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Eletroestimulação muscular Corrente Russa e Aussie

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Eletroestimulação 
muscular — corrente 
russa e corrente aussie
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir contração muscular.
 � Identificar as características da corrente russa e as da corrente aussie.
 � Desenvolver uma proposta de tratamento com as correntes russa e 
aussie para o fortalecimento muscular.
Introdução
A utilização de correntes elétricas para o estímulo de contrações muscu-
lares é uma técnica bastante utilizada nos tratamentos estéticos. Existem 
diferentes modalidades de corrente que podem ser utilizadas para tal 
propósito, dentre as quais destacam-se a corrente russa e a corrente aussie. 
A corrente russa é uma modalidade de eletroestimulação de média 
frequência utilizada principalmente nos casos de flacidez muscular. Já 
a corrente aussie, também chamada de corrente australiana, apresenta 
diferentes possibilidades de frequência de estimulação.
Neste capítulo, você encontrará informações sobre a contração mus-
cular, as características das correntes russa e aussie e a utilização dessas 
correntes para estimular contrações musculares.
Contração muscular
O tecido muscular representa aproximadamente 40% da estrutura corporal. Pode 
ser classificado em três tipos distintos: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso 
(não estriado). O tecido muscular apresenta como funções os movimentos do corpo, 
a estabilidade, a postura, a regulação do volume dos órgãos e a produção de calor. 
A Figura 1 representa os diferentes tipos de músculos: estriado, cardíaco 
e liso.
Figura 1. Tipos de fibras musculares: a) fibras 
estriadas; b) fibras cardíacas; c) fibras lisas.
Fonte: Adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009, 
p. 76).
Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie2
O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da muscu-
latura do corpo humano. As células do tecido muscular estriado esquelético 
possuem uma estrutura alongada e recebem o nome de fibras musculares 
ou miócitos. Essas células são constituídas basicamente pelas proteínas ac-
tina e miosina, tendo como características a propriedades de excitabilidade, 
elasticidade e contratilidade. A organização desses elementos faz com que 
se observem estriações transversais ao microscópio de luz, o que conferiu o 
nome estriado ao tecido.
As fibras musculares produzem contração muscular devido a seu en-
curtamento, ou seja, contraem-se devido ao encurtamento de suas fibras. 
Essas fibras são organizadas em estriações transversais pela disposição das 
proteínas actina e miosina, em uma estrutura que define a unidade funcional 
da contração muscular: o sarcômero. Cada célula muscular possui vários 
sarcômeros delimitados por dois discos transversais, chamados de linhas Z.
A contração muscular é um processo fisiológico, auxiliado por um neurônio 
motor, característico das fibras musculares. É pela contração que o corpo gera 
tensão e produz movimento. 
A Figura 2 apresenta a estrutura da musculatura estriada esquelética, em 
sua organização, a partir das proteínas que a compõem. 
Figura 2. Estrutura do músculo esquelético estriado. Em detalhe as proteínas musculares 
actina e miosina.
Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com.
3Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie
A força muscular é a capacidade máxima de um músculo gerar tensão, sendo propor-
cional à capacidade contrátil da musculatura, que se relaciona com a quantidade de 
proteína contrátil nas fibras musculares e com a capacidade do controle neurológico 
das unidades motoras.
O mecanismo da contração muscular está relacionado ao sistema nervoso 
central por meio de estímulos, alterações das proteínas contráteis (actina e 
miosina) e disponibilidade energética para sustentar a contração. O início da 
contração muscular está associado a um impulso nervoso conduzido pelo 
neurônio motor, que irá liberar neurotransmissor que estimula, na célula 
muscular, os sítios ativos entre actina e miosina. Para ocorrer o deslizamento 
entre as proteínas musculares há a necessidade de grande quantidade da 
molécula de adenosina trifosfato (ATP), que libera a energia necessária para 
a ocorrência de contração.
O impulso nervoso propaga-se pelo neurônio e atinge a placa motora. 
A membrana da célula muscular recebe o estímulo. Gera-se uma corrente 
elétrica que se propaga por essa membrana, atinge o citoplasma e desencadeia 
o mecanismo de contração muscular.
