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Seminario III Casa - Modulo IV - CIT - 2019

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Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou 
reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
 
Seminário III 
SISTEMA, COMPETÊNCIA E PRINCÍPIOS. 
 
Aluna: Mariana Carla de Araújo Silva 
IBET Maceió 
Questões 
1. Que é sistema? Há diferença entre sistema e ordenamento 
jurídico? Pode-se dizer que o direito positivo se caracteri-
za como um sistema? 
 
Conforme assevera Paulo de Barros Carvalho podemos entender o 
sistema como um objeto formado de porções que se vinculam 
debaixo de um princípio unitário ou como a composição de partes 
orientadas por um vetor comum. 
O entendimento dominante assegura que não se pode confundir 
sistema com ordenamento jurídico. O ordenamento jurídico é um 
conjunto de ordens interligadas e orientadas por um vetor comum 
(a Constituição). Porém, isso é apenas parte do sistema. 
O direito positivo não poderá ser considerado como sistema pois, 
este status só lhe é dado quando houver a interferência do jurista. 
Sendo assim, apenas após a atividade do intérprete poderíamos 
falar em sistema. 
 
2. Que se entende por “sistema constitucional tributário”? 
Qual sua função no direito tributário? 
 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
O sistema constitucional tributário é uma subclasse do direito 
Constitucional, composto por normas e princípios relacionados a 
matéria tributária. Sua função é dispor sobre todas as regras, 
normas, poderes, espécies, deveres e outros, relacionados especi-
ficamente ao campo tributário. 
 
3. Que é princípio, como é e para que serve? Há diferença 
entre regras e princípios? No caso de conflito, qual deve 
prevalecer? E no caso de conflito entre princípios, qual 
critério deve informar a solução? (Vide anexos I e II). 
 
Princípios são normas que fixam importantes critérios objetivos, e 
que trazem consigo valores expressivos, e podem ser explícitos ou 
implícitos. Os princípios servem como base para entendimentos, 
interpretações e até mesmo como base para aplicação da lei. Para 
Robert Alexy, princípios são normas que ordenam que algo seja 
realizado na medida do possível, dentro das possibilidades jurídi-
cas e reais existentes. Logo, os princípios apresentam um grau de 
generalidade mais alto que as regras. 
Sim, regras e princípios não se confundem. O professor Eduardo 
Jardim aponta com clareza que os princípios são os elementos 
mais importantes de um sistema. Por outro lado, as regras, são 
normas a serem cumpridas, além do mais é necessário avaliar se 
estas se aplicam ou não ao caso concreto. 
No caso de conflito entre norma e princípio, o princípio deverá 
prevalecer pois, sendo o princípio um “valor”, entende-se que este 
está acima da norma. 
No caso de conflito entre princípios é necessário utilizar a ponde-
ração, avaliando qual princípio deve ser utilizado, caso a caso. Não 
há exclusão de um princípio para prevalecer outro, mas sim uma 
flexibilização de um princípio à luz do caso concreto. 
 
4. Identificar, nas situações a seguir, se algum princípio foi 
desrespeitado e, em caso afirmativo, indicar qual: 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
 
a) instituição e regulamentação de dever instrumental 
por meio de instrução normativa (vide anexo III); 
Não houve desrespeito. A instrução normativa é válida como 
norma complementar. Contudo, há corrente contrária, que en-
tende ferir o princípio da legalidade, pois o descumprimento do 
dever instrumental pode acarretar multa e gerar prejuízos ao 
contribuinte. 
b) estipulação de graus de risco da atividade laborativa 
(para o SAT) por meio de decreto (vide anexo IV); 
Não houve desrespeito. Estabelecer o grau de risco de acordo 
com a atividade preponderante de cada empresa não excede os 
limites legais do poder regulamentar do Executivo. Ademais, o 
STJ pacificou o tema em 2005, após diversas consultas que 
afirmavam ilegalidade nos decretos. 
c) multas sancionatórias na percentagem de 75% (vide 
anexos V e VI); 
Sim. Há violação do princípio do não confisco, previsto no art. 
150, IV da Constituição Federal. Contudo, existe corrente 
oposta, que por entender que a natureza das multas difere da 
natureza dos tributos, não há violação de princípio. 
 d) imposto de importação com alíquota de 150%; 
Não há violação de princípio pois, o Imposto de Importação é 
um imposto extrafiscal, o qual se propõe mais a auxiliar o equi-
líbrio da balança comercial do que arrecadar. Sendo assim, 
tendo em vista que as alíquotas variam de acordo com a essen-
cialidade do bem, as alíquotas são reflexo da capacidade con-
tributiva. 
 e) lei municipal ou distrital que institui responsabilidade 
pelo crédito tributário a terceira pessoa; 
Entendo que não há violação de princípio. Porém, existe cor-
rente divergente, entendendo que há violação do princípio da 
competência. 
 f) elaboração, pelo CONFAZ, de lista de produtos semiela-
borados sujeitos à incidência do ICMS (vide anexo VII); 
 
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autorização. 
 
