................................................................... 14 TICs, os hipertextos e introdução ao e-learning .............................................. 18 E-learning .......................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA .................................................................. 32 Questionário .................................................................................................... 39 3 INTRODUÇÃO As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. Concordamos com Moura (2007) ao inferir que as novas Tecnologias de Informação e Comunicação têm ocupado cada vez mais lugar nas organizações, na sociedade e na vida das pessoas, seja por meio de fontes de trabalho, apoio, educação ou entretenimento. Se, por um lado, fica quase impossível perceber o mundo atual sem a presença das TICs, por outro lado, reconhecemos e sentimos que este relacionamento precisa ser tratado com muita atenção, visto que é um dos principais fatores de sucesso e da adoção desta tecnologia. Aqui podemos brevemente introduzir a questão da exclusão social e digital que atinge a maioria das pessoas, a qual inspira atitudes, principalmente por parte dos governos, uma vez que, observaremos ao longo da apostila, nosso país ainda está longe de satisfazer à necessidade de todos. Esta apostila trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina. Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ter base na academia. 4 Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - NTICs Numa breve síntese do que apresentamos e discutimos até o momento, podemos inferir que educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, eles podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telepáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. Na expressão “ensino a distância” a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra “educação”, que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. Hoje, temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, nos quais professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em 5 serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações (MORAN, 2002). A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No Ensino Fundamental, Médio, Superior e na Pós-graduação. É mais adequada para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação. Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil (MORAN, 2002). As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo. Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes em termos presenciais) - como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade - o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora “entrando”, com sua imagem e voz, na aula de outro professor e assim por diante. Haverá, deste modo, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância. 6 Reflexões sobre NTICs e educação Segundo Belloni (2002), pedagogia e tecnologia (entendidas como processos sociais) sempre andaram de mãos dadas: o processo de socialização das novas gerações inclui necessária e logicamente a preparação dos jovens indivíduos para o uso dos meios técnicos disponíveis na sociedade, seja o arado, seja o computador. O que diferencia uma sociedade de outra e diferentes momentos históricos são as finalidades, as formas e as instituições sociais envolvidas nessa preparação, que a sociologia chama “processo de socialização”. Neste início do século XXI, quando o futuro já chegou, observamos novos modos de socialização e mediações inéditas, decorrentes de artefatos técnicos extremamente sofisticados (como, por exemplo, a realidade virtual) que subvertem radicalmente as formas e as instituições de socialização estabelecidas: as crianças aprendem sozinhas (“autodidaxia”), lidando com máquinas “inteligentes” e “interativas”, conteúdos, formas e normas que a instituição escolar,despreparada, mal equipada e desprestigiada, nem sempre aprova e raramente desenvolve. Do ponto de vista da sociologia, não há mais como contestar que as diferentes mídias eletrônicas assumem um papel cada vez mais importante no processo de socialização, ao passo que a escola (principalmente a pública) não consegue atender minimamente a demandas cada vez maiores e mais exigentes e a “academia” entrincheira-se em concepções idealistas, negligenciando os recursos técnicos, considerados como meramente instrumentais. No setor privado, as escolas respondem “naturalmente” aos apelos sedutores do mercado e se entregam de corpo e alma à inovação tecnológica, sem muita reflexão crítica e bem pouca criatividade, formando não o usuário competente e criativo, como seria desejável, mas o consumidor deslumbrado (BELLONI, 2002). Cabe lembrar o óbvio, como meio de sinalizar a perspectiva desta análise: as inovações educacionais decorrentes da utilização dos mais avançados recursos técnicos para a educação (o que inclui as Tecnologias de Informação e Comunicação, TIC, mas também as técnicas de planejamento inspiradas nas teorias de sistemas, por exemplo) constituem um fenômeno social que transcende o campo 7 da educação propriamente dita, para situar-se no nível mais geral do papel da ciência e da técnica nas sociedades industriais modernas. No capitalismo triunfante da segunda metade do século XX, o avanço tecnológico permitiu não apenas a expansão mundial do industrialismo como também a difusão planetária de uma cultura mínima ou básica, que serve de linguagem comum para a comunicação publicitária, difusora de um discurso tecnocrático que vende ilusões com argumentos científicos. A ciência e o desenvolvimento tecnológico, cujas relações ambíguas poderíamos classificar como incestuosas, adquirem em nossas sociedades contemporâneas um grau de autonomia muito importante, tornando-se as principais forças produtivas da atual fase do capitalismo (MARCUSE, 1968; LASCH, 1983; HABERMAS, 1973; BENAKOUCHE, 2000; BELLONI,1994 APUD BELLONI, 2002). Nos países subdesenvolvidos, porém industrializados e altamente urbanizados; pobres e atrasados cultural e politicamente, mas com bolsões tecnificados e globalizados; nesses países as contradições e as desigualdades sociais tendem a ser agravadas pelo avanço tecnológico. São aqueles países que, tendo sido compelidos a importar os piores malefícios do desenvolvimento (poluição, devastação ecológica, concentração urbana), não puderam exigir ao mesmo tempo os benefícios (o avanço social e político) e continuam sofrendo os problemas típicos de sua situação tradicional (estrutura agrária arcaica, política oligárquica, desemprego estrutural, ignorância, exclusão e miséria), agravados de modo inédito na história pela eficácia tecnológica. As transformações na estrutura produtiva das sociedades capitalistas contemporâneas1 impulsionadas pelo avanço técnico, especialmente em informática e telecomunicações, criaram novos contextos culturais (“cibercultura”, “culturas híbridas” ou simplesmente “paisagem audiovisual”, sem esquecer a “internacional publicitária”), caracterizados por um hibridismo perverso e redutor, que alguns autores consideram como uma espécie de pós-modernidade “avant la lettre”, observável em alguns países da América Latina, especialmente o México 1 Estrutura que se convencionou descrever com base em conceitos como: “fordismo” e “pós- fordismo”, “globalização” e “deslocalização”, “flexibilização” (ou precarização do trabalho), “estado mínimo”, entre outros. 