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SANEAMENTO AMBIENTAL BIOLOGIA E CONTROLE DOS POMBOS -Aves de vida livre adaptadas ao meio urbano - sinantropismo→ adaptação de animais as cidades - origem européia ( enfoque) - trazidas pelos portugueses, possuem condição de navegabilidade boa, pombofilia (criação para competição de distância) - não possuem predadores naturais do habitat de origem→ predação faz controle de população, tendência a explosão populacional → pragas urbanas - são animais que se adaptaram muito bem em encontrar abrigos, humanos forneceram condições para isso também - são aves onívoras (qualquer alimento), retiram sustento em matérias orgânicas - causam incômodos (barulho e sujeira)- fezes ácidas que estragam materiais - transmitem várias doenças → Conseguem buscar alimento no ambiente independente dos humanos alimentá-los ou não por serem altamente adaptados - Buscam o alimento na natureza se não for alimentado na cidade→ sobrevida maior (principal motivo para desestimular a alimentação dos animais e descarte errôneo de matéria orgânica) Columba Livia domestica - acinzentado variando de braco a preto - peso 370 g - medem 28 cm - comem diferentes tipos de grãos e lixo orgânico - expectativa de vida de 15 anos, cai para 5 anos quando se alimenta em cidade devido alimento inadequado para aves - redução de desperdícios de lixo orgânico - são monogâmicos - ninhos feitos de graveto, capim ou qualquer material - fêmea: 1 a 2 ovos , 8 a 12 dias após acasalamento - 4 a 6 ninhadas por ano nas nossas condições - ovo pesa cerca de 20g com casca branca - incubação de 17 a 19 dias e com 3 meses já está maduro sexualmente PROBLEMAS - altamente adaptados ao ambiente urbano - ausência de predadores naturais, a predação que existe é insuficiente para controle populacional - ninhos em qualquer local desde que alto - causam incômodos e sujeira - pombos pode produzir 10 a 12 kg de fezes líquidas por ano ou 2,5 kg secas por ano - fezes ácidas estragam materiais, mancham pinturas de carros - estragam monumentos históricos→ demanda tempo e dinheiro do esforço público - penas podem entupir esgotos e calhas por demorarem a ser degradadas - aeroportos: colidir na turbina, a depender da velocidade as gramas podem se tornar kg SAÚDE PÚBLICA - penas e fezes contaminam água e alimentos - ácaros e piolhos e penas → alergias (piolhos se alimentam de células mortas e restos de penas, nao sao hematofagos) - São reservatórios de vários agentes de zoonoses: Salmonella spp. (problema na avicultura), ornitose (psitacose em psitacídeos), criptococose (o pombo não se infectar mas nas fezes o fungo encontra N e favorece o seu desenvolvimento, principalmente no calor- pode ter a forma neurológica), histoplasmose (fungo se desenvolve nas fezes e pode causar problemas cutâneos, respiratórios e pode neurológico). Fezes secas viram poeiras e com partículas suspensas → Usar equipamento de proteção para adentrar em locais cheios de aves - a retirada dos animais pode fazer com que os ácaros do ambiente suba nos humanos → desinfetar o ambiente PREVENÇÃO E CONTROLE - lei 9.605 de 12/02/98- lei de crimes ambientais → são consideradas domésticas, e qualquer ação de danos físicos e maus tratos → pena passível de reclusão inafiançável de até 5 anos - não adianta pegar o pombo e levar para outro local porque ele consegue voltar - 5 A´s do manejo integrado de pragas- água, abrigo acesso, alimento e acasalamento - diminuição de alimento reduz reprodução e diminuição do acesso reduz abrigo N 141 19/12/2006- Controle e o manejo ambiental da fauna sinantrópica nociva. Permite que o controle por órgãos do governo da saúde da agricultura e do meio ambiente sem a necessidade de autorização do IBAMA. - Se for órgão público: caracterizando nociva pode fazer controle, se privado precisa comunicar com o IBAMA - se for abrir uma empresa de controle de pragas além da autorização precisa da autorização da pessoa jurídica ou física junto do IBAMA MEDIDAS DE BAIXO IMPACTO - inclinação da superfície de pouso- desconfortável, precisam de superfície plana (uso de estruturas que desestabilizam o pouso). Não causam maus trato , molas e fios desestabilizam o pouso - espantalhos - refletores luminosos, incomoda e sai do local - emprego de aves de rapina. Para espantar e não matar - Equipamentos de US → emitem frequências não audíveis mas incomodam espécies diferentes da nossa, onda pode encontrar barreiras e formar sombras acústicas, e os animais podem descobrir isso com o passar do tempo e se adaptarem - tiro de ar comprimido sem a bala, somente para o barulho - matar pombo é um crime ambiental - fogos de artificio, sonorizadores, gel irritante de contato (gel produz uma irritação na pele, a chuva e a poeira pode prejudicar a eficácia, por aplicar no ambiente a legislação permite), cercas eletrificadas (choque que joga para longe- baixa tensão), armadilhas de captura (se forem para locais de criação tudo bem, o que não pode é pegar e levar para longe ou matar), uso de anticoncepcional (hidrocloro- inespecífica, pode atingir outras aves, e a DL50 é alta precisa de uma dose muito próxima do que é letal) MEDIDAS PROIBIDAS - envenenamento, matar, captura e solta em área aleatória MEDIDAS DURÁVEIS - Vedação de acessos ou vãos - uso de abrigos controlados - Consertar falhas de estruturas -> diminui nidificação - impedir acesso Identificar os animais que estiverem em abrigos como regra ambiental MEDIDAS COMPLEMENTARES - Destinação de resíduos em geral - controle de fontes alternativas de fornecimento voluntário de alimento - controle de ectoparasitos - limpeza e desinfecção dos locais de abrigo - toxoplasmose só se comer carne de pombo (pode ter bradizoítos) - educação e orientação da população - armazenar corretamente alimento e lixo orgÂnico - limpeza de áreas infestadas - proteção de vias aéreas com máscaras - varredura úmida reduz aerossóis- com solução desinfetante - desinsetização - Educação da população: Geralmente são vistos como bonitos, amor e paz e isso interfere no processo de educação. - Primeiro notificar e depois fazer o ato de denúncia SANEAMENTO E CONTROLE DE CARACOL GIGANTE AFRICANO (Achatina fulica) - animal que tem crescido em áreas e causando infestação - molusco terrestre - Caramujo é aquático - parcialmente arborícola- sobe em extratos mais altos para abrigo - não é nativo do BR oriundo do leste e nordeste da áfrica, grande preocupação é classificado como uma das 6 piores pragas invasoras exóticas para União internacional para conservação da natureza - Alimenta-se com cerca de 500 espécies de plantas e hortaliças , frutíferas e plantas ornamentais - perda da diversidade biológica, ou seja, extinção de espécies nativas - Introduzido no BR na década de 80- como alternativa ao escargot (Helix sp), rendimento de carcaça maior, introdução começou no paraná, e teve incentivo - Escargot é uma proteína cara - Criadores não encontraram mercado no BR por ter outras opções de carne, abandono e fugas do caracol devido insatisfação dos criadores - Só não foi identificado no RS - IN 73 de 18/08/2005: Proibiu criação e comercialização, autoriza implementação de medidas de controle pelos órgãos públicos competentes - FIlo Mollusca, Classe Gastropoda, Pulmonata Molusco com carapaça, boca com estrutura chamada rádula (raspa os vegetais e ingere), glândulas que ajudam na digestão e formação do muco para deslizar (esse muco também pode servir como via de eliminação de patógeno), são hermafroditas, espermateca (acumula espermatozóide do parceiro e armazena para fecundar os óvulos produzidos), tentáculos sensoriais, glândula de albúmen, ducto hermafrodita -hermafrodita de fecundação cruzada - o espermateca evita necessidade de encontrar sempre um parceiro - orifício respiratório: precisa respirar, na água pode morrer afogado - Em estado de repouso o orifício de respiratorio fica menor - É uma carne escura diferente da carne de escargot (rejeição) Adultos - concha em formato cônico com bordas cortantes diferente dos moluscos do BR - grande 10-20 cm - 7,5-8,5cm de diâmetro - peso: 250g mas chegam a pesar 500g - algumas pessoas criam como pet - concha: mosqueada com tons marrom claro e escuro - manto e pé → escuros - A parte de dentro da concha→ pérola → acusticamente barulho de mar Megalobulimus é do BR Brady Pena é o caracol pequeno comum → solos pobres em cálcio pode fazer predação deste caracol Hábito alimentar - herbívoro generalista - rádula→ língua para raspar os alimentos - canibalismo em solos pobres de cálcio (ovos e caramujos jovens). Reprodução - hermafroditas - armazena no espermateca os SPZ por anos (fecundação cruzada de 6-8 hrs) - estação chuvosa é mais favorável - maturidade sexual em 4-5 meses - 8-20 dias após a cópulas tem a postura dos ovos (50-400 por postura- 1500 ovos/ano) até 4 posturas por ano - ovos: 5- 6 mm de comprimento e 4-5 mm de largura - período de incubação: até 20 dias→ pode demorar até 1 ano se a umidade, calor e abrigo de luz não foram favoráveis - Avelins: Caracóis recém nascidos → Alimentam-se de cascas dos seus ovos e dos seus irmãos não eclodidos, permanece debaixo da terra de 5-15 dias (proteção da luz e calor). Terra fofa, não compactada e consegue ainda respirar - primeiro aporte de Ca importante para o enrijecimento da carcaça do animal - Na oviposição amarelo, esbranquiçada com o tempo Ocorrência - bordas de mata, margens de brejo, capoeiras, hortas, terrenos baldios, pomares, quintais e jardins - árvores e muros Tolerância ambiental - resistem bem a alteração ambiental→ dormência (excesso de calor ou frio) - Recolhem o corpo para concha, a entrada é selada com uma camada calcária esbranquiçada, taxa metabólica baixa e para prevenir perda de água - hibernação: para temperaturas baixas <10 graus - estivação : temperatura >30 graus com umidade relativa abaixo de 70 a 75% MÉTODOS DE CONTROLE- não tem predador natural no país - catação manual → Com uso de luvas ou sacos plásticos. Catar moluscos e seus ovos. Revolver a terra próximo de paredes, muros e árvores. Repetir periodicamente para ser efetivo especialmente após as chuvas, saem para buscar alimento pois são sensíveis a dessecação. Fazer iscas com plantas umedecidas (palha grossa, ou telhas com plantas), coletá-las nos horários mais frescos do dia (manhã e tarde). Embalar em sacos plásticos. Olhar extratos mais altos especialmente em locais mais sombreados - afogamento → Pequeno número de caracóis → imergir completamente → tampar para não fugir, sem espaço para respirar → pelo menos 6 horas - incineração → número pequeno de animais → transforma em cinzas → Custo: gasto de combustível - enterramento → Vala 1,5 m de profundidade → trituração para inviabilizar as conchas. Conchas inteiras vem para superfície e pode acumular água e larvas de mosquito → Largura e número de valas depende da quantidade de caracóis → Forre o fundo da vala com camada de cal virgem, evita a contaminação do lençol freático → Cobrir a vala com terra até o nível do solo → 30 m de distância de lençóis freáticos - educação em saúde → Dia “C” contra caramujo: Campanha educativa em que você fornece material para imprensa para reproduzir dados confiáveis, capacitação de multiplicadores(responsabilidade social nas questões ambientais e ameaça à biodiversidade, espécies exóticas, controle versus erradicação, não criar pânico). Ser associado a mídia apesar do cunho político da cidade, para evitar disseminação de fake news. → Distribuição de material educativo como cartazes, folders, adesivos → Atuação local → catação (distribuição de luvas e sacos) MEDIDAS COMPLEMENTARES - limpeza e manutenção de terrenos e quintais: diminui os riscos de infestação e proliferação do caramujo - Caiação das paredes e muros: 30 