 
Não há violação. O CONFAZ é órgão legítimo de para elabora-
ção da referida lista. Houve delegação de atribuição e não de 
competência. 
 g) penhora, em execução fiscal, de automóvel de pequeno 
valor utilizado para transportar portador de necessidades 
especiais (vide anexo VIII). 
Há violação. A penhora deste bem, afronta o princípio da dig-
nidade da pessoa humana, uma vez que o automóvel é utilizado 
para a subsistência do executado. 
 h) quebra do sigilo bancário em favor da fiscalização. 
O STF no RE 601.314 ao analisar o art. 6º da Lei Complementar 
105/01 entende ser constitucional a quebra de sigilo, inclusive 
sem autorização judicial. 
 i) a imposição da desistência das discussões judiciais e 
administrativas para adesão a parcelamento de débitos. 
Há violação do princípio da inafastabilidade da jurisdição. 
 j) desconsideração de negócio jurídico realizado pelo con-
tribuinte mediante planejamento tributário em razão de 
ausência de propósito negocial nos atos praticados pelo 
contribuinte. 
Há violação dos princípios da legalidade tributária e da livre 
iniciativa. 
5. Que é, como é e para que serve a competência tributária? 
Quais as características da competência tributária? Há re-
levância na distinção dentre tipos e conceitos no tocante a 
competência tributária no Sistema Jurídico Brasileiro? 
Qual a diferença entre competência tributária e capacida-
de tributária? Analisar a facultatividade do seu exercício 
relativamente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 
101/00), que veda a transferência voluntária de receitas a 
entes que tenham deixado de instituir algum tributo de 
sua competência. (vide anexo IX) 
Competência tributária relaciona-se a “aptidão constitucional 
para instituir tributos”. Na lição de Antônio Roque Carrazza, 
citada pelo Professor Paulo de Barros Carvalho, são caracterís-
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionaissem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
ticas da competência tributária: Privatividade, indelegabilida-
de, incaducabilidade, inalterabilidade, irrenunciabilidade e fa-
cultatividade do exercício. Sim, há relevância. Competência 
tributária é diferente de capacidade tributária. A primeira está 
ligada ao ato de criar tributo, enquanto a segunda relaciona-se 
ao ato de exigir tributo. A competência tributária é indelegável. 
Para o professor Paulo de Barros Carvalho não se sustentam as 
características da privatividade (senão a União Federal), da 
inalterabilidade e a facultatividade de exercício. Sendo assim, a 
LC 101/00 quando trata da vedação de transferência voluntá-
ria a aquele ente que tem competência e não a exerceu está 
correta. 
 
6. Proposta de Reforma Tributária Nacional que substitua os 
impostos estaduais e municipais sobre bens e serviços, por 
um imposto único de competência da União por emenda 
constitucional viola os Princípios do Pacto Federativo e do 
Federalismo Fiscal? E se esta emenda prever expressa-
mente o repasse obrigatório da integralidade ou parte do 
produto da arrecadação desse imposto único para os es-
tados e municípios? 
Sim, fere incisivamente cláusula pétrea. Essa autonomia dada 
pela CF não pode ser objeto de deliberação porque se trata de 
medida tendente a abolir a forma federativa de Estado. É o que 
se depreende do artigo 60, § 4º, inciso I, da Constituição Fede-
ral. Neste caso, havendo repasse, os estados e municípios 
não perderiam receita, mas continuariam perdendo autonomia, 
e que continua ferindo o Pacto Federativo e o Federalismo Fis-
cal, fazendo esses dependerem da União. 
7. A Emenda Constitucional n. 39/02 acrescentou à Consti-
tuição o art. 149-A e parágrafo único, dispondo: 
“Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, 
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, 
observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, 
 
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autorização. 
 
 
na fatura de consumo de energia elétrica”. 
Com fundamento nesse dispositivo, a Prefeitura de Itumambé instituiu o se-
guinte tributo: 
Prefeitura Municipal de Itumambé, Decreto Municipal 3.708 de 10/10/03 
(DOM 13/10/03) 
Art. 1º Fica instituída contribuição para o custeio do serviço municipal de ener-
gia elétrica que tem como fato gerador a prestação do serviço de energia elé-
trica pelo Município. 
Art. 2º A base de cálculo é o valor da fatura de consumo de energia elétrica. 
1 §º A alíquota é de 0,5%. 
2 §º Os contribuintes que morarem na região central pagarão 50% a mais do 
valor devido. 
Art. 3º Contribuinte é o consumidor de energia elétrica. 
Art. 4º Compete à Secretaria de Finanças fiscalizar o abatimento realizado pela 
concessionária. 
Art. 5º A importância devida a título dessa contribuição deve ser paga até o úl-
timo dia do mês subsequente e recolhida pela concessionária de energia elétri-
ca juntamente com a fatura mensal de consumo, ficando a concessionária res-
ponsável pelo abatimento do montante recolhido da fatura municipal. 
Parágrafo único. O não-pagamento da contribuição, ou o não repasse, implica 
multa de 150 UFIRs. 
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, devendo produzir to-
dos os seus efeitos a partir do dia 01/11/03. 
{...]. 
Pergunta-se: 
 a) O sistema constitucional tributário brasileiro admite 
alterações na faixa de competência tributária das pessoas 
políticas? Há alguma vedação à ampliação da competência 
tributária municipal por meio de emenda constitucional? 
Em caso afirmativo, qual(is)? 
 
 b) Os Municípios podem, na criação de tal contribuição, com 
fundamento no art. 149-A da CF, utilizar uma das materia-
 
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autorização. 
 
 
lidades que lhes foram atribuídas constitucionalmente para 
a instituição de impostos? E das materialidades atribuídas 
aos Estados, Distrito Federal e União por ocasião da repar-
tição constitucional das competências para instituição de 
impostos? Há vedação constitucional quanto à materialida-
de eleita: “consumir energia”? Justifique (vide anexo X). 
 
 c) Quais princípios tributários não foram observados pela 
Prefeitura de Itumambé ao instituir esse tributo? A Pre-
feitura pode escolher quais princípios tributários quer 
aplicar e afastar os outros? 
 
d) A alteração do prazo de pagamento deve respeitar o 
princípio da anterioridade? Em qual o critério da Re-
gra-Matriz de Incidência figura o prazo para pagamento do 
tributo? 
 (Vide anexo XI).

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