8 (CANCLINI, 1998; YÚDICE, 1991; MATTELART, 1994; BELLONI, 1998 apud BELLONI, 2002). No contexto atual do capitalismo, sobretudo com o sucesso incontestável dos sistemas midiáticos de vocação mundial (televisão e internet), o campo educacional aparece como uma nova fatia de mercado extremamente promissora, na qual o avanço técnico em telecomunicações permite uma expansão globalizada e altas taxas de retorno para investimentos privados transnacionais. Evidentemente, o modelo neoliberal selvagem, aplicado aos países periféricos segundo receitas das agências internacionais, só vem favorecer a expansão de iniciativas mercadológicas de larga escala, colocando nos mercados periféricos, a exemplo do que ocorre há muito no campo da comunicação, produtos educacionais de baixa qualidade a preços nem tão baixos. É aí que se abre o mercado da educação a distância, no qual o uso intensivo das TIC se combina com as técnicas de gestão e marketing, gerando formas inéditas de ensino que podem até resultar, às vezes e com sorte, em efetiva aprendizagem. Neste quadro de dificuldades para os países periféricos como o Brasil, as possibilidades de mudança, no sentido da democratização do acesso aos meios técnicos disponíveis na sociedade e da diminuição das desigualdades sociais, situam-se no nível das escolhas políticas da sociedade, ou seja, da capacidade de a escola e os cidadãos acreditarem – e agirem consequentemente – em uma concepção dos processos de educação e comunicação como meios de emancipação e não apenas de dominação e exclusão (BELLONI, 1995). Acreditar que o usuário tem grande margem de escolha e de autonomia ante as tecnologias de informação e comunicação, como faz o discurso tecnocrático neoliberal do pós-fordismo, faz mais sentido como uma proposta de ação pedagógica do que como uma análise da realidade. Buscar enfocar as possibilidades de autonomia do cidadão consumidor é válido numa perspectiva de mudança, de educação para o exercício dessa autonomia. Essas possibilidades, porém, não são oferecidas pelas novas potencialidades técnicas, que a sociotécnica tende a enfatizar, mas situam-se na capacidade política de os grupos sociais se organizarem em projetos educativos de 9 mudança, de modo a assegurar que os sistemas educacionais de todos os níveis e modalidades sejam capazes de oferecer oportunidades de acesso a estas tecnologias, a todas as crianças e jovens. Não é a natureza mais suave e mais amigável das máquinas que permitirá a apropriação criativa dessas tecnologias, muito antes pelo contrário, estas características técnicas aumentam seu poder de sedução ante o usuário desprevenido (BELLONI, 2002). Internet - Intranet A evolução tecnológica e as novas tecnologias na informação trouxeram às pessoas, e às instituições uma verdadeira revolução nas formas de pensar, de interagir e de viver. O desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) influenciou as mais diversas áreas do conhecimento. Em função do grande fluxo de informação que passou a circular e a democratização do seu acesso, os dias atuais ficaram conhecidos como a “Era da Informação”, termo que o pesquisador espanhol, Manuel Castells (1999), professor do Departamento de Sociologia da University of Califórnia, em Berkeley, Califórnia, Estados Unidos, utiliza em sua trilogia “A era da informação: economia, sociedade e cultura”, para se referir as novas configurações socioeconômicas e culturais do capitalismo mundial, nas quais se passa a ter uma sociedade globalizada, em rede, resultante dos avanços tecnológicos e das novas formas de comunicação e que tem a informação como um de seus elementos centrais. Desta forma, uma das áreas que sentiu fortemente esta mudança foi a educação, uma vez que o surgimento das TIC alterou não só os parâmetros da Educação Presencial, mais do que isso, deu a Educação a Distância (EAD) uma nova perspectiva de trabalho, ampliando o seu alcance e a sua efetividade enquanto modalidade de ensino, já que agora as barreiras de tempo e espaço não existem mais. A tecnologia da informação na concepção de O´Brein (2003), contempla um conjunto de software, hardware, telecomunicações, administração de banco de dados e outras tecnologiasde processamento de informações utilizadas em sistemas de informação computadorizados. 10 Mais difícil do que verificar os pontos negativos desta nova era é aceitar e acompanhar os avanços da tecnologia da informação às pessoas e às organizações. É possível observar que as formas de comunicação estão mudando, estão deixando de ser lentas e demoradas para se tornarem velozes e cada vez mais precisas. Sobre o conceito de tecnologia Ribault et. al. (1995) inferem que “uma tecnologia é um conjunto complexo de conhecimentos, de meios e de Know-how (saber fazer), organizado com vista a uma produção”, explicam também que uma tecnologia resolve um problema e sua criação é indispensável à fabricação de um produto, componente do produto ou para uma transformação no interior de um processo longo e complicado. Nesta concepção a Tecnologia é a soma de conhecimento científico, os meios (ter como fazer) e o Know How (saber fazer) que é a técnica de como fazer. É tudo aquilo útil à comunidade e aplicável. Já Dahab et al (1995) definem tecnologia como “o conjunto de conhecimentos práticos ou científicos, aplicados à obtenção, distribuição e comercialização de bens e serviços”. Nesta conceituação os autores procuram definir para a prática e aplicabilidade da tecnologia, já a abordagem feita por. Ribault et. al, é abrangente pois, abordam o conceito como tendo partes que se completam para formar o todo. Em Corrêa, Gianese e Caone. (2001), encontramos um conceito de competitividade para efeitos de discussão na linha de produção como sendo “Ser competitivo é ser capaz de superar a concorrência naqueles aspectos de desempenho que os nichos de mercado visados mais valorizam”, e abordam os aspectos como sendo: custo percebido pelo cliente; velocidade da entrega; confiabilidade de entrega; flexibilidade das saídas; qualidade dos produtos e serviços prestados ao cliente. A internet, conhecida como a maior implementação de redes de computadores interligadas em rede (Amor, 2000; Laudon e Laudon, 2001), é o conjunto (hardware e software) de TI que teve o maior crescimento e impacto social nos últimos anos. Sua velocidade de expansão impressiona: atingiu 50 milhões de usuários em cinco anos, enquanto outras tecnologias ou formas de comunicação levaram bem mais do que isso. A TV a cabo levou 10 anos para atingir 50 milhões 11 de usuários; o computador levou 11 anos; a televisão, 18 anos; o telefone, 16 anos; e o rádio, 38 anos. Esse crescimento da internet deve-se, em grande parte, ao surgimento da World Wide Web, também conhecida como www, w3 ou web. A web padronizou o armazenamento, recuperação e apresentação da informação, utilizando a tecnologia cliente/servidor (LAUDON; LAUDON, 2001). Por ser eficaz, econômica e utilizar a internet como estrutura-padrão para entrega de conteúdo, grande parte das organizações já adotou o padrão web. A internet liga centenas de milhares de redes individuais em todo o mundo por meio de protocolos que podem ser entendidos como conjuntos de regras que supervisionam as comunicações realizadas pela internet (Amor, 2000). O mais conhecido dos protocolos da internet é o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), que possibilita a troca de mensagens entre os computadores conectados a ela (AMOR, 2000). Existem outros protocolos utilizados na internet que também são