cm de altura (alcalina, o muco em contato causa irritação nos pés do animal e ele não consegue subir). - O que não se recomenda - venenos para moluscos: Não são espécie específica (matam os outros caracóis com função ecológica), se não houver cuidado outros animais e humanos podem se intoxicar - Salinização: Higroscópico, mata o caracol, mas precisa de grande quantidade de sal , e impede que plantas sobrevivam ou que se estabeleçam ali - Não tocar o caramujo sem luva → O muco pode servir como via de eliminação de patógenos → lavar as mãos frutas e verduras. SAÚDE PÚBLICA - HI da angiostrongilíase: O parasito ingerido vai para o SNC e faz uma reação eosinofílica - Humanos são hospedeiros acidentais (HA), roedores são definitivos eliminam os ovos e eclodem L1 → caracol → L3 (ingestão do muco) - artéria mesentérica, apendicite → costaricensis MEDIDAS PREVENTIVAS - evitar contato com o caracol (proteger as mãos) - transmissão: ingestão de L3 no muco - lavar verduras e legumes: desinfecção deve ser mecânica e mergulhar na solução com cloro ----------------------------------------------------------------------------------------------------- BIOLOGIA E CONTROLE DE MORCEGOS CLASSIFICAÇÃO - Classe mammalia: únicos com capacidade de voo - ordem chiroptera→ mãos transformadas em asas - cerca de 12224 espécies (+ de 22 % de mamíferos) - subordens: megachiroptera (austrália , ásia e áfrica) microquirópteros A mão é transformada em asas→ membranas que unem os dedos, antebraço, braço e abdômen (patágios), polegar sem patágio (seu tamanho e presença de calosidades ajuda a identificar a espécie). Algumas espécies possuem o uropatágio → pode ter tamanhos diferentes do calcâneo até a região da tíbia ou fêmur, algumas espécies não tem ou é resquício Cauda → nem sempre estão presentes: as que tem pode estar toda do uropatágio ou parte fora Na cabeça - mentoniana: pode haver verrugas mentonianas - folha nasal (projeção da narina) característico da família dos filostomídeos (hematófagos) - Orelha triangular que pode variar a ponta - O trago: precisam para se locomover então é mais desenvolvido do que no homem (reverbera o som e permite a navegação durante o vôo) MEGACHIROPTERA - FAMÍLIA PTEROPODIDAE - 171 espécies - ocorre no velho mundo - raposas voadoras - morcegos de maior porte , 1,70m de envergadura - fitófagos: se alimentam de plantas e frutos - não ocorre nas américas - dependem da visão para vôos crepusculares e noturnos → não utilizam o sonar, por isso olhos grandes MICROCHIROPTERA - ampla distribuição geográfica - 17 famílias sendo 3 cosmopolitas - BR: 9 famílias, 180 espécies - Sul: 73 espécies - geralmente pequenos - envergadura de 10-80cm - peso de 3 a 200g Famílias no BR - phyllostomidae - molossidae (29) - vespertilionidae - emballonuridae - noctilionidae - mormoopidae - natalidae - furipteridae - thyro… Possuem visão, olfato, audição, tato e paladar e: - ecolocalização: sonar (todos) - termopercepção (apenas hematófagos)--> área da superfície da pele com mais irrigação sanguínea→ mordedura não é aleatória - orientação magnética: algumas sp. de Eptesicus (semelhante aos pombos- percepção do magnetismo terrestre e utilização para se orientar no vôo) Ecolocalização - permite hábitos crepusculares e noturnos para o vôo - O animal emite um ultrassom de alta Fq. que se propaga no ar, reflete nas barreiras e retorna até a orelha do morcego → noção de distância (10000 a 200000HZ) - É o que permitiu a grande diversidade de espécies através da evolução e ocupando diferentes ecossistemas e alimentação. REPRODUÇÃO - gestação de 2 a 7 meses dependendo da sp. - Insetívoros: 2 a 3 meses (se reproduzem principalmente na primavera e verão) - fitófagos: 3 a 5 meses (período de floração e frutificação) - Hematófagos: não tem sazonalidade (7 meses). Crescimento populacional mais lento por terem geralmente um filhote apenas. - Filhotes nascem sem pêlo ou com pouco - gestação menor: menos desenvolvidos, pesam de 15 a 25% do peso da mãe - maturidade sexual de 1 a 2 anos - fêmeas têm glândulas mamárias axilares e peitorais - hematófagos não possuem cauda - Primeiros meses: fêmea carrega o filhote em vôos noturnos (ja nascem grande), depois ficam no abrigo e a mãe busca o alimento (ainda podem estar amamentando) - alimenta-se só de leite no primeiroperíodo ESTRUTURA SOCIAL - complexa, vivem em grupos e podem chegar a milhares de indivíduos, varia de acordo sp. e região, depende de abrigo e alimento - a maioria formam haréns → machos se reproduzem grande número de fêmeas - macho dominante com várias fêmeas (podem ter trocas) - algumas sp. → monogâmicas LONGEVIDADE - insetívoros: até 30 anos - hematófagos: 20 anos ALIMENTAÇÃO - fitófagos: frutos, néctar, pólen e folhas - Insetívoros - Carnívoros: peixes, anfíbios, lagartos, pássaros, pequenos mamíferos - hematófagos - O maior numero é de insetívoros> fitofagos>carnivoros > hematófagos - As sp. hematófagos são apenas hematófagos ( 3 espécies) - Insetívoros: 70% das espécies. Papel ecológico fundamental, controle de insetos (áreas urbanas são comuns- lâmpadas atraem os insetos), ocorrem em quase todo o mundo. Consegue captar o inseto em vôo, asa triangular que permite movimentos rápidos - Fitófagos→ nectarívoros e frugívoros: ocorrem apenas nas regiões tropicais e subtropicais (plantas o ano todo). Asas mais largas para carregarem mais coisas - carnívoros: poucas espécies, importância na polinização e disseminação de sementes - Hematófagos: Restrito ao consumo de sangue, vertebrados homeotérmicos. São 3 espécies pertencentes a subfamília Desmodontinae restrita a américa latina → Desmodus rotundus: morcego vampiro comum (mamíferos) → Diphylla ecaudata: morcego vampiro de pernas peludas (aves em geral que se alimenta) Diaemus youngi: morcego vampiro de asas brancas (aves em geral) Desmodus rotundus: projeção pequena comparado aos outros da família