Esse mecanismo está associado a uma mudança estrutural, consequência 
de um encurtamento dos sarcômeros pelo deslizamento dos filamentos de 
actina sobre os de miosina a partir de pontos de união entre ambos. As fibras 
musculares são mantidas unidas devido ao tecido conjuntivo, o que permite 
que a tensão gerada pela contração de cada fibra atue no musculo inteiro 
(MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
Com relação ao tipo de contração muscular, podemos identificar duas 
modalidades: a contração isométrica, pela qual a contração ocorre sem haver 
mudança no tamanho fibra, mantendo a postura estática; e a contração isotô-
nica, que produz, associada à contração muscular, mudança no comprimento 
do músculo, gerando movimento nas articulações.
Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie4
Características da corrente russa 
e da corrente aussie
O uso de correntes excitomotoras na área de estética associa-se à utilização 
de equipamentos que geram corrente elétrica para a promoção de contra-
ções musculares. O princípio fisiológico dessa técnica está vinculado a uma 
corrente elétrica que entra em contato com o corpo, estimulando o neurônio 
motor inferior e, assim, promovendo uma contração de músculos (LIMA E 
RODRIGUES, 2012).
Uma das modalidades de corrente elétrica utilizada é a corrente russa, a 
qual utiliza equipamento de média frequência (2.500 Hz). Essa frequência, 
considerada alta, apresenta menor resistência tecidual e, consequentemente, 
maior profundidade de penetração. Isso permite um efeito sobre um número 
maior de unidades motoras, contraindo uma porção maior do músculo.
O termo “corrente russa” surgiu na década de 1970, referindo-se ao uso de uma corrente 
de média frequência pela utilização de uma corrente de onda senoidal. Os trabalhos 
originais foram desenvolvidos pelo pesquisador soviético Yakov Kots, buscando um 
ganho de força entre atletas da equipe olímpica russa. Foi relatada uma melhora na 
contração voluntária máxima com o uso dessa modalidade, associada ao treinamento 
clássico (BORGES et al., 2007).
A corrente russa é indolor e extremamente eficiente no tratamento da fla-
cidez, promovendo modelagem corporal e recuperação com aumento da força 
muscular. Além disso, a técnica estimula a circulação sanguínea e linfática, 
bem como a oxigenação celular.
Os parâmetros a serem observados na aplicação envolvem o tipo de fibra 
a ser trabalhada, a carga aplicada à musculatura, o tempo de sustentação 
da contração e o intervalo de tempo entre contrações. Para Fuirini Júnior 
(2003), no uso da corrente russa, o tipo de fibra muscular a ser estimulada e 
a modulação de corrente são elementos de definição da técnica.
5Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie
Essa corrente deve sempre ser modulada em baixa frequência. A modulação 
ideal é a frequência de pulso ajustada entre 30 e 50 Hz, para estimular fibras 
vermelhas ou do tipo I, e entre 50 e 80 Hz, quando se pretende estimular 
fibras brancas do tipo IIb. Outro parâmetro importante é o ciclo de trabalho, 
normalmente entre 10 e 50%. Valores menores (10 a 20%) podem ser utiliza-
dos em músculos atrofiados, e valores entre 40 e 50% em músculos íntegros 
(FUKUDA, 2013).
A intensidade é baseada na visualização da contração, sem que se atinja 
o limiar da dor. Tanto o tempo da contração (time on) quanto o tempo de 
descanso ou repouso (time off ) serão determinados pela resistência do cliente 
à contração sustentada. É importante estar atento durante os ajustes dos pa-râmetros, especialmente ao acréscimo da intensidade: como a contração 
muscular é percebida somente no momento on, será nesse momento que se 
incrementará a intensidade da corrente, jamais devendo ser elevada no tempo 
off (AGNE, 2017).
Fuirini Júnior (2003) indica que o tempo de contração e repouso, se asse-
melha com a quantidade de peso que damos a um exercício resistido, sendo 
diretamente proporcional. Do mesmo modo, quanto maior o tempo, maior a 
resposta com relação ao volume e tônus, devendo o tempo ser aplicado de 
forma crescente para evitar um gasto energético e evoluir no limite fisiológico.
Veja a seguir algumas precauções e contraindicações apresentadas ao uso 
da corrente russa (BORGES, 2007).
 � Evitar aplicação sobre região torácica e sobre os seios carotídeos.
 � Não utilizar a corrente durante período gestacional.
 � Não aplicar sobre próteses metálicas.
 � Evitar uso em sujeitos com doenças cardíacas, como arritmias severas, 
insuficiência cardíaca.
 � Cuidar o uso em sujeitos com sensibilidade alterada.
 � Não utilizar a corrente em regiões de neoplasias ou infecções.
 � Não utilizar a corrente em pacientes incapazes de fornecer informações 
claras.