conhecidos, como, por exemplo, o HTTP, responsável por assegurar a transmissão de documentos HTML (Hypertext Markup Language). Além da internet, existem ainda outros dois tipos de redes que de certa forma a compõem e utilizam os mesmos protocolos: as intranets e as extranets. A intranet é uma rede organizacional interna que oferece acesso a todos os dados da empresa. Ela utiliza a infraestrutura de rede existente na empresa, juntamente com os padrões de conectividade da internet e softwares desenvolvidos para a web (LAUDON; LAUDON, 2001). Por ser particular é protegida do público em geral por firewalls — sistemas de segurança com software especializado para evitar a invasão de terceiros. As extranets são intranets particulares que permitem acesso limitado para visitantes de fora da empresa. Esse acesso limitado é controlado pelos firewalls que permitem acesso somente dos usuários autorizados. As extranets são importantes para ligar as organizações com clientes ou parceiros comerciais (LAUDON; LAUDON, 2001). A internet está trazendo vários benefícios para as organizações, entre eles: Conectividade e alcance global; 12 Redução dos custos de comunicação; Redução de custo de transação; Redução de custo de operação; Interatividade, flexibilidade e personalização e distribuição acelerada de conhecimento (AMOR, 2000; LAUDON; LAUDON, 2001). Contudo, Young (2001) destaca que entre as oportunidades mais promissoras que a internet oferece para melhorar as operações dos negócios nas organizações estão a entrega de aprendizado e o suporte à performance dos empregados. Rosenberg (2002) acrescenta que a internet é uma tecnologia unificadora que permite que o aprendizado ultrapasse as fronteiras geográficas e organizacionais, as culturas e fusos horários, as linhas de produtos e classificação de clientes, transformando radicalmente o aprendizado nas organizações e levando todos os envolvidos a avaliar novamente a sua função e seu objetivo. A internet cria também, uma flexibilidade de tempo, localização, conteúdo e forma de instrução sem precedentes, onde os estudantes estão potencialmente hábeis a aprender o que eles precisam quando e onde eles quiserem e no formato mais apropriado a suas necessidades, o que está fortalecendo cada vez mais a EAD (GHEDINE, TESTA, FREITAS, 2006). Existem várias tecnologias de apoio para a interação em cursos via Internet. Entre as que suportam a comunicação síncrona, destacam-se os chats, a teleconferência, a videoconferência, os groupware, os tutoriais computadorizados e os GSS (Group Suport Systems). Para a comunicação assíncrona, podem ser citadas as listas de e-mail, os fóruns de discussão, as aulas pré-gravadas distribuídas via Web e as simulações (GHEDINE, TESTA, FREITAS, 2008). 13 O computador e a Inteligência Artificial (IA) Segundo Aguiar e Hermossila (2007) o computador tem sido utilizado na educação durante os últimos 20 anos, demonstrando ser um grande auxílio no processo de ensino/aprendizagem. Este tópico procura apresentar como a inteligência artificial (IA) está contribuindo com novas abordagens, ao permitir a representação de algumas habilidades de raciocínio e conhecimento especialista voltadas ao ensino e aprendizado. Os primeiros sistemas voltados para o ensino através do computador foram o treinamento baseado em computador (CBT - Computer-Based Training) e instrução baseada em computador (CAI - Computer Assisted Instructional) Usualmente, estes sistemas geravam conjuntos de problemas projetados para aumentar o desempenho do estudante em domínios baseados em habilidades, como aritmética e recuperação de vocabulário. Nestes sistemas, a instrução não era individualizada para as necessidades do estudante. A proposta era apresentar um problema ao estudante, registrar a resposta e avaliar seu desempenho. Segundo Beck (1998 apud Aguiar e Hermossila, 2007), as decisões sobre como o estudante deveria navegar através do material era baseada em árvores de decisão. A sequência de perguntas e respostas era dirigida pelos acertos e erros dos estudantes, não sendo consideradas suas habilidades individuais. Nos sistemas CBT e CAI, a maior parte do esforço de desenvolvimento estava dirigida a resolver problemas com o desempenho do tempo de resposta. Eles consideravam que se a informação fosse apresentada ao estudante, ele poderia absorvê-la (URBAN-LURAIN, 1998 apud Aguiar e Hermossila, 2007). Enquanto CBT e CAI podiamser parcialmente efetivos em ajudar os estudantes, eles não forneciam o mesmo tipo de atenção individualizada que podia ser oferecido por um tutor humano. Segundo McArthur (1993 apud Aguiar e Hermossila, 2007), esta atenção poderia ser alcançada através de um sistema que pudesse raciocinar sobre o domínio e sobre o estudante. Neste sentido, surgiu uma nova proposta de sistema: os sistemas tutores inteligentes (ITS - Intelligent Tutoring Systems). 14 Sistemas Tutores Inteligentes Segundo Hall (1990 apud Vaz e Raposo, 2008), os sistemas tutores inteligentes (ITS) são uma composição de diversas disciplinas como psicologia, ciência cognitiva e inteligência artificial. O objetivo principal destes sistemas é a modelagem e representação do conhecimento especialista humano para auxiliar o estudante através de um processo interativo. Sistemas ITS oferecem considerável flexibilidade na apresentação do material e uma maior habilidade para responder às necessidades do usuário. Eles procuram não apenas ensinar, mas como ensinar, aprendendo informações relevantes sobre o estudante, proporcionando um aprendizado individualizado. Estes sistemas alcançam sua inteligência pela representação de decisões pedagógicas sobre como transmitir o material (ensinar), além de informações sobre o estudante. Isto permite uma grande interatividade do sistema com o estudante. Sistemas tutores inteligentes têm sido apresentados como altamente eficientes para a melhora do desempenho e motivação dos estudantes. Existem diversas aplicações para sistemas ITS, nos mais variados domínios do conhecimento. Um interessante exemplo da aplicação de sistemas ITS pode ser encontrado em (KOEDINGER e ANDERSON, 1995 apud Vaz e Raposo, 2008). Eles apresentam um tutor inteligente para a disciplina de álgebra chamado PAT (Practical Algebra Tutor). Neste trabalho, eles reportam os resultados positivos da aplicação de sistemas tutores em larga escala nas escolas de segundo grau. Em Azevedo e Tavares (1998), é descrito um sistema ITS para o ensino de orientação a objetos. Mitrovic (1998 apud Azevedo e Tavares, 198) utiliza um tutor inteligente para o ensino da linguagem SQL (Structured Query Language). É importante notar que a implementação de sistemas ITS trouxeram a tona outras questões pedagógicas. As tecnologias que permitem automatizar métodos tradicionais de ensino e aprendizagem estão também ajudando na criação de novos métodos e redefinindo as metas educacionais. Isto traz algumas dificuldades iniciais, pois os métodos tradicionais de ensino são bem conhecidos e bem definidos, mas os novos métodos precisam ainda ser mais discutidos. Dentre estes novos métodos, 15 poder-se-ia citar aspectos de colaboração, aprendizado por experiências ou visualização. Neste contexto, surgem os ambientes de ensino interativo (ILE - Interactive Learning Environment) que são uma evolução natural dos sistemas ITS, onde se procura endereçar os novos métodos educacionais. Possivelmente a migração de sistemas ITS para ILE é um processo que representa um padrão na educação atual. O