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INTERVENÇÕES CONCLUIDO

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FACULDADE AGES DE MEDICINA 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE MEDICINA 
 
 
ANA LUIZA QUINTINO SPÍNOLA 
EDUARDO JANSEN 
IASMIM PACHECO REZENDE 
LEILANE SILVA PESSOA 
SABRINY ALVES SOUSA 
 
 
 
 
PROJETO DE INTERVENÇÃO A ESTRUTURA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO LEADER, 
MUNICÍPIO DE JACOBINA, ESTADO DA BAHIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACOBINA/BAHIA 
2022 
INTRODUÇÃO 
A estrutura de uma unidade de saúde da família estabelece limite e organização do trabalho, 
na perspectiva da ambientação. Não há uma padronização das estruturas físicas das Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) para o trabalho das ESF, mas é preciso que estruturalmente exista uma 
boa base para acolhimento e auxílio no município, sem que exista dificuldade estrutural para 
atender a demanda da população. Desta forma, este projeto de intervenção visa estudar e 
esclarecer como deve ser o funcionamento estrutural, assim como, elevar o nível de 
atendimento e acolhimento dos pacientes dessa unidade, visando um melhor atendimento e 
relação saúde-paciente na Unidade de Saúde do Leader, município de Jacobina, Estado da 
Bahia. 
O município de Jacobina está localizado no Estado da Bahia, com uma população de 80.749 
habitantes estimada em 2021 (IBGE, 2021). A UBS encontra-se localizada na Rua Roberio Dias, 
S/N, bairro do Leader e está constituída de uma médica, uma enfermeira, uma recepcionista, 
uma auxiliar de farmácia, dois higienizadores, seis agentes comunitários de saúde e duas 
técnicas de enfermagem. A UBS abrange um total de 3205 pessoas. No bairro do Leader, a 
UBS tem uma ótima localização, de fácil encontro, mas existem algumas problemáticas que 
foram identificadas por nós como grupo. 
O principal problema encontrado foi à construção do lugar, que foi constituído em cima de 
uma antiga escola que já existia. Desta forma, isso vem gerando certos transtornos para o 
atendimento da população, como por exemplo, o fato da sala de atendimento ser muito 
grande, do tamanho de uma sala de aula. Isso faz com que o local possua uma escassa 
estrutura de UBS, uma desorganização e pouco aproveitamento de espaço, e que durante as 
entrevistas/anamnese o paciente e o profissional médico tenham dificuldade na comunicação, 
gerando assim, a falta ou o pouco fortalecimento de laços e confiança na relação médico-
paciente e probabilidade maior de erros tanto no tratamento quanto nos diagnósticos desses 
pacientes. Sendo assim, observarmos a importância do que é ter uma estrutura adequada para 
uma UBS para que exista um adequado acompanhamento e recepção dos pacientes que 
necessitam do serviço de saúde. 
Outra problemática encontrada devido à estrutura da UBS foi o fato de não ter campanha para 
vacinar a população por falta de geladeiras para o correto armazenamento das vacinas e a 
falta também de profissionais especializados em vacinação. A sala de triagem é junto com a 
sala de procedimentos, desta forma, não haveria uma sala para vacinação. Foi observado 
também que as salas não são climatizadas e são demasiado altas para os parâmetros de 
normalidade, do que seria ideal para receber insumos para campanhas de vacinação. Notamos 
o quanto é importante que a população do bairro possa se vacinar no mesmo local onde mora, 
sem que tenha que percorrer longas distâncias para isso, e que é ainda mais difícil que 
busquem por isso principalmente quando ainda são impossibilitados de ir devido a patologias, 
e assim acabam não se vacinando. 
Ainda foi possível notar, pelo grupo, que falta estrutura que garanta a segurança para o 
paciente que tenha dificuldades de ter acesso devido a pouca mobilidade, como é para os 
cadeirantes, idosos e crianças com algum tipo de deficiência. É de suma importância que 
atualmente a população pertencente a qualquer serviço de saúde possa receber atendimento 
respeitando os princípios do SUS, como o princípio de equidade. Pensando nisso, os pacientes 
do Leader deveriam receber igual oferta de estrutura na atenção primária para seu 
atendimento e benefício como qualquer outro paciente atendido em qualquer outra UBS. 
Por fim, também foi notada a falta de profissionais especialistas para atender patologias 
psiquiátricas/psicossociais e odontológicas. Uma vez identificada essas demandas, pode-se 
notar ainda mais esse déficit durante as consultas. 
JUSTIFICATIVA 
A UBS do Leader tem uma população total de 3205 pessoas. Observamos que existem muitos 
pacientes que necessitam de um atendimento específico e que requer algum cuidado especial. 
Além disso, um grande número de pacientes não se consultam presencialmente na UBS e 
recebem atendimento em domicílio. Com isso, nota-se a necessidade de garantir que tais 
pacientes consigam cumprir seu tratamento de forma eficaz, fazendo mudanças estruturais na 
UBS para que ela seja capaz de fornecer o atendimento necessário e de qualidade aos seus 
pacientes. Através das práticas discutimos sobre o tema o que motivou em nós, alunos, o 
interesse em aprofundar neste tema. Com isso, a presente intervenção visou conhecer as 
principais problemáticas e necessidades do local e realizar intervenções que poderiam 
contribuir para o seu melhor funcionamento e para a melhoria da qualidade de vida destes 
pacientes. 
OBJETIVOS 
Objetivo geral 
