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IBILCE FLAVIANI CRISTINA DA SILVA CRUZ O USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA São José do Rio Preto 2012 FLAVIANI CRISTINA DA SILVA CRUZ O USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA Monografia apresentada à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Curso de Graduação em Matemática, como requisito para a obtenção do título de Licenciado em Matemática, sob a orientação do Prof. Drª. Ermínia de Lourdes Campello Fanti. São José do Rio Preto 2012 Dedico esse trabalho ao meu esposo Edinaldo e a minha mãe Marilene,que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos. Obrigado pela dedicação, compreensão, contribuição, amor e carinho demonstrados em todos os momentos, que tornaram possível a concretização deste trabalho. “O educador libertador tem que estar atento para o fato de que a transformação não é só uma questão de métodos e técnicas. Se a educação libertadora fosse somente uma questão de métodos, então o problema seria trocar algumas metodologias tradicionais por outras mais modernas, mas não é esse o problema. A questão é o estabelecimento de uma relação diferente com o conhecimento e com a sociedade.” Paulo Freire RESUMO Neste trabalho busco analisar a utilização de tecnologias de informação e comunicação e o ensino da Matemática em relação ao ensino e aprendizagem. Devido ao grande avanço das tecnologias há uma necessidade de uma nova visão dos professores em relação a utilizar esses novos meio na prática pedagógica, conhecendo novos softwares e dispositivos, e buscando a capacitação para utilizar esses dispositivos de maneira a contribuir com o ensino, facilitando e aprimorando o trabalho do docente dentro da sala de aula. Palavras-chave: Tecnologias; Informática; Ensino de Matemática. SUMÁRIO Introdução.............................................................................................................. 06 Capítulo 1: Inclusão das tecnologias nas escolas ................................................ 08 1.1. O uso de Computadores................................................................................. 08 Capítulo 2: O Uso das tecnologias no ensino de Matemática............................... 11 2.1. Valorização e rejeição do computador .......................................................... 12 Capítulo 3: Formação de professores................................................................... 14 Capítulo 4: Ensino a distância............................................................................... 17 4.1. Um pouco de história...................................................................................... 17 4.2. Tecnologias usadas no ensino a distância..................................................... 18 4.3. Relação professor-aluno................................................................................. 18 Capítulo 5: Softwares e outros dispositivos para o ensino de Matemática........... 21 5.1. Definição de software..................................................................................... 21 5.2. Lousa digital................................................................................................... 23 O que é a lousa digital................................................................................ 23 Capítulo 6: Atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado ll........... 25 Considerações Finais............................................................................................ 27 Referências............................................................................................................ 29 Apêndice................................................................................................................ 31 6 INTRODUÇÃO Estamos vivendo em uma época em que a evolução tecnológica está cada vez mais rápida e constante. A cada dia surgem novas tecnologias como celulares, notebooks, televisores, entre outros. Essa velocidade com que a tecnologia avança causa a necessidade de aumentar o nosso conhecimento. Segundo Lévy (1999), grande parte dos conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua formação estará ultrapassada no final de sua carreira, assim as tecnologias de informação e comunicação estão causando cada vez mais a dependência e mudando a forma de viver das pessoas. Ou seja, o profissional deve buscar a todo momento a atualização em sua área, pois a cada dia que passa surgem novos estudos, novas ferramentas que ajudará a melhorar sua capacitação. De acordo com Nakashima (2006), a escola deve inovar as suas tecnologias de ensino, para que a formação do aluno seja a mais completa possível, pois as crianças vão para a escola desde pequenas e neste ambiente que elas aprendem a ler, escrever, interagir com o outro, conviver com as diferenças, dentre muitas outras coisas. As contribuições que a informática pode trazer ao ensino de matemática são variadas, de acordo com Penteado (2000, p. 31), a informática é um “germe para práticas educacionais tais como a modelagem matemática, resolução de problemas e trabalhos de projetos que têm sido altamente valorizados nas propostas de Educação Matemática”. O que deve ser pensado é como introduzir a informática nas aulas de Matemática e qual a formação necessária do professor para aplicar tal metodologia em sua aula. Na Educação Matemática, podem-se relacionar as tecnologias de informação e comunicação com temas relacionados à modelagem matemática, trabalhos com calculadoras, probabilidade, álgebra, geometria, exploração de gráficos entre outros. Os objetivos de utilizar as tecnologias