Buscar

Desmatamento e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Geogra�a Regional do Brasil
Aula 5: Amazônia e desenvolvimento sustentável
Apresentação
A Amazônia é conhecida por sua grande biodiversidade e igualmente pelos obstáculos que di�cultam a penetração nesse
território.
Um dos grandes problemas da Amazônia deve-se ao fato de o desmatamento ser representado por um importante e
atuante vetor de degradação regional.
Nos últimos anos, as práticas sustentáveis de proteção da �oresta têm sido desenvolvidas por meio de uma atuação
direta do governo federal, com �scalização, incentivos �scais para os protetores da �oresta e controle ambiental.
Objetivos
Relacionar desmatamento e práticas atuais de proteção ambiental;
Analisar as diferentes formas de unidades de conservação na região;
Discutir a questão do turismo na Amazônia.
Amazônia e Desenvolvimento Sustentável
Desmatamento e as práticas atuais de proteção ambiental
Na história do Brasil, a agropecuária tem sido uma grande vilã da proteção de �orestas. Primeiro, para a produção de cana-de-
açúcar, depois de café e hoje de soja e outros grãos, bem como pecuária extensiva em direção ao cerrado e depois na
Amazônia.
Durante a ditadura militar, quando houve um crescimento do desmatamento na Amazônia, não havia interesse político em
monitorar as taxas de desmatamento. A situação mudou, no entanto, com o processo de redemocratização e as pressões
internacionais por uma estratégia mais sustentável, em troca de empréstimos governamentais.
Você já ouviu falar em PRODES? É o Programa de Monitoramento da
Floresta Amazônica Brasileira, desenvolvido pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), que busca monitorar, por satélite, o
desmatamento por corte raso na Amazônia Legal e tem feito esse trabalho
desde 1988.
Acompanhe no grá�co a seguir que as taxas de desmatamento na Amazônia Legal, com crescimento, desde o início dos
trabalhos até o ano de 2004.
 Taxas anuais de desmatamento na Amazônia Legal - 1988 a 2004(Fonte: INPE, 2019).
No entanto, hoje há políticas públicas de controle do desmatamento, como o Código Florestal de 2012, o monitoramento do
desmatamento da Amazônia — realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) — e a lei de crimes ambientais.
O Código Florestal estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de
Reserva Legal; para a exploração �orestal, para o suprimento de matéria-prima �orestal, para o controle da origem dos
produtos �orestais e o controle e prevenção dos incêndios �orestais e prevê instrumentos econômicos e �nanceiros para o
alcance de seus objetivos.
Saiba mais
Entenda o funcionamento do código �orestal
javascript:void(0);
O próprio PRODES auxilia no controle do desmatamento, oferecendo dados atualizados sobre o problema. O trabalho
demonstrou que ainda há muito a ser feito sobre o desamamento na Amazônia, mas os dados dos últimos anos demonstram
uma importante redução das taxas de destruição desse importante bioma.
Desde 2004, com o governo de Luís Inácio Lula da Silva, houve aumento das políticas públicas de proteção à �oresta, como a
regularização fundiária, ações de �scalização e punições pontuais, incentivo ao desenvolvimento sustentável para as grandes
corporações, criação de uma lista “suja” de empresas que promovem o desmatamento para a produção agropecuária e a
vinculação de incentivos públicos ao cumprimento da legislação ambiental.
Acompanhe o grá�co a seguir.Acompanhe o grá�co a seguir.
 Taxas anuais de desmatamento na Amazônia Legal - 2004 a 2019.(Fonte: INPE, 2019)
Desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff as taxas de desmatamento da Amazônia Legal voltaram a aumentar,
sobretudo em função do relaxamento das estratégias de contenção da degradação.
A taxa de desmatamento no ano de 2019 subiu tanto que chegou a gerar um alerta por parte do INPE. Comparando o valor
obtido em julho de 2018, o aumento foi de 278% com relação a julho de 2019 (INPE).
Da mesma forma, os satélites de monitoramento de variações de temperatura no planeta, geridos pela NASA, apontaram que
os focos de incêndio na Amazônia são os maiores já registrados desde 2010, com grandes chances de quebrarem recordes em
2020.
