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Características do Treponema e Sífilis

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–
Treponema
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GÊNERO 
TREPONEMA 
-> Estrutura e Fisiologia 
- Espiroquetas delgados – dificuldade para 
observação com coloração Gram e Giemsa 
- Observados por microscopia de campo escuro - 
Ac. antitreponema com fluorocromos 
*Não é indicada a microscopia direta 
- Gram-negativos (é encontrado pouco LPS de 
superfície) 
- Espécies treponêmicas que causam doença 
humana: Treponema pallidum (com três 
subespécies) e Treponema carateum 
- Dificuldade de cultivo in vitro 
- Produzem a mesma resposta sorológica 
- São susceptíveis a Penicilina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Distinguidos por suas características 
epidemiológicas, apresentação clínica, e variedade 
de hospedeiros em animais experimentais 
 
 
 
 
-> Virulência 
- Atividade altamente invasiva associada à 
motilidade 
- Proteínas da membrana externa (adesinas) 
promovem aderência às células hospedeiras 
- Maioria das lipoproteínas não é exposta na 
superfície da membrana externa => ausência de 
antígenos espécie-específicos = escape RI 
- Hemolisinas e hialuronidase => facilita a 
infiltração perivascular 
- Camada de fibronectina protege contra a 
fagocitose 
- Dose infectante baixa (poucas bactérias = doença) 
-> Imunidade 
- Destruição tecidual resulta principalmente da 
resposta imune do hospedeiro à infecção –> 
processo inflamatório e recrutamento de células do 
sistema imunológico inato e adaptativo da 
circulação sanguínea ao local da infecção 
- Processo inflamatório desencadeado pela lesão => 
ativação endotelial e migração de células 
inflamatórias (leucócitos polimorfonucleares) 
- Ativação do complemento e recrutamento de 
células do sistema imunológico inato e adaptativo 
da circulação sanguínea ao local da infecção 
- Células dendríticas (DC) maduras e os 
macrófagos estimulam a produção de citocinas pró-
inflamatórias => resposta inflamatória severa 
- Ativação de macrófagos, proliferação de TH17 e 
TCD8 citotóxico (CTL) 
- T pallidum pode evitar sua eliminação por 
anticorpos e estabelecer uma infecção severa e 
persistente nos tecidos: evade do reconhecimento 
pelos anticorpos revestindo sua superfície com 
moléculas do hospedeiro até que tenha invadido 
tecidos como SNC, onde não é facilmente 
alcançada por anticorpos 
TREPONEMA PALLIDUM - SÍFILIS 
- Doença infecciosa crônica 
- Acomete praticamente todos os órgão e sistemas 
- Tratamento eficaz e de baixo custo 
*Problema de saúde pública até os dias atuais 
- Riqueza do acometimento da pele e das mucosas 
*Dermatologia 
-> Transmissão 
- Via sexual - sífilis adquirida (IST) 
*Contato com as lesões contagiantes 
Cancro duro e lesões secundárias pelos órgãos 
genitais 
95% dos casos de sífilis 
- Sanguínea - rara 
- Verticalmente - sífilis congênita 
- Outras formas de transmissão mais raras: 
*Via indireta (objetos contaminados, tatuagem) 
*Transfusão sanguínea 
-> História natural da doença 
- Períodos de atividade com características clínicas, 
imunológicas e histopatológicas distintas 
*Sífilis primária, secundária e terciária 
*Períodos de latência - sífilis latente 
- Sífilis recente: Diagnóstico - até um ano depois 
da infecção 
- Sífilis tardia: Diagnóstico realizado após um ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Sífilis Adquirida Recente 
- 1º ano de evolução 
*Desenvolvimento imunitário da sífilis não tratada 
*Sífilis primária, secundária e latente (s/ lesões 
clínicas) 
*Infecção inicia quase que imediatamente após o 
contato 
- Espiroquetas => multiplicam-se no local -> invade 
circulação sanguínea e linfática 
- No local de inoculação 
*Lesão => cancro duro 
*Lesões cutâneas secundárias surgem de 1 a 6 
meses depois do desaparecimento da lesão inicial 
-> Sífilis Primária 
- Lesão inicial específica = CANCRO DURO 
*Surge no local da inoculação 10 a 90 dias após 
infecção 
*Único, indolor 
*Sem manifestações inflamatórias perilesionais 
*Bordas induradas 
*Regride espontaneamente em período que varia 
de 4 a 5 semanas sem deixar cicatriz => Falsa 
sensação de cura 
 
 
 
