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Seminário 3 - Larissa Neves Silva

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO
LARISSA NEVES SILVA
MÓDULO: CONTROLE DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
SEMINÁRIO III - SISTEMA, COMPETÊNCIA E PRINCÍPIOS
São Paulo,
2021
Questão 01: Que é sistema? Há diferença entre sistema e ordenamento jurídico? Pode-se dizer que o direito positivo se caracteriza como um sistema?
Um sistema é um grupo de componentes relacionados entre si partindo de uma mesma referência e organizados em categorias que resultam em um mesmo objeto.
O sistema jurídico abrange tanto o sistema da Ciência do direito quanto o direito positivo e é a organização dada as normas e às suas interpretações que unidas guiam a sociedade.
Há divergência entre os autores sobre a diferença ou não do sistema e ordenamento jurídico. Para parte da corrente, com a qual me filio, apesar de correlatos cada conceito explora em sua essência diferenças significativa, sendo o ordenamento a letra lei, o texto bruto, porquanto o sistema é a noção interpretativa carreada do conjunto de normas.
Sim, levando-se em consideração que o direito positivo é o conjunto de normas jurídicas aplicáveis a uma determinada sociedade em determinado tempo, interpreto-o como um sistema.
Questão 02: Que se entende por “sistema constitucional tributário”? Qual sua função no direito tributário?
O sistema constitucional tributário é o conjunto normativo de temas tributários legitimado pela mesma fonte, a Carta Magna
Tem como função dispor sobre os poderes capitais do Estado, ao mesmo tempo que preserva medida que asseguram garantias imprescindíveis à liberdade das pessoas, através de uma construção harmoniosa e conciliadora que assegura a estabilidade das relações jurídicas entre administração e administrados que influenciam e embasam inúmeras outras regras.
Questão 03: Que é princípio, como é e para que serve? Há diferença entre regras e princípios? No caso de conflito, qual deve prevalecer? E no caso de conflito entre princípios, qual critério deve informar a solução? (Vide anexos I e II).
Os princípios são regras que fixam importantes critérios para o restante das normas do direito, agregando valor e limitando a norma para que seja possível a plenitude do ordenamento.
Há a distinção entre quatro usos possíveis dos princípios no nosso sistema[footnoteRef:1]: [1: BARROS, Carvalho Paulo. Curso de Direito Tributário. 31ª edição. Editora Noeses. Pagina 24] 
(i) como normal jurídica de posição privilegiada e portadora de valor expressivo;
(ii) como norma jurídica de posição privilegiada que estipula limites objetivos;
(iii) como os valores insertos em regras jurídicas de posição privlegiada, mas consideraods independentemente das estruturas normativas;
(iv) como o limite objetivo estipulado em regra de forte hierarquia
Sim, os princípios carregam valor moral e por embasarem o sistema jurídico devem ser observados em todas as situações, atingindo a todos, pois, constituem pautas comportamentais. Apesar de as vezes expresso na legislação, podem assumir a forma abstrata e são estáticos, eis que os princípios de uma sociedade não podem sofrer mudanças costumeiras, pois perderiam sua carga moral. A regra por sua vez carrega menor arbitrariedade, é sempre expressa no ordenamento e se dirige a um fato tipificado, portanto atingem especificamente aqueles sobre os quase a situação em si se aplica.
As regras devem ser pautadas através dos princípios, são estes os norteadores e principais fundamentadores do sistema, oriundos da Carta Magna, de forma que caso uma regra conflite com um princípio, este deverá ser preservado sob o risco de prejudicar a base do sistema. Exceção são as regras derivadas de Tratados e textos internacionais que se sobrepõem hierarquicamente ao texto legal constitucional e, portanto, observando-se o caso concreto podem se sobrepor à princípios.
Por outro lado, em caso de conflito entre princípios, não é possível a simples observação de um em detrimento do outro, é necessário o auxílio dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade para dimensionar qual haverá de ser aplicado, observando no caso concreto o valor moral que inquestionavelmente deve ser protegido.
Questão 04: Identificar, nas situações a seguir, se algum princípio foi desrespeitado e, em caso afirmativo, indicar qual:
a) instituição e regulamentação de dever instrumental por meio de instrução normativa (vide anexo III);
		Não há violação posto que embora o art. 5º, II, da Constituição Federal defina que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Constitucionalmente é importante observar que quando o legislador optou por reservar ao ato normativo lei a instituição de tributo, assim o fez, por exemplo, nos artigos 97, III, 103, § 2º e 115.