filostomídeos - orelhas triangular e na ponta é bastante pontuda - O lábio inferior tem uma fenda além dos caninos, tem os incisivos no formato de V, e são os incisivos que o morcego usa para se alimentar. - Como o morcego hematofago detecta a area da pele com maior irrigação sanguínea e aí faz um corte superficial na pele com os incisivos - dedo com 3 calosidades - lambe o sangue, e por capilaridade o sangue vai para a boca do animal - não tem cauda, uropatágio curto (não vai até o tornozelo), pernas sem pelos Diphylla ecaudata - folha nasal praticamente ausente, orelha arredondada - Uropatágio pouco desenvolvido, pernas peludas - o polegar tem duas calosidades Diaemus - orelha menos pontuda - grande diferença na asa: manchas brancas - folha nasal mais rudimentar - 2 calosidades As 3 spp. não tem cauda e uropatágio pouco desenvolvido. Polegar do Desmodus rotundus: Uma das poucas espécies que consegue alçar voo a partir do chão. A mordedura é superficial, suficiente para sangrar (O canino é para se defender), o animal sente só uma beliscadinha, porque na saliva existem substâncias com propriedades analgésicas e anticoagulante (sangra por um tempo mesmo o animal parando de se alimentar). - Ataca o mesmo local (caso tenha sangue coagulado nas proximidades) - não precisa morder de novo nem procurar um novo local → ele só volta a lamber a ferida (essa característica é usada para o controle). - Draculina → subs. anticoagulante presente na saliva dos morcegos - atacar humanos não é a preferência deles - língua com formato pontuado para capilaridade do sangue e fenda no lábio inferior - hematófago nao tem verrugas mentonianas Desmodus rotundus - ingere cerca 40% do seu peso em sangue em laboratório: 15 a 16 ml - in vivo: pode ingerir em uma noite uma quantidade de sangue igual ou superior ao seu peso corporal. Principalmente fêmeas. Metabolismo alto precisam consumir sangue todos os dias, as fêmeas e filhotes que ficam no abrigo pedem alimento para as que saíram (regurgitam o sangue na boca dos que ficaram no abrigo). - Cativeiro: 50ml, embora 15 a 20 ml seja suficiente - normalmente acontece com morcegos com relação próxima (mesmo hálens, filhotes) DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA - méxico, até região norte da argentina, uruguai e chile, Br como um todo PADRÃO DE VÔO - carnívoros: voos rasantes próximos aos lagos - voos próximos a lagos se alimentam de insetos - frugívoros: acima das copas das árvores ABRIGOS - Diurno: hábitos noturnos → relações, sociais, reprodução e criação de filhotes. proteção, abrigo noturno é para descanso e digestão (temporário) - Podem ser internos (cavernas, rochas, árvores, edificações) mais usados como diurnos e externos (mais comumente são usados como abrigos noturnos). - Casas → forros, sótãos, porões, frestas na parede e marquises - armazéns, igrejas, silos, poços de água, árvores, cortinas, plantas, móveis, túneis, bueiros, garagens Fezes dos hematófagos: melena (guano= fezes de morcegos em geral) - não fazem processos migratórios longos em comparação com as aves porque não possuem a adaptação aerodinâmica (penas diminuem atrito com o ar). MOLOSSIDAE - cara de cachorro, orelhas para baixo, se arrastam e a maioria tem cauda livre - glândula na região tireoidiana --------------------------------------------------------------------------------------------------------- MORCEGOS E SAÚDE PÚBLICA - pode albergar vários microorganismos patogênicos como bac., fungos , ectoparasitos e endoparasitos - transmissão de patógenos para humana em geral é rara - participa na disseminação de doenças importantes → raiva e histoplasmose RAIVA - adquirem a infecção por mordeduras, como em disputas entre morcegos para estabelecer hierarquia reprodutiva ou zona de atuação - também adquirem por aerossóis (ciclo aéreo) - é eliminado pela saliva - os morcegos também desenvolvem sintomatologia geralmente em curso paralítico - paralisia ascendente → cuidado com morcego caído (fase da doença que ainda está vivo, consegue morder, mas não consegue movimentar). - área urbana → vigilÂncia de saúde do município e na área rural → adapar no paraná (para capturar) - morcegos são eficientes para transmitir por conta da hematofagia (produz uma solução de continuidade- lambedura-saliva), morcegos não hematófagos também podem transmitir - o não hematófago faz transmissão na mordedura de defesa - são 41 espécies de morcegos positivos para raiva → 24% das espécies ocorrem no BR → Phyllostomidae 43,9% → Vespertilionidae 29,3% → Molossidae 26,8% Nem sempre os locais que o morcego suga, são fáceis de visualizar. Dois ferimentos puntiformes → mordedura que usa caninos, de defesa Não tem muita terminação nervosa, então a chance de migração axonal centrípeta é muito maior (Período de incubação menor) Mordedura única e elíptica → típica de alimentação do D. rotundus - causada pelos incisivos D. rotundus → não tem preferência em se alimentar em humanos O metabolismo no morcego é mais lento e por isso o PI da raiva nesses animais demora um pouco mais. Morcegos em atitude não usual → suspeitar de raiva. Ex. Morcego insetívoro exposto à luz, morcego caído no chão. - D. rotundus não rasteja, ele caminha, diferente de outras espécies Normalmente o quadro clínico não é raivoso, por conta da variante. Taxa de prevalência de 1 a 5 % de morcegos infectados pelo vírus da raiva. Por isso que quando tem surto nos animais, esse surto se propaga de forma mais gradativa. → a principal espécie transmissora de raiva são morcegos no geral LEGISLAÇÃO - Portaria 782 de 15/03/2017: define a relação das epizootias de notificação compulsória e suas diretrizes para notificação em todo território nacional → doenças de notificação compulsória imediata com base na vigilância animal → raiva → deve ser notificado a secretaria de saúde do município humana, pois são eventos de saúde