A corrente aussie é outra modalidade de corrente excitomotora de média 
frequência. A produção dessa corrente está associada a um equipamento de 
corrente alternada ou bifásica com pulsos senoidais de média frequência, da 
mesma forma que a corrente russa. Entretanto, a aussie tem uma duração 
de pulso mais curta, o que teoricamente gera uma estimulação mais efetiva.
Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie6
Em 2004, o pesquisador australiano Alex Ward estudou o resultado do uso de correntes 
alternadas na faixa de 500 e 20.000 Hz, identificando que a maior produção de torque 
ocorria com 1.000 Hz com duração de 2 ms, havendo ainda menor desconforto com 
frequência de 4.000 Hz e pulso de 4 ms. O nome “aussie” é um termo coloquial em 
inglês para a palavra “australiano”.
A corrente aussie é uma corrente elétrica terapêutica alternada com 
frequência na faixa de 1.000 Hz, semelhante à corrente russa. A diferença 
está na frequência portadora da corrente de 1.000 Hz utilizada, na duração 
dos Bursts e na forma de onda. A corrente aussie apresenta burst de curta 
duração, o que faz com que a estimulação proporcionada seja mais eficiente 
em comparação às outras.
Segundo Medeiros (2014), o uso da corrente aussie, com menor frequência 
carreada e menor duração de burst (1 KHz, 2 ms), induz a produção de maior 
torque. Os parâmetros mais usuais desta corrente utilizam (1 KHz modulada 
em bursts de 50 Hz, duração de burst de 4 ms e intervalo interburst de 16 
ms), apresentando sensação confortável em sua aplicação e valores de torque 
maior que a corrente russa.
Tem sido referido que aplicações da corrente australiana com frequência 
de 4 KHz e duração de bursts de 4-5 ms são parâmetros mais adequados para 
efeitos analgésicos de estimulação da drenagem linfática.
No vídeo a seguir, você encontra uma entrevista que ex-
plica muitos detalhes sobre o uso da técnica de corrente 
aussie (ESTÉTICA, 2017).
https://goo.gl/zqD6Pz
7Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie
https://goo.gl/zqD6Pz
Por fim, a corrente russa e a corrente aussie, por também serem despola-
rizadas seguem as mesmas indicações, riscos e contraindicações.
Contudo a corrente aussie é apresentada como uma evolução da corrente 
russa e de outras modalidades de eletroterapia. A diferença entre essas cor-
rentes excitomotoras são relacionadas aos parâmetros diferenciados gerando 
resultados finais distintos. Além disso, esta corrente australiana tem uma 
maior possibilidade de variar os parâmetros, de acordo com a necessidade 
terapêutica que o paciente se encontra.
Proposta de tratamento com as 
correntes russa e aussie para 
fortalecimento muscular
A utilização de correntes de média intensidade está associada a um conjunto 
de efeitos. A corrente russa é possui efeitos fisiológicos como: aumento da 
vascularização; estimulo à eliminação de catabólitos; melhora da nutrição 
tecidual; melhora da circulação linfática, pela eliminação de toxinas; melhora 
da flexibilidade tissular; e, principalmente, melhora do tônus e fortalecimento 
muscular.
Em estética, seu uso está associado à flacidez muscular e de pele, princi-
palmente em regiões como abdômen, glúteos, membros inferiores e membros 
superiores, fortalecimento e melhora do tônus muscular em situações de 
pós-parto, pós emagrecimento, pré e pós-lipoaspiração.
Já a corrente aussie é utilizada de forma a promover a melhora do tônus 
muscular como também a melhora da circulação linfática e a melhora da 
sensibilidade local. Em estética, a indicação está associada ao fortalecimento 
muscular, ao combate à gordura localizada, à diminuição da flacidez muscular, 
ao fortalecimento após atrofia por desuso, à redução de edema e à drenagem 
linfática e à modulação da dor.
Em ambas as modalidades, a principal utilização está associada ao forta-
lecimento muscular. A flacidez é uma patologia comumente encontrada em 
mulheres, principalmente em regiões como coxas, braços, glúteos, seios e 
abdômen. Seu tratamento envolve empenho, pois as abordagens têm resposta 
lenta.