objetivo não é apenas ensinar as habilidades tradicionais de forma mais rápida, eficiente e com menos custo. O foco é trabalhar na mudança dos métodos educacionais para redefinir novas metas e aplicá-las também em sala de aula. Os sistemas tutores inteligentes são usualmente definidos através de componentes. Woolf (1992 apud Vaz e Raposo, 2008) identificou quatro componentes principais: módulo estudante, módulo pedagógico, módulo domínio do conhecimento e módulo de comunicação. Em seu trabalho, Woolf considerava que o conhecimento especialista estava representado pelo módulo do domínio. Entretanto, em um trabalho mais recente, Beck (1998 apud Vaz e Raposo, 2008) subdividiu este módulo e definiu um quinto elemento: o módulo especialista. A figura 1 apresenta como estes módulos estão relacionados. Fig. 1 - Interações entre os componentes de um sistema ITS. 16 O módulo estudante armazena informações específicas para cada estudante de forma individual. No mínimo, este módulo deve manter um histórico sobre como o estudante está trabalhando no material em questão. É interessante também manter registro sobre os erros do estudante. O propósito é fornecer dados para o módulo pedagógico do sistema. O módulo especialista deve ter acesso a todas as informações armazenadas (VAZ; RAPOSO, 2008). O módulo pedagógico oferece uma metodologia para o processo de aprendizado. Questões a serem pensadas são: quando revisar, quando e como providenciar informação adicional. As entradas deste módulo são fornecidas pelo módulo estudante. As decisões pedagógicas são feitas de acordo com as necessidades individuais de cada estudante. O módulo do domínio do conhecimento armazena a informação que o tutor está ensinando. A modelagem do conhecimento a ser disponibilizado é de grande importância para o sucesso do sistema como um todo. Critérios de desempenho também devem ser considerados. Deve-se procurar uma representação do conhecimento que esteja preparada para o crescimento incremental do domínio. O módulo especialista deve ter acesso a todas as informações do sistema, incluindo-se o conhecimento global (domínio) e o conhecimento individual de cada estudante. A preocupação deste módulo não é a representação do conhecimento global, mas como um indivíduo representa seu próprio conhecimento através do uso de suas habilidades dentro do domínio. Usualmente, este módulo possui a forma de um sistema especialista capaz de resolver problemas em um dado domínio. Este módulo não deveria realizar apenas a comparação entre as soluções do estudante com a do tutor, mas também a comparação entre as soluções geradas pelos próprios estudantes. O módulo de comunicação está mais voltado para o conceito de interface com estudante. A questão é definir qual será a melhor metáfora com a qual o estudante terá acesso ao sistema. A complexidade para a implementação deste módulo é bastante variável, podendo ser desde simples janelas de diálogo até linguagem natural e reconhecimento de voz. Outra questão a ser considerada é a 17 aplicação de realidade virtual para permitir uma imersão total do estudante no sistema. Sistemas tutores inteligentes representam uma interessante ferramenta para ambientes de aprendizagem. Entretanto, os maiores problemas associados a estes tipos de sistema são seu alto custo financeiro e o elevado tempo de desenvolvimento. Na tentativa de reduzir estes custos, conceitos bem conhecidos da engenharia de software como reutilização e modularidade têm sido utilizados. A questão é desenvolver sistemas ITS de forma incremental, permitindo uma evolução contínua. Um método de ensino que tem sido bastante discutido nos últimos anos é baseado em investigação. Estes sistemas procuram explorar aspectos que os sistemas ITS tradicionais não consideraram. Alguns autores, como McArthur (1993 apud Vaz e Raposo, 2008), acreditam que estes sistemas, de modo genérico, podem ser entendidos como ambientes de ensino interativos (ILE). Os principais princípios associados a estes ambientes são: Construção e não instrução: o objetivo é explorar o fato de que estudantes podem aprender mais efetivamente através da construção de seu próprio conhecimento. O controle é do estudante e não do tutor: a questão é dar mais liberdade para o estudante controlar suas interações no processo de aprendizado. O tutor deve atuar como um guia, e não como o único detentor do conhecimento. A individualização é determinada pelo estudante e não pelo tutor: diferentemente dos sistemas ITS, a personalização da informação é o resultado da interação com o ambiente. Esta responsabilidade pode estar também associada ao sistema, mas o estudante ainda terá uma boa parte do controle de sua individualização. O conhecimento adquirido pelo estudante é resultado de suas interações com o sistema e não com o tutor: a informação adquirida vem como uma função das escolhas e ações do estudante no ambiente de ensino e não como um discurso gerado pelo tutor. 18 Estes princípios apresentam uma clara mudança no enfoque de aprendizado dos sistemas ITS para ambientes ILE. O processo deixa de ser centrado no tutor e passa a ser centrado no estudante. Sendo assim, torna-se necessária uma nova gama de ferramentas computacionais. Estas ferramentas incluem, frequentemente, vídeo interativo ou outras representações gráficas, e permitem aos estudantes investigar e aprender tópicos de forma livre, sem estarem presos a algum tipo de controle externo. TICs, os hipertextos e introdução ao e-learning Conforme Prado e Valente (2002, p. 29) as abordagens de EAD por meio das TIC podem ser de três tipos: Broadcast; Virtualização da sala de aula presencial ou, Estar junto virtual. Na abordagem denominada broadcast, a tecnologia computacional é empregada para “entregar a informação ao aluno” da mesma forma que ocorre com o uso das tecnologias tradicionais de comunicação como o rádio e a televisão. Quando os recursos das redes telemáticas são utilizados da mesma forma que a sala de aula presencial, acontece a virtualização da sala de aula, que procura transferir para o meio virtual o paradigma do espaço-tempo da aula e da comunicação bidirecional entre professor e alunos. O estar junto virtual, também denominado aprendizagem assistida por computador (AAC), explora a potencialidade interativa das TIC propiciada pela comunicação multidimensional, que aproxima os emissores dos receptores dos cursos, permitindo criar condições de aprendizagem e colaboração. Porém, é preciso compreender que não basta colocar os alunos em ambientes digitais para que ocorram interações significativas em torno de temáticas coerentes com as intenções das atividades em realização, nem tampouco pode-se admitir que o 19 acesso a hipertextos e recursos multimediáticos dê conta da complexidade dos processos educacionais (ALMEIDA, 2003). Utilizar as TIC como suporte à EAD apenas para pôr o aluno diante de informações, problemas e objetos de conhecimento pode não ser suficiente para envolvê-lo e despertar nele tal motivação pela aprendizagem, levando-o a criar procedimentos pessoais que lhe permitam organizar o próprio tempo para estudos e participação das atividades, independente do horário ou local em que esteja. Conforme Almeida (2000, p. 79) é preciso criar um ambiente que favoreça a aprendizagem significativa ao aluno, desperte a disposição para aprender, disponibilize as informações pertinentes de maneira organizada e, no momento apropriado, promova a interiorização de conceitos