Quais seriam os Estados que estão efetivamente desmatando mais na Amazônia, hoje? Os estados com os maiores índices de
desmatamento, entre 2018/2019, foram Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Eles respondem por mais 80% desse tipo
de degradação na região. São exatamente aqueles localizados na fronteira agrícola, com o crescimento da soja e da pecuária
em direção à �oresta.
Por sua vez, a Lei de Crimes Ambientais dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente.
Saiba mais
Entenda o funcionamento da Lei de Crimes Ambientais
javascript:void(0);
É na Amazônia que estão as maiores Unidades de Conservação Federais. Vamos tratar disso mais detalhadamente no próximo
item.
Você já ouviu falar no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), criado em
2004? A execução do Plano conta com ações de mais de uma dezena de Ministérios. As ações previstas estão articuladas em
torno de quatro eixos temáticos, apresentados na �gura a seguir.
 (Fonte: Anastasia Kamysheva, earlytwenties, one photo e Wallace Teixeira / Shutterstock).
Saiba mais
Entenda o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal
É bom destacar que a falta de ordenamento territorial e de regularização fundiária nesse amplo território, somado ao fato de
que este apresenta ampla fragilidade da presença do Estado, acabam por incentivar a grilagem e outras formas de ocupação
indevida da terra, estimulando a exploração predatória dos recursos naturais e a impunidade dos crimes ambientais.
E, mais: há quase 400 mil pequenas propriedades rurais na região, decorrentes dos projetos de colonização ou reforma agrária,
bem como ocupações espontâneas, nas quais predomina a agricultura familiar.
Além disso, há grande carência de investimentos em infraestrutura produtiva e social e de modernização tecnológica. Nessas
condições, as atividades desenvolvidas por pequenos proprietários rurais e posseiros também contribuem para o aumento dos
índices de desmatamento.
Nesse sentido, o Estado tem desenvolvido uma ampla política de
legalização fundiária. Os pequenos posseiros, por exemplo, são cadastrados
e organizados, no sentido de receberem a documentação pela terra. Assim,
toda área de sua terra pode ser controlada, identi�cando desmatamentos e
possíveis processos de re�orestamento.
Os créditos, �nanciamentos e multas estão associadas a essa dinâmica de
proteção fundiária.
javascript:void(0);
Houve um aperfeiçoamento dos instrumentos de �nanciamento e crédito que utilizam recursos públicos para promover
atividades produtivas sustentáveis e desestimular o desmatamento ilegal. Houve o desenvolvimento e a implementação de
programa de capacitação, formação e divulgação do Manejo Florestal Sustentável, além de fomento ao ecoturismo, muitas
vezes de base comunitária.
Exemplo
Na Floresta Nacional (Flona) Tapajós, no Pará, existe uma comunidade que pratica o turismo de base comunitária, de forma
organizada, desde 2005. Você acredita que essa prática econômica é a principal fonte de renda dos moradores de Jamaraquá,
uma das comunidades que vivem na unidade de conservação?
Em uma visita à comunidade de Jamaraquá, você poderá fazer um circuito por dentro da �oresta, visitando pontos de
reconhecimento ambiental, como áreas de cultivo, árvores centenárias, seringueiras, observação de pássaros, paisagem �uvial e
muito mais! É o Estado em sua prática de apoio às iniciativas promissoras de manejo �orestal comunitário.
No caso das madeireiras ilegais, infelizmente elas persistem no tempo e no espaço. O Programa governamental, no entanto,
também previu o apoio ao desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva de madeira e móveis. É importante reconhecer e
cadastrarpara controlar o território e as atividades produtivas.
As unidades de conservação
De acordo com a Lei nº 9.605/98 (BRASIL, 2000), as Unidades de Conservação são de�nidas pelo conjunto de seus espaços
territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais com características naturais relevantes.
São legalmente instituídas pelo poder público, com objetivos de conservação e limites de�nidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.
Elas podem ser Unidades de Proteção Integral quando o objetivo for
preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto de seus
recursos naturais, sem a presença do homem, na maioria das vezes. Por sua
vez, as Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo compatibilizar a
conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus
recursos naturais.
