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Escravidão e imigração Escravos de ganho: obrigados por seu dono a pagar-lhe uma quantia fixa por dia ou por semana e o restante do que ganhassem gastariam na sua subsistência ou guardariam para comprar sua carta de alforria. Pecúlio: prática do escravo de guardar o dinheiro que sobrava depois de pagar a quantia estabelecida com o seu senhor para comprar sua carta de alforria → apenas nas cidades. Crioulo: escravo nascido no Brasil → mais sucesso na busca pela liberdade. Juntas de alforria: grupos em que diversos escravos acumulavam recursos para a compra da liberdade; espaço de sociabilidade reprimido pelas autoridades e senhores. Ações de liberdade: recursos levados ao júri por advogados que argumentavam a favor da libertação de determinado escravo → escravos processavam seus senhores afirmando que seu cativeiro era ilegal a partir de diferentes interpretações das leis. Ex-escravos/libertos: marginalizados, preconceito, confundidos com cativos, senhor poderia buscar a revogação da alforria, obrigações com seu ex-senhor. Luiz Gama: abolicionista, poeta e advogado, especializado em ações de liberdade de escravos a partir de brechas nas leis; ele conseguiu provar sua liberdade e alfabetizar-se. Quilombos: sociedades constituídas por escravos fugidos que procuravam viver por meio do trabalho livre e a partir de suas bases socioculturais. Estabeleceram igualmente práticas econômicas para garantir a sobrevivência. A produção econômica dos palmaristas não era somente destinada à subsistência de sua numerosa população. Com os excedentes, os palmaristas realizavam trocas mercantis com moradores das localidades próximas. Capitães do mato: profissionais especializados em encontrar escravos fugitivos. Revoltas: os donos de escravos temiam que, devido ao grande número de cativos que viviam no país, ocorresse uma revolta similar àquela que levou à independência do Haiti (1804), quando uma grande revolta escrava levou ex-cativos. Bill Aberdeen (1845): lei inglesa de repressão ao tráfico, dando aos ingleses o direito de prender em alto-mar os navios negreiros e suas "cargas", além de julgar os comandantes das embarcações em território britânico → a Inglaterra pressionava a América em relação ao fim do tráfico negreiro, pois estava interessada na ampliação do mercado consumidor que essa imensa massa de escravos representaria em sua libertação → na prática isso não aconteceu. Consequências da Lei Eusébio de Queirós (1850): encarecimento da mão de obra escrava e intenso tráfico interno → tentativas legislativas de impedir o tráfico interprovincial com medo de que faltasse mão de obra + medo de divisão do território brasileiro entre o Sudeste escravista e os Norte, Nordeste e Sul à favor do trabalho livre. Lei do Ventre Livre (1871): previa que os filhos de escravos nascidos a partir daquela data seriam livres → os proprietários podiam entregar o rebento ao Estado e receber uma indenização ou fazê-lo trabalhar dos 7 aos 21 anos para pagar seus custos de criação → lei inquietou os escravos → crescimento do número de fugas e crimes dos escravos. Senado: os grandes fazendeiros, que não admitiam a abolição, pois teriam grandes prejuízos com a perda do capital investido na compra de escravos, eram maioria no Senado, fazendo com que os projetos de leis abolicionistas não fossem aprovados. Lei dos Sexagenários (ou Saraiva-Cotegipe → "Lei da Gargalhada Nacional") (1885): concedia liberdade aos escravos de 65 anos de idade ou mais → idade média de um negro não passava dos 40 anos. Lei Áurea (13/05/1888): lei assinada pela princesa Isabel, acabando com a escravidão no país; não houve nenhum plano para alterar a situação dos ex-escravos → essa lei foi um projeto para aumentar a popularidade de Isabel. Consequências → proprietários rompem com D. Pedro II e escravos são marginalizados pela falta de políticas públicas que os inserissem na sociedade. Imigrante europeu: substituição da mão de obra escrava, branqueamento do Brasil (atraso do país estava relacionada à pequena presença de europeus), cuidar do trabalho árduo → pequenos proprietários italianos e alemães foram expulsos de seus países devido aos seus processos de unificação e modernização em moldes capitalistas, além de perseguições religiosas e políticas e problemas como secas. Três modelos de imigração: "Região Sul", Sistema de Parceria e Sistema de Colonato. Sistema de colônias de parceria (1850): consequência da Lei Eusébio de Queirós (necessidade de mão de obra) → previa que os trabalhadores estrangeiros, ao ingressar no Brasil, fossem trabalhar nas grandes lavouras, antes de se tornarem proprietários de terras (pagamento com parte da produção e endividamento) → antes, o governo imperial subsidiava a vinda dos colonos, pagava agenciadores de emigrantes na Europa e dava aos imigrantes o direito de cultivar terras desocupadas, onde produziriam voltados para o mercado interno → grandes proprietários, com o possível fim do tráfico negreiro, passaram a se opor a esse modelo de colonização que não garantia a substituição dos trabalhadores escravos em suas propriedades → criação de tal sistema. Região Sul: doação de terras para europeus → "exceção ao padrão". Sistema de Colonato (Subvencionado) (1870): Império responsável pelo transporte dos imigrantes, salário fixo e pagamento com parte da produção. Imigração subvencionada: os imigrantes tinham a passagem paga pelo governo brasileiro, que além disso, se encarregava de fazer a propaganda nos países europeus sobre as possibilidades de emigração. Os imigrantes seriam destinados às fazendas e receberiam salários → porto de Santos era a principal porta de entrada desses imigrantes. Cronologia das leis contra a escravidão: Lei de Novembro de 1831: "lei para inglês ver", fim do tráfico negreiro. Bill Aberdeen (1845): imposição britânica contra o tráfico. Lei Eusébio de Queirós (1850): fim do tráfico internacional de escravos, respeitada, finalmente! Lei do Ventre Livre (1871): filhos de escravos são libertos ao nascer, mas hão de pagar indenização. Lei dos Sexagenários: escravos acima de 65 anos seriam libertos. Lei Áurea (1888): fim da escravidão.
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