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Encaminhe uma resenha com o funcionamento do Sistema CRISPR

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Encaminhe uma resenha com o funcionamento do Sistema CRISPR-Cas9, incluindo os tipos possíveis de reparo no DNA.
Em primeiro momento,o sistema CRISPR-Cas9 significa repetições palindrômicas curtas agrupadase regularmente espaçadas. O lócus (local do gene) CRISPR é uma área do material genético de bactérias e de arqueas onde se encontram repetições intercaladas por DNA de vírus que infectaram previamente esses organismos ou seus ancestrais(LESSA, s.d.).
Em segundo momento, essa conformação intercalada com DNA viral compõe uma defesa das bactérias, uma vez que o vírus invade a célula, a bactéria detecta que sua sequência gênica já foi registrada, e envia enzimas para recortar o material do vírus. Nesse sentido, uma das enzimas que faz esse recorte é a Cas9, o corte preciso dá-se por meio de um complexo guia fabricado pela própria bactéria,composto por RNA com nucleotídeos complementares à área , feito a partir do DNA viral armazenado na “lista” de infecções anteriores.
Ainda conforme Lessa, as utilizações desse mecanismo são diversas,tornando-se uma ferramenta de edição do genoma, com isso, o processo de cortarou inativar parte do material genético pode auxiliar na contenção de genes causadores de doenças hereditárias. Além disso, é possível incorporar um novo pedaço de DNA, trazendo outras informações e características. Assim, há a possibilidade de melhorar geneticamente alguns organismos, como tornar vegetais e outras espécies agrícolas mais resistentes, duradouras e produtivas .Somado a isso, no campo da cardiologia, existem estudos e testes que utilizam o sistema CRISPR para editar genes envolvidos nas doenças cardiovasculares. Uma das pesquisas têm como foco inativar a pró-proteína PCSK9 e reduzir os níveis da lipoproteína de baixa densidade (LDL) circulantes no sangue. Como também inativar genes ApoE, CD36 e RyR2 para regredir a progressão de placas ateroscleróticas (AREND; PEREIRA; MELISSA, 2017).
Desse modo, o sistema em questão mostra-se eficaz e eficiente para sanar ou melhorar organismo em algumas situações, entretanto, deve-se ater à ética e ao bom senso quanto ao uso desse melhoramento, equalizando os riscos e benefícios de intervenções como essa.
O CRISPR é frequentemente usado como um termo geral para se referir à edição genômica, mas é o acoplamento do CRISPR e do sistema Cas9 que permite a deleção seletiva do DNA. De maneira geral, todos os me canismos CRISPR expressam as mesmas vias de aquisição, expressão e interferência, conforme descrito a seguir:
· Aquisição de novos proto espaçadores: Geralmente realizada através do reconhecimento e clivagem de ácidos nucleicos exógenos mediados por Cas1 e Cas2 para sua integração ao cromossomo bacteriano em regiões conhecidas como locus CRISPR. 
· Transcrição completa do locus CRISPR como um pre-crRNA: Processamento e amadurecimento do transcrito em pequenas moléculas de RNA (crRNA) capazes de reconhecer uma única sequência alvo. 
· Associação com proteínas Cas: Formação de complexo ribonuclear capaz de guiar nucleases de maneira especifica em direção ao DNA alvo presente em bacteriófagos e plasmídeos.
Devido às condições multifatoriais atribuídas à etiologia e prognóstico dessa classe de patologias, a transposição clínica de resultados obtidos por análises moleculares em sistemas celulares invitro ou em modelos animais, assim como ocorre para outras abordagens mais inovadoras, ainda é um de safio. Embora, em alguns casos, sejam observados prováveis fatores preditores dos desfechos, ainda não é possível prever com exatidão a influência da ativação/inativação de genes em relação aos quadros clínicos. Finalmente, como para qualquer nova tecnologia, os riscos, as adaptações fisiológicas, as implicações com a resposta imune, a manutenção da Homeostasia, que venham a ser modulados pelo sistema CRISPR/Cas9, precisam ser muito bem avaliados.
REFERÊNCIAS
Arend, Marcela Corso, Pereira, Jessica Olivaes e Markoski, MelissaMedeirosTheCRISPR/Cas9 System and the Possibility of Genomic Edition forCardiology. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2017, v. 108, n. 1, pp.81-83. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/abc.20160200> .ISSN 1678-4170.https://doi.org/10.5935/abc.20160200.
LESSA, M. Crispr-cas9. Instituto de microbiologia Paulo Góes UFRJ, s.d.Disponível em:<https://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/graduacao/informe -da-graduacao/995-crispr-cas9>.

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