 
- Linfadenopatia indolor localizada 
*1 a 2 sem após o aparecimento do cancro 
- Foco local de proliferação das espiroquetas 
*Grande número de espiroquetas está presente no 
cancro => Sítio primário de replicação 
*Disseminado no paciente via sistema linfático e 
corrente sanguínea 
-> Sífilis Secundária 
- Doença disseminada – evidências clínicas 4 a 8 
sem. após cancro 
- Estado semelhante ao de uma síndrome gripal 
*Dor de garganta, dor de cabeça, febre, mialgia, 
anorexia, linfadenopatia e exantema mucocutâneo 
generalizado 
- Exantema pode ser variável 
*Macular, papular, pustuloso, cobrindo a 
totalidade da superfície cutânea (incluindo as 
palmas das mãos e plantas dos pés) 
- Lesões denominadas condiloma plano ou roséola 
sifilítica 
*Podem ocorrer em dobras úmidas da pele e 
podem se desenvolver erosões na boca e em outras 
superfícies mucosas 
- Pele e os órgãos internos 
- Distribuição do T. pallidum por todo o corpo 
*Lesões contém grande número de espiroquetas e 
são altamente contagiosas 
- Exantema cutâneo e os sintomas curam 
espontaneamente 
*Paciente entra na fase latente ou clinicamente 
inativa da doença 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Sífilis Latente 
- Sem lesões visíveis 
- Treponema pallidum localizado em alguns 
tecidos 
*Não apresenta sintomas ou sinais clínicos, mas 
causa danos nos órgãos internos 
- Diagnóstico apenas pelas reações imunológicas 
- Chance de transmissão vertical de 30% 
- É dividida em relação ao tempo decorrido da 
infecção 
*Sífilis latente recente: menos de 1 anos 
*Sífilis latente tardia: mais de um ano 
-> Sífilis Terciária (Tardia) 
- Aproximadamente 1/3 dos pacientes não tratados 
ou que não receberam tratamento adequado 
*5 a 20 anos após a infecção primária de pacientes 
não tratados 
- Sintomática: manifestações clínicas surgem após 
período variável de latência 
*Lesões gomosas e nodulares de caráter destrutivo 
*Cardiovasculares ou do SNC 
*Demência 
- Pele, ossos ou vísceras 
- Característica das lesões terciárias é a formação de 
granulomas destrutivos (gomas sifilíticas) e ausência 
quase total de treponemas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Sífilis Congênita 
- Disseminação hematogênica do T. pallidum da 
gestante infectada via placentária 
- Infecção do feto: => qualquer fase gestacional ou 
estágio da doença materna 
- Principais fatores que determinam a transmissão 
*Estágio da sífilis na mãe 
*Duração da exposição do feto no útero 
- Infecções intrauterinas podem provocar doença 
fetal grave, resultando em infecções latentes, 
malformações em múltiplos órgãos ou morte do 
feto – aborto espontâneo, natimorto ou morte 
perinatal em 40% dos casos 
- Taxa de transmissão 
*70-100% nas fases primária e secundária 
*40% na fase latente recente 
*10% na latente tardia 
- Dois estágios – normalizado pelo MS 
*Sífilis congênita precoce ou recente: 
manifestações clínicas se apresentam logo após o 
nascimento ou até 2 anos de vida 
*Sífilis congênita tardia: após os 2 anos 
-> Diagnóstico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Diagnóstico – Microscopia 
- Exame do exsudato das lesões cutâneas – Sífilis 
primária, secundária ou congênita 
I. Microscopia de campo escuro 
*O material deve ser analisado imediatamente, 
assim permite a visualização de T. pallidum vivo e 
apresentando mobilidade 
*Possui sensibilidade entre 74% e 86%, e sua 
especificidade pode alcançar 97%, dependendo da 
experiência do técnico. 
*Material coletado de lesões orais e retais não deve 
ser analisado – amostras com espiroquetas não 
patogênicos 
II. Microscopia com coloração fluorescente – 
Teste de Imunofluorescencia direta 
*Anticorpos monoclonais antitreponema ligados a 
moléculas fluorescentes são utilizados para corar a 
bactéria 
*Permiteo exame de material oral e retal = porque 
usa Ac. específico de T. pallidum 
*Espiroquetas não viáveis também são corados, 
não há necessidade de examinar as amostras 
imediatamente após a coleta 
-> Diagnóstico – Sorologia 
- Detecção de anticorpos suscitados pela infecção 
- Existem dois tipos de testes imunológicos: 
I. Testes não treponêmicos: detectam Ac IgM e 
IgG (reaginas) contra o material lipídico liberado 
pelas células danificadas pela sífilis e contra a 
cardiolipina liberada pelos treponemas 
II. Testes treponêmicos: detectam Ac específicos 
IgM e IgG contra componentes celulares do T. 
pallidum 
- Testes não treponêmicos => Úteis para triagem e 
monitorização do tratamento 
- Testes treponêmicos => Confirmação do 
diagnóstico 
-> Diagnóstico – Teste não treponêmico 
Existem 4 tipos de testes não treponêmicos que 
utilizam a metodologia de floculação. 
*VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) 
É o mais difundido 
Sensibilidade variável 
 
