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ESTUDOS DE RECONHECIMENTO DOSUBSOLO Professor: Dr Lucas Pereira Leão Geologia Aplicada a Engenharia Civil OBJETIVOS • Pesquisar os tipos de solos e/ou rochas e suas características geológicas e geotécnicas, litologias, mineralogias, espessuras de camadas, elementos estruturais, posições dos níveis de água etc., para o projeto e a construção de obras civis. • Fundações; • Dimensionamento dos elementos estruturais de suporte da obra; • Deformabilidade e a permeabilidade para a construção de barragens ou obras subterrâneas; • Pesquisa de materiais naturais para construção; • Pesquisa de áreas de empréstimo. MÉTODOS DEINVESTIGAÇÃO Indiretos (Geofísicos) • Informações não muito detalhadas; • Estimativas das estruturas das diversas camadas, litologias e posições dos níveis de água que ocorrem na região. • Eletrorresistividade; • Sísmico; • Ground Penetrating Radar (GPR). Diretos • Coletas de amostras; • Resistência a cravação; • Instrumentação Geotécnica. • SPT; • Rotativa; • Mista. MÉTODOS INDIRETOS OUGEOFÍSICOS Método por Eletrorresistividade Diversas profundidades em determinado ponto ou para medir a resistividade para pontos diferentes ao longo de um perfil para certa profundidade. MÉTODOS INDIRETOS OUGEOFÍSICOS Método Sísmico Propagação de ondas sísmicas provocadas artificialmente através do subsolo e captadas por geofones colocados em posições definidas na superfície. As ondas propagadas através dos solos ou das rochas apresentam diferentes velocidades em função da elasticidade de cada meio. Rochas de estrutura compacta transmitem mais velozmente as ondas elásticas, ao passo que rochas de composição heterogênea e porosa, como conglomerados, arenitos porosos ou solos, apresentam menores velocidades de propagação. “Projeto de grandes barragens, servindo para a determinação expedita da espessura de coberturas de aluviões e das profundidades do topo rochoso” MÉTODOS INDIRETOS OUGEOFÍSICOS Ground Penetrating Radar (GPR) Utilizam a propagação de ondas eletromagnéticas e são acompanhados de um sistema de leitura e aquisição de dados, que processam os sinais e transformam-nos em imagens da subsuperfície do terreno em tempo real. Profundidade de investigação pode variar de 1 m até valores acima de 20 m. MÉTODOSDIRETOS MANUAIS • Obtida diretamente com o auxílio de ferramentas simples, que escavam o solo e retiram certa quantidade que é enviada ao laboratório para análise. • amostras deformadas e indeformadas; • aberturas de poços e trincheiras; • sondagens a trado manual ABNT NBR 9604 MECÂNICOS • SPT • CPT • CPTU • MCPT • Vane Test MÉTODOS DIRETOS(Manuais) COLETA DE AMOSTRAS DEFORMADAS Caracterização e a classificação do tipo de solo, ensaios de granulometria completa e plasticidade, ensaios de compactação, ensaios de California Bearing Ratio (CBR), cisalhamento e permeabilidade em amostras compactadas, ensaios mineralógicos etc. 5 kg a 10 kg de material. MÉTODOS DIRETOS(Manuais) COLETA DE AMOSTRAS INDEFORMADAS obtenção de parâmetros geotécnicos que procuram simular as condições reais de solicitações dos solos. resistência c (coesão) φ (ângulo de atrito interno); ensaios de adensamento para a previsão de recalques em fundações diretas; ensaios de permeabilidade para o cálculo da percolação de água. ABNT NBR 9604 especifica que as dimensões dos blocos de solo indefor-mados devem ter no mínimo 15 cm e no máximo 40 cm de aresta. Amostrador do tipo Shelby MÉTODOS DIRETOS(Manuais) ABNT NBR 9603. SONDAGEM A TRADO MANUAL Obtenção de amostras deformadas de solos para ensaios em laboratório; maiores profundidades sem grandes escavações. MÉTODOS DIRETOS(Mecânicos) Consiste na cravação, no solo, de um barrilete amostrador padronizado, por meio de impactos aplicados por um martelo sobre um sistema de hastes de aço. STANDARD PENETRATIONT TEST (SPT) ABNT NBR 6484 • Determinar tipos de solo em suas respectivas profundidades de ocorrência; • Índice de resistência à penetração (N) a cada metro; • Posição do níveld’água STANDARD PENETRATIONT TEST(SPT) EXECUÇÃO 1. Perfurar com auxílio de um trado cavadeira até um metro de profundidade; 2. Acondicionar uma amostra representativa do solo (amostra zero); 3. Apoiar o amostrador já acoplado na haste do tripé no fundo do furo, apoiar o martelo (sem bater) e anotar a penetração; 4. Erguer o martelo (65 kg) até a altura padrão (75 cm) e deixar cair em queda livre; 5. Repetir o processo até a penetração dos 45 cm do amostrador (SPT) 6.Contar o número de golpes (quedas) para cravação de cada segmento de 15 cm do total de 45 cm; 7. Desprezar os primeiros 15 cm; 8. Recolher e acondicionar a amostra. STANDARD PENETRATIONT TEST(SPT) ABAIXO DO NA • Circulação