são, basicamente, estudar a educação mediada pelas novas tecnologias: suas possibilidades no ensino da Matemática, o uso de novas tecnologias de informação: análise de softwares matemáticos enfatizando seu uso no ambiente escolar e sua influência no processo ensino-aprendizagem; o desenvolvimento de material didático que 7 venha ajudar na inclusão digital; na formação de professores e a postura do professor num ambiente de aprendizagem mediado pelo recurso tecnológico. Um dos problemas encontrados quando se deseja trabalhar com tecnologias no ensino é estabelecer qual deve ser o melhor caminho para introduzir, de forma sistemática, organizada e efetiva, recursos de Tecnologias para que eles ajudem nos processos didático-pedagógicos da escola, buscando aprendizagens significativas e a melhoria do sistema educacional como um todo, onde as novas tecnologias sejam empregadas de forma natural e transparente. Portanto, a tecnologia e a informação se tornaram fatores fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento tanto do conhecimento matemático tanto do bem estar da sociedade e está cada vez mais presente na vida das pessoas. 8 CAPÍTULO 1 1. INCLUSÃO DAS TECNOLOGIAS NAS ESCOLAS O uso de tecnologias está cada vez mais presente na vida das pessoas, a cada dia surge no mercado novas tecnologias como celulares cada vez mais modernos, televisores, câmeras digitais, computadores, entre outros. Logo a escola deve acompanhar esse desenvolvimento tentando adequar essas tecnologias aos conteúdos abordados na sala de aula. A inclusão de tecnologias nas escolas também está em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. No ano de 1996, foi aprovada a Lei n° 9394/96, que obriga as instituições de ensino a inserir as novastecnologias, assim muitos estados e municípios construiram vários laboratórios de informática nas escolas. No entanto foram encontrados alguns problemas como a falta de planejameneto das aulas que iriam utilizar essas tecnologias e a falta de professores capacitados para utilizarem tais tecnologias. Como consequência, muitas escolas não utilizaram (e não utilizam) os equipamentos por falta de preparo dos professores. Podemos dizer que a inclusão das tecnologias nas escolas "está muito longe do mero ato de comprar computadores, embalá-los e enviá-los às escolas" (BRASLAVSKY, 2004: 93). É importante que seja dado aos professores uma formaçao para que eles saibam como o uso dessas tecnologias irão ajudá-los no decorrer das aulas. 1.1- O USO DE COMPUTADORES O uso de computadores é uma questão de inclusão social. O aluno que não sabe o básico de informatica é considerado um analfabeto digital, o que resulta é que, como todo analfabeto, ele será excluído das melhores oportunidades de inserção social. Ou seja, há uma necessidade de preparar o aluno para além de saber ler, escrever e interpretar as informações, saiba também, ler e interpretar as imagens geradas através de meios eletrônicos. 9 Segundo Borba e Penteado,( 2001), o ensino da Matemática, que vinha se caracterizando pela oralidade, escrita, lápis, papel e giz, passou a apresentar-se, no final do século XX, com novas abordagens e novos recursos tecnológicos. Sendo assim e inevitável que os próprios alunos questionem sobre o uso de tecnologias na sala de aula, pois a realidade dessa nova geração inclui a utilização de tecnologias no seu cotidiano. No entanto, as novas tecnologias precisam ser analisadas e estudadas para que as mesmas possam ajudar no processo de ensino e aprendizagem. O ensino de Matemática não pode ficar apenas no método de memorização, a tecnologia e a informação se tornaram um fator fundamental para o crescimento e o desenvolvimento do conhecimento matemático. De acordo com Valente (1995), as tecnologias de informação e comunicação foram inicialmente introduzidas na Educação Matemática para dinamizar e assim aumentar o interesse e a busca do conhecimento por parte do aluno. Borba e Penteado também descrevem que se deve entender que a informática é: “uma nova extensão de memória, com diferenças qualitativas em relação às outras tecnologias da inteligência e permite que a linearidade de raciocínios seja desafiada por modos de pensar, baseados na simulação, na experimentação e em uma “nova linguagem” que envolve escrita, oralidade, imagens e comunicação instantâneas”. (BORBA, PENTEADO; 2001,p. 46). Segundo Borba e Penteado (2001), a informática na Educação Matemática, não tem a função de substituir ou complementar os seres humanos, mas de contribuir para a organização do pensamento. Para isso, o professor é o mediador entre o aluno e as tecnologias, e ele que deve dar as condições necessárias para estimular a imaginação, à curiosidade, a construção de diferentes caminhos para resolver os problemas propostos. Portanto, a Educação Matemática, na perspectiva da tendência da informática, torna-se uma ciência a ser estudada, possibilitando a reorganização do pensamento, da proposta pedagógica e da maneira de encarar o saber matemático. A inserção da informática na Matemática deve ser estimuladora da aprendizagem, do pensar, do indagar e construir, de modo Paulo Henrique Highlight 10 que as diferentes inteligências possam interagir para constituir a compreensão e, sobretudo, a solução de problemas cotidianos. 