Criar uma intervenção que vise garantir uma estrutura de UBS para atendimento das 
demandas populacionais na área da saúde, uma vez que a portaria 2.226/09 do Ministério da 
Saúde garanta que toda Unidade de Saúde da Família deveria ter sala de espera, podendo ser 
conjunta com a recepção; consultório; consultório odontológico; sala de procedimentos; sala 
exclusiva de vacinas; sala de curativos; sala de reuniões; copa/cozinha e área de depósito, 
entre outros. 
Objetivos específicos 
 Reduzir o tamanho das salas para proporcionar uma melhor aproximação entre 
médico-paciente. 
 Implementar um ambiente climatizado; um ambiente ideal e estruturalmente de PSF. 
 Garantir que o PSF tenha lugar para armazenar vacinas. Garantir que tenha equipe 
treinada para vacinação da população. 
 Garantir acesso através de rampas para cadeirantes, corrimão para idosos e escadas 
quando acesso é mais restrito. 
 Contratar odontólogo e psiquiatra para a unidade já que existe grande demanda para 
população da área.· 
METODOLOGIA 
Os dados e informações foram obtidos através de observações e a coleta de informação com a 
equipe e o profissional médico no tempo em que foram feitas as práticas na unidade de saúde 
da família do Leader, com o objetivo de identificar e priorizar tais problemas identificados. 
Todas as informações recolhidas foram anotadas e discutidas com a equipe da UBS, onde 
foram feitas reflexões sobre a realidade encontrada na área. 
REVISÃO DE LITERATURA 
A Atenção Primária à Saúde, no Brasil, se desenvolveu de duas formas: no modelo da 
Programação em Saúde, nos anos 1970, e no modelo do Programa de Saúde da Família, nos 
anos 1990. O modelo da Programação em Saúde teve origem na atuação da Saúde Pública, no 
século XX, no momento em que se trabalhava na perspectiva da integração dos serviços de 
saúde pública com os serviços de assistência médica. Já a organização dos serviços de Atenção 
Primária à Saúde nos moldes do Programa Saúde da Família é mais recente, tendo sido 
proposto pelo Ministério da Saúde em 1996. Este programa é uma estratégia de 
universalização da atenção à saúde e reorientação do sistema de saúde no Brasil para ações de 
promoção, prevenção da saúde e assistência à saúde, de maneira integrada, em um território 
definido. 
 A assistência à saúde no Brasil, advinda do Sistema Único de Saúde, é realizada por meio de 
Redes de Atenção à Saúde, definidas como arranjos organizativos de ações e serviços de 
saúde. De diferentes densidades tecnológicas e integradas por meio de sistemas de apoio 
técnico, logístico e de gestão, estas buscam garantir a integralidade do cuidado e promover a 
integração sistêmica de ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua,
integral, 
de qualidade, responsável e humanizada. Para isto, as Redes de Atenção à Saúde têm a 
Atenção Primária à Saúde, por meio da Estratégia Saúde da Família, como o centro de 
comunicação da Rede. Passados vinte anos da criação do Programa Saúde da Família, 
atualmente conhecido como Estratégia Saúde da Família, observa-se a preocupação com sua 
estruturação e fortalecimento, visto que para que as atividades propostas na Estratégia Saúde 
da Família sejam desenvolvidas com qualidade é necessário não só a ampliação na cobertura 
da população assistida, mas também que as Unidades Básicas de Saúde tenham uma estrutura 
mínima. 
 Diante disso, foi criada a Portaria 2.226/2009 pelo Ministério da Saúde com a finalidade de 
instituir, no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica, o Plano Nacional de Implantação de 
Unidades Básicas de Saúde para Estratégia Saúde da Família. A Portaria estabelece que a 
estrutura física mínima necessária para as Unidades Básicas de Saúde deve conter: sala de 
espera, podendo ser conjunta com a recepção; consultório; consultório odontológico; sala de 
procedimentos; sala exclusiva de vacinas; sala de curativos; sala de reuniões; copa/cozinha; 
área de depósito de materiais de limpeza; sanitário para o público, adaptado para pessoas com 
deficiência; banheiro para funcionários; sala de utilidades/apoio à esterilização; depósito de 
lixo; e abrigo de resíduos sólidos (expurgo). Podem conter ainda: almoxarifado; 
administração/gerência; e sanitário exclusivo para pessoas com deficiência. 
 PLANO DE INTERVENÇÃO 
A proposta de intervenção é relacionada a um dos problemas de prioridade na unidade. As 
principais situações identificadas foram relacionadas a falta de padronização da estrutura da 
unidade para executar atendimento e acolhimento de qualidade e adequado pela equipe ao 
paciente, sendo elas: 
 As salas no PSF do Leader são salas de aula, já que a unidade foi estabelecida numa 
antiga escola. 
 A sala de atendimento é muito grande e, desta forma, tem muito eco, o que por vezes 
impossibilita que o médico escute bem a demanda do paciente e que, inclusive, o 
paciente não entenda bem o médico. 
 Não tem vacinação no PSF. Primeiro porque faltam geladeiras específicas para o 
armazenamento apropriado das vacinas e segundo porque falta de profissional 
especializado. 
 Não há na unidade estrutura que possibilite fácil acesso de cadeirantes e idosos às 
salas de atendimento e triagem. 
 Faltam profissionais médicos especialistas (odontólogo e psiquiatra). 
Instituição: Unidade de Saúde da Família do Leader 
Intervenção: Estrutura 
Objetivos: Adequar à estrutura das salas de atendimento, triagem/enfermaria com as normas de funcionamento de um PSF. 
 