pública → morte de quiróptero em área urbana → tem que ser notificado Área rural - órgão de defesa agropecuária da cidade MÉTODOS DE CAPTURA - captura manual: Se não estiver vacinada, com EPI não deve capturar o morcego. A recomendação é que coloque uma caixa em cima sem encostar. - puçá - redes de neblina: rede de malha escura, estende-se em duas estacas, sempre tem que deixar uma folga para formar bolsões que permitem a captura do morcego. O morcego tem o sonar, essas ondas batem nas barreiras e refletem, essa rede é feita de um nylon muito fino, e a ecolocalizaçãosó perceberá quando estiver muito próximo, se a rede estiver esticada demais, o morcego bate e volta. São colocadas em saídas de cavernas, ou locais que se saiba da presença dos mesmos, extratos mais altos de árvores para os insetívoros. Nessa rede também se enrolam espécies não alvo como pássaros, e devem ser retirados, no caso dos morcegos tem que classificar em hematófagos (que são tratados), e não hematófagos (que são soltos). A captura deve ser realizada por um órgão competente (Sem autorização do ibama não se pode fazer captura) - no caso para controle de Raiva tanto o humano quanto animais, em área urbana a responsabilidade seria UVZ (secretaria de saúde) - ou DSA na área rural - é necessário uma equipe treinada, equipada e imunizada contra a raiva - com autorização do IBAMA Lei federal 5197 de 03/01/1967 → proíbe o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos e objetos que impliquem na sua caça , perseguição, destruição ou apanha. - a grande maioria dos morcegos são benéficos, até mesmo os hematófagos, então a captura dos morcegos é feita quando tem risco eminente. e por isso se tem monitoramento por sorologia Exceção da obrigatoriedade de autorização do IBAMA. - tem que ser órgão da saúde ou meio ambiente - área rural - DSA - só para Desmodus rotundus - empresa de controle de pragas não pode, mesmo prestando serviço para órgão público, somente por autorização do IBAMA MÉTODOS RESTRITIVOS DE CONTROLE (não caracteriza infração da legislação) - uso de luz (incomoda o animal- desalojamento dos animais) - barreiras mecânicas → nunca colocar em um abrigo com animal dentro, precisa desalojar primeiro → pois morrem e pode caracterizar crime ambiental - empirismo de crença popular - vedação de fendas de dilatação Sempre olhar os possíveis acessos que o morcego tem nas construções como janelas, portões, calhas, vãos de telhado, frestas na telha, chaminé…. coloca rede, prende pela metade para quando o morcego consiga sair apenas, e essa colônia vai gradualmente saindo. Uns 30 cm de tela livre. Encaixa na abertura um cano e na ponta faz como se fosse uma manga de tecido, de tal maneira que o bicho ao sair passa, mas tem dificuldade para voltar por conta da parte livre e pendente MÉTODOS DE CONTROLE 1. seletivos indiretos: não impede mordedura, e nem a transmissão da raiva, e sim diminui a população, e pode usar os métodos sem autorização do ibama - anticoagulante intraruminal (difenadiona)- dose muito maior para causar hemorragia no bovino - anticoagulante IM (warfarina sódica) - anticoagulante tópico em mordedura (pasta)- tem no BR→ passa no dorso de bovinos→ passa na ferida para o morcego lamber → morte não é instatânea - anticoagulante tópico pour on (gel)- tem no BR- passar no dorso de bovinos→ cai no sangue 2. Seletivo direto - Captura e aplicação da pasta vampiricida no dorso (no D. rotundus). - No dorso para ele mesmo não se lamber, para que chegue ao abrigo e atinja os outros -Detetizadora não pode fazer captura do morcego - a compra da pasta é livre - Fragilidade capilar e inibição da cascata de coagulação → mecanismos da warfarina O método seletivo direto → só órgão competente pode fazer Um rebanho grande a preferência pelo gel da pra usar em larga escala, a pasta no método seletivo indireto só em animais mordidos. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ROEDORES SINANTRÓPICOS Convivência homem x roedor→ antigo , desde que começou o processo de urbanização → adaptação ao ambiente modificado pelo homem → Sinantrópicos e comensais - o homem cria condições favoráveis como abrigo, alimentos e água. Em média há em torno de 3 roedores por ser humano (quanto mais favorável maior o acasalamento) Controle→ visão ampla de ecologia aplicada Baseado no número de roedores sobreviventes Melhor método → mais se aproxima da biologia do roedor PERDAS ECONÔMICAS - estragam 10x mais o que consomem → porque tem os dentes crescendo continuamente e precisam desgastar → prejuízos para agricultura, pecuária, agroindústria e indústria alimentícia - comem cerca de 10% do seu peso corporal por dia (10-20 kg por ano) - contaminam com fezes, urina, pelos → muito mais do que consomem - Um rato elimina cerca de 25.000 cíbalas por ano (cada uma das unidades fecais) - São onívoros - cerca de 25% dos incêndios → causas desconhecidas, provocados por ratos que roem os fios → curtos Ordem Rodentia → mais de 2000 espécies Familia Muridae Importante diferenciar as espécies porque tem hábitos diferentes e o controle deve levar em consideração isso -Pode acontecer infestações mistas Fatores que dificultam a captura ou visualização para identificação: - hábitos noturnos (durante o dia, número de roedores muito alto) - baixa infestação - localização em áreas inacessíveis - fuga das pessoas ao ver um roedor Identificação direta → características morfológicas identificação indireta → fezes (cíbalas)e pegadas calosidades→ ajuda na aderência para escalar IDENTIFICAÇÃO INDIRETA Localização das fezes→ Ex. Fezes em locais altos pode indicar rato de telhado - o camundongo fica mais escondido então as fezes pode ser encontrado em gavetas (diferenciar de fezes de barata) - RATTUS NORVEGICUS - coloração varia (amarronzado- enegrecido) - animais de estimação (criados em situação higiÊnico sanitária adequados) RATTUS RATTUS - coloração varia de cinza, albino, preto - orelha grande se tentar dobrar chega próximo ao olho - calosidades na pata - cauda bem comprida MUS MUSCULUS - olho saltado - cabeça grande - cauda grande (prox do tamanho da cabeça+corpo) REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO - casais permanentes → camundongos - gestação curta de 21 dias em média - filhotes nascem sem pelo, unhas e com olhos e ouvidos fechados - Fêmea- cio de 1 a 2 dias após o parto 6 a 8 cios/ano Desenvolvimento rápido - uma semana: pelos, unhas e separação dos dedos - 9 a 14 dias: olhos e ouvidos abrem (exploram o ambiente) - 21 dias- ingerem alimento sólido - A disponibilidade de recurso no ambiente regula a quantidade de filhotes desmamados. Falta de alimento pode levar ao canibalismo. Por isso não adianta matar roedor, o que tem que ser feito é diminuir a capacidade do meio. - Colônias: animais dominantes que se reproduzem e dominados. Contém brigas para dominância. Dominantes têm preferência para a alimentação, dominados geralmente são os que aparecem durante o dia, pois não tiveram acesso a alimento.(baixo impacto quando matam esse animal, pois não se reproduzem). - Camundongo não tem o comportamento de canibalismo em filhotes ascendentes, por isso desmamam número maior de filhotes, e por isso surtos são maiores. Raio de ação - camundongos : 3 a 9 metros, territorialidade está mais relacionado com outras espécies - rato de telhado : 30-40 metros - ratazana→ 50 metros Dominados: animais jovens (pré puberes, e púberes inexperientes) e velhos Ratazana e rato de telhado→ neofobia→ evitam coisas novas no ambiente (ponto chave no controle- seja isca ou armadilha- dificilmente exploram coisas novas e quando fazem é com desconfiança, e quem faz isso geralmente são os dominados). Camundongo → neofilia SENTIDOS - enxergam mal: não distinguem cores (iscas coloridas), sensíveis a luminosidade percebendo movimentos - audição excepcional: variando de baixas frequências até o US (100KHZ), sensíveis ao US (se adaptam rapidamente) - Olfato muito apurado - não estranham o odor humano, memória olfativa e gustativa são muito boas - Dominantes cheiram a boca dos dominados para saber o que comeu, isso porque é seguro por conta do dominado ter provado antes - Sombra acústica: roedores se adaptam assim como os morcegos (aparelhos). - Iscas que não mate de imediato Paladar muito apurado - excelente memória gustativa - refugam alimentos estragados Tato muito desenvolvido - Vibrissas(bigodes), pêlos guarda (corpo) → hábito de andar tocando as coisas, geralmente fazem os mesmos trajetos e marcam-o com urina (pp. ratazana). - deslocamentonoturno Equilíbrio muito desenvolvido - andam em fios telefônicos HABILIDADES - sobem por canos verticais → 4 a 10 cm de diâmetro pp. Rato de telhado - sobem por canos de qualquer diâmetro separados até 7,5 cm da parede . Se apoiam entre cano e a parede - Sobem pela parte externa de canos → de até 9,5 cm de diâmetro - Ganham andares superiores de uma construção usando simplesmente a quina de duas paredes como apoio. Se inspecionar o local - avaliar o tamanho dos canos, se estão próximos da parede, imaginar se o roedor conseguiria escalar - passam por orifícios de 1.5 cm quadrados → passando a cabeça . Ausência da clavícula, ombros se aproximam com facilidade - andam por estreitos fios verticais e horizontais - articulações das costelas tendem a se alongar quando precisa se estreitar em um orifício - Externo também se achata → facilita alongamento do tórax - Caminham na horizontal por qualquer cano, tubulação, corda → ratazana - Pulam até 1 m na vertical a partir de uma superfície plana - pulam horizontalmente até 1,2m → ratazanas até 3 m - caem de 15 m de altura e não morrem - cavam túneis na terra de até 1,25 m de profundidade (unhas fortes e patas grandes, e membrana interdigital). - Nadam em águas abertas até 800m de distância - mergulham e nadam submersos mesmo contra a corrente, prendem a respiração por quase 3 min → ratazanas - Roem materiais duros (madeira, tijolo, chumbo, alumínio, cimento 3:1 (3 parte de areia para 1 de cimento) → mandíbula forte ALIMENTAÇÃO - onívoros - hábitos noturnos - saem no final da tarde - nao comem qualquer coisa → gosto é importante - preferem alimentos frescos - rejeitam alimentos estragados, fermentados, ou azedos (iscas de alimento com raticida) - comem grãos, frutas, vegetais, carne e peixe - teor de proteína> 7% → maior aceitação ( Ração de cachorro) - fazem sempre o mesmo trajeto → manchas de gordura - trilhas - alimento é levado para ser consumido em local seguro - local com fartura de alimento → difícil utilização de iscas com raticida (evitam pela neofobia). - Roedores → não vomitam posição anatômica da glote - Necessidade hídrica → varia com a dieta → 14 a 28 mL/dia (dependo do alimento que é consumido e sua umidade). → água é mais difícil contornar porque sempre terá que pode ser suficiente para os roedores pois o consumo é baixo - Aves de rapina conseguem identificar as trilhas de urina pois emitem uma coloração fluorescente SINAIS DE PRESENÇA DE ROEDORES - sons especialmente a noite - corridas curtas e rápidas - bater de dentes - guinchos - correrias → lutas e acasalamento - muito comum: telhados ou forros das residências infestadas - Fezes → cíbalas (facilmente localizadas a olho nu). - Urina emite fluorescência (pode usar luz UV para identificar) - Odor → Sui generis - locais com pouca ventilação - trilhas : facilmente encontradas a céu aberto - vegetação não consegue crescer - tocas: barrancos próximos a rios ou lagos → infestação por ratazanas - Rastro da cauda típico da ratazana - marcas de gordura: provocadas pela gordura dos pêlos ao roçar seu corpo quando caminham pelos mesmos lugares, manchas contínuas escuras em rodapés, próx. aos cantos, sobre canos ou caibros. ( Pelos guarda e vibrissas- para tocar as