11 CAPÍTULO 2 2. O USO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA O uso da tecnologia no ensino de Matemática necessita do comprometimento de professores, coordenadores diretores e do próprio aluno, pois apesar de terem funções diferentes no processo de ensino e aprendizagem, todos devem repensar a forma de ensinar e de aprender. O uso da tecnologia deve favorecer o desenvolvimento do aluno como cidadão participativo crítico para lidar com as novas tecnologias dentro e fora do ambiente escolar. As construções de laboratórios de informática nas escolas públicas estaduais e municipais são parte da política nacional de informatização escolar no Brasil, de acordo com o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), que foi divulgado em 1996, pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC) / Secretaria de Educação à Distância (SEED). Esses documentos além de explicar os procedimentos para se obter um laboratório de informática, também orienta a capacitação de professores para que estes tenham o conhecimento necessário para que as aulas nos laboratórios ajudem no ensino-aprendizagem dos alunos. Segundo o documento PROINFO: “O sucesso deste Programa depende fundamentalmente da capacitação dos recursos humanos envolvidos com sua operacionalização. Capacitar para trabalho com novas tecnologias de informática e telecomunicações não significa apenas preparar o indivíduo para um novo trabalho docente. Significa, de fato, prepará- lo para ingresso em uma nova cultura, apoiada em tecnologia que suporta e integra processos de interação e comunicação. A capacitação de professores para o uso de novas tecnologias de informação e comunicação implica redimensionar o papel que o professor deverá desempenhar na formação do cidadão do século XXI. É, de fato, um desafio à pedagogia tradicional, porque significa introduzir mudanças no processo de ensino aprendizagem e, ainda, nos modos de estruturação e funcionamento da escola e suas relações com a comunidade.” (BRASIL, MEC/SEED. Programa Nacional de Informática na Educação, 1996). 12 2.1. VALORIZAÇÃO E REJEIÇÃO DO COMPUTADOR Tomando o exemplo do computador que é uma tecnologia que pode ser usada como uma ferramenta educacional, deve-se, em primeiro lugar, dar a formação adequada ao professor para que essa ferramenta não seja supervalorizada ou menosprezada. 1. Crença que menospreza o computador: O professor acredita que o computador, por ser uma máquina não poderá ensinar a criança sobre o conteúdo abordado. Que a criança só terá acesso ao computador no futuro, pois em sua região essa ferramenta não é muito popular. Esse professor não acredita que o governo irá expandir as tecnologias nas escolas, e mesmo que essas tecnologias demorem certo tempo para se tornar popular existem serviços como luz, água e telefonia que já estão relacionados com as tecnologias computacionais. 2. Crença que supervaloriza o computador: O professor acredita que o computador não possui falhas e que as pessoas que utilizam o computador com frequência são mais inteligentes que as que não utilizam. Nas escolas alguns chegam a creditar que “o computador substituirá o professor”, mesmo que muitos estudos revelem a importância do professor, pois sem ele não há formação crítica e construção de conhecimentos. Para muitos professores, o computador é um mito, ou seja, existe a ideia de que ele é um instrumento muito poderoso e que exige pessoas altamente qualificadas para manuseá-lo, o que provoca medo, insegurança e calafrios no primeiro contato. Há o medo do desconhecido, medo de mostrar incompetência perante os colegas, medo de danificar a máquina e causar prejuízos, medo de não conseguir desenvolver as competências em informática. (Penteado e Silva, 1997, p. 73-74) Para Beishuizen e Moonen, a política de pesquisa de um projeto de escola com tecnologia não deveria estar somente preocupada com uma análise cuidadosa de fatores que contribuem para o sucesso ou o fracasso, mas, também, incluir uma abordagem ativa e encorajadora para com os professores de modo a assegurar que os recursos disponíveis sejam apropriadamente usadose que eventualmente as potencialidades e obstáculos dos computadores na educação possam ser avaliados com base em uma quantidade substancial de experiências. (BEISHUIZEN, MOONEN;1993, p. 52). 13 Segundo Penteado e Borba (2000, p 10) o professor é o responsável direto pelo uso do computador na sala de aula e as possibilidades de trabalho dependerão do seu desempenho. Ter um computador em sala de aula promove a curiosidade e a motivação do aluno perante a esse equipamento, mas se o professor não estiver capacitado tendo preparado uma aula e sabendo utilizar essa tecnologia esse encantamento se acabara em poucos minutos e a aula não terá cumprido com o objetivo inicial. E necessário que haja um investimento na formação de professores para que o uso dessa tecnologia se qualifique. Ou seja, se o professor responsável pela sala de aula não souber usar o programa ou o software para ensinar os alunos o processo de ensino aprendizagem não ocorrerá, pois o aluno ficará desmotivado não percebendo a importância da tecnologia utilizada para ajudá- lo na compreensão do conteúdo abordado. 