A partir do quadro a seguir é possível observar que, na Amazônia, a maior parte das Unidades é federal, principalmente as de
uso Sustentável, sobretudo o que for Reserva Extrativista e Floresta Nacional, embora as Unidades de Proteção Integral
também estejam presentes, principalmente na forma de Parque Nacional.
Esses são dados obtidos no início de 2020 a partir do Cadastro Nacional de UCs, organizado pelo Instituto Chico Mendes.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Estação Ecológica 9 5 0
Reserva Biológica 9 2 0
Parque 20 24 0
Monumento Natural 0 0 0
Refúgio de Vida Silvestre 0 1 0
Proteção Integral 38 32 0
Área de Proteção Ambiental 2 26 0
Área de Relevante Interesse Ecológico 3 1 1
Floresta Nacional 32 17 0
Reserva Extrativista 42 5 0
Reserva de Fauna 0 0 0
Reserva de Desenvolvimento Sustentável 1 18 0
Reserva Particular do Patrimônio Natural 0 0 0
Uso Sustentável 80 67 1
TOTAL 118 99 1
Unidades de Conservação na Amazônia.
De�nitivamente, a Amazônia brasileira é um dos biomas mais bem protegidos, considerando-se o sistema de proteção
ambiental nacional. Na �gura a seguir é possível observar que a maior parte dessa rede de cuidados está associada ao “miolo”
da �oresta, longe da fronteira agrícola, onde os perigos e desmatamento são maiores.
 (Fonte: IMAZON, 2019).
O uso sustentável das unidades de conservação tem contribuído para a
proteção do bioma e a inclusão da população nativa nos cuidados com a
natureza.
Atenção
A Reserva Extrativista, por exemplo, é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no
extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. A Reserva tem
como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, assegurando o uso sustentável dos recursos
naturais da unidade.
Só na Amazônia são mais quase 50 unidades de conservação desse tipo, principalmente em Rondônia (25), Pará (23) e
Amazonas (14). As pessoas podem explorar o espaço de forma sustentável, mas não podem residir dentro da unidade.
A ideia de Reserva Extrativista surgiu em 1985, com Chico Mendes, como uma proposta para assegurar a permanência dos
seringueiros em suas colocações ameaçadas pela expansão de grandes pastagens, pela especulação fundiária e pelo
desmatamento.
Os principais desa�os das Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável é a implementação, ou seja, o
acesso a políticas públicas de desenvolvimento sustentável. Projetos-piloto visando agregação de valor aos produtos da �oresta
vêm sendo desenvolvidos na maioria das áreas, assim como educação básica e assistência à saúde, mas não bene�ciam todas
as famílias e não têm o alcance necessário (MEMORIAL..., 2020 ).
Saiba mais
Reservas extrativistas na Amazônia Brasileira: distante da consolidação
javascript:void(0);
javascript:void(0);
Outro tipo de unidade de conservação bastante comum na região é a �oresta (seja Nacional ou Estadual), que soma 47 UCs,
sobretudo comandadas pela União. Nesse tipo de espaço protegido é admitida a permanência de populações tradicionais que
a habitam, quando de sua criação.
Muitas dessas unidades têm servido aos interesses do ecoturismo, com os habitantes das comunidades atendidas servindo de
guia para a exploração ecológica em meio à �oresta.
Por outro lado, qualquer unidade de conservação está passível de invasão,
como é o caso da Floresta Nacional Bom Futuro, em Rondônia, que tem
grileiro, madeireiro e incêndios.
Na �gura, observe a área desmatada em cinza, no entorno da Flona, demonstrando os interesses pela degradação tanto nos
limites externos, como os focos de desmatamento dentro da unidade de conservação.
 (Fonte: IMAZON, 2019)
"Do ponto de vista ambiental, a redução de dois terços da
Flona feita em 2010 pelo governo Lula, foi um desastre. Em
vez de apaziguar a pressão, a medida criou expectativa de
que o resto da Flona e outras unidades de conservação
encolham para acomodar invasores."