superfícies, quando estão andando de noite). Roeduras: lascas de madeira nos cantos das portas e parapeitos de janelas, pequenos orifícios semicirculares em armários, guarda roupas, cômodas e paredes, e marca de dentes em materiais roídos Ninhos: papel roído, trapos, com grande quantidade de pelos da própria mãe que construiu ninho, pode ter restos de alimentos (o rato gosta de comer em lugar tranquilo) Excitação de cães e gatos (presença recente de roedores) Observação visual - à noite: lanterna de mão - vistos durante o dia: infestação alta Observação dos sinais da presença de roedores → impreciso - trilhas - manchas de gordura - roeduras - fezes - tocas ou ninhos - visualização de roedores Métodos diretos para detectar a presença de roedor Censo por consumo → cientificamente aceito utilizando cereais com boa palatabilidade, sem raticida (ideia é sim estimar a pop.), oferta de 30g, repesagem no dia seguinte. - em diferentes pontos , geralmente se vê os locais que pode ter a presença - consumo total → duplica-se (60g) - nos pontos onde houve se constatou o consumo dos cereais - depois de alguns dias → estabilidade de consumo - dividir o total geral ingerido por 15 g → média diária de consumo por ratazana - impreciso → oferta de alimento natural farta e não possa ser removida → Neofobia Avaliação por contagem de tocas - identificar - fechar com terra ou bolas de jornal - para verificar se tem atividade- não é definitivo pois conseguem remover, assim dá para ver quantas foram reabertas - antes do início da noite - Essas tocas podem se comunicar debaixo da terra, e pode abastecer uma mesma colônia. Levantamento do índice de infestação para áreas controladas - relação em percentual - total de imóveis a ser inspecionado em relação ao total de imóveis positivos (que sofreram desratização) - Ex: numa área foram inspecionados 1200 imóveis e 420 foram positivos, então há 35% de índice de infestação em áreas controladas - obter o índice ao término do ciclo de tratamento para verificar a eficiência - a cada 10 dias : dependendo do raticida a ser utilizado - imóveis positivos independe da taxa de infestação - Crescimento da população depende da relação direta do Acesso, Abrigo, Água, Alimento → que geram Acasalamento → capacidade de suporte do meio - Crescimento exponencial - Em determinado limite pode ter danos ambientais devido a presença dos animais, percepção da infestação, varia de ambiente (pode ser maior ou menor). - Pode chegar um momento que ultrapassa a CSM ( os A´s, que interfere no acasalamento) - Fêmeas com menos cios e menos desmame de filhotes - Se a população diminui abaixo do que era antes da capacidade de suporte, volta a ter estímulos para se reproduzir, e aí a população vai flutuando ao redor da CSM, até se estabilizar, desde que não haja mudanças na capacidade de suporte do meio Com base nisso, alterar a capacidade de suporte do meio para baixo do limiar de dano, porque aí consegue ter o convívio e sem explosão de população SEM RESTRIÇÃO DE ALIMENTO E ABRIGO - ratas com cios regulares - todos os filhotes são criados - crescimento exponencial COM RESTRIÇÃO A ALIMENTO E ABRIGO - aumento intervalo entre cios, anestro - apenas filhotes mais fortes serão preservados - reposição populacional (oscilação) MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS - medidas preventivas: evitam condições favoráveis para a presença do roedor - medidas corretivas: conserto de falhas estruturais - medidas de eliminação - Se diminui a pop. sem alterar a CSM a mesma terá estímulo para crescimento novamente → termo abrangente : conjunto de ações voltadas à praga a ser combatida e ao meio ambiente que a cerca - permite→ controle ou até mesmo a erradicação - Ações visam : boa relação custo/benefício, e baixo risco para o ecossistema. → Pressupõe distintas ações 1. inspeção -Área problema → busca de dados - tipo de ambiente, capacidade de suporte, quanto de alimento, abrigo, acesso, fontes de água, que tipo de utilização é dado para o ambiente, busca de focos diagnóstico da situação para planejar as ações Ex. frigorifico, nao se usa raticidas Índice de infestação predial por roedores (IIPR)--> qualquer infestação declara imovel positivo (antes do tratamento) 2. identificação → identificar a espécie quando possível : hábito, biologia, e habilidades → indicam o planejamento das ações → características físicas do espécime recolhido na área → exames das fezes → espécies comensais → pode acontecer infestação por mais de uma espécies → rato de telhado junto com a ratazana ficarão em estrato mais altos → intensidade da infestação: planejamento mais acurado (cálculo sobre os volumes de raticidas utilizados). 3. medidas corretivas e preventivas → anti ratização - Impedir e/ou dificultar a implantação e expansão de novas colôniasde roedores no ambiente - Exame do ambiente e identificação da espécie → razões da infestação - medidas capazes de interferir na instalação, sobrevivência e proliferação dos roedores - remoção de materiais que sirvam de abrigo como entulhos, madeira e mato. - manejo adequado do lixo : melhor acondicionamento, locais de deposição, transporte e protegidos dos roedores, lixo doméstico acondicionado em latões com tampa, não deixar sacos plásticos em calçadas - Evitar presença de restos alimentares - evitar forros ou paredes duplas porque servem de abrigo - construir silos, tulhas e paióis → estacas de 1,5m com defensas metálicas - soleira de portas e cantos de janelas com folhas de zinco → impedir a passagem - telas nas aberturas externas → calhas e canos - Armazenamento de alimento sobre estrados → 1m do chão e 80 cm da parede - 4. medidas de eliminação → desratização - Primeiro precisa diminuir a capacidade de suporte do meio→ dominantes saem para buscar alimento → aí usa o rodenticida de longo tempo para que caso o dominado leve para a toca. Se morrer de forma