		Vê-se então que diante da imensa quantidade de fatos que devem ser analisados para a prerrogativa de uma sociedade correta é inerente que haja a edição de normas complementares as leis propriamente ditas, os atos normativos, para o controle tributário.
b) estipulação de graus de risco da atividade laborativa (para o SAT) por meio de decreto (vide anexo IV);
		Sim, embora o STF já tenha reconhecido constitucional a estipulação dos graus de risco através de Decreto, entendo que fere o princípio da legalidade eis que os graus de risco para o SAT representam a majoração da alíquota da contribuição.
c) multas sancionatórias na percentagem de 75% (vide anexos V e VI);
		A multa tributária é a penalidade administrativa que busca coercitivamente o cumprimento de uma obrigação. Há necessária observação do caso concreto, principalmente imposto isoladamente, para estipular se há violação ao princípio da vedação ao confisco.
d) imposto de importação com alíquota de 150%;
		A alíquota demasiadamente alta fere os princípios da vedação ao confisco, da proporcionalidade e razoabilidade.
e) lei municipal ou distrital que institui responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa;
		A Lei Complementar 116/2003 garante aos municípios:
" Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais."
		Presumindo-se atenção aos parâmetros legais para a atribuição da responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, não há falar em ofensa a princípios
f) elaboração, pelo CONFAZ, de lista de produtos semielaborados sujeitos à incidência do ICMS (vide anexo VII);
		A lista de produtos semielaborados do CONFAZ pode ser interpretada como taxativa ou exemplificativo e partindo-se dessa premissa interpretativa que podemos dizer se há ofensa ou não, Isso porque a lista pode ser interpretada como mera regulação do dispositivo legal, por outro lado poderia estar substituindo o papel da lei, culminando na ofensa ao princípio da legalidade.
g) penhora, em execução fiscal, de automóvel de pequeno valor utilizado para transportar portador de necessidades especiais (vide anexo VIII).
		Tratando-se de penhora de automóvel de pequeno valor, que em pouco garante ao Fisco, e que supre necessidade especial, evidente a violação aos princípios da dignidade humana e do seu direito de locomoção.
h) quebra do sigilo bancário em favor da fiscalização.
		Há violação ao princípio do sigilo das informações fiscais. A quebra do sigilo bancário só poderá ser efetivada após apreciação do judiciário, impossível somente pela ocorrência de fiscalização.
i) a imposição da desistência das discussões judiciais e administrativas para adesão a parcelamento de débitos.
		Não há qualquer violação a princípios na imposição de desistência, vez que facultado ao contribuinte a adesão a parcelamentos, bem como a administração pública detém poder contratual para o recebimento do débito em parcelas.
j) desconsideração de negócio jurídico realizadopelo contribuinte mediante planejamento tributário em razão de ausência de propósito negocial nos atos praticados pelo contribuinte.
		Há de se observar no caso concreto se o planejamento édecorrente do uso abusivo da possibilidade de auto organização, podendo violar o principio da igualdade tributária.
Questão 05: Considere as informações a seguir para responder ao final.
Regras de Futebol 2018/2019 CBF
Regra 12
(...)
Se o árbitro aplicar uma vantagem depois de uma falta punível com cartão amarelo ou expulsão, a advertência deve ser aplicada quando a bola estiver fora de jogo.
(...)
Num jogo de futebol, um jogador sofre falta, mas segue a jogada e marca o gol. Analise o caso sob a ótica das regras e princípios e responda:
a)	Há regra existente e aplicável à infração (falta)? Qual o papel desempenhado pela lei da vantagem (regra ou princípio)? Princípios podem excepcionar regras? 
		Sim, a regra 12 é vinculada ao acontecimento da falta. A vantagem deve ser interpretada como um princípio a ser preservado e aplicar a advertencia quando a bola estiver fora de jogo pode ser considerada como uma das regras concernentes a preservação deste princípio.
		Sim, princípio remete ao embasamento da estrutura normativa, podendo para a sua preservação excepcionar regras.
b)	Qual a relação entre a lei da vantagem (futebol) e o brocardo nemo auditur turpitudinem allegans (ninguém pode se beneficiar da própria torpeza)?