- MAISONNAVE; ALMEIDA, 2018
A Floresta Nacional Bom Futuro é um caso emblemático do desmatamento em UCs. Em 2009 chegou a ter mais de 35 mil
cabeças de gado dentro de seus limites. Por isso, naquele ano, uma megaoperação envolvendo Ibama, ICMBio, Polícia Federal,
Força Nacional e outras instituições levou 400 agentes para a Flona a �m de acabar com o desmatamento, retirar os rebanhos
e retomar a gestão da área pelo poder público.
"Era a maior operação que já tinha sido feita na área
ambiental”, diz Paulo Volnei Garcia, chefe da Bom Futuro na
ocasião. “Levamos em torno de um ano para fazer o
planejamento das ações."
- CAMARA, 2017.
Saiba mais
A Reserva que encolhe: Reduzida, �oresta nacional em Rondônia tem grileiro, madeireiro e incêndios.
O crescimento por demanda energética e mineral e os recentes projetos de usufruto da Amazônia têm pressionado a proteção
ambiental estabelecida pelas unidades de conservação. Muitas unidades delas estão sendo recategorizadas, reduzidas ou
extintas.
Um estudo do WWF-Brasil com 326 Unidades de conservação estaduais e federais aponta que as unidades dos Estados do
Amazonas e do Pará são as mais ameaçadas.
De 2008 a 2015 a perda em UCs da região dobrou em termos percentuais, passando de 6% para 12% da área total derrubada.
No período, a área de �oresta devastada em unidades de conservação (UCs) da Amazônia Legal subiu 80%, contra 35% do
desmatamento em geral [...] As UCs mais críticas estão em áreas cobiçadas, onde há expansão da fronteira agrícola ou
próximas a projetos de infraestrutura, como pavimentação de rodovias, construção de portos, hidrovias e hidrelétricas
(CAMARA, 2017).
Na verdade, a extinção ou redução de Áreas Protegidas para regularizar ocupações ilegais de terras públicas gera a expectativa
de regularizações futuras semelhantes e estimula novas ocupações.
Turismo na Amazônia
Não é só por degradação e crimes ambientais que a Amazônia deve ser lembrada. Cada vez mais turistas de todo o mundo
têm buscado a região como destino para suas aventuras, expedições e conhecimento da dinâmica ambiental.
Os rios da Amazônia, sem dúvida, constroem o melhor caminho para se desfrutar essa jornada. Você ainda pode �car
hospedado(a) em um hotel de pala�tas, sobrevoar a região e até pernoitar no meio da selva.
javascript:void(0);
De�nitivamente, um dos mais famosos pontos turísticos da região
amazônica é o encontro dos rios Negro e Solimões, formando
efetivamente o rio Amazonas perto de Manaus, capital do Amazonas.
Logo que o avião está descendo na capital você já consegue observar
o espetáculo da natureza. Veja a foto da professora Debora Rodrigues
Barbosa, em 2018.
 (Fonte: Autora).
Os dois cursos d´água correm lado a lado sem se misturar (em função da temperatura, densidade das águas e velocidade das
correntezas) por quilômetros e é possível acessar o lugar embarcado ou vê-lo de longe a partir do Mirante da Embratel, no
bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste da capital.
Também é muito comum os turistas buscarem conexão com a natureza por intermédio de visita às árvores e observação de
animais.Saiba mais
 (Fonte: PORTAL AMAZONIA)
Você já ouviu falar em arvorismo? É uma prática esportiva de aventura, que consiste na travessia de um percurso suspenso entre
plataformas montadas nas copas das árvores. É muito comum na região. Você sabia que o Circuito de Aventura Chico Mendes,
junto ao Seringal Cachoeira, em Xapuri, tem o maior percurso de arvorismo da Amazônia?
Também é muito presente a escalada em árvores. A escalada em árvore (tree climbing) é uma atividade que leva ao topo das
maiores árvores da �oresta amazônica. Mais que uma simples atividade, esse passeio proporciona uma experiência única de
interação com a �oresta a partir do alto das copas das árvores, em um conceito que eles chamam de “�oresta em pé” (DICAS...,
2017).
