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TICS 12 - Sistema CRISPR-Cas9 (4P)

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Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC/Palmas 
Sistemas Orgânicos Integrados IV – 4º período MED 
Sarah Lima Campos 
 
Sistema CRISPR-Cas9 
 
Encaminhe uma resenha com o funcionamento do Sistema CRISPR-Cas9, 
incluindo os tipos possíveis de reparo no DNA. 
O sistema CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic 
Repeats), ou seja, Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente 
Interespaçadas, consiste em pequenas porções do DNA bacteriano compostas 
por repetições de nucleotídeos. 
A transcrição do locus CRISPR resulta em pequenos fragmentos de RNA com 
capacidade de desempenhar o reconhecimento de um DNA exógeno específico 
e atuar como um guia de modo a orientar a nuclease Cas, que irá promover a 
clivagem e consequente eliminação do DNA invasor caso este entre novamente 
em contato com a bactéria, atuando como importante mecanismo de defesa 
contra DNAs invasores. 
O CRISPR é frequentemente usado como um termo geral para se referir à edição 
genômica, mas é o acoplamento do CRISPR e do sistema Cas9 que permite a 
deleção seletiva do DNA. De maneira geral, todos os mecanismos CRISPR 
expressam as mesmas vias de aquisição, expressão e interferência, conforme 
descrito a seguir: 
 Aquisição de novos protoespaçadores: Geralmente realizada através do 
reconhecimento e clivagem de ácidos nucleicos exógenos mediados por 
Cas1 e Cas2 para sua integração ao cromossomo bacteriano em regiões 
conhecidas como locus CRISPR. 
 Transcrição completa do locus CRISPR como um pre-crRNA: 
Processamento e amadurecimento do transcrito em pequenas moléculas 
de RNA (crRNA) capazes de reconhecer uma única sequência alvo. 
 Associação com proteínas Cas: Formação de complexo ribonuclear 
capaz de guiar nucleases de maneira especifica em direção ao DNA alvo 
presente em bacteriófagos e plasmídeos. 
Devido às condições multifatoriais atribuídas à etiologia e prognóstico dessa 
classe de patologias, a transposição clínica de resultados obtidos por análises 
moleculares em sistemas celulares in vitro ou em modelos animais, assim como 
ocorre para outras abordagens mais inovadoras, ainda é um desafio. Embora, 
em alguns casos, sejam observados prováveis fatores preditores dos desfechos, 
ainda não é possível prever com exatidão a influência da ativação/inativação de 
genes em relação aos quadros clínicos. Finalmente, como para qualquer nova 
tecnologia, os riscos, as adaptações fisiológicas, as implicações com a resposta 
imune, a manutenção da Homeostasia, que venham a ser modulados pelo 
sistema CRISPR/Cas9, precisam ser muito bem avaliados.