*RPR (Teste rápido de reagina plasmática) 
*URS (teste da reagina com soro não aquecido) 
*TRUST (teste do vermelho de toluidina com soro 
não aquecido) 
-> Teste não treponêmico – VDRL 
- Baseia-se no uso de uma suspensão antigênica 
(cardiolipina, colesterol e lecitina purificada – 
juntas formam micela) 
*Cardiolipina é antigênica dos treponemas 
- Utiliza soro inativado como amostra e os Ac 
anticardiolipinas se liga as cardiolipina das micelas 
e forma uma floculação 
- Prova do VDRL 
*Reativa na 2ª semana após o cancro (75% nos 
casos de sífilis primária) 
*Positiva-se entre 5 e 6 sem após a infecção 
- Possibilidade de titulação – acompanhamento de 
tratamento 
- Maior sensibilidade na sífilis secundária (Títulos 
elevados >1:16) 
- Formas tardias a sensibilidade diminui – não 
reagente em 1/3 dos pacientes 
- Persistência de ↓ títulos em pacientes tratados 
corretamente = Cicatriz sorológica e pode 
permanecer por muitos anos 
*Cicatriz sorológica: positivada no VD mesmo 
após o tratamento, só pode ser confirmada com 
histórico do paciente 
- Limitações: 
*Reações falso-positivas: malária, gravidez, viroses, 
tuberculose, hanseníase e doenças auto-imune 
Qualquer pessoa que tenha infecção por 
treponema pode dar positivo, mas nem sempre é 
sífilis 
*Reações falso negativas: Falso-negativo na sífilis 
secundária => Efeito prozona = decorre da relação 
desproporcional entre as quantidades de antígenos 
e anticorpos (Ac em grandes quantidades) 
OBS: VDRL é pedido para sífilis para 
monitoramento e acompanhamento, apesar de não 
ser especifico para treponema pallium (espécie) 
-> Teste treponêmico 
- Utilizam lisados completos de T. pallidum e 
detectam anticorpos específicos (geralmente IgM e 
IgG) contra componentes celulares dos 
treponemas. 
- São úteis em que os testes não treponêmicos 
apresentam pouca sensibilidade => sífilis tardia. 
- Em 85% dos casos, esses testes permanecem 
reagentes durante toda a vida nas pessoas que 
contraem sífilis. 
- CONFIRMATÓRIO para um teste não 
treponêmico reagente 
-> Teste treponêmico – FTA-ABS 
- Teste de anticorpos treponêmicos fluorescentes 
com absorção – FTA-Abs: 
*É o 1º teste com resultado reagente após a 
infecção pelo T. pallidum. 
*Esse teste requer microscópio de fluorescência. 
*Boa especificidade 
- FTA-ABS é um teste pedido para contraprova, 
em caso de dois testes rápidos para sífilis 
divergirem no resultado 
- Não é tão utilizado devido a vários fluxogramas 
permitirem confirmação com outro teste rápido de 
sífilis, de marca distinta 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Teste treponêmico 
- Os testes: teste de aglutinação de partículas para 
Treponema pallidum (TPPA); EIA (imunoensaio 
de enzima) e Western-blot => são confirmatórios 
*Western-blot é utilizado em ensaios clínicos 
- Reação em cadeia da polimerase (PCR) => útil 
no diagnóstico da sífilis congênita e neurossífilis 
-> Teste treponêmico – testes rápidos 
- Execução, leitura e interpretação do resultado - 
30 minutos. 
- Amostras de sangue total obtidas por punção 
digital ou punção venosa. 
- Princípios metodológicos de imunocromatografia 
de fluxo lateral. 
- Testes utilizam antígenos do T. pallidum e um 
conjugado composto por antígenos recombinantes 
de T. pallidum que são ligados a um agente 
revelador. 
- T (Teste): estão fixados os antígenos do T. 
pallidum e C (Controle) 
- Ac anti-T. pallidum na amostra, se ligarão ao 
conjugado e migrarão cromatograficamente até a 
região de “Teste”, se ligando ao Ag - complexo 
antígeno-anticorpo-conjugado - linha colorida no 
“Teste” 
- Sensibilidade e a especificidade = 93% 
- Não deve ser usado como critério exclusivo no 
diagnóstico da infecção pelo T. pallidum => 
necessita teste treponêmico confirmatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*VDRL não reagente e teste treponêmico reagente-
> pode indicar início da infecção da sífilis ou 
paciente curado sem perfil de cicatriz sorológica 
*VD pode positivar até 6 semanas após a infecção 
*1:2 e 1:4 pode indicar cicatriz 
*VD 1:2;1:4 e teste treponêmico não reagente -> 
falso positivo para sífilis 
*Só é afirmado cicatriz sorológica com 
comparativo de VD’s anteriores 
-> Epidemiologia 
- Os seres humanos são os únicos hospedeiros 
naturais 
- Transmissão por contato sexual direto ou 
congenitamente 
- 15 milhões de casos novos 
- Doença cosmopolita 
- Muito frequente na população jovem 
- Grupos de risco – usuários de drogas; população 
de baixa renda 
- Alto risco de se contrair a infecção pelo HIV, 
uma vez que a entrada do vírus é facilitada pela 
presença das lesões sifilíticas 
-> Tratamento, Prevenção e Controle 
- Penicilina G benzatina, doxiciclina ou tetraciclina 
(para alérgicos) 
- Prevenção e controle: 
*O uso correto e regular de preservativos 
femininos ou masculinos 
*Contato adequado e tratamento de parceiros 
sexuais de pacientes com infecção documentada 
*O acompanhamento das gestantes e parcerias 
sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui 
para o controle da sífilis congênita

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