É possível escalar árvores como samaúma, amapazeiro, angelim e macuco, acompanhados por condutores e com toda
segurança.
 (Fonte: SEGUINDO VIAGEM).
A melhor forma de conhecer a fauna e a �ora é fazendo uma caminhada pela �oresta ou zarpando em embarcações regionais.
As caminhadas são realizadas na �oresta primária de terra �rme, em trilhas pouco exploradas e com o acompanhamento de
guias locais experientes.
Durante a caminhada você poderá ter informações sobre os tipos de árvores, frutas e frutos silvestres, bem como sobre as
plantas que são comestíveis, aquelas que têm servido à medicina ou as que são úteis para outros �ns. Visite as Flonas.
Na foto, você está observando uma grandiosa sumaúma, na Flona Tapajós, árvore comum da região, e que pode alcançar até
dois metros de espessura. É utilizada na fabricação de boias e edredons e como enchimento de almofadas, travesseiros e
colchões.
 (Fonte: Autora).
A visita às �orestas remete-nos a outra importante atração turística regional, que é a visita às comunidades locais, sobretudo
aquelas que estão às margens dos rios.
"Conhecer a comunidade local e seus hábitos pode ser uma
grande oportunidade de vivenciar a cultura de um povo com
costumes bem diferentes dos nossos. São diversas vilas e
pousadas para que os turistas possam apreciar de perto a
culinária local, o pernoite em um quarto simples, atividades
de pesca e observação de jacaré, visitas às casas dos
caboclos e a�ns."
- ONELAPSE, 2018
Na foto, é possível ver os resultados de uma visita de barco nas margens do rio Solimões, a partir de Manaus. O contato com
as iguarias locais é uma realidade que não pode ser desperdiçada.
 (Fonte: Autora).
Se a visita for em época de cheias, o encontro com as famosas vitórias-régias pode ser um diferencial importante. Observe a
foto da professora Debora Rodrigues Barbosa, em 2018, nos con�ns do Canal do Jari, a partir de Alter do Chão (Santarém,
Pará).
 (Fonte: Autora).
O turista também pode visitar uma tribo indígena, desde que esteja associado a uma operadora de turismo séria e responsável.
Membros de tribos como a dessana costumam receber turistas todos os dias, pois bene�ciam-se do turismo e da interação
com os não-indígenas (vendem objetos para comprar alimentos, já que não podem caçar ou intervir na �oresta protegida).
Saiba mais
Conheça a Tribo indígena dessana tukana
Você pode fazer passeios por igarapés com pequenas embarcações, o que garante banho de rio e acesso a praias �uviais
escondidas.
Certamente você já conhece alguma lenda ou mito regional envolvendo os botos-cor-de-rosa, que pode atingir 2,5m de altura e
185kg. Eles são extremamente dóceis, vivem livres nas águas mornas e escuras do Rio Negro e podem ser observados em
pontos variados.
 (Fonte: GTW/ Shutterstock).
javascript:void(0);
Não deixe de visitar o arquipélago de Anavilhanas, com cerca de 400 ilhas �uviais e um trecho de terra �rme com milhões de
hectares cobertos de �oresta virgem. A variação cíclica do nível da água pode oscilar em até 10 metros entre os períodos de
vazante e enchente.
O arquipélago está inserido no interior de uma unidade de conservação
federal, o Parque Nacional de Anavilhanas, nas cercanias do rio Negro, a 100
quilômetros de Manaus.
Um verdadeiro labirinto �uvial é presenciado no local, com canais que podem levar a diversos outros passeios pela região,
como praias de ilhas e trilhas aquáticas, os trechos alagados de �ores.
 (Fonte: Caio Pederneiras/ Shutterstock).
A visita à região pode ser pontuada pela Ilha de Marajó, no Pará, onde o deságue do rio Amazonas no oceano Atlântico pode
oferecer paisagens e encontros culturais inesquecíveis. Além do artesanato, da música e culinária, o visitante poderá ter
acesso, tocar e cavalgar um autêntico búfalo.
 (Fonte: Autora).