construídos. Inserir determinada tecnologia na EAD não constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o campo do possível. A leitura de um texto não linear (hipertexto) na tela do computador está baseada em indexações, conexões entre ideias e conceitos articulados por meio de links (nós e ligações) que conectam informações representadas em diferentes linguagens e formas tais como palavras, páginas, imagens, animações, gráficos, sons, clips de vídeo, etc. Dessa forma, ao clicar sobre uma palavra, imagem ou frase definida como um nó de um hipertexto, encontra-se uma nova situação, evento ou outros textos relacionados. Portanto, cada nó pode ser ponto de partida ou de chegada, originar outras redes e conexões, sem que exista um nó fundamental. A representação de informações em hipertextos com o uso de distintas mídias e linguagens permite romper com as sequências estáticas e lineares de caminho único, com início, meio e fim fixados previamente. O hipertexto disponibiliza um leque de possibilidades informacionais que permitem ao leitor interligar as informações segundo seus interesses e necessidades, navegando e construindo suas próprias sequências e rotas. Ao saltar entre as informações e estabelecer suas próprias ligações e associações, o leitor interage com o hipertexto e pode assumir um papel mais ativo do que na leitura de um texto do espaço linear do material impresso. Apesar das possibilidades do aprendiz desenvolver a leitura e a escrita com o uso de hipertextos, escolhendo entre um leque de ligações preestabelecidas ou 20 criando novas ligações e percursos não previstos pelo autor do hipertexto, a exploração de hipertextos não dá conta da complexidade dos processos educacionais, cujas atividades se desenvolvem com o uso desses materiais de suporte e, sobretudo, com a interação entre os alunos e entre estes e os formadores, que na EAD, pode ser o professor ou o tutor. Os ambientes digitais e a EAD Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados objetivos. As atividades se desenvolvem no tempo, ritmo de trabalho e espaço em que cada participante se localiza, de acordo com uma intencionalidade explícita e um planejamento prévio denominado design educacional (Campos; Rocha, 1998; Paas, 2002), o qual constitui a espinha dorsal das atividades a realizar, sendo revisto e reelaborado continuamente no andamento da atividade. Os recursos dos ambientes digitais de aprendizagem são basicamente os mesmos existentes na internet (correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de recursos, etc.), com a vantagem de propiciar a gestão da informação segundo critérios preestabelecidos de organização definidos de acordo com as características de cada software. Possuem bancos de informações representadas em diferentes mídias (textos, imagens, vídeos, hipertextos), e interligadas com conexões constituídas de links internos ou externos ao sistema. O gerenciamento desses ambientes diz respeito a diferentes aspectos, destacando-se a gestão das estratégias de comunicação e mobilização dos participantes, a gestão da participação dos alunos por meio do registro das produções, interações e caminhos percorridos, a gestão do apoio e orientação dos formadores aos alunos e a gestão da avaliação. Os ambientes digitais de aprendizagem podem ser empregados como suporte para sistemas de educação a distância realizados exclusivamente on-line, para apoio às atividades presenciais de sala de aula, permitindo expandir as 21 interações da aula para além do espaço-tempo do encontro face a face ou para suporte a atividades de formação semipresencial nas quais o ambiente digital poderá ser utilizado tanto nas ações presenciais como nas atividades à distância. A fim de melhor compreender as diversas metodologias com as quais se desenvolve a educação a distância, com suporte em ambientes digitais de aprendizagem, é importante especificar o significado de alguns termos frequentemente empregados como equivalentes, mas que possuem especificidades relacionadas com as formas como esses ambientes são incorporados ao processo educacional, quer se realizem nas modalidades tradicionais do ensino formal, quer sejam atividades livres ou relacionadas a programas de formação continuada. Educação on-line, educação a distância e e-Learning são termos usuais da área, porém não são congruentes entre si. A educação a distância pode se realizar pelo uso de diferentes meios (correspondência postal ou eletrônica, rádio, televisão, telefone, fax, computador, internet, etc.), técnicas que possibilitem a comunicação e abordagens educacionais; baseia-se tanto na noção de distância física entre o alunoe o professor como na flexibilidade do tempo e na localização do aluno em qualquer espaço. Educação on-line é uma modalidade de educação a distância realizada via internet, cuja comunicação ocorre de forma sincrônicas ou assincrônicas. Tanto pode utilizar a internet para distribuir rapidamente as informações como pode fazer uso da interatividade propiciada pela internet para concretizar a interação entre as pessoas, cuja comunicação pode se dar de acordo com distintas modalidades comunicativas, a saber: Comunicação um a um, ou dito de outra forma, comunicação entre uma e outra pessoa, como é o caso da comunicação via e-mail, que pode ter uma mensagem enviada para muitas pessoas desde que exista uma lista específica para tal fim, mas sua concepção é a mesma da correspondência tradicional, portanto, existe uma pessoa que remete a informação e outra que a recebe; Comunicação de um para muitos, ou seja, de uma pessoa para muitas pessoas, como ocorre no uso de fóruns de discussão, nos quais existe um 22 mediador e todos que têm acesso ao fórum, enxergam as intervenções e fazem suas intervenções; Comunicação de muitas pessoas para muitas pessoas, ou comunicação estelar, que pode ocorrer na construção colaborativa de um site ou na criação de um grupo virtual, como é o caso das comunidades colaborativas em que todos participam da criação e desenvolvimento da própria comunidade e respectivas produções. O e-Learning é uma modalidade de educação a distância com suporte na internet que se desenvolveu a partir de necessidades de empresas relacionadas com o treinamento de seus funcionários, cujas práticas estão centradas na seleção, organização e disponibilização de recursos didáticos hipermediáticos. Porém, devido ao baixo aproveitamento do potencial de interatividade das TIC na criação de condições que concretizem a interação entre as pessoas, a troca de experiências e informações, a resolução de problemas, a análise colaborativa de cenários e os estudos de casos específicos, profissionais envolvidos com o e-Learning vêm denunciando a falta de interação entre as pessoas como fator de desmotivação, de altos índices de desistência e baixa produtividade. Assim, o e-Learning originado no treinamento corporativo segundo a perspectiva de treinamento começa a incorporar práticas voltadas ao desenvolvimento de competências por meio da interação e colaboração entre os aprendizes. Considerado no momento a solução para superar as dificuldades de tempo, deslocamento e espaço físico que comporte muitas pessoas reunidas, o e- Learning está sendo apontado como a tendência atual de treinamento, aprendizagem e formação continuada no setor empresarial. Na EAD em meio digital, pode-se observar que existe um foco central em determinado aspecto, diretamente relacionado com a abordagem educacional implícita, o qual pode ser: O material instrucional disponibilizado, cuja abordagem está centrada na informação fornecida por um tutorial ou livro eletrônico hipermediático. Essa abordagem se assemelha à autoinstrução e distribuição de materiais, chegando a dispensar a figura do professor. 