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TAREFA 04 Acredito que todos esses fatores estão misturados na conjuntura brasileira, marcada pelo que ela define como um cenário de “hesitação vacinal. Quando as pessoas não enxergam o risco-benefício e são impactadas por falsas informações, elas ficam em dúvida e não vão se vacinar. E esse fenômeno, que se caracteriza como “multifatorial”, explica tanto a despreocupação com doenças controladas ou eliminadas pelo sucesso de décadas de vacinação no Brasil, como pólio e sarampo, quanto a baixa adesão à imunização infantil contra uma doença nova como a Covid-19. O fato de muitas crianças terem se contaminado durante o pico da variante ômicron, entre o final de 2021 e o início deste ano, adquirindo, portanto, uma imunidade natural provisória, aliado à constatação científica de que a Covid-19 provoca menos casos graves e mortes na infância, fez com que muitas mães decidissem não vacinar seus filhos. É muito difícil uma criança morrer de Covid, mas é muito mais fácil morrer de Covid do que pela vacina. As pessoas começam a achar que é melhor às vezes você ter a doença. O problema não é propriamente uma recusa à imunização, mas uma espécie de cálculo que a população passou a fazer sobre a relação entre o risco e o benefício de vacinar suas crianças.
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