Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Faculdade de Ceilândia Relatório Prática: 02 Amostragem e material estranho Calendula officinalis L. Farmacognosia- Professora: Paula Turma: A Ariane Leite dos Santos - 140016651 Ceilândia- DF / 03 de setembro de 2015 INTRODUÇÃO Calendula officinalis L., pertencente à família Asteraceae, trata-se de espécie vegetal de pequeno porte, originária da Europa, popularmente conhecidas como “calêndula, mal-mequer, maravilha, mal-me-quer-dos-jardins e margarida-dourada” (Barboza et al., 2009). Tem ação cicatrizante e antisséptica (uso externo), é sudorífica, analgésica, colagoga, antiinflamatória, antiviral, vasodilatadora e tonificante de pele. Além dessas ações, os capítulos florais da calêndula são antioxidantes, sendo capazes de reduzir os radicais livres produzidos no organismo dos seres humanos (Serra et al., 2013). A droga vegetal derivada dessa planta são as inflorescências secas, separadas do receptáculo e das brácteas involucrais. Elas apresentam colorações amarelas, alaranjadas, esverdeadas ou amarelas com centro avermelhado (Vieira et al., 2006). A droga possui odor fraco e sabor levemente amargo. Nos ensaios de pureza estabelece-se um máximo de 3% de material estranho (Farmacopeia Brasileira, 2010). Flavonoides, saponinas, cumarinas, ácidos fenólicos, polissacarídeos de alto peso molecular e terpenoides como óleos voláteis e carotenoides são metabólitos secundários relacionados com suas atividades farmacológicas (Khalid e Silva, 2011; Citadini-Zanette et al., 2012; Fernandes et al., 2013). A qualidade de um material vegetal esta relacionada a um conjunto de critérios que caracterizam a matéria-prima para o uso ao qual se destina. A partir do estabelecimento dos parâmetros de qualidade para a matéria-prima, e considerando-se um planejamento adequado e um controle no processo de produção do medicamento, a qualidade do produto final estará, em grande parte, assegurada. Por isso, a qualidade da matéria prima vegetal é de grande importância . Dentro do ensaio de qualidade de matéria-prima vegetal tais como a determinação de materiais estranhos, pois a droga vegetal apresenta certas impurezas que podem ser órgãos da própria planta, diferente do farmacógeno tais como resto de caule em flores, bem como matérias de outra origem ou fragmentos de outras plantas.A determinação de teor de cinzas permite a verificação de impurezas inorgânicas não voláteis que podem estar presentes como contaminantes. O teor máximo de cinzas permitido pela farmacopéia para a planta em estudo é de 3%. Antes de se utilizar uma droga vegetal para o preparo de medicamentos, deve-se realizar uma análise rigorosa de sua qualidade. Para isto há 03 operações fundamentais, que devem ser precedidas de uma tomada de ensaio ou amostragem adequada: • Identificação • Verificação da pureza • Avaliação de seus princípios ativos QUARTEAMENTE Tratando- se de folhas ou de fragmentos pequenos como os capítulos das flores das calendula, Procede-se da seguinte maneira: Distribui-se a droga sobre uma área quadrada dividida em quatro partes iguais. Com a mão faz-se cm que a droga execute movimento circulatório, rejeitando-se a seguir, as porções de drogas contidas em dois quadrados dispostos segundo uma das diagonais do quadrado maior. Quando as diferenças são muito evidentes em fragmentos de uma certa tomada de ensaio, separam-se estes matériais por catação. Quando a quantidade de matéria prima é maior do que a especificação da farmacopéia e a amostragem também. Nesse caso é necessário diminuir a quantidade de amostra que será submetia à análise de qualidade. Em ambas as situações utilizamos o método do quarteamento. Superfície dividida em quatro quadrados, destinados a reduzir o tamanho da amostra AMOSTRAGEM Os procedimentos de amostragem específicados levam em consideração 3 aspectos: Numero de embalagens que contem a droga, grau de divisão da droga e quantidade de droga disponível . Numero de embalagens Examinar a interidade dos recipientes de embalagem e a natureza da droga neles contida. Havendo homogeneidade, recolher amostras segundo informa a farmacopeia: O êxito da analise esta intimamente relacionado com a amostragem ou tomada de ensaio. Para que a analise seja levada a bom termo, portanto é indispensável a efetuação de uma tomada de ensaio perfeita. A amostra deve ser representativa da quantidade global da droga. O problema da obtenção de amostras representativas não é tão simples como parece. O tipo de droga, o seu estado de divisão e a quantidade de embalagens são fatores que sempre deveremos levar em consideração durante o processo de tomada de ensaio. Para drogas em embalagens variadas e de tamanho relativamente grande: deve ser feita à diversas alturas das embalagens, geralmente nos sentidos vertical e horizontal. A matéria-prima acondicionada em sacos plásticos deve ser amostrada na parte inferior, média e superior da embalagem. Irá avaliar transporte e substituição fraudulenta. MATERIAL UTILIZADO Material vegetal seco – Calendula Officinalis L. Saco plástico limpo Etiqueta Papel manteiga quarteado Pinça (2) Placa de Petri (2) Espátula Lupa Luvas Balança analítica Papel para pesagem Caneta para marcar vidraria OBJETIVO Apresentar as principais técnicas de amostragem. Verificar se a droga vegetal está isenta de material estranho (fungos, insetos ou partes, impurezas de origem mineral, outras partes do vegetal e outras matérias contaminantes). Não devem apresentar aspecto ou odor anormal, descoramento ou qualquer indício de deterioração. MÉTODOS Foi colocado em saco plástico limpo e seco, as porções coletadas para amostragem, fechou-se o saco e homogeneizou a amostra, logo após identificamos muito bem o saco plástico com o nome da droga vegetal, o lote amostrado, a partir de então deve- se pesar a amostra a ser analisada Trantando-se de flores e fragmentos pequenos, procede-se da seguinte maneira : distribui-se a droga sobre o papel manteiga quadrado e divido em quatro partes iguais( quatro quadrados ) . Com a mão faz-se com que a droga execute movimento circulatorio, rejeitando- se, a seguir, as porções de drogas contidas em dois quadrados dispostos em fragmentos de uma certa tomada de ensaio, separam-se estes materiais por catação com auxílio da pinça, separando todo material estranho a olho nu, pesa-se todo material estranho encontrado. E a seguir faz-se o calculo de aproximadamente as porcentagens segundo as quais os compementes de mistura participam da mescla. Cálculos da % de material estranho encontrado: Onde: P1= massa da amostra P2 = massa do material estranho CONCLUSÃO A amostragem do material vegetal para realização dos ensaios de pureza foi realizada através de quarteamento das amostras. Os testes de pureza buscaram detectar a presença de matéria estranha (ME), sendo realizados a olho nu. As impurezas detectadas foram separadas pelo método de catação, posteriormente, pesados e os percentuais calculados. O resultados foram comparados às especificações da Farmacopeia Brasileira (2010). A partir de então verificou-se a presença de 67,570% de material estranho o que nos mostra que esta droga esta em desacordo com os paramentros da farmacopeia brasileira que é de apenas 3% o aceitavel Referencias: http://www.apg.ufla.br/resumos/resumo_2014/resumos/resumo_23_763_2.pdf BRASIL.Farmacopéia Brasileira. 5ª ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2010. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA. Proposta de ensino para a Disciplina de Farmacognosia, disponível em: http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/index.html. Acesso em agosto de 2014.
Compartilhar