Problema Metas Ações Problemas Atividades Responsabilidade Indicadores Avaliação 
1. Falta de 
padronização da 
estrutura da 
unidade para 
executar 
atendimento e 
acolhimento de 
qualidade e 
adequado pela 
equipe ao 
paciente nesta 
unidade. 
2. As salas no 
PSF do Leader 
são salas de 
aula, já que a 
unidade foi 
estabelecida 
numa antiga 
escola. 
3. A sala de 
atendimento é 
1. Garantir um 
espaço de 
acolhimento, 
onde ofereça 
ao paciente 
conforto, sigilo, 
descrição e 
confidência. 
2. Garantir um 
bom espaço de 
trabalho para o 
profissional 
médico e para 
toda equipe. 
3. Garantir a 
qualidade do 
atendimento 
prestado pela 
UBS. 
4. Garantir 
acesso de toda 
1.Reduzir o 
tamanho das 
salas para 
proporcionar 
uma melhor 
aproximação 
entre médico-
paciente. 
2. Implementar 
um ambiente 
climatizado; um 
ambiente ideal 
e 
estruturalmente 
de PSF. 
3. Garantir que 
o PSF tenha 
lugar para 
armazenar 
vacinas. 
Garantir que 
tenha equipe 
1. As salas no 
PSF do líder são 
salas de aula, já 
que a unidade 
foi estabelecida 
numa antiga 
escola. 
2. A sala de 
atendimento é 
muito grande e, 
desta forma, 
tem muito eco, o 
que por vezes 
impossibilita que 
o médico escute 
bem a demanda 
do paciente e 
que, inclusive, o 
paciente não 
entenda bem o 
médico. 
3. Não tem 
1. Confeccionar 
e conferir 
regras e leis 
para 
funcionamento 
estrutural de 
uma UBS. Qual 
a licença para 
funcionamento, 
onde podem 
ser 
implementadas 
e construídas, 
além da licença 
de 
funcionamento 
correto. 
2. Trabalhar 
melhor com o 
espaço, 
podendo haver 
subdivisões na 
sala de 
1. Prefeitura e 
secretaria de 
saúde. 
2. Prefeitura e 
secretaria de 
saúde. 
3. Secretaria de 
saúde e equipe do 
PSF. 
4. Prefeitura e 
secretaria de 
saúde. 
5. Equipe de saúde 
da UBS, prefeitura 
e secretaria de 
saúde. 
 