14 CAPÍTULO 3 3. FORMAÇÃO DE PROFESSORES A formação do professor é um processo tão abrangente que, como a aprendizagem de vida, nunca está concluída. Realiza-se de modo intrincado e dialético no transcurso de todo o exercício profissional. Assim como a pessoa, também o profissional desenvolve-se continuamente, adquirindo conhecimentos pela experiência aliada a estudos teóricos, num processo de reflexão. (PENTEADO, BORBA, 2000). Segundo Garcia apud Nóvoa, 1992, p. 55 “... a formação de professores é um processo que tem de manter alguns princípios éticos, didáticos e pedagógicos comuns, independentemente do nível de formação em causa”. Sendo assim, o professor nunca deve estacionar seu aprendizado, ele deve sempre estar acompanhando as mudanças que ocorrem na sociedade para que assim o ensino seja de qualidade. Observa-se, muitas vezes, nas escolas que os professores têm vontade de utilizar novos recursos de informática no ensino de Matemática. Por não terem a formação adequada esses profissionais se sentem inseguros e com medo de mudar a maneira de ensinar, pois para isso terão que rever e ampliar seus conhecimentos. Assim, em atividades com o uso de tecnologias a formação de professores é totalmente indispensável. Por ser um fator que requer a vontade do professor em aprender e evoluir seu conhecimento, o seu desenvolvimento requer formas de trabalho que desenvolvam o raciocínio lógico e que sejam diversificados e tragam experiência aos professores quanto a situações próximas das situações que ocorrem na prática. De acordo com Richit (2005), o professor deve estar motivado para que ao preparar suas aulas utilize os recursos tecnológicos, é preciso que o professor mude as metodologias de ensino, a disposição física dos mobiliários e a infraestruturada escola esteja adequada para receber o equipamento tecnológico. Quando um professor decide usar certo tipo de tecnologia ele está mudando sua maneira de dar as aulas, sua metodologia, o professor sai de 15 sua zona de conforto e entra na zona de risco, [Penteado (2000, p. 37, apud Zulatto, 202 p.22)]. Assim, se acontece algum problema com o equipamento usado, ou se o aluno faz alguma pergunta que ele não saiba responder, o professor fica inseguro em tentar introduzir essas novas tecnologias em suas aulas. Eles preferem continuar na sua zona de conforto para que possam prever como as aulas serão, não utilizando porém as tecnologias para ajudá- los no ensino aprendizagem. Não só as inovações, incluindo o uso das novas tecnologias, causam mudanças na pratica docente. Contudo, e importante salientar que para que o professor programe uma mudança educacional, de forma que os resultados positivos sejam observados, e preciso que ele esteja engajado em todo o processo de mudança e tenha consciência de seu papel no mesmo. (ZULATO,2002, p12). O professor que decide utilizar alguma tecnologia em suas aulas deve saber o momento que deverá introduzir essa tecnologia em aula, para que o aluno crie uma ligação entre o conteúdo dado na lousa com o que está sendo dado com essa tecnologia, isso para que essa ferramenta não se torne um livro ou um simples caderno virtual. Como diz Valente (1995), o aluno seria apenas “um virador de páginas eletrônicas”. O governo está investindo em vários projetos de capacitação de professores mediante a utilização de tecnologias no ensino e aprendizagem nas escolas. Alguns exemplos são o projeto Educom (Computadores na educação), Formar, Proinfo (Programa de Informática e Educação) que se propõem tanto a equipar as escolas com os recursos tecnológicos como oferecer cursos para a capacitação dos professores (Penteado Silva, 1997). De acordo com esse mesmo autor, que pesquisou sobre a formação de professores, o uso de computador na escola não se firmara se contar apenas com o apoio de cursos esporádicos para professores procedentes de diferentes localidades e sujeitos a diferentes condições de trabalho: É preciso que, em nível de escola, o professor seja motivado a organizar e desenvolver atividades com o computador e, em parceria com os pesquisadores, técnicos em informática, pais, alunos e demais educadores, possa criar estratégias para a resolução dos problemas locais. ( Penteado Silva, 1997 p. 110). 16 Assim, as novas tecnologias trazem algumas questões: Como educadores, que benefício podemos usufruir com as novas tecnologias? Que mudanças teremos que realizar, efetivamente, em nossa atividade diária? Que novos conhecimentos e habilidades devemos desenvolver para fazer bom uso desta tecnologia? Portanto, cabe ao professor à busca pela aprendizagem de novas formas de ensinar utilizando as tecnologias como um complemento de suas aulas que irá auxiliá-lo, desde que ele aceite posturas diferentes para que bons resultados sejam obtidos. 17 CAPÍTULO 4 4. ENSINO A DISTÂNCIA Pela definição Educação à distância é uma modalidade de educação mediada por tecnologias em que alunos e professores estão separados espacial e/ou temporalmente, ou seja, não estão fisicamente presentes em um ambiente presencial de ensino-aprendizagem. http://pt.wikipedia.org/wiki/Educacao_distancia. 4.1 UM POUCO DE HISTÓRIA Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância passou a incorporar articulada e integradamente o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de multimídias, que combina textos, sons e imagens. No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em 1939, o hoje Instituto Monitor, o Instituto Universal Brasileiro, em 1941, e o Instituto Padre Reus em 1974 várias experiências de educação à distância foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e privadas, foram muitas e representou, nas últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos. Mesmo sendo antigo o ensino a distância ainda sofre muito preconceito pela sociedade, apesar do governo ter criado leis que regulamente esse tipo de educação no país. O decreto n°5.622 dita que, ficam obrigatórios os momentos presenciais para avaliação, estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso. Classifica os níveis de modalidades educacionais em: educação básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior. Os cursos deverão ter a mesma duração definida para os cursos na modalidade presencial. Hoje se tem uma educação diferenciada como: presencial, semipresencial e educação a distância. A presencial são os cursos regularesonde professores e alunos se encontram sempre numa instituição