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Radiação Cósmica de Fundo em Micro-Ondas (RCFM)

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Monique Araujo 
 Radiação Cósmica de Fundo em Micro-
ondas (RCFM) 
 Usando de base o que já se sabia do Universo, os físicos perceberam entre 
1950 e 1960 que o Universo atual deveria ser preenchido com fótons primordiais, 
resfriados ao longo 13,5 bilhões de anos a alguns graus acima do zero absoluto. 
Na primavera de 1965 dois rádio-astrônomos. Arno A. Penzias e Robert W. 
Wilson, trabalhado para Bell Laboratories em Nova Jersey, detectaram 
acidentalmente esse brilho com um ruído sibilante de fundo enquanto estevam 
uma nova antena de micro-ondas para ser usada em satélites de comunicação. 
Já em 1989, a NASA enviou o satélite Cosmic Background Explorer (COBE), que 
coletou informações que confirmaram com alta precisão que existem cerca de 
400 milhões de fótons em cada metro cúbico do Universo – um mar cósmico 
invisível de radiação de micro-ondas a 3k (3 graus acima do valor absoluto). 
Em 2002 a NASA enviou uma sonda de 16 pés chamada Wilkinson Microwave 
Anisotropy Probe (WMAP), a um milhão de milhas da Terra. Durante um ano, o 
WMAP fez exposições temporais em todo o céu, mostrando em alta resolução o 
mapa da radiação cósmica de fundo (RCF) de 380.000 anos após o Big Bang, 
confirmando mais uma vez a teoria do Big Bang para a origem do Universo. 
 
Para os astrônomos, na escala do Universo, a distância é uma máquina do 
tempo. Quanto mais longe está algo, mais jovem o vemos; isso porque, quanto 
Monique Araujo 
mais distante algo está, mais tempo leva para chegar até nós sua radiação. 
Assim, não podemos ver como o Universo é, apenas como ele era, o que faz com 
que possamos ver até quase o início do Universo. 
A nível de 
curiosidade: a luz da 
estrela mais 
próxima da terra (o 
Sol), leva oito 
minutos e vinte 
segundos para 
chegar aqui. Já a luz 
de Júpiter leva cerca 
de 35 minutos 
quando está mais 
perto e por volta de 
uma hora quando 
está mais longe, em 
sua órbita. Já a estrela mais brilhante no céu noturno, Sirius, leva 8,6 anos 
para chegar a Terra (também é a distância que a luz viaja). Já a luz das estrelas 
que vemos sem auxílio óptico leva de quatro a 4.000 anos para chegar até nós, 
assim, se víssemos uma estrela explodindo há 3.000 anos-luz de distância, isso 
significa que sua explosão teria acontecido há 3.000 anos.