de água; • Injeção na haste • A pressão da água e movimentos de rotação e percussão imprimidos fazem com que o trépano rompa a estrutura do solo. • O solo misturado a água volta a superfície e é despejado na caixa d'água. STANDARD PENETRATIONT TEST(SPT) CRITÉRIO PARA INTERROMPER • Em qualquer dos 3 segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30: 12/16, 30/11; • Um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a cravação: 14/15 – 21/15 – 15/7; • Não se observar o avanço do amostrador durante a aplicação de 5 golpes sucessivos do martelo (seguir o processo com método de lavagem): 10/0. • Se em 3 m sucessivos for necessários 30 golpes para penetração dos 15 cm iniciais do amostrador; SPT-T • A medida do torque é efetuada ao término de cada ensaio de perfuração SPT. • Acopla-se o torquímetro e inicia-se o movimento da rotação da haste. • O instrumento de leitura é observado e anota o máximo valor lido. Ìndice de torque: É a relação existente entre o valor do torque, medido em Kgf x m, pelo valor N do SPT (T/N) → Novas correlações Correlações de compacidade e consistência entre os resultados do NSPT CONE PENETRATION TEST(CPT) “O ensaio consiste basicamente na cravação a velocidade lenta e constante de uma haste com ponta cônica, medindo-se a resistência encontrada na ponta e a resistência por atrito lateral.” Dados fornecidos: resistência de ponta, atrito lateral e poro pressão; ABNT NBR 12069 CONE PENETRATION TEST(CPT) • Cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que armazena em um computador os dados a cada 2 cm; • O cone alocado nesta bomba hidráulica é penetrado no terreno a uma velocidade de 2 cm por segundo; • O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o cone no terreno e funciona como uma prensa; • Após cravado ele adquire os dados de forma automática e o próprio sistema captura os índices e faz o registro contínuo dos mesmos ao longo da profundidade. Equipamento miniaturizado sobre lagartas e sistema de reação para perfilagem do subsolo com CPT, CPTU e SPT (Departamento de Engenharia Civil da Unesp, em Bauru). ENSAIO DE PALHETA (VANETEST) • Determinação direta da resistência ao cisalhamento de argilas moles não drenadas. • O ensaio é realizado cravando no fundo de um furo de sondagem pré-executado uma palheta com dimensões padronizadas. • Depois, aplica-se um torque, de forma que ocorra o cisalhamento do solo pelo giro das palhetas. Para a determinação da resistência não drenada das argilas. Comparativo entre os métodos de sondagem Exames do terreno a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.; b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas; c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente; d) Mandar fazer sondagem geotécnica. Critérios para avaliação do ensaio SPT Observação do nível de lençol freático; Identificação das amostras e elaboração do perfil geológico-geotécnico; Apresentação do relatório de sondagem. Número mínimo de sondagens Nº mínimo = 2 furos 1 furo paracada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2 Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado plano específico Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2 Número mínimo de sondagens Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2 Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado plano específico Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2 Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2 Localização dos furos • Distância máxima de 100 m; • Normalmente entre 15 a 20 m; • Priorizar posições relevantes na obra : pontos de maior carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc. • Sondagens não devem estar alinhadas; • Realizar furos próximos aos extremos da área; • Distância máxima de 100 m. Planta de locação dos furos de sondagem 6 Rua X 800 1000 14 801 95 0 1200 77 0 45 00 2600 SP 01 SP 02 SP 03 3500 Ru a Y Centra l te le fônic a Casa d e forç a N Planta de locação dos furos de sondagem Penetraç ão Golpes/ 30 c m Cota (RN) Níve l da água A m o st ra Diag rama da s penetrações 10 20 30 40 Pr o fu nd id a d e e m m et ro s C la ssific a ção d o ma teria l 0,10 1,00 1,80 3,00 5,00 18,00 20,45 Solo superficial Argila siltosa, variegada idem, mole Argila siltosa pouco arenosa, marron, dura idem, rija idem, dura Argila siltosa, dura limite de sondagem 4 14 9 11 22 27 28 29 30 31 5 20 13 15 35 37 38 39 43 47 PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensa io de penetra ção p a d rão SPT CLIENTE: Loc a l: Rua X 2,3 Responsá vel Téc nic o: SP 01 LOGO07/ 04/ 99 1:1000 Obs: não se verific ou pressão d ’ ág ua Perfil de sondagem geológica (parte do laudo técnico)
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