de ensino. A 18 semipresencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação 4.2 TECNOLOGIAS USADAS NO ENSINO A DISTÂNCIA Na educação à distância, professores e alunos estão conectados, interligados, por tecnologias chamadas telemáticas, como a internet, mas também podem ser utilizados outros recursos de comunicação, tais como radio, televisão, vídeo, celular, etc. Atualmente muitas instituições de ensino a distância exploram os recursos da internet para fazer a ligação entre o professor – aluno - conteúdo, embora grande parte deles envolva também atividades presenciais, como previsto na lei citada acima. Portanto, o uso de tecnologias na educação tem como objetivo promover a aprendizagem dos alunos e ajudar na construção do processo de conceituação e no desenvolvimento de habilidades importantes para que ele participe da sociedade do conhecimento e não simplesmente facilitar o seu processo de aprendizagem. 4.3. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO O professor que ensina à distância precisa ter uma nova prática pedagógica onde ele deverá ajudar os alunos não só com os conteúdos, mas tem que ensiná-los a serem autodidatas a buscarem muitas vezes sozinhos a solução de um problema, a incentivar a cada um a se tornar responsável pela motivação de todo o grupo. Nesse tipo de aprendizagem o professor, atua como mediador, ou seja, é ele que estabelece uma ligação entre a rede de comunicação e a aprendizagem multidirecional através dos diferentes meios da tecnologia. Essa mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre educador e o educando, que deverá ser automotivado para que possa superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-aprendizagem. 19 O aluno virtual é o aluno que frequenta uma sala de aula via internet ou videoconferência, ou seja, e o aluno que não está presente, fisicamente em uma sala de aula. Segundo Azevedo (2002), “este novo aluno e este novo professor ainda não existem. Precisam ser criados e, depois de criados, aperfeiçoados continuamente nesta nova área de prática educativa. Isto deverá levar muitos anos, talvez décadas, pois não se trata apenas de uma mera transposição da velha sala de aula para o mundo virtual”. É fato que as novas tecnologias estão promovendo mudanças na educação, e sabemos que uma parcela muito pequena da sociedade usa essas tecnologias. O grande desafio que temos é que grande parte dos educadores não tem o domínio dessas tecnologias, o que nos leva a um grande desafio em termos pedagógico, pois as novas tecnologias requerem que esses profissionais tenham um certo nível de conhecimento. ... tornam-se necessárias duas grandes reformas dos sistemas de educação e formação. Primeiro, a adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e a distância (AAD) no cotidiano e no ordinário da educação. É verdade que o AAD explora certas técnicas do ensino a distância, inclusive a hipermídia, as redes interativas de comunicação e todas as tecnologias intelectuais da cyber cultura. O essencial, porém, reside num novo estilo de pedagogia que favoreça, ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados e o aprendizado cooperativo em rede. Nesse quadro, o docente vê-se chamado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos, em vez de um dispensador direto de conhecimentos. (LÉVY, 1999). O que fascina nas novas tecnologias, em especial na internet é que com ela e possível não só ensinar a distância mas ela nos ajuda a criar ambientes de aprendizagem em que pessoas que tenham motivação podem aprender sem participarem de um processo de ensino, assim a aprendizagem é mediada somente pela tecnologia. Essas pessoas não seguem um projeto pedagógico, elas buscam em diferentes páginas da web o que desejam aprender seguindo seu ritmo pessoal são guiadas apenas pelo desejo de aprender. Esse tipo de Aprendizagem mediada pela tecnologia é chamada de autoaprendizagem. Sendo assim, podemos dizer que as principais maneiras de se utilizar a tecnologia na educação são: Em apoio ao ensino presencial. Em apoio ao ensino a distância. Em apoio à autoaprendizagem. 20 Segundo Campos (2000): Sendo um modelo aberto de ensino-aprendizagem, a EAD atende a uma população numerosa, ainda que dispersa geograficamente, oferecendo oportunidades de formação adequadas às exigências atuais daqueles que não puderam iniciar ou concluir sua formação anteriormente. Como modelo flexível, elimina os rígidos requisitos de espaço (onde estudar?), de tempo (quando estudar?) e de ritmo (a que velocidade aprender?), comuns no modelo tradicional. Dessa forma, a educação a distância permite uma eficaz combinação de estudo e trabalho, garantindo a permanência do estudante em seu próprio ambiente profissional, cultural e familiar. O aluno passa a ser sujeito ativo em sua formação e faz com que o processo de aprendizagem se desenvolva no mesmo ambiente em que se trabalha. Assim, consegue-se uma formação teórico-prática ligada à experiência e em contato direto com a atividade profissional que se deseja aperfeiçoar. O ensino se torna sólido, dinâmico e objetivo. “Além do mais, é possível conseguir, através dos recursos de multimídia, alta qualidade de formação, já que os alunos podem ter acesso a materiais instrucionais audiovisuais elaborados pelos melhores especialistas em cada assunto. (CAMPOS, 2000). 21 CAPÍTULO 5 5. SOFTWARES E OUTROS DISPOSITIVOS TECNOLÓGICOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA. Atualmente existem diversos softwares que englobam os mais diversos temas matemáticos que ajudam no ensino aprendizagem, outros dispositivos como o computador e a calculadora, podem ser usados para estimular o aluno auxiliando-os no desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas. Outra opção é a de utilização de slides com o uso de projetor ou mesmo televisores. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1999), especificamente na Parte III — Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias —, uma das habilidades a serem desenvolvidas em Matemática, dentro do contexto sócio - cultural do educando, é “utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo suas limitações e potencialidades”. 5.1. DEFINIÇÃO DE SOFTWARE Software é uma sequencia de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação ou modificação de um dado/informação ou acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um computador ou máquina semelhante além de um produto desenvolvido pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas também manuais e especificações. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Software) Exemplos de softwares usados no ensino de Matemática. Geogebra: É um software gratuito que reúne recursos de Geometria, Álgebra e Calculo. O geogebra possui todas as ferramentas de um software de Geometria Dinâmica: pontos, segmentos, retas e seções cônicas, também possui equações coordenadas que podem ser inseridas diretamente. Assim o geogebra tem a vantagem de apresentar duas representações diferentes de um mesmo objeto que interagem entre si: a geométrica e a algébrica. 22 Cabri: É um software de geometria dinâmica que permite criar e explorar figuras geométricas através da construção de retas, pontos, círculos, polígonos, entre outros. Não é um software gratuito. Algumas de suas principais características são: Além da construção de pontos, retas, triângulos, polígonos e círculos, possibilita também a construção de cônicas; Utiliza coordenadas cartesianas e polares,para atividades em Geometria Analítica; Permite a criação de macros para construções que se repetem com frequência; Diferencia os objetos criados, através de atributos de cores e estilos de linha; Permite explorar transformações de simetria, translação e rotação; Ilustra as características dinâmicas das figuras por meio de animações Winplot: E um software gratuito de funções matemáticas, utilizando o software Winplot pode estabelecer animações com os parâmetros de uma função mostrando diversas características e propriedades que somente com a utilização de quadro negro e livros dificilmente alcançaríamos tal grau de entendimento por parte dos alunos. Maple: E um software de álgebra computacional, bastante completo, utilizado mais na universidade e em pesquisas. Não e gratuito. Gcompris:É um software gratuito que contém uma coletânea com mais de 80 atividades em que o aluno pode aprender cores, quantidades, além de desenvolver o raciocínio lógico matemático, analise e síntese visual, associação, percepção e iniciação ao computador. Childsplay: Site educacional com atividades de tabuada, conhecendo os animais, língua inglesa, letramento, quebra-cabeça, jogo de memória entre outras. E um software gratuito. Kbruch: É um software gratuito que contém atividades com operações de soma, subtração, multiplicação e divisão de frações, fatoração, comparação de valores e conversão. 23 KmPlot: É um software educacional gratuito, pode ser usado para desenhar as funções cartesianas, paramétricas e as funções nas coordenadas polares. Kpercentage: É um aplicativo matemático que ajuda os alunos a melhorar suas competências no cálculo de porcentagens. Kig: É o famoso plano cartesiano muito utilizado em desenho geométrico. O Kig permite aos estudantes explorarem figuras e conceitos matemáticos, usando o computador e serve como uma ferramenta para desenhar figuras matemáticas que podem ser incluídas em outros documentos. É indicado para o Ensino Fundamental II e Ensino Médio. É gratuito. TuxMath: É um jogo de arcada que implica a capacidade de efetuar cálculos aritméticos simples, de forma rápida, para que as crianças progridam no jogo. Na visão de Onuchic e Allevato, “A compreensão de Matemática por partes dos alunos envolve a ideia de que compreender é essencialmente relacionar. Esta posição baseia-se na observação de que a compreensão aumenta quando o aluno é capaz de: relacionar uma determinada ideia matemática a um grande número ou uma variedade de contextos, relacionar um dado problema a um grande número de ideias matemáticas implícitas nele, construir relações entre as várias ideias matemáticas contidas num problema” (Onuchic e Allevato, 2004). 5.2. LOUSA DIGITAL Considerando todas as novas tecnologias já citadas é importante que a escola não fique fora desse novo meio de informação mais rápido e mais dinâmico. A lousa digital SMART BOARD veio para complementar as tecnologias da educação. O QUE É A LOUSA DIGITAL A lousa digital é uma tecnologia moderna. Trata-se de um computador de mesa com a lousa digital conectada ao seu monitor (FIGURA 1). A lousa digital é, assim, uma grande tela, sensível ao toque (tecnologia touchscreen), que permite que os alunos possam além de visualizar o conteúdo interagir com o 24 recurso sensível ao toque, é possível que os alunos postem documentos na internet, compartilhem arquivos, enviem email, dentre outros. É possível que o professor utilize alguns utensilios como: o uso de canetas especiais, utilizadas especificamente para este fim (funcionamento digital) e o teclado é virtual. Acionado por comando é gerado um teclado digital onde se dá a digitação das informações que se quer registrar, tecnologia muito parecida com a de um tablet. Cada fabricante é que determina as dimensões, as tecnologias de digitalização, a forma que irá captar os sinais, sendo que as mais comuns são a ultrassônica, resistiva, eletromagnetica e infravermelha. Alguns fabricantes colocam a disposição programas e softwares educativos com o desenvolvimento focado ao ensino e aprendizagem geralmete aplicados no ensino básico, fundamental e médio. Figura 1: Componentes básicos da lousa digital. 