Segurança do 
paciente. 
Satisfação do 
usuário. 
Satisfação da 
Equipe. 
 Indicadores de 
qualidade do 
serviço prestado 
pelo médico 
enfermagem e 
pela equipe da 
UBS. 
 
Mensal. 
 
Mensal. 
 
Mensal. 
 
Mensal. 
Mensal. 
 
 
 
 
muito grande e, 
desta forma, 
tem muito eco, 
o que por vezes 
impossibilita 
que o médico 
escute bem a 
demanda do 
paciente e que, 
inclusive, o 
paciente não 
entenda bem o 
médico. 
4. Não tem 
vacinação no 
PSF. Primeiro 
porque faltam 
geladeiras 
específicas para 
o 
armazenamento 
apropriado das 
vacinas e 
segundo porque 
falta de 
profissional 
especializado. 
5. Não há na 
unidade 
população a 
unidade. 
5. Garantir que 
todas as 
demandas 
patológicas dos 
pacientes 
sejam bem 
atendidas. 
 
treinada para 
vacinação da 
população. 
4. Garantir 
acesso através 
de rampas para 
cadeirantes, 
corrimão para 
idosos e 
escadas quando 
acesso é mais 
restrito. 
5. Contratar 
odontólogo e 
psiquiatra para 
a unidade já 
que existe 
grande 
demanda para 
população da 
área. 
 
vacinação no 
PSF. Primeiro 
porque faltam 
geladeiras 
específicas para 
o 
armazenamento 
apropriado das 
vacinas e 
segundo porque 
falta de 
profissional 
especializado. 
4. Não há na 
unidade 
estrutura que 
possibilite fácil 
acesso de 
cadeirantes e 
idosos às salas 
de atendimento 
e triagem. 
 
atendimento. 
3. Treinamento 
e educação em 
Serviço para os 
profissionais de 
enfermagem 
que trabalham 
na unidade. 
Tanto quanto 
aos cartões 
vacinais quanto 
em de que 
forma é feita as 
vacinas. 
Fazer uma 
requisição à 
prefeitura e ao 
secretário de 
saúde para 
insumos, 
geladeiras 
adequadas e 
materiais para 
começar a fazer 
campanhas de 
vacinação na 
unidade. 
4. Garantir que 
estrutura que 
possibilite fácil 
acesso de 
cadeirantes e 
idosos às salas 
de atendimento 
e triagem. 
6. Faltam 
profissionais 
médicos 
especialistas 
(odontólogo e 
psiquiatra). 
 
