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4 INTRODUÇÃO “Difere anatomicamente do extra uterina pois é estruturada para suprir a necessidade de um organismo em crescimento rápido sobre relativa hipóxia” C OM O É P OSSÍ VEL O sangue chega no átrio direito (AD) pelas veias cavas (superior e inferior), do átrio direito vai para o ventrículo direito por onde é ejetado pela artéria pulmonar para os pulmões. Pelas veias pulmonares o sangue retorna para o átrio esquerdo (AE) , cai no ventrículo esquerdo (VE) e é distribuído para todo corpo pela aorta. Após o sangue circular por todo o corpo ele retorna ao AD para que possa ser realizada no pulmão a hematose. Na vida intra uterina (fetal) o pulmão não tem a função da hematose. A hematose na vida intrauterina é realizada pela placenta (pode ser considerada o “pulmão” do feto). Quando pensamos em pulmão vem à mente a ideia de uma ideia de uma rede grande de capilares, um leito vascular no qual o sangue chega na membrana hematoalveolar e se difunde para os alvéolos realizando a hematose por conta de uma baixa resistência vascular. Na placenta ocorre o mesmo mecanismo, e por conta de uma grande rede de capilares, a troca acontece com resistência mais baixa. Entretanto, diferente da placenta, o pulmão do feto estando pobre em oxigênio (importante vasodilatador) e rico em prostaglandinas e outros sinalizadores bioquímicos, fica vasoconostricto e perde a sua função. P L ACENTA A placenta não apenas realiza a respiração do feto, mas também é responsável pela sua excreção e recepção de novos nutrientes. Portanto, o sistema umbilico-placentário (veia umbilical, artéria umbilical e placenta) é extremamente importante. Do ponto de vista anatômico, as artérias ilíacas se dividem em artérias umbilicais variadas, entram na placenta entrelaçadas com a veia umbilical e sai como veia eferente e veia umbilical. O sangue que retorna pela veia cava superior tem maior probabilidade de cruzar a válvula tricúspide e é ejetado pela artéria pulmonar principal para os pulmões ou pelo canal arterial para a aorta descendente. No geral, a maior parte do sangue que sai do ventrículo direito passa da direita para a esquerda através do ducto, com apenas 8 a 10% do débito cardíaco fetal perfundindo os pulmões. Essa distribuição de fluxo é favorecida pela constrição do leito arterial pulmonar, resultando em alta resistência vascular pulmonar (RVP), e pela baixa resistência vascular na placenta, que resulta em baixa resistência vascular sistêmica (RVS). O sangue que retorna pela veia cava superior tem maior probabilidade de cruzar a válvula tricúspide e é ejetado pela artéria pulmonar principal para os pulmões ou pelo canal arterial para a aorta descendente. No geral, a maior parte do sangue que sai do ventrículo direito passa da direita para a esquerda através do ducto, com apenas 8 a 10% do débito cardíaco fetal perfundindo os pulmões. Essa distribuição de fluxo é favorecida pela constrição do leito arterial pulmonar, resultando em alta resistência vascular pulmonar (RVP), e pela baixa resistência vascular na placenta, que resulta em baixa resistência vascular sistêmica (RVS). Os estágios da placenta podem ser grau 1, grau 2, grau 3 e eles dizem sobre o seu envelhecimento. Com o passar dos graus começa a haver um sofrimento fetal devido a uma fisiologia anormal que leva o bebe a uma má respiração, nutrição e excreção. SHUNTS Além da placenta, áreas de shunt (troca) e um coração com estruturas pérvias (funcionantes) são necessários para ajudar na respiração. Shunts: (1) Placenta, (2) Ducto venoso, (3) Forame oval, (4) Ducto arterial (canal arterial). Dois shunts direita- esquerda ocorrem no feto devido à alta resistência vascular pulmonar e baixa pressão sistêmica: CARDIOPED Circulação Fetal 4 • Forame oval – Sangue desviado do átrio direito para o esquerdo • Ductus arteriosus – Sangue desviado da artéria pulmonar para a aorta Da placenta, o sangue oxigenado flui através da veia umbilical e se divide ao entrar no abdome do feto. A maioria flui através do ducto venoso para a veia cava inferior e depois para o átrio direito; o sangue restante perfunde o fígado. O sangue proveniente do ducto venoso entra no átrio direito e, devido a um efeito de fluxo, é em grande parte desviado através do forame oval