25 Figura 2: Bandeja de canetas da lousa digital e teclado. Em uma nota publicada no jornal O Estado de São Paulo, pela jornalista Mariana Mandelli, do dia 14 de fevereiro de 2012 é mencionado que o governo do estado de São Paulo prometeu em fevereiro deste ano que todas as escolas públicas irão ter lousas digitais nos próximos 10 anos. De acordo com o Secretário de Educação Herman Voorwald, será feito um investimento de cerca de 5.5 bilhões de reais e haverá ainda a distribuição de um tablet para cada aluno. Segundo o Secretario de Educação, ira haver também reformas nas escolas e a capacitação de professores para lidar com essas novas tecnologias. 26 CAPÍTULO 6 6.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO ǁ O objetivo dessa pesquisa é mostrar a eficiência das novas tecnologias no ensino de Matemática através de novas formas de apresentar o conteúdo ao aluno. Neste capítulo faço uma análise das atividades desenvolvidas no laboratório de informática, utilizando um jogo online para a formalização do conteúdo abordado em sala de aula. Realizei os Estágios Supervisionados l e ll no Colégio Agostiniano São José, na cidade de São José do Rio Preto. O colégio é uma escola da rede particular de ensino e é considerada uma das melhores escolas da região. Durante o estágio observei que as tecnologias no colégio é muito usada, desde listas de exercícios postadas na página da escola, como salas que contém lousas digitais, laboratórios de informática, o uso retroprojetores e televisores, dentre outros. Os professores são capacitados para o uso dessas tecnologias e as aulas se tornam muito atrativas para os alunos, que realmente participam e colaboram para que a atividade desenvolvida tenha êxito e alcance os objetivos. As atividades muitas vezes são interdisciplinares o que faz com que os alunos se empenhem mais na realização do projeto. O conteúdo principal abordado durante minha regência foi o de Maximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum. As aulas para o início do conteúdo foram dadas em sala de aula com os recursos como giz, lousa, livro didático e um jogo concreto. Como o computador é um recurso tecnológico muito usado pelos alunos fiz o fechamento do conteúdo com um jogo online chamado A ROLETA MATEMÁTICA que tem como objetivo fazer com que os alunos calculem o Maximo Divisor Comum e o Mínimo Múltiplo Comum entre dois números. Durante a preparação das aulas junto com a professora tutora Márcia Fernandes Salomão, comentei sobre a possibilidade de usarmos o computador para dar um fechamento ao conteúdo que eu iria dar na regência. Foi pedido então que 27 eu montasse um pequeno projeto com os objetivos propostos da aula. (APENDICE 1). O projeto então foi discutido em uma reunião de professores realizada no dia 22 de maio de 2012. Assim, com a ajuda da professora de informática Paula preparamos o laboratório e colocamos o jogo em um link na página da escola. Utilizei para o fechamento do conteúdo um jogo online retirado do site: http://nautilus.fis.uc.pt/cec/roleta, acessado em 12 de março de 2012. O jogo foi ministrado para os sextos anos do Colégio, em duplas os alunos se sentaram nos computadores e uma folha foi entregue a eles para que eles efetuassem os cálculos necessários. Havia um receio de minha parte que os alunos, ao invés de jogar o jogo disponibilizado, entrassem em outros sites, mas fui acalmada pela professora Paula que me disse que há um acordo entre ela e os alunos. Mesmo assim ainda estava receosa quando a primeira turma chegou.Os alunos se sentaram em duplas, ligaram o computador e ficaram esperando as minhas orientações, com um retroprojetor entramos juntos na página da escola procuramos o link disponível na página dos sextos anos e entramos no jogo. Nesse momento a professora Paula perguntou aos alunos que país havia formulado o jogo, os alunos logo responderam que era de Portugal e explicaram o porquê, fiquei impressionada com a resposta deles e nesse momento percebi que a aula iria atingir o objetivo planejado. Fiz no retroprojetor um exemplo com eles que não demonstraram ter dúvidas nenhuma a respeito do conteúdo que havia sido dado em sala de aula. A aula transcorreu de maneira calma e sem tumultos. Quando surgia alguma dúvida os alunos me chamavam para ajudá-los e assim todos os objetivos propostos foram cumpridos. Essa experiência trouxe para mim a certeza de que o uso de tecnologias ajuda muito no ensino de Matemática fazendo com que as aulas deixem de ser monótonas e passem a ser mais interessante para os alunos. http://nautilus.fis.uc.pt/cec/roleta 28 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de novas tecnologias no ensino de Matemática tem se mostrado muito eficiente, pois se observa que grande parte dos alunos não gosta muito de Matemática. E necessário então reformular o método, adotar novas maneiras de se ensinar a Matemática, para que a mesma se torne mais atrativa e de melhor compreensão, como por exemplo, a inserção de tecnologias, como o uso de calculadoras, computadores, softwares, videoconferências, enfim, tornando o processo de aprendizado mais dinâmico e interessante. Assim com essa nova metodologia, as tecnologias de informação e comunicação são uma oportunidade de fugir de uma aprendizagem tradicional, mas não podemos desconsiderar