 
 
 
 
esse paciente 
receba 
atendimento 
adequado ainda 
que não tenha 
estrutura 
adequada para 
seu 
recebimento. 
5. Garantir que 
a população 
que acesse a 
UBS 
necessitando 
de serviço 
especializado 
possa ter 
acesso a ele, 
gerando a 
fazendo chegar 
a demando ao 
secretário de 
saúde. 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Com o presente estudo pudemos identificar os principais problemas que assolam a UBS do 
Leader, assim como, priorizar suas demandas mais urgentes, a parte de encontrar possíveis 
soluções para os problemas relacionados com a estrutura da unidade. Esse conhecimento foi 
essencial para conseguirmos criar uma intervenção que objetivasse a melhoria dos 
atendimentos e possibilitar melhor conforto e acolhimento a eles. Com isso, destaca-se a 
importância de se conhecer sobre o funcionamento de uma unidade para prevenir, assim 
como, evitar possíveis consequências de impacto nas relações médico-pacientes. As ações e 
propostas neste estudo foram fundamentais para conhecer e poder criar um plano de 
intervenção direcionado a estes pacientes e comunidade, visto que a falta de informações 
representa um perigo para esta e para as próximas gerações. 
REFERÊNCIAS 
Gomes, R. N., Portela, N. L., Pedrosa, A. d., Monte, L. R., Cunha, J. D., & Soares, T. R. (05 de 
Maio de 2015). Avaliação da estrutura física de Unidades Básicas de Saúde. Recuperado el 05 
de Agosto de 2022, de 
https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/14498/1/2015_art_rnsgomes.pdf
Ministério da Saúde. (2008). MANUAL DE ESTRUTURA FÍSICA DAS UNIDADES BÁSICAS DE 
SAÚDE. Recuperado el 05 de Agosto de 2022, de 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_fisica_ubs.pdf 
 
 
 
 
FACULDADE AGES DE MEDICINA 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE MEDICINA 
 
 
ANA LUIZA QUINTINO SPÍNOLA 
EDUARDO JANSEN 
IASMIM PACHECO REZENDE 
LEILANE SILVA PESSOA 
SABRINY ALVES SOUSA 
 
 
 
 
PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO LEADER, MUNICÍPIO DE JACOBINA, ESTADO DA 
BAHIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACOBINA/BAHIA 
2022 
INTRODUÇÃO 
A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença que acomete grande parte da população e o 
seu não tratamento ocasiona graves consequências para os acometidos. A saúde do paciente 
hipertenso é considerada um desafio para os profissionais e serviços de saúde. Este projeto de 
intervenção visa esclarecer e aumentar o conhecimento e informações dos pacientes 
cadastrados com HAS na Unidade de Saúde do Leader, município de Jacobina, Estado da Bahia. 
O presente trabalho tem como principal objetivo elevar o nível de conhecimento dos pacientes 
hipertensos, visando a prevenir e reduzir as doenças cerebrovasculares e cardiovasculares. 
O município de Jacobina está localizado no Estado da Bahia, com uma população de 80.749 
habitantes estimados em 2021 (IBGE, 2021). A UBS encontra-se localizada na Rua Roberio Dias, 
S/N, bairro do Leader e está constituída de uma médica, uma enfermeira, uma recepcionista, 
uma auxiliar de farmácia, dois higienizadores, seis agentes comunitários de saúde e duas 
técnicas de enfermagem. A UBS abrange um total de 3205 pessoas, sendo 235 portadores de 
diabetes e hipertensão. No bairro do Leader, a HAS é uma doença crônica muito prevalente na 
população. Sendo assim, observou-se a importância de acompanhar esses pacientes para ter 
um controle no tratamento, assim como, para esclarecer os fatores de riscos para evitar 
possíveis complicações. O acompanhamento desses pacientes nos permite planejar e adequar 
ações para o aumento da qualidade de vida, entretanto, fatores e dificuldades encontradas na 
adesão ao tratamento devido a tabagismo, etilismo, alimentação inadequada, sedentarismo, e 
em alguns caso o difícil acesso por viverem em zona rural. 
JUSTIFICATIVA 
A UBS do Leader tem uma população total de 3205 pessoas, sendo 235 portadores de diabetes 
e hipertensão cadastrados, havendo uma alta incidência de casos, demonstrando a 
necessidade de atenção a estes pacientes para evitar as complicações da doença. Observamos 
que existe um número grande de pacientes com má adesão ao tratamento. Com isso, nota-se 
a necessidade de garantir que tais pacientes consigam cumprir seu tratamento de forma 
eficaz, fazendo mudanças nos hábitos de vida e alimentação. Através das práticas discutimos 
sobre o tema o que motivou em nós alunos o interesse em aprofundar neste tema, visto que 
observamos a existência de problemas relacionados como o tabagismo, sedentarismo, 
alcoolismo e hábitos de vida inadequados. A equipe e nós estudantes identificamos um grande 
número de pacientes hipertensos não controlados. Com isso, a presente intervenção visa 
conhecer as principais etiologias relacionadas a HAS e realizar intervenções que contribuam 
para a melhoria da qualidade de vida destes pacientes. 
OBJETIVOS 
Objetivo geral 
Criar uma intervenção que vise a garantir o acompanhamento dos pacientes hipertensos 
cadastrados pela Unidade de Saúde do Leader. Assegurar a eficácia do tratamento 
medicamentoso e não medicamentoso. 
 