para o lado esquerdo do coração e da aorta. Em contraste, o sangue menos oxigenado da veia cava superior e da veia cava inferior distal ao ducto venoso flui do átrio direito para o ventrículo direito com mínima mistura com o sangue oxigenado originário do ducto venoso. Quase todo o débito ventricular direito (90 por cento) desvia-se do pulmão e é desviado através do canal arterial patente para a aorta descendente distal à origem das artérias carótidas. Este sangue desoxigenado é transportado através da aorta e das artérias umbilicais até a placenta, onde libera dióxido de carbono e produtos residuais e coleta oxigênio e nutrientes. DUCTO VENOSO O cordão umbilical entra no abdome fetal onde se divide para formar: seio portal e ducto venoso. Seio portal: sistema porta Ducto venoso: sistema “bypass” ligando sangue oxigenado diretamente na VCI, através de um sistema de baixa pressão. Ele existe para que o sangue não passe pela circulação portal. Funciona como um “esfíncter natural”. Prioridade no circuito do “bypass”. O esfíncter se abre quando o bebê está em hipóxia, permitindo que os detritos originários do fígado cheguem ao sangue. Essa hipóxia pode decorrer de um processo de adoecimento da gestante, ou demanda de oxigênio, ou maior demanda metabólica pelos afazeres diários. O sangue que chega da placenta super oxigenado (arterial- vermelho)* indo em direção ao fígado (onde se localiza a circulação porta) onde normalmente é feita excreção de metabólitos. No fígado, ao entrar no sistema porta, o sangue tem sua saturação diminuída (62%). Após a queda da saturação o sangue vai para o átrio direito, atrio esquerdo e VE para manter a circulação. *Adendo 1: O sangue arterial do feto (oxigenado) não é igual ao nosso, visto que ele vive em hipóxia, tendo sua saturação por volta dos 70%. Na vida fetal a pressão no pulmão está alta, enquanto a pressão na placenta está baixa. A pós-carga do VE é baixa pois ele está ligado à placenta, configurando-se como área de menor pressão. Seguindo a linha de raciocínio, a pós- carga no VD é alta, pois está ligado ao pulmão. Sendo assim, por conta da pressão, o sangue não quer ir para o VD e sim para o VE. Quando o sangue vai para o VE ele sobe para a croça da aorta onde tem os (nao deu para ouvir), permitindo a irrigação do sistema nervoso central. Reflexão: Será que o sangue vindo da veia porta, já desoxigenado, é o ideal para oxigenar o SNC? Apesar do bebe viver em considerável hipóxia deve-se direcionar o melhor sangue possível. Quando o bebe está muito hipoxêmico, existe um esfíncter natural (ducto venoso) que faz um bypass (ponte) ultrapassando a circulação portal. O sangue que vem da placenta, portanto, estando mais oxigenado possível, passa a circulação portal pelo ducto venoso através da abertura do esfíncter, cai na veia cava inferior e vai para o átrio direito (com o sangue ainda super oxigenado). Esse é o sangue importante para se chegar no sistema nervoso central do bebê. O sangue que flui pelas artérias coronárias e carótidas tem um alto grau de saturação de oxigênio porque o sangue oxigenado da veia umbilical flui para o átrio direito (via ducto venoso e veia cava inferior) e é desviado através do forame oval para o átrio direito. lado esquerdo do coração e da aorta. Esse desvio é obtido por meio de velocidades diferenciais das correntes sanguíneasvenosas que chegam e direcionando o sangue oxigenado para o forame oval. Isso reduz a mistura de sangue oxigenado com sangue desoxigenado que entra no átrio direito da veia cava superior. O sangue desoxigenado é direcionado para o ventrículo direito e desviado através do ductus arteriosus para a aorta, mas distalmente à origem das artérias carótidas e coronárias. Dentro do átrio direito há válvulas embrionárias que são chamadas de Tedésios e Eustáquio que vão direcionar o fluxo para o outro lado do coração através da passagem pelo Forame Oval. Repetindo: O cordão umbilical entra no organismo fetal e se divide em seio portal (realizando a circulação porta) e ducto venoso (ponte que pula a circulação do fígado) para chegar na veia cava inferior, a qual esta conectada ao átrio direito. O seio portal esta conectado ao sistema portal e ao ducto venoso vai estar ali anterosuperior oxigenado direto da cava inferior, funcionando como um esfíncter natural. 