23 O professor, considerado o centro do processo educacional, o que indica abordagem centrada na instrução fornecida pelo professor, que recebe distintas denominações de acordo com a proposta do curso. O aluno, que aprende por si mesmo, em contato com os objetos disponibilizados no ambiente, realizando as atividades propostas a seu tempo e de seu espaço. As relações que podem se estabelecer entre todos os participantes evidenciando um processo educacional colaborativo no qual todos se comunicam com todos e podem produzir conhecimento, como ocorre nas comunidades virtuais colaborativas. Em um mesmo curso à distância, conforme as características da atividade, pode existir alternância entre focos, sendo possível lançar mão de diferentes meios e recursos, tais como hipertextos veiculados em CD-Rom, distribuição de material impresso via correios, vídeos, teleconferências, etc. Porém, sempre há um foco que se sobressai entre os demais e uma concepção educacional subjacente. Autores que se dedicam a estudar EAD, principalmente no setor corporativo, indicam o blended learning como uma tendência potencial da EAD, apontando para a capacidade de um mesmo sistema integrar diferentes tecnologias e metodologias de aprendizagem com o intuito de atender necessidades e possibilidades das organizações, considerar as condições de aprendizagem dos aprendizes visando potencializar a aprendizagem e o alcance dos objetivos. Também denominado e- Learning híbrido, pode englobar auto-formação assincrônicas, interações sincrônicas em ambientes virtuais, encontros ou aulas e conferências presenciais, outras dinâmicas usuais de aprendizagem e diversos meios de suporte à formação, tanto digitais como outros mais convencionais (ALMEIDA 2003). E-Learning Muito já foi escrito sobre o impacto do e-Learning em desenvolvedores de conteúdo, instrutores e gerentes de treinamento. Quando a discussão se vira para os treinandos (alunos), a atenção tende a focar o impacto de menos viagens e 24 menos tempo disponível para seus trabalhos. Mas não se explora o modo como o comportamento do treinando deve mudar quando a pessoa está num ambiente de e- Learning. Para direcionar a maioria dos investimentos em e-Learning, nós precisamos antes questionar como as habilidades que servem bem aos alunos em uma sala de aula ou no processo de aprendizagem se adaptam, ou não, às experiências de um ambiente colaborativo virtual e individual. Precisamos de novas competências para o aprendizado? Será que algumas pessoas não possuem a habilidade para o e- Learning? Novas tecnologias nem sempre exigem novas competências. Invenções e avanços geralmente fazem as coisas funcionarem de modo mais fácil. Um bom exemplo de uma tecnologia que exige dos usuários um novo comportamento para ser eficiente é o sistema ABS de freios para automóveis. O ABS foi estabelecido como equipamento padrão na maioria dos carros fabricados em 1987. O objetivo do sistema ABS é prevenir que os freios do veículo travem, fornecendo mais controle ao motorista. Contudo, desde 1987, nenhuma diminuição significativa em acidentes de automóveis pode ser atribuída ao ABS. Supomos que a razão para isso é que o uso correto do ABS exige do motorista uma técnica diferente para se usar o pedal de freio. Muitos motoristas simplesmente não estão familiarizados com a nova técnica. Eles passaram em seus testes de motorista antes do ABS ser implementado e não precisaram fazer o teste novamente para mostrar que assimilaram a nova tecnologia. Sem uma mudança de comportamento por parte dos motoristas, os benefícios da tecnologia são perdidos. Vamos dar um passo para trás e olhar para um Modelo de Competência do Aluno que se enquadra no contexto da experiência do aprendizado em três níveis: 1. Entre o aluno e o ambiente (auto-orientação); 2. Entre o aluno e o conteúdo; 3. Entre o aluno e o colaborador virtual (colaboração) Competências de auto-orientação - O aprendizado de auto-orientação é qualquer forma de estudo na qual o estudante possui a responsabilidade primária 25 por planejar, executar e avaliar seus esforços. Os alunos bem-sucedidos neste quesito possuem características como autoconhecimento, autossuficiência e autoconfiança. Autoconhecimento é a identificação da necessidade de se aprender algo, e o compromisso com o desenvolvimento desta habilidade ou falta de conhecimento. Autossuficiência é a habilidade de gerenciar a atividade de aprendizado para garantir a conclusão bem-sucedida e a realização dos objetivos estabelecidos. Autoconfiança é a crença de que se é capaz de aprender de um modo auto-orientado. Em outros termos, autoconhecimento significa“Eu preciso aprender”, autossuficiência significa “Eu sou responsável por meu aprendizado” e autoconfiança significa “Eu posso aprender”. Autoconhecimento (“Eu preciso aprender”) O autoconhecimento começa com a pessoa reconhecendo que precisa de algum treinamento. Um aluno de e-learning consegue identificar e priorizar suas habilidades pessoais e as áreas em que precisa desenvolver seu conhecimento. Muitas empresas possuem modelos de desenvolvimento profissional das habilidades e conhecimentos que os funcionários devem ter. Os gerentes e líderes devem ser consultados sobre inputs e conhecimentos que devem ser desenvolvidos, mas sempre que possível o aluno deve buscar testes de avaliação; estes são incluídos com frequência nos programas de treinamento que as companhias disponibilizam para suas equipes. Nas situações aonde a identificação da necessidade de treinamento vem de uma fonte externa, como um gerente ou o departamento de RH, o autoconhecimento exige que o próprio aluno concorde que o treinamento é necessário. Diante de um grande catálogo de opções de treinamento, o autoconhecimento ajuda a diagnosticar melhor qual habilidade deve ser desenvolvida. Por exemplo, uma pessoa pode pensar que precisa de um treinamento em softwares de gerenciamento 26 de projetos, mas talvez precise, de fato, aprender sobre conceitos de planejamento de projetos primeiro. Os motivadores tradicionais para o e-Learning são geralmente fontes sociais, como reconhecimento, conformidade, desenvolvimento de carreira e competição. Para quem possui autoconhecimento, a fonte de motivação deve ser mais orientada para a realização. Alunos bem-sucedidos são motivados por um benefício direto, que seja valioso para eles e que aparece como o resultado do aprendizado completo. Assim como é verdade que para a maioria do aprendizado “on-the job”, uma das melhores maneiras de se manter motivado e não perder o foco é possuir um problema específico para se resolver, ou uma tarefa a completar, que não possa ser feita até que se aprenda o assunto em questão. Sem isso, o aluno deve tentar especificar qual habilidade precisa ser desenvolvida, em termos de carreira ou aspecto pessoal (VAZ; RAPOSO, 2008). Autossuficiência (“Eu sou responsável por meu aprendizado”) Autossuficiência é o gerenciamento eficaz dos recursos tempo e aprendizado. O formato tradicional de ensino condicionou os alunos a serem passivos – a sentar, ouvir e absorver informação, e depois aplicá-la no futuro. Os alunos de e-Learning bem-sucedidos gerenciam seu aprendizado assim como qualquer outra atividade importante: eles estabelecem metas claras, prazos, planos detalhados, recursos seguros, monitoram e documentam seus progressos. Além disso, quando podem, eles também fixam acordos com seus gerentes e outras pessoas que supervisionam seu tempo, para que a atividade de aprendizagem seja uma prioridade. O aprendizado não terá êxito a não ser que o indivíduo tenha um enorme senso de propriedade e responsabilidade quanto ao processo em si. O ambiente do funcionário pode não ser sempre condizente com o aprendizado. Já que a maior parte do e-Learning é feita em um computador em uma mesa de escritório, a proximidade com os colegas, o telefone, e-mail e outras tarefas são distrações inevitáveis. Em casa as distrações também existem, como os membros da família, a televisão, a cozinha. Não há dúvidas de que o e-Learning exige disciplina. 