os objetivos estabelecidos em reuniões de planejamento que cumprem o currículo nacional. Deve haver uma coerência entre o trabalho do professor com respeito ao uso do computador e com os recursos utilizados na aula do dia-a-dia como giz, lousa e o livro didático. O computador agregado a Internet pode permitir ao estudante interagir com outras realidades que não a sua, logo possível trabalhar a formação crítica do aluno frente o uso do computador, e isto pode surgir a partir de enunciados e atividades matemáticas que permitam refletir limites e possibilidades da tecnologia computacional. O ensino a distância, é uma forma de utilização das tecnologias evidentemente. A implantação do ensino a distância envolve muitas dificuldades. Além de recursos tecnológicos – equipamentos, redes de computadores, softwares de gerenciamento de ensino – é necessário um grande esforço na produção de conteúdos e em processos pedagógicos adequados ao ensino não presencial. Grandes empresas, universidades e escolas particulares têm conseguido programar ensino deste tipo. Muitas escolas públicas ainda não conseguem programar um ensino a distância via internet devido à falta de recursos, equipamentos, estrutura físicas e até mesmo, profissionais capacitados. Portanto as tecnologias de ensino de Matemática motivam tanto alunos como professores, trazendo curiosidades e apreensão pela possibilidade de experimentar uma nova metodologia de ensino. A utilização de tecnologias dentro da sala de aula 29 deixa de ser um fator diferencial e passa a ser uma necessidade. No entanto é necessário que os professores se adaptem a essa nova maneira de ensinar para alcançar seu objetivo como professor e de formador de cidadãos. 30 REFERÊNCIAS AZEVÊDO, W. EAD: 100% não funciona? Aquifolium. Disponível em: http://www.aquifolium.com.br/educacional/artigos/. Acesso em: 16 de outubro de 2012 . BEISHUIZEN, J.J. & MOONEN, J. “Technology-enriched schools: co-operation between teachers and researchers”, Computers Educ. 21(1/2): 51-59,1993. BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001 (Coleção Tendências em Educação Matemática). 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Investigamos quais as suas potencialidades no processo de aprendizagem da Matemática, partindo do pressuposto de que o computador abre espaço para os estudantes viverem novas experiências matemáticas que acreditamos serem diferentes das obtidas pelo ensino tradicional. Também abordamos qual o nosso papel enquanto educadores nesse processo. É preciso lembrar que o ato de disponibilizarestes recursos nas escolas é condição necessária, mas não suficiente, para chegar-se à tão sonhada inovação no ensino. METODOLOGIA: tecnologias. 33 “Roleta Matemática” Para o ensino do Mínimo Múltiplo Comum e Máximo Divisor Comum. Este trabalho trata da aplicação de um jogo, “Roleta Matemática”,para os alunos do 6º anos do Colégio Agostiniano São Jose. O jogo será feito on-line pelo site (http://nautilus.fis.uc.pt/cec/roleta Descrição: O objetivo desta atividade é calculares o M.M.C. e o M.D.C. de dois números. A atividade é constituída por 2 fases. Recepção do nome do utilizador http://nautilus.fis.uc.pt/cec/roleta 34 O top-ten sempre atualizado. Antes de começar o jogo propriamente dito, aparece um painel informativo que indica as regras do jogo. De seguida o módulo apresenta uma roleta de duas pistas, uma vermelha (a pista exterior) e outra azul (a pista interior). A pista vermelha contém 8 números e a azul 4 . 35 A roleta do módulo. Uma bola é lançada pelo computador. Ela vai rolando e aproximando-se da linha de intercepção das duas pistas, sempre em velocidade decrescente. Simultaneamente, o programa vai atualizando os números que vão ficando no caminho da bola. Os números sorteados são os últimos a serem apresentados, isto é, são aqueles que estão mais próximos do local onde a bola para. Um número por pista (um total de dois) como se pode verificar na figura 21. Numa animação contínua e bem ao gosto dos atuais alunos, a mesa gira deixando lugar a um espaço que será ocupado com a questão a ser resolvida. A roleta continua, no entanto visível. 36 O módulo está pronto para receber o primeiro primo. Recepção do primeiro primo. Após o surgimento da questão sobre M.M.C. e M.D.C., o programa coloca-se a postos para a realização da decomposição dos números sorteados em fatores primos, que servirão para o cálculo final do M.M.C. e M.D.C. O programa está preparado para receber o número primo proposto pelo aluno e verificar se está correto: - se estiver correto, realiza a divisão do número pelo primo dado e passa para a linha seguinte onde pede novo primo; - se não estiver correto, o computador risca a vermelho esse primo. Esta operação demora alguns segundos que vão penalizar o “infrator”, já que o tempo é importante no jogo. 37 O primo introduzido não está correto. As três fases têm um nível diferente de dificuldade: - a primeira fase só utiliza os primos 2 e 3 na decomposição; - a segunda envolve o primo 2, o 3 e o 5 na decomposição; - a terceira fase já tem um leque maior de primos possíveis: 2, 3 ,5 ,7 ,11e 13. 38 No fim da jogada. Fase, tempo e jogadas seguidas válidas. No fim da jogada o “Roleta” indica - fase atual; - tempo gasto até então; - solução da questão; - consequências resultantes do resultado obtido (manutenção na mesma fase ou passagem para a seguinte). Após a decomposição feita, está na hora do utilizador finalmente indicar o valor do M.M.C. e do M.D.C. Desta vez, em caso de erro, a jogada termina imediatamente e será necessário recomeçar uma nova. 39 40 41 .
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