		A torpeza é, no dicionário, atribuída como a qualidade, condição ou ato que revela indignidade, infâmia, baixeza. ainda, ato ou qualidade de indecente, de obsceno. Qualidade daquilo que é repulsivo.
		Dizer que a lei da vantagem do futebol tem relação ao brocado é correto pois a lei preserva o benefício, ainda que pela tentativa de dano promovida por outrém que não poderia se favorecer por ato irregular.
c)	O gol deve ser validado? Com base na regra ou no princípio? Justifique sua resposta.
		Sim, pois para o cumprimento do princípio da vantagem foi observada a regra concernente.
Questão 06: Que é, como é e para que serve a competência tributária? Quais as características da competência tributária? Qual a diferença entre competência tributária e capacidade tributária? Analisar a facultatividade do seu exercício relativamente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/00), que veda a transferência voluntária de receitas a entes que tenham deixado de instituir algum tributo de sua competência. (vide anexo IX) 
	A competência tributária é o poder instituído pela Constituição Federal aos entes federativos, quais sejam União, Estados e Municípios de instituir, modificar e extinguir tributos nos limites impostos pela lei, tendo por características a indelegabilidade (ou seja, é proibido a um ente transferir a outro ou a outra pessoa do direito público o poder que recebeu), a irrenunciabilidade (não pode o ente federativo se abster da competência que lhe foi dada), inalterabilidade (isto é, deve presercar os limites impostos pela Cartamagna).
Capacidade tributária por sua vez é o poder atrelado a atividade fiscalizatória, arrecadatória e de cobrança dos tributos, o qual pode ser, diferente da competência tributária, delegado a outros entes, a exemplo do que ocorre com o ITR, prevista constitucionalmente no art. 153, §4º, III, da CF a possibilidade de repassar a capacidade aos municípios.
Sob o aspecto proposto relativo à Lei de Responsabilidade Fiscal é possível observar que o texto busca a proteção da competência tributaria instituída à cada ente, preservando a autonomia particular de cada sem ferir a facultativida.
Questão 07: Proposta de Reforma Tributária Nacional que substitua os impostos estaduais e municipais sobre bens e serviços, por um imposto único de competência da União por emenda constitucional viola os Princípios do Pacto Federativo e do Federalismo Fiscal? E se esta emenda prever expressamente o repasse obrigatório da integralidade ou parte do produto da arrecadação desse imposto único para os estados e municípios?
Os impostos sobre bens e serviços são fundamentais para a preservação e manutenção dos estados e municípios nacionais. 
Na situação proposta há sim violação dos princípios do pacto Federativo e do Federalismo Fiscal., pois a sua preservação não se efetiva somente com o repasse, conforme previsto. Na verdade, é necessário observar mais que a competência tributária, levando em consideração a autonomia dos entes para destinar e arrecadar esses tributos da forma que lhes for mais conveniente, podendo a exemplo, criar incentivos fiscais.
Assim, justificar a perda da autonomia dos estados e municípios somente pelo repasse não é suficiente para preservação dos princípios do pacto federativo e do federalismo fiscal.
Questão 08. A Emenda Constitucional n. 39/02 acrescentou à Constituição o art. 149-A e parágrafo único, dispondo:
“Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica”.
Com fundamento nesse dispositivo, a Prefeitura de Itumambé instituiu o seguinte tributo:
Prefeitura Municipal de Itumambé, Decreto Municipal 3.708 de 10/10/03 (DOM 13/10/03)
Art. 1º Fica instituída contribuição para o custeio do serviço municipal de energia elétrica que tem como fato gerador a prestação do serviço de energia elétrica pelo Município.
Art. 2º A base de cálculo é o valor da fatura de consumo de energia elétrica.
§ 1º A alíquota é de 0,5%.
§ 2º Os contribuintes que morarem na região central pagarão 50% a mais do valor devido.
Art. 3º Contribuinte é o consumidor de energia elétrica.
Art. 4º Compete à Secretaria de Finanças fiscalizar o abatimento realizado pela concessionária.
Art. 5º A importância devida a título dessa contribuição deve ser paga até o último dia do mês subsequente e recolhida pela concessionária de energia elétrica juntamente com a fatura mensal de consumo, ficando a concessionária responsável pelo abatimento do montante recolhido da fatura municipal.