27 Colocar algum cartaz do tipo “Não perturbe” no escritório pode ajudar a afastar os colegas na hora do e-Learning, mas os alunos bem-sucedidos em seus cursos, além disso, irão fechar seu programa de e-mail, desligar os telefones e limpar seu espaço de qualquer distração. Eles reconhecem e removem todas as fontes possíveis de distração. (TV, telefone, etc.). Autoconfiança (“Eu posso aprender”) Aqueles que se acostumaram a ter o ensino organizado e preparado por outras pessoas podem não ter confiança em sua capacidade de aprender por conta própria. Embora a colaboração virtual e os tutores estejam cada vez mais presentes nos cursos, nas situações em que os alunos estão completamente sozinhos, a falta de um feedback externo pode fazê-los questionar seu progresso e cumprimento das metas. Alunos confiantes reconhecem que o constrangimento às vezes causado por um erro num ambiente normal de sala de aula são minimizados num ambiente de e- Learning, e então se dispõe a correr riscos maiores. Os alunos que se saem bem num ambiente de e-Learning identificam maneiras ativas de testar e aplicar seu conhecimento adquirido, e se recompensam pelo próprio sucesso. Competências Metacognitivas Metacognição se refere a um estado avançado de pensamento que envolve o controle ativo dos processos cognitivos relacionados a e-Learning. Em termos mais simples, metacognição é “pensar sobre o modo como você pensa”. Pensamentos metacognitivos são planejados, deliberados, objetivamente direcionados e orientam o comportamento para o futuro, de modo que podem ser usados para realizar tarefas cognitivas. Alunos de e-Learning bem-sucedidos possuem um sólido entendimento do processo de aprendizado, possuem suas próprias orientações acerca dele, e sabem como estruturar suas atividades de aprendizado (“Eu sei como eu aprendo”). Eles também possuem a capacidade de avaliar seu progresso objetivamente (“Eu sei se estou aprendendo”). 28 Processo de Aprendizado (“Eu sei como eu aprendo”) Os alunos de e-Learning são em grande parte responsáveis pela estrutura de seu processo de aprendizagem, eles precisam entender como se aprende. Isto possibilita a criação e o planejamento de um programa de estudo que funcione melhor para eles. As premissas da teoria de aprendizado dos adultos são bem conhecidas daqueles que planejam e oferecem treinamento, mas na maioria das vezes são um mistério para os treinandos. Independente do modelo usado, os alunos de e-Learning bem-sucedidos entendem os princípios básicos da teoria de aprendizado dos adultos, reconhecem seu próprio estilo de estudo e suas orientações e estruturam sua experiência de e-Learning usando as estratégias que serão mais eficientes para o seu caso. Algumas técnicas adotadas por alunos de e-Learning bem-sucedidos incluem: Revisões do conteúdo estudado; Anotações; Revisões de tópicos compreendidos anteriormente e tópicos relacionados ao assunto; Desenvolvimento de modelos (diagramas, tabelas, etc) que organizem a informação de modo que elas tenham um significado pessoal; Associação de novas informações a assuntos já aprendidos para a aplicação do conhecimento em uma situação mais complexa e difícil. Auto-Avaliação (“Eu sei se estou aprendendo”) Um aspecto crítico do processo de e-Learning é uma honesta e exata auto- avaliação. Ela se distingue da habilidade de autossuficiência de monitorar o progresso frente a um plano, desde que o foco não esteja no cumprimento das tarefas e na resposta dos testes, mas se o aprendizado está sendo mesmo real. Alunos de e-Learning bem-sucedidos buscam oportunidades para aplicar seus novos conhecimentos, e medem seus resultados objetivamente, sempre respeitando suas intenções originais de aprendizado primeiro lugar. Eles também 29 avaliam se estão gerenciando de forma eficiente seu processo de aprendizado. Os alunos mais avançados podem até mesmo chegar ao ponto de identificar se há um impacto nos negócios ou um retorno sobre o investimento em seus esforços de aprendizagem. Competências de Colaboração As competências de colaboração são aquelas necessárias quando se participa de uma atividade online síncrona ou assíncrona, o que pode incluir sessões de chat, troca de e-mails, fóruns de discussão, mensagens instantâneas e classes virtuais. Dois temas principais dominam as competências desta área. Primeiro: no aprendizadocolaborativo online, toda a linguagem corporal, e em muitos casos, o tom de voz, não estão presentes. Segundo: no modo assíncrono, os colaboradores, incluindo os tutores e pares, podem não estar envolvidos no processo de aprendizado ao mesmo tempo. Os alunos bem-sucedidos em e-Learning precisam ter competências em comunicação virtual, reação assíncrona e feedback virtual. Comunicação Virtual (“Eu sei o que você quer dizer e você sabe o que eu quero dizer”) Fala: nós estamos acostumados a nos comunicarmos com nossos corpos quando usamos a voz. Pessoas que costumam se expressar bem em uma sala de aula virtual se parecem com aquelas personalidades talentosas de rádio ou com dubladores de desenho animado: eles sabem usar seus corpos quando falam, e sabem como usar o ritmo, o volume e as pausas para expressas suas intenções e sentimentos. Audição: Uma audição ativa num ambiente de colaboração virtual se torna mais difícil pela ausência da observação da linguagem corporal. A atenção deve ser maior para as variações no tom de voz, assim como tentar se antecipar à direção que os tutores irão tomar, além da preocupação em fazer perguntas claras, refazê- las quando preciso e resumi-las, quando solicitado. Escrita: A escrita numa sala de chat, num fórum de discussão ou num e- mail deve ser clara, concisa e livre de erros de lógica e gramaticais. Uma das 30 vantagens do ambiente assíncrono, assim como dos fóruns de discussão é que o aluno tem tempo para checar as informações, refletir e se posicionar perante elas antes de publicar sua opinião. A inteligência do colaborador será julgada pela qualidade de sua escrita. Para construir relacionamentos com os colaboradores virtuais, o aluno de e-Learning deve deixar sua personalidade se manifestar em sua escrita. Leitura: Ao ler textos escritos por outras pessoas, deve-se tomar cuidado para não se ater somente ao que foi escrito. Muitas das habilidades auditivas mencionadas acima também se aplicam à leitura. Reações Assíncronas (“Eu estou aqui”) Ferramentas assíncronas, assim como as listas de discussão e trocas de e- mail podem ser fáceis de ignorar ou podem levar muito tempo para serem respondidas. Evitar confrontos nesses casos é muito simples, basta ignorar as mensagens de quem você discorda. E é mais fácil manter