Atividade
1. Há séculos o bioma amazônico vem sendo utilizado como meio de exploração para o desenvolvimento de atividades
produtivas, com a implantação de projetos hidrelétricos e rodoviários, empreendimentos minerários e núcleos de agropecuária,
com a expansão da soja em direção ao trecho norte do território brasileiro.
Acompanhe o grá�co ao lado.
Desde o início do século XX o governo brasileiro tem desenvolvido medidas de proteção à �oresta Amazônica, o que tem
contribuído para os resultados presentes no grá�co.
Dentre as medidas, não está:
 (Fonte: INPE, 2019)
a) Maior fiscalização de órgãos ambientais.
b) Atenção aos povos da floresta.
c) Expansão do agronegócio.
d) Criação de Unidades de Conservação.
e) Restrição de crédito para desmatadores.
2. Leia o texto a seguir.
“Dormimos na beira do rio mesmo, só não foi dentro d’água porque estamos em época de seca na Amazônia. Nesta época, o rio
encolhe vários metros, deixando a nossa pala�ta no alto, sobre suas pernas �nas.”.
(Fonte: AOS 4 VENTOS, 2020).
O texto se refere à comunidade de Jamaraquá, dentro de uma Floresta Nacional, às margens de qual rio amazônico?
a) Xingu.
b) Negro.
c) Solimões.
d) Tapajós.
e) Madeira.
3. “No Parque Nacional de Anavilhanas, o rio Negro apresenta um cenário singular que oferece inúmeras possibilidades de
sensações, experiências e aprendizagem, em um labirinto de ilhas e águas negras espelhadas que se transforma com a variação
do nível do rio, em um convite a desa�ar nossos limites e ampliar nossa visão de mundo”.
(Fonte: ICMBIO, 2020).
Essa unidade de conservação �ca em qual estado amazônico?
a) Pará.
b) Acre.
c) Amazonas.
d) Roraima.
e) Rondônia.
Notas
Título modal 1
Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente
uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da
indústria tipográ�ca e de impressos.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subche�a para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. Brasília, DF: Presidência da República. 12 fev. 1998. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm. Acesso em: 27 jan. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subche�a para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República. 18 jul. 2000. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm.. Acesso em: 27 jan. 2020.
javascript:void(0);
javascript:void(0);
CAMARA, B. Amazônia: em 4 anos, desmatamento em Unidades de Conservação quase dobra. O Eco. 20/03/2017. Disponível
em https://www.oeco.org.br/reportagens/amazonia-em-4-anos-desmatamento-em-unidades-de-conservacao-quase-dobra/.
Acesso em: 27 jan. 2020.
DICAS de Manaus: escalada em árvore na Amazônia. Seguindo Viagem. 11/02/2017. Disponível em:
https://www.seguindoviagem.com/aventuras/escalada/dicas-de-manaus-escalada-em-arvore/.. Acesso em: 27 jan. 2020.
MAISONNAVE, F.; ALMEIDA, L. Reserva que encolhe. Folha Uol. 08/09/2018. Disponível em:
https://temas.folha.uol.com.br/projeto-amazonia/�oresta-nacional/reduzida-�oresta-nacional-em-rondonia-tem-grileiro-madeireiro-e-incendios.shtml.. Acesso em: 27 jan. 2020.
MEMORIAL CHICO MENDES. Reservas Extrativistas. Disponível em //www.memorialchicomendes.org/reservas-extrativistas/..
Acesso em: 27 jan. 2020.
TAXAS DE DESMATAMENTO. INPE, 2019. Disponível em:
//terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates Acesso em: 01/04/2020
<//terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates>
<//terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates>
FLONA BOM FUTURO. Imazon, 2015.Disponível em
<//terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates> https://imazon.org.br/mapas/�ona-bom-
futuro/. <https://imazon.org.br/mapas/�ona-bom-futuro/> . Acesso em: 01/04/2020.
Próxima aula
Nordeste e suas diferenças.Amazônia brasileira.
Explore mais
Plano Amazônia Sustentável
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);
http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates
http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates
http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/legal_amazon/rates
https://imazon.org.br/mapas/flona-bom-futuro/
javascript:void(0);

Continue navegando