4 FOR AM E OVAL Comunicação entre átrios. O sangue que chega no AD passa pelo forame oval para o AE, cai no VE e sobe para a croça da aorta e permite a irrigação do sistema nervoso central. O forame oval é formado por duas lâminas em continuidade, ou seja, não forma um buraco. Eventualmente, o fluxo é do VD para o VE. Isso acontece porque as câmaras direitas costumam estar sobre maior pressão, por conta de uma maior pós carga no VD. O VE e o AE estão ligados a placenta (área de baixa pressão). O forame oval é uma estrutura fisiológica para o desenvolvimento do feto, portanto na neonatologia o bebê não sobrevive com esse forame fechado. O sangue desce do SNC pela veia cava superior e cai no átrio direito. O sangue vindo do sistema portal não tem “prioridade” para passar para o outro lado, mas ele também passa, acontecendo uma “mistura” no sangue , pois o retorno venoso que há dentro do átrio direito é dinâmico. Com isso o AD junta o sangue da cava superior, da invasão do sangue do sistema portal e da passagem de sangue do AE pela abertura do esfíncter . Nem todo o sangue do átrio direito passa pelo Forame Oval, outra parte vai para o ventrículo direito pela válvula tricúspide. Lembre-se que apesar do pulmão não realizar hematopoiese ele precisa de débito para a irrigação parenquimatosa. Portanto, 7% - 10% do DC vai para o VD através da tricúspide para o pulmão. O primeiro Frank Starling (estira o sarcômero e contrai vigorosamente o coração) ou seja, a primeira força da sístole consegue vencer a pós-carga do pulmão, o que representa 7% - 10% do volume passa para a artéria pulmonar direita e esquerda, realizando a irrigação do parênquima pulmonar. O restante vai para o canal arterial, estrutura que faz uma conexão entre a artéria pulmonar e a aorta. DUC TO AR TER I AL Localiza-se na aorta descendente na emergência da subclávia esquerda Fluxo da pulmonar para a aorta (7% fluxo para pulmões) A aorta esta em comunicação com a placenta, sendo assim o sangue na ejeção não tem interesse em ir para o tronco pulmonar, pois compete com uma zona de baixa pressão que é o canal arterial ligado à aorta. Resumindo todo o processo: Placenta -> Ducto venoso -> bypass na hipoxemia -> sangue mais oxigenado pula a circulação portal -> VCI -> AD (válvulas de tedesio e eustáquio dançando) -> Forame oval -> AE -> VE -> SNC -> Desce pela cava superior -> AD + juntas-se ao sangue sujo que vem da circulação portal -> o sangue sujo vai para a tricúspide -> VD -> Sístole -> Canal arterial (90%) e parênquima (10%) -> Placenta. Para revisar: Placenta = baixa pressão, baixa pós-carga -> Veia umbilical = sangue muito oxigenado. Se o feto estiver com hipóxia, o esfíncter natural vai abrir, passa pelo ducto venoso e cai na veia cava inferior, que entra no átrio direito, por estar muito oxigenado o sangue passa pelo forame oval, caindo no átrio esquerdo, ventrículo esquerdo e aorta, para irrigar o cérebro. Lembrar da propagação do sangue, assim, o volume que vem do débito (retorno venoso) desce pela veia cava superior, que encontra um resquício da circulação portal no átrio direito, vai para o ventrículo direito (lembrar que a concordância é atrioventricular e ventrículo-arterial), que, na sístole, vai para artéria pulmonar, e a pós-carga vai para o pulmão, 7-10% irriga o parênquima pulmonar. Depois o débito cai pelas veias pulmonares e ele volta, para ser reoxigenado - dessa forma, consegue priorizar o SNC - além dos 7-10% que vai para o pulmão, o restante foge pelo canal arterial (ligação da artéria pulmonar com a aorta - lembrar que esse shunt é direita-esquerda porque a artéria pulmonar está do lado direito e ele está vindo da artéria pulmonar para a aorta). Não existem hipóteses em que o fluxo vai da aorta para a artéria pulmonar, o sangue sempre vai para frente para poder irrigar o mesentério, parte renal até os dedos do pé. VI DA I NTR AUTER O Câmaras direitas recebem grande volume e trabalham contra maior pós-carga (grande resistência vascular pulmonar) Sangue do ducto venoso (maior oxigenação) encaminha ao AE - Ao ascendente - SNC Maior débito cardíaco (ducto venoso + VCS) - via VD - CA para Ao descendente - circulação sistêmica Lembrar que maior débito cardíaco vai para o canal arterial, somente 7-10% vai para o pulmão. VI