Para entendermos a aplicação da corrente russa como modalidade para 
fortalecimento muscular, é necessário a adequação dos diferentes ajustes de 
definição da técnica. Os equipamentos de corrente russa apresentam ajus-
tes quanto à intensidade (escolha da saída de corrente, em miliampères); 
Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie8
às modulações de rampa de subida e de descida, associadas ao aumento ou 
diminuição que podem ocorrer na largura do pulso; à frequência modulada, 
relacionada com o tipo de fibra muscular que se quer priorizar na estimulação; 
à frequência portadora, relacionada com a frequência da corrente introdutória 
do estímulo excitomotor; à sustentação e o repouso (tempo on e tempo off ); 
e ao regime de saída de corrente nos canais, podendo utilizar todos os canais 
simultaneamente ou apenas um grupo de canais alternadamente com outro 
(BORGES et al., 2007).
Inicialmente, devemos definir a escolha de eletrodos apropriados e os locais 
para colocação dos eletrodos quando da realização da eletroestimulação. A 
pele necessita ser previamente limpa, removendo oleosidade para facilitar a 
fixação do eletrodo e transmissão do estímulo. Preferencialmente, deve-se 
utilizar eletrodos autoadesivos, os quais permitem liberdade de movimento ao 
membro a ser tratado. O local de fixação está associado à busca da contração 
uniforme e definida, sendo, para tal, usados os pontos motores (onde a impe-
dância é menor, isto é, onde a resistência à passagem da corrente é menor) ou 
a origem e inserção muscular (AGNE, 2017).
On time ou tempo on é o tempo em que um trem de pulsos ou uma série 
de bursts é fornecido em uma aplicação terapêutica, ou seja, quando há a 
contração muscular. Off time ou tempo off é o tempo entre trens de pulsos ou 
uma série de bursts, ou seja, quando cessa a contração muscular (BORGES 
et al., 2007). Os estudos indicam um tempo de contração menor que o de 
repouso, sendo um dos esquemas indicado: tempo on 10 s, tempo off 50 s e 
tempo on 10 s, até um total de 10 minutos, para evitar fadiga.
Com relação à rampa de subida e descida, ocorre um aumento ou diminuição 
gradativa da duração de pulso, da amplitude de pulso, ou ambas, dentro de um 
determinado período de tempo, variando normalmente de 1 a 5 segundos, o 
que permite um aumento ou diminuição gradual da contração muscular. Apa-
relhos que permitem o controle da rampa de subida e descida são considerados 
superiores. Têm sido empregados 3 s de rampa de subida, para iniciantes, 
com dois para adaptados, e dois de rampa de descida (BORGES et al., 2007).
A intensidade da corrente deverá ser a máxima intensidade tolerada, ge-
rando estimulo em segundo nível, ou seja, motor, não desencadeando estimulodoloroso.
A indicação da corrente russa na área da estética para fortalecimento 
muscular e combate à flacidez ocorre, principalmente, em região glútea e abdo-
minal. Na região glútea, há algumas peculiaridades para alcançar os melhores 
resultados, pois a área apresenta muitas vezes gordura subcutânea acumulada, 
o que dificulta a passagem de corrente para o músculo. É importante o uso de 
9Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie
eletrodos autoadesivos posicionados em origem e inserção muscular ou ponto 
motor. O cliente que utiliza a corrente nessa região deverá estar posicionado 
em decúbito ventral, sendo orientado a acompanhar o estímulo da contração 
com movimentos voluntários.
Na região abdominal, o uso dessa modalidade ocorrerá com o sujeito 
em decúbito dorsal, estando os eletrodos colocados na região abdominal. 
Pode ocorrer estimulação isolada ou simultânea de reto abdominal e oblíquos 
externos. A limpeza prévia da pele da região é importante para melhorar a 
aderência dos eletrodos e a condutibilidade do estímulo. Da mesma forma, o 
cliente deverá participar ativamente junto do estimulo gerado pela corrente, 
associando o movimento voluntário. Essa conduta melhora o resultado do 
tratamento. Poderá ocorrer a necessidade de redução do tempo on com a 
participação ativa do paciente, para diminuir o risco de fadiga.
A frequência de aplicação da técnica depende do nível de condicionamento 
físico do cliente. Normalmente, é empregada ao redor de duas a três vezes 
por semana, sendo o tempo de cada sessão de 10 a 20 minutos, a depender do 
condicionamento do cliente. 
A corrente aussie requer também cuidados prévios a sua utilização, muitos 
deles similares ao uso da corrente russa, principalmente no preparo da pele 
e na colocação dos eletrodos.