Objetivos específicos 
 Alterar os hábitos de vida considerados inadequados; 
 Garantir aos pacientes o tratamento eficaz da hipertensão arterial; 
 Aumentar a adesão do tratamento dos pacientes com HAS. 
METODOLOGIA 
Os dados e informações foram obtidos através dos prontuários dos hipertensos cadastrados, e 
através das visitas domiciliares com o objetivo de identificar e priorizar tais problemas 
identificados. Todas as informações recolhidas foram anotadas e discutidas com a equipe da 
UBS e principalmente com a preceptora, onde foi feito uma reflexão sobre a realidade 
encontrada na área. Com o diálogo foi possível compreender a situação, assim como, os 
recursos que possui a unidade para enfrentamento da problemática. Com isso foi realizada 
uma revisão de literatura através de dados colhidos do site do Ministério da Saúde e 
apresentação do plano de intervenção. 
REVISÃO DE LITERATURA 
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que ataca os vasos sangüíneos, coração, 
cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se 
mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Essa doença é herdada dos pais em 90% 
dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: 
fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos 
de colesterol, falta de atividade física. (Ministério da Saúde, 2004) 
Além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com 
a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos, em 
diabéticos. Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe 
muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, 
visão embaçada e sangramento nasal. (Ministério da Saúde, 2004) 
Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima 
de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver hipertensos 
na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano. A pressão alta não tem cura, mas 
tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor 
método para cada paciente, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é 
imprescindível adotar um estilo de vida saudável como manter o peso adequado, se 
necessário, mudando hábitos alimentares; não abusar do sal, utilizando outros temperos que 
ressaltam o sabor dos alimentos; praticar atividade física regular; aproveitar momentos de 
lazer; abandonar o fumo; moderar o consumo de álcool; evitar alimentos gordurosos; 
controlar o diabetes. (Ministério da Saúde, 2004) 
 
PLANO DE INTERVENÇÃO 
A proposta de intervenção é relacionada ao problema prioritário, ou seja, elevado número de 
pacientes hipertensos não controlados da Unidade de Saúde do Leader. As principais situações 
identificadas foram: 
• Hábitos de vida (dieta, exercício, alimentação adequada, alcoolismo e tabagismo, 
dentre outros); 
• Má adesão do tratamento; 
• Nível de informação (Falta). 
A baixa adesão dos portadores de HAS da Unidade Básica de Saúde do Leader pode ser devido 
aos horários de consultas ocorrerem em horário de trabalho, a baixa escolaridade ou ainda por 
alguns pacientes não apresentarem sintomatologia da doença. Existem alguns casos que o 
paciente considera já não possuir mais a doença e interrompe o tratamento, a questão da 
dificuldade de acesso, nos casos de quem vive na zona rural devido à falta de transporte e 
distância e ainda a falta de bons hábitos de vida, que são os mais observados cotidianamente 
em consultas. Dessa forma, consta a seguir o plano de intervenção para a unidade: 
PROJETO OPERAÇÃO RESULTADOS 
ESPERADOS 
PRODUTOS 
ESPERADOS 
RECURSOS 
NECESSÁRIOS 
PESSOAL 
RESPONSÁVEL 
Aumentar o 
conhecimento 
dos pacientes 
sobre a dieta 
e boa prática 
de 
alimentação; 
 