aguda, o dominante associará ao rodenticida e não comerá. Sobrará mais comida → estímulo da população - Método físico - uso limitado ( armadilhas) Método físico-químicos → abandonados (era a base de fumigação) Métodos biológicos → pouca eficiência Métodos químicos → raticidas ou rodenticidas Armadilhas - de alçapão - identificação da espécie → humanitária, se a opção for soltar depois - ratoeiras: nem sempre mata, as vezes o animal consegue fugir e pode agonizar, lavar se for tentar pegar outro animal (cheiro do estresse- água quente), funciona bem para espécie neofílicas (para essas necessita colocar primeiro desarmada com a isca) - cola - morte lenta e agonizante (coloca uma isca no meio- não mata imediatamente Caixas para iscas Aparelhos eletromagnéticos e ultrassom: zonas de sombra acústicas Predadores naturais → gatos, aves de rapina, serpentes RATICIDAS AGUDOS - proibidos desde 1982, são inespecíficos, e causam morte em pouco tempo, normalmente mais sofrida, controle central de respiração e cardíaca, não tem antídoto, acidentes fatais. - Animais com neofobia, acaba os dominados que morrem com estes raticidas, produzem feromônios que serão associados à morte. - Mata animais que não estão em reprodução → estímulo da população - Portaria 8/8/1997: Não permite rodenticidas líquidos, alfa-naftil-til-uréia, arsênico e estricnina (proibidos), fosfetos metálicos e fósforo branco , monofluoracetato de sódio e florocetamina, sais de bário e de tálio, e gases com base em fosfina e brometo de metila - Chumbinho (combinação de carbamato- aldicarb) RATICIDAS CRÔNICOS - recomendados - causam morte a partir de alguns dias → sem sofrimento - São anticoagulantes: interferem na cascata e causa enfraquecimento dos capilares - morte por hemorragia → antídoto vitamina K1 (ocupa sitios da vit. K no fígado e atrapalha a produção de protrombina) - Derivado da indandiona - Derivado da cumarina (dose múltipla ou primeira geração - para atingir o nível tóxico precisa consumir mais de uma vez, dose única ou segunda geração) - O corpo tende a secar, e não apodrecer Dose múltipla: precisa ingerir de 2 a 5 dias consecutivos ou 12 dias intercalados, efeito cumulativo - demora de 4 a 10 dias para o efeito começar acontecer - não há associação da morte com ingestão do alimento - Postos permanentes de envenenamento (caixa com entrada e saída - se sente protegido) - EX. Warfarina, cumacloro (DL50 maior- menos seguros), difenacoun, cumatetralil, cumafuril, difacinona Dose única - morte a partir de 3 a 5 dias após ingestão - EX. brodifacoum, bromadiolone, difetalone, flocoumafen - Geralmente são mais caros - ISCAS - peletizadas ou granuladas - alimentos ou cereais atrativos e palatáveis aos roedores - são coloridos: para diferenciar da ração propriamente dita BLOCO SÓLIDOS IMPERMEÁVEIS - menos palatáveis - ótimos para áreas alagadas, não se deterioram - muita disponibilidade de alimento e não da pra reduzir : não é alternativa boa - bueiros e esgoto - base de parafina PÒ DE CONTATO - empregado em trilhas e ninhos - adere aos pelos do roedor que lambe o corpo ao proceder sua higiene - mais eficaz e concentrado que iscas - utilizado em locais com oferta de alimentos - uso profissional- tem que ter registro de empresa de controle de pragas TÉCNICAS DE APLICAÇÃO - iscas: locais secos, para não fermentar e perder paladar - blocos: local seco e úmido - pó: locais com oferta de alimentos Locais com atividade comprovada sempre: fase de inspeção e identificação - distribuir os pontos criando cordão sanitário (EX. ao redor da empresa) Reposição até o fim de consumo (Diferente do senso de consumo- coloca na medida em que sobra raticida, indica que está tendo morte) MEDIDAS DE ELIMINAÇÃO - não deve ser baseada no número de animais que morrem (pois podem não ser os que reproduzem) Desratização - só funciona se tiver feito a anti ratização - locais inacessíveis às crianças e animais- tóxico - Não aplicar o pó na possibilidade de contaminação de alimentos e água - Usar EPI´s - Só utilizar raticidas registrados no MAPA- ANVISA que registra - Seguir as instruções da embalagem - Recolher e incinerar as iscas remanescentes e roedores mortos encontrados → usar luvas de borrachas - Em caso de acidente → procurar um médico levando a embalagem FATORES QUE INFLUENCIAM NO SUCESSO DO CONTROLE tratamento por período curto- pode ter efeito bumerangue → diminui a população e permite que a mesma cresça novamente iscas insuficiente iscas colocadas muito juntas (pontos de iscagem suficiente- 10 metros ou mais) → área pequena demais -iscas apropriadas, palatabilidade, baixa qualidade -Existência de outra fonte de alimentação Deterioração da isca Iscas não atraentes Resistência a rodenticidas (consumo da isca associado a não diminuição da população → trocar de princípio ativo- trocar o grupo) AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO - Eficaz no controle e até na erradicação - Medidas preventivas, corretivas e eliminação do roedor - Critérios: monitorar o pré e após tratamento → Avaliar resultados→ fase final do manejo integrado → Acompanhamento → evitar recrudescimento (mudanças ambientais que aumentou a CSM? relaxamento das medidas?) → Reinspeção periódica da área → para verificar sinais da presença → Tábuas com talco (pegadas) Se mal conduzido → efeito bumerangue Tx. de efetividade: (Infestação inicial- final/ inf. inicial ) x100 → para comparar efetividade - raticida agudo→ morte de dominados→ fêmeas dominantes entram no cio → as vagas anteriores liberadas são ocupadas por um número maior de roedores recém nascidos - formação de novas colônias dos ratos que sobram depois desse efeito CSM → abaixo do limiar de dano REFERÊNCIA: Aula ministrada pelo professor Dr Iucif Abrão Nascif Júnior da Universidade Federal da Fronteira Sul- CCR Saneamento Ambiental.
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