a informação guardada quando se está em um ambiente de competição. Ser um bom “cidadão virtual” significa compartilhar as informações abertamente, respeitando a opinião dos outros e participando prontamente das atividades assíncronas. Aqueles que não demonstram estas habilidades podem facilmente ser dispensados por seus colaboradores virtuais. Feedback Virtual (“Como estou me saindo?”) Um treinamento em sala de aula conduzido por um instrutor não precisa necessariamente oferecer aos treinandos um feedback formal, mas eles inevitavelmente terão um feedback informal baseado no seu comportamento individual. Alunos de e-Learning precisam saber como solicitar feedback de forma oportuna e regular. Algumas atividades virtuais de colaboração não possuem nem mesmo um instrutor para controlar o processo. Sendo assim, é necessário solicitar o feedback dos pares. Alunos de e-Learning devem entender o tipo de feedback que eles precisam, e quem poderá oferecer este feedback a eles. Eles devem buscar e oferecer um 31 feedback que focalize o desempenho específico, e o relacione aos objetivos e às expectativas do treinamento, seus efeitos, e suas consequências. Além disso, os alunos de e-Learning bem sucedidos devem oferecer aos facilitadores um feedback das atividades e se certificarem de que as sessões online correspondem às suas necessidades no que diz respeito ao ritmo e compreensão. Enfim, o e-learning rompe barreiras geográficas e temporais. Outra vantagem do e-learning está relacionada a reprodução do conteúdo. Uma vez montado o curso para um aluno, a sua reprodução para dois, centenas, ou milhares de alunos pode ser feita a um custo marginal insignificante. Com um curso tradicional, o máximo que se consegue é montar turmas de alunos, até se completar todo o universo que se pretenda atingir numa escala crescente de custos, energia e tempo dispendido. Evidentemente, isso sugere que, para poucos alunos, talvez um treinamento convencional seja a solução mais adequada que o e-learning. Por outro lado, pensando em termos de políticas públicas de ensino, onde o universo se mede não em milhares, mas em milhões de candidatos à instrução, é possível que o e- learning, venha a representar uma verdadeira revolução na geração de conhecimento. É importante ressaltar, que o e-learning não veio para substituir o ensino tradicional, da mesma forma que a Internet, não substitui a TV que, por sua vez, não fez desaparecer o rádio. O e-learning é uma nova ferramenta potencializada pela Internet e perfeitamente ajustada às características de nosso tempo, marcado pela agilidade, velocidade e gigantescos volumes de informação a serem digeridos. No que se refere às empresas e à educação, o objetivo não deve ser simplesmente substituir a forma de ensino tradicional pelo e-learning, mas sim, utilizar essa ferramenta na medida adequada às suas necessidades. De tal forma que os objetivos da organização/instituição sejam plenamente atingidos. 32 REFERÊNCIAS AGUIAR, Juliana; HERMOSILLA, Lígia. Aplicações da Inteligência Artificial na Educação. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE PSICOLOGIA. Ano IV – Número 06 – Fevereiro de 2007 – Periódicos Semestral. ALMEIDA, M. B. E. O computador na escola: contextualizando a formação de professores. São Paulo: Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2000. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. 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( ) pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. a)3,1,2 b)2,1,3 c)1,2,3 d)3,2,1 2)Ao conjunto de conhecimentos práticos ou científicos, aplicados à obtenção, distribuição e comercialização de bens e serviços damos o nome de: a)informação b)comunicação c)evolução d)tecnologia 3) É uma rede organizacional interna que oferece acesso a todos os dados da empresa: a)intranet b)internet c)ITS d)n.r.a. Thaline Carbonaro Realce Thaline Carbonaro Realce Thaline Carbonaro Realce 35 4) Os sistemas tutores inteligentes são usualmente definidos através de componentes. Woolf (1992 apud Vaz e Raposo, 2008) identificou quatro componentes principais. Qual das opções abaixo se relaciona com o módulo estudante? a) armazena informações específicas para cada estudante de forma individual. b) oferece uma metodologia para o processo de aprendizado. c) armazena a informação que o tutor está ensinando. d)n.r.a. 5) Na EAD em meio digital, pode-se observar que existe um foco central em determinado aspecto, diretamente relacionado com a abordagem educacional implícita, o qual pode ser... Assinale a alternativa correta: a)Somente o aluno b)O aluno e o professor c)O material disponibilizado e o professor d)o material disponibilizado, o aluno e o professor 6) Segundo Belloni (2002), pedagogia e tecnologia (entendidas como processos sociais) sempre andaram de mãos dadas: o processo de socialização das novas gerações inclui necessária e logicamente a preparação dos jovens indivíduos para o uso dos meios técnicos disponíveis na sociedade.. O que diferencia uma sociedade de outra? Marque a opção correta. A- ( ) diferentes momentos históricos e as finalidades, B- ( ) as instituições sociais C-( ) A sociedade em geral D- ( ) diferentes momentos históricos , as finalidades, as formas e as instituições sociais envolvidas nessa preparação, que a sociologia chama “processo de socialização Thaline Carbonaro Realce Thaline Carbonaro Realce Thaline Carbonaro Realce 36 7) As extranets são importantes para ligar as organizações com clientes ou parceiros comerciais (LAUDON; LAUDON, 2001).A internet está trazendo vários benefícios para as organizações. Marque a opção incorreta A- ( )Conectividade e alcance global; B- ( )Redução dos custos de comunicação; C- ( )Redução de custo de transação e Redução de custo de operação D- ( )A inflexibilidade na despersonalização e distribuição acelerada 8) Segundo Hall (1990 apud Vaz e Raposo, 2008), os sistemas tutores inteligentes (ITS) são uma composição de diversas disciplinas como psicologia, ciência cognitiva e inteligência artificial. O objetivo principal é : A- ( ) a modelagem e representação do conhecimento especialista B- ( ) a não modelagem e representação do conhecimento especialista humano para auxiliar o estudante através de um processo interativo C – ( ) a modelagem e representação do conhecimento especialista humano para auxiliar o estudante através de um processo interativo E- ( ) Todas as assertivas estão corretas 9 ) A educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual) . Marque a opção errada A- ( )A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, nos quais professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. B- ( )A semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. C- ( ) As assertivas A E B estão corretas D- ( ) Nenhuma assertiva é correta. Thaline Carbonaro Realce Thaline Carbonaro Realce Thaline Carbonaro Realce 37 10 ) Conforme Prado e Valente (2002, p. 29) as abordagens de EAD por meio das TIC podem: A- ( ) Broadcast; B – ( ) Virtualização da sala de aula presencial ou, C- ( ) As assertivas A E B estão corretas D- ( ) Nenhuma assertiva é correta. GABARITO Nome do aluno:_______________________________________ Matrícula:___________ Curso:_______________________________________________ Thaline Carbonaro Realce 38 Data do envio:____/____/_______. Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 D Questão 7 D Questão 8 C Questão 9 c Questão 10 C
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