Fornecer 
conhecimento 
sobre a HAS e 
tratamento 
adequado; 
Participação 
da família no 
cuidado dos 
pacientes 
com HAS; 
Fornecimento 
de psicólogo 
para auxiliar 
na melhora 
da motivação 
da saúde; 
Fornecer 
apoio 
psicológico e 
motivação 
para melhorar 
sua saúde. 
 
Estilo de vida 
saudável; 
 
Foco no 
paciente; 
 
Aquisição de 
conhecimento; 
 
Diminuir o uso 
de álcool, 
tabaco, 
sedentarismo e 
obesidade na 
população 
cadastrada
na 
ESF. 
Paciente e 
comunidade 
mais 
informados 
sobre fatores de 
risco e 
consequência 
do não 
cumprimento 
do tratamento. 
Humanização, 
apoio da família 
e a comunidade; 
Vínculo ativo, 
participação do 
paciente; 
Redução do 
número de 
pacientes com 
HAS não 
controlada; 
 
Promover a 
oferta de 
medicamentos 
disponibilizados 
pelos SUS; 
 
 Tratamento de 
tabagismo e 
etilismo; 
 
Educação em 
saúde por parte 
da equipe da ESF; 
Reeducação 
alimentar; 
 
Prática regular de 
exercícios; 
 
Palestras sobre a 
HAS, fatores de 
risco, sinais e 
sintomas, 
diagnóstico e 
tratamento; 
 
Envolvimento dos 
familiares para 
maior 
comprimento do 
tratamento; 
 
Promoção do 
autocuidado; 
 
Consulta 
agendada, 
orientação e 
acompanhamento 
dos pacientes; 
 
Ampliar 
consultas; 
 
Renovação de 
receitas; 
 
 
Organização de 
encontros e 
reuniões com a 
equipe da ESF; 
Organização das 
consultas e 
visitas. 
 
Agenda 
organizada; 
 
Técnicas de 
educação em 
saúde; 
 
Distribuição de 
folhetos e 
cartilhas; 
 
Conhecimento 
sobre o 
tratamento e 
controle da HAS; 
 
Medicamentos; 
 
 
 
 
Médicos; 
 
Enfermeira; 
 
Agente de Saúde; 
 
Secretário de 
Saúde; 
 
Que estes 
profissionais 
sejam 
responsáveis por 
levar informação 
acerca 
da importância 
da adesão e de 
hábitos de vida 
saudáveis. 
 
CONCLUSÃO 
Com o presente estudo pudemos identificar os principais problemas que assolam a UBS do 
Leader, assim como, priorizar suas demandas mais urgentes, a parte de encontrar possíveis 
soluções para os problemas relacionados com a HAS. Esse conhecimento foi essencial para 
conseguirmos criar uma intervenção que objetivasse a melhoria da saúde e dos hábitos dos 
pacientes hipertensos. Com isso, destaca-se a importância de se conhecer sobre a hipertensão 
arterial para prevenir, assim como, evitar possíveis consequências para aqueles diagnosticados 
com a doença. As ações e propostas neste estudo foram fundamentais para conhecer e poder 
criar um plano de intervenção direcionado a estes pacientes e comunidade, visto que a falta de 
informações representa um perigo para esta e para as próximas gerações. 
REFERÊNCIAS 
Ministério da Saúde. (Abril de 2004). Hipertensão arterial. Recuperado el 05 de Agosto de 
2022, de https://bvsms.saude.gov.br/hipertensao-18/ 
Ministério da saúde. (2006). Caderno de Atenção Básica. Recuperado el 05 de Agosto de 2022, 
de Hipertensão Arterial Sistêmica: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica15.pdf

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