Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I - CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ETNOBIOLOGIA - JOSÉ DA SILVA MOURÃO RAISSA CAROLINE RODRIGUES MACIEL - 212110221 RAFAEL DA SILVA NASCIMENTO - 212110012 RESUMO/SINOPSE - ARTIGO: “The evolution of the upright posture and gait—a review and a new synthesis” AUTOR: Carsten Niemitz (2010) CAMPINA GRANDE-PB 2022 NIEMITZ, Carsten. The evolution of the upright posture and gait—a review and a new synthesis. In: The Science of Nature (org.). Die Naturwissenschaften. Publicação online, 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00114-009-0637-3>. Acesso em: 15 maio 2022. A postura ereta e a locomoção dos humanos são únicas entre todos os mamíferos. Mesmo entre todos os vertebrados terrestres, o bipedismo humano é algo incomparável, já que outros animais como os pinguins, avestruzes e alguns marsupiais que andam eretos, possuem anatomia funcional e biomecânica completamente diferentes e não apresentam uma coluna ortógrada para se locomover. De qualquer forma, mais tarde, o bipedalismo humano ereto permaneceu único, já que outro caminhante e corredor ortógrado habitual não existe. No último século, várias hipóteses foram construídas para explicar a evolução da postura ereta e a locomoção dos humanos. É exatamente acerca desta temática que se concentra a temática do artigo intitulado “The evolution of the upright posture and gait—a review and a new synthesis” de autoria de Carsten Niemitz. Após uma abordagem teórica sobre vantagens, desvantagens e comparações da bipedia e do andar dos quadrúpedes e uma discussão de alguns fósseis de hominídeos do Mioceno e posteriores, o artigo apresenta uma avaliação e discussão das hipóteses mais influentes e as mais recentes, com o objetivo de conciliar vários aspectos das várias teorias. As múltiplas hipóteses e teorias conhecidas têm uma história intrigante. Até os anos 1990, o bipedalismo humano era visto em um cenário de savana. Depois, a evolução de um ancestral quadrúpede para os bípedes humanos atuais foi vista em um hábitat florestal. Em 1989, foi postulado que hominídeos totalmente eretos deixaram habitats florestais para hábitats de savana há cerca de 1,6 Ma. O autor verificou que as principais hipóteses publicadas até esse período estavam desatualizadas em duas principais constatações: concentravam-se em apenas uma causa para a evolução da bipedalidade, enquanto o processo era muito mais complexo e colocavam os humanos em um cenário de savana. Restos fósseis revelaram evidências crescentes de que essa parte da evolução humana ocorreu em um ambiente mais úmido do que se supunha anteriormente. Uma das teorias propunha que nosso ancestral primitivo, caminhava e vadiava em águas rasas buscando alimentação em hábitat florestal. Já em todas as outras teorias, o comportamento de andar na água não apenas desencadeia uma postura ereta, mas também força o indivíduo a manter essa posição e a andar de forma bípede. Até o momento, este é o único cenário adequado para superar o considerável limiar anatômico e funcional do quadrúpede ao bípede. Algo consistente com os achados paleoantropológicos e com a anatomia funcional, bem como com os cálculos energéticos e, não menos importante, com a psicologia evolutiva. A síntese apresentada no artigo é capaz de harmonizar muitas das teorias até então concorrentes. O autor conclui sintetizando parecer provável para afirmar que o bipedalismo tenha começado pouco depois da separação do(s) clado(s) de gorilas e chimpanzés. Momento em que o hábito de arremesso poderia ser desenvolvido com extremidades superiores livres com muito mais sucesso do que antes. Fatores seletivos relacionados à redução da radiação solar incidente tornaram-se efetivos. Corridas de resistência e adaptações para carregar ferramentas iniciaram suas melhorias evolutivas. Desta forma, muitas das hipóteses concorrentes no passado podem ser harmonizadas, uma vez que algumas delas renderam importantes contribuições para a compreensão da evolução da marcha ereta habitual humana.
Compartilhar