A diferença está nos parâmetros de tratamento, pois essa técnica utiliza 
uma frequência portadora de 1.000 Hz, sendo os principais parâmetros para 
estímulo motor dessa corrente uma duração de busrt de 2 ms e uma frequência 
de modulação de 50 Hz.
Nessa modalidade, o tempo off deverá ser maior que o tempo on, a inten-
sidade variando de acordo com a tolerância do paciente, que deve visualizar 
a contração sem sentir dor. O tempo de aplicação total será um pouco maior 
que o anterior, ao redor de 20 minutos.
Um cuidado indicado no uso dessas correntes é evitar a prática prévia 
de exercícios de musculação, para minimizar o risco de fadiga durante sua 
aplicação.
Ao compararmos as duas correntes, veremos que o que as diferencia são 
as frequências usadas e a duração do pulso. Assim, os parâmetros da corrente 
aussie tornam a modalidade mais confortáveis, reduzindo desconforto e a 
fadiga gerados pela estimulação.
Embora existam uma série de protocolos em uso entre os esteticistas, é 
necessário um bom domínio de anatomia, fisiologia e do equipamento que se 
quer utilizar para obter sucesso no tratamento.
Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie10
O vídeo a seguir mostra o uso da corrente russa em es-
tética (COMO, 2017).
https://goo.gl/XMkg3n
AGNE, J. E. Eletro termo foto terapia. 4. ed. Santa Maria: O Autor, 2017.
BORGES F. dos S. et al. Parâmetros de modulação na eletroestimulação neuromuscular 
utilizando corrente russa. Rev. Fisioterapia Ser, [S. l.], v. 2, n. 1, p.1-10, jan./fev./ mar. 2007. 
Disponível em: <http://www.proffabioborges.com.br/artigos/parametros_modula-
cao_eenm_corrente_russa_parte1.pdf>. Acesso em: 9 out. 2018.
COMO usar corrente russa. Videoula ministrada por Estética HomeUse. [S. l.], 2017. 1 
vídeo (1min10s). Disponível em: <https://goo.gl/XMkg3n>. Acesso em: 9 out. 2018.
ESTÉTICA na Tv. Entrevista com Aline Caniçais - Corrente Aussie: a evolução da cor-
rente russa. Apresentação: Cristiano dos Santos. [S. l.]: Estética na TV, 2017. 1 vídeo (60 
min). Programa exibido em 6 de novemnbro de 2017. Disponível em: <https://goo.gl/
zqD6Pz>. Acesso em: 9 out. 2018.
FUIRINI JÚNIOR, N. Corrente russa na recuperação do tônus e volume muscular em 
dermato-funcional. In: JORNADA CATARINENSE DE FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA E TRAU-
MATOLÓGICA, 8., 2003, Joinville, 2003. Curso... Joinvile, 2003. (Apostila).
LIMA, E. P. F.; RODRIGUES, G. B. de O. A estimulação russa no fortalecimento da mus-
culatura abdominal. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig., São Paulo, v. 25, n. 2, p. 125-128, 2012. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abcd/v25n2/13.pdf>. Acesso em: 9 out. 2018.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e 
desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
MEDEIROS, F. V. de A. Influência de correntes de média e baixa frequência e da dobra cutânea 
sobre o desconforto sensorial e o pico de torque extensor do joelho. 2014. 67 f. Dissertação 
(Mestre em Educação Física)-Faculdade de Educação Física, Universidade de Brasília, 
11Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie
https://goo.gl/XMkg3n
http://www.proffabioborges.com.br/artigos/parametros_modula-
https://goo.gl/XMkg3n
https://goo.gl/
http://www.scielo.br/pdf/abcd/v25n2/13.pdf
Brasília, 2014. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/handle/10482/17504>. Acesso 
em: 9 out. 2018.
Leituras recomendadas
BRASILEIRO, J. S. ; CASTRO, C. E. S.; PARIZOTTO, N. A. Parâmetros manipuláveis clinica-
mente na estimulação elétrica neuromuscular (EENM). Rev. Fisioter. Bras., São Carlos, v. 
3, n. 1, p. 16-24, 2002.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 
3. ed. Barueri: Manole, 2004.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
KAPANDJI I. A. Fisiologia articular: membro inferior. São Paulo: Phorte, 2006.
MAFRA, E. O efeito da corrente russa no comportamento do quadríceps femural em indiví-
duos sedentários. 2009. 13 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação)- Universidade 
do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, 2009.
Eletroestimulação muscular — corrente russa e corrente aussie12
http://repositorio.unb.br/handle/10482/17504
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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