Parágrafo único. O não-pagamento da contribuição, ou o não repasse, implica multa de 150 UFIRs.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, devendo produzir todos os seus efeitos a partir do dia 01/11/03.
{...].
Pergunta-se:
a) O sistema constitucional tributário brasileiro admite alterações na faixa de competência tributária das pessoas políticas? Há alguma vedação à ampliação da competência tributária municipal por meio de emenda constitucional? Em caso afirmativo, qual(is)?
	O exercício da competência tributária é irrenunciável por ente político, somente sendo possível por meio de emenda constitucional desde que interpretado que não há qualquer limite previsto no art. 60 da CF quanto a alternância. 
	Isto é, se a Constituição conferiu a competência aos emtes e vedou a mudança de sua competência por eles mesmo, somente a própria, uma vez que não renuncia expressamente, detém a possibilidade de alteração.
b) Os Municípios podem, na criação de tal contribuição, com fundamento no art. 149-A da CF, utilizar uma das materialidades que lhes foram atribuídas constitucionalmente para a instituição de impostos? E das materialidades atribuídas aos Estados, Distrito Federal e União por ocasião da repartição constitucional das competências para instituição de impostos? Há vedação constitucional quanto à materialidade eleita: “consumir energia”? Justifique (vide anexo X).
	Os munícipios não podem utilizar de uma das materialidade ao qual lhe foi atribuído, sob pena de violação às normas competências tributárias estabelecida pela Constituição Federal. 
	De acordo com o artigo 154, II, a União é o único ente que pode instituir imposto extraordinário sobre hipótese que sejam da competência de outro ente federativo, vedado a estados e municípios
	Importante observar que o § 3º do artigo 155 da Constituição Federal prevê a impossibilidade de qualquer outroimposto, além do ICMS, incidir sobre as operações relativas a energia elétrica. 
c) Quais princípios tributários não foram observados pela Prefeitura de Itumambé ao instituir esse tributo? A Prefeitura pode escolher quais princípios tributários quer aplicar e afastar os outros?
A Prefeitura de Itumambé violou o princípio da legalidade, pois instituiu o tributo de forma incorreta, por meio de Decreto, quando na verdade deveria ter sido instituída por lei complementar, também violou o pacto federativo, vez que contribuições devem ser instituídas pela União, com exceção do previsto no arti 149-A da CF, unicamente para iluminação pública, outro princípio violado pela norma em apreço é o princípio da anterioridade, vez que u a instituição de tributo não pode produzir efeitos no mesmo exercício financeiro e antes de decorridos 90 dias.
O pagamento a maior de tributos pelos residentes a região central também fere o princípio da isonomia, eis que não há qualquer justificativa para o maior pagamento e todos os contribuintes devem ser obrigados aos mesmo recolhimento de um tributo.
A prefeitura não pode escolher dentre os princípios quais aplicará, contudo, a única situação permitida para uma ponderação seria em caso de conflitos.
d) A alteração do prazo de pagamento deve respeitar o princípio da anterioridade? Em qual o critério da Regra-Matriz de Incidência figura o prazo para pagamento do tributo? (Vide anexo XI).
	O princípio da anterioridade previsto no artigo 150, inciso III,, da Constituição Federal, tem aplicabilidade nos tributos em geral, determinando a vedação da cobrança no mesmo exercício financeiro e antes de decorridos 90 dias da lei que os instituiu ou majorou. 
		á o do §6º do artigo 195, disposto às contribuições sociais, determina a exigência das mesmas tão somente após o decurso do prazo de 90 dias da publicação da lei que as houver instituído ou modificado. 
	No caso em apreço não se observa qualquer um dos casos, visto que se trata tão somente da alteração do prazo de vencimento, não ensejando a aplicação do princípio da anterioridade.
	Não há critério da regra matriz de incidência pois o prazo para pagamento não se confunde com o aspecto temporal do tributo, eis que concerne ao fato gerador e não ao cumprimento da obrigação principal.
Questão 09. Como a conjugação das noções de sistema, competência e princípios com a ideia de hierarquia normativa pode significar limitações ao poder de tributar? Qual o papel do intérprete nessa construção?
	Para que haja a correta aplicação do ordenamento jurídico, para que as normas possam representar corretamente os direitos e deveres e para que haja a aplicação justa do regramento, tanto para o legislador, quanto para o intérprete devem observar as limitações previstas, capazes de assegurar a harmonia do sistema.

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