DA P ÓS NATAL Em geral, o cordão umbilical permanece por um tempo no parto humanizado, e assim que ele é cortado, anula a circulação placentária, depois o bebê respira e usa pela primeira vez o pulmão, entra oxigênio e vasodilata, mas essas arteríolas não dilatam subitamente, mas sim de forma progressiva, por isso que é possível ter a hipertensão pulmonar do recém-nascido até 3 meses de vida, bem como ainda pode haver predomínio de câmara direita em ECG e Raio-X até os 3 meses de vida - pois, o feto está submetido a uma microbiologia completamente diferente da que ele desenvolve a partir desse momento. Se o bebê não respirar é necessário fazer reanimação. O cordão umbilical ficar mais tempo conectado ao bebê tem relação com a questão evolutiva para anemia, contato pele a pele e etc., mas não tem relação com a parte cardiológica. Quanto à mudança bioquímica que o bebê vai receber, tem-se que as prostaglandinas que era secretada na placenta não vai estar presente, o oxigênio começa a entrar, o pulmão começa a fazer hematose, ou seja, a fisiologia muda completamente Anulação placentária (fluxo) Obriga expansão pulmonar Redução da resistência pulmonar Ocorre queda na pós carga do VD, agora o VD é local de baixa pressão. Aumento do volume no AE Anteriormente, o que cai no AE era o que vinha do FOV e o retorno de veia pulmonar (7-10%), por isso que os fetos normalmente tem as câmaras esquerdas menores, depois ocorre aumento de câmara esquerda, porque agora há circulação sistêmica. Aumento de pressão na câmara esquerda Fechamento da FO por pressão x aposição valvar no septo No momento que o bebê respira, a pressão na câmara esquerda aumenta porque a placenta foi embora, e a pressão na câmara direita cai bruscamente e a valva cola, então essa pressão fecha o forame oval - se for feito um ecocardiograma de imediato é possível ainda ver o forame oval, mas isso é fisiológico, e pode-se acompanhar até os 5 anos de vida esperando seu fechamento. Queda da pressão da circulação pulmonar em relação a sistêmica Lembrar que o canal ainda está aberto e pode-se esperar até 12 horas para seu fechamento por mecanismo bioquímico, ou seja por vasoconstrição porque não há prostaglandina sendo secretada e há oxigênio, por ser um endotélio, ele é responsivo a essa bioquímico, assim ele é constricto e depois ocorre o fechamento anatômico em até 72 horas. Lembrar que VD empurrava, uma parte ia para o pulmão, e o shunt vinha do VD para a aorta passando pelo canal, mas agora que a aortatem maior pressão e o pulmão tem menor pressão, esse shunt está invertido (da aorta para a pulmonar), então o ducto por aquela estrutura que está aberta, ele vem da área de maior pressão (aorta) - lembrar que VE vai fazer o débito empurrando e uma parte desce pelo canal (sangue oxigenado), então o pulmão recebe o débito cardíaco do VD + o débito que está vindo do canal. 4 Se o canal for grande, ocorre repercussão pois o pulmão estará sendo encharcado pelo débito normal + débito extra que está vindo pelo canal, já que o sangue vai preferir ir para o canal do que para o mesentério, rim, etc., nesse caso, o paciente faz baixo débito e choque, pois está ocorrendo roubo de fluxo do canal. Resumindo: pulmão dilatou, placenta saiu, circulação sistêmica está fechada, então ela não deságua, fica contida apenas nos vasos normais da circulação, não tem nenhuma área de baixa pressão, assim, o bebê passa a ter retorno venoso das veias pulmonares com sangue oxigenado porque ocorre hematose, depois desce pelo VE, sobe pela aorta e desce pelo canal, indo para a artéria pulmonar direita e esquerda - uma parte não desce pelo canal, e vai para frente. Inversão fluxo no shunt do CA Indução de fechamento do CA Cerca de 1-2 de cada 1000 recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica. Em torno de 30% destes recém-nascidos recebem alta hospitalar sem o diagnóstico e evoluem para choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de receber tratamento adequado. Todas as cardiopatias vão depender do canal arterial aberto, porque senão o bebê não vai sobreviver sem aquele canal, ou seja, se houver uma cardiopatia com fluxo pulmonar dependente de canal, considerar que o VD tem a artéria pulmonar saindo e há uma atresia da válvula (fundo cego), o bebê vai ter que irrigar o pulmão pelo canal, pois agora ele vem do VE e passa pela aorta e encontra o canal arterial que está ligada com a artéria pulmonar direita e esquerda. Se ocorrer o fechamento desse canal, não tem como oxigenar, então o caso torna-se grave, similar a um quadro séptico em função de uma cardiopatia, mas se o médico aciona o medicamento com a prostaglandina (Prostin), o canal se mantém aberto e o bebê começa a melhorar - para rastrear esse casos, existe o teste neonatal chamado teste do coraçãozinho, que faz a avaliação da saturação para averiguar se é uma cardiopatia. É de extrema importância que o médico pense nessa possibilidade, ligue o Prostin, acione um especialista e peça um ecocardiograma, assim o canal arterial vai se manter aberto e o ideal é que ele fique do maior tamanho possível. C AR DI OP ATIAS C ONG ÊNI TAS C R Í TI C AS: São consideradas cardiopatias congênitas críticas aquelas onde a apresentação clínica decorre do fechamento ou restrição do canal arterial (cardiopatias canal- dependentes), tais como: Cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial: atresia pulmonar e similares Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial: síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, coarctação de aorta crítica e similares Inclui qualquer obstrução do lado esquerdo, em que o paciente vai apresentar uma aorta fina ou deformada e VE hipoplásico (pouco desenvolvido), sendo necessário garantir uma forma de que o fluxo chegue para o rim pela aorta, então o fluxo oxigenado vai vir do pulmão pela artéria pulmonar e descer. A câmara esquerda é incompetente, ou seja, ela não bombeia para o corpo todo então se houver uma coarctação de aorta ocorre uma parada do sangue de grande monta, não sendo capaz de mandar débito cardíaco suficiente causando choque e sepse. Se o médico ligar o Prostin (prostaglandina - medicação venosa), o sangue consegue da artéria pulmonar fazer débito cardíaco para o rim, assim o bebê consegue fazer xixi e não faz enterocolite necrosante porque o fluxo chega no intestino, bem como não ficam bactérias paradas no intestino que possam fazer translocação ou infecção. Cardiopatias com circulação em paralelo: transposição das grandes artérias TESTE DA OXI M ETR I A: Realizar a aferição da oximetria de pulso, em todo recém- nascido aparentemente saudável com idade gestacional > 34 semanas, antes da alta da Unidade Neonatal. Local da aferição: membro superior direito e em um dos membros inferiores. A aferição é feita no membro superior direito porque o canal termina após a subclávia esquerda, e deve-se aferir antes do canal. Para a adequada aferição, é necessário que o recém-nascido esteja com as extremidades aquecidas e o monitor evidencie uma onda de traçado homogêneo. Momento da aferição: entre 24-48 horas de vida, antes da alta hospitalar. Resultado normal: saturação periférica maior ou igual a 95% em ambas as medidas (membro superior direito e membro inferior) e diferença menor que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior. Resultado anormal: Caso qualquer medida da SPO2 seja menor que 95% ou houver uma diferença igual ou maior que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior, uma nova aferição deverá ser realizada após 1 hora. Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 horas seguintes. Limitações: Este teste apresenta sensibilidade de 75% e especificidade de 99%. Sendo assim, algumas cardiopatias críticas podem não ser detectadas através dele, principalmente aquelas do tipo coarctação de aorta. A realização deste teste não descarta a necessidade de realização do exame físico minucioso e detalhado em todo recém-nascido, antes da alta hospitalar. A recomendação é que sempre tenha um cardiologista na maternidade, assim, se houver uma patologia de aorta, VE hipoplásico causando baixo fluxo, bebê anúrico ou com quadro de enterocolite necrosante, deve-se palpar pulso (em geral, não palpável), ligar o Prostin e pedir avaliação do especialista. O ecocardiograma é mandatório se o resultado do teste for anormal antes da alta hospitalar. INTRODUÇÃO COMO É POSSÍVEL PLACENTA SHUNTS DUCTO VENOSO Forame oval Ducto arterial Vida intrautero Vida pós natal Cardiopatias congênitas críticas: Teste da oximetria:
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