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Mídias Tecnológicas no Ensino de Matemática - Livro - Pós em Mat Unicesumar

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REFLEXÕES SOBRE A 
TECNOLOGIA 
APLICADA NA 
EDUCAÇÃO 
Professor : 
Me. Fernando Henrique da Silva Vieira 
Me. Suellen Aparecida Greatti Vieira 
Objetivos de aprendizagem 
• Discutir sobre o uso da tecnologia na Educação. 
• Entender as relações entre a educação matemática e a tecnologia. 
• Refletir sobre os obstáculos e as perspectivas da tecnologia na sala de aula. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• A Tecnologia e a Educação 
• Educação Matemática e a Tecnologia 
• O professor e os desafios da tecnologia em sala de aula 
Introdução 
O século XVIII ficou marcado pelo início da tecnologia na indústria. A Revolução Industrial, durante esse século na Inglaterra 
marcou o começo da troca da produção artesanal pela produção mecânica, movido pelos interesses da classe burguesa em 
aumentar seus rendimentos com a produção de mercadorias. Esse fato trouxe consequências positivas como a aceleração e o 
menor preço de custo da produção, em contra partida, elevou o número de desempregados na época. 
Hoje, as tecnologias estão em constante evolução e as pessoas cada vez mais conectadas ao mundo virtual, gerando consequências 
para toda a sociedade. Da mesma forma que atingiu a indústria e o comércio, a tecnologia chegou a escola, possibilitando uma nova 
era na educação. 
Os efeitos da tecnologia na educação vão desde sala de aula, alterando a maneira de ensinar dos professores, que começam a lidar 
com situações que não estavam acostumados, como por exemplo, o uso de jogos e softwares educativos, como também alavanca o 
crescimento de uma nova modalidade de ensino, a Educação à distância. 
Podemos entender a tecnologia como sendo um conjunto de conhecimentos de uma ciência, usados para fazer alguma coisa, ou 
seja, é um termo que envolve o conhecimento científico e técnico a fim de aplicá-los em uma determinada tarefa. Por exemplo, 
podemos entender o computador como um produto da tecnologia. 
A tecnologia pode ser caracterizada de várias maneiras, mas neste estudo vamos trabalhar com as Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs), que correspondem às todas as tecnologias que interferem nos processos de informação e comunicação das 
pessoas. As TICs vêm exercendo um papel fundamental na nossa forma de aprender e de se comunicar. 
Neste estudo, vamos discutir alguns desafios enfrentados pelo professor de Matemática diante da inserção de novas tecnologias 
em suas escolas e como a tecnologia pode influenciar os novos rumos da educação. 
Avançar 
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UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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A TECNOLOGIA E A EDUCAÇÃO 
A Tecnologia no contexto da Educação no Brasil 
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) podem ser consideradas um dos principais fatores que explicam as grandes 
mudanças no mundo e, com a dinâmica da inovação, tornam-se imprescindíveis para o desenvolvimento da sociedade, tendo papel 
importante também na educação. 
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), as TICs podem contribuir com o 
acesso universal da educação, melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem e o desenvolvimento profissional de professores. 
Além disso, pode melhorar a gestão educacional com a mistura entre tecnologias e capacidades. 
Segundo Beline e Costa (2010), o inicio do movimento para inserir a tecnologia nas escolas começou nos setores administrativos, 
na década de 70, com o objetivo de informatizar a secretaria com investimentos em sistemas eletrônicos de informação e de 
gestão. De acordo com Thomé (2016), a primeira ação oficial no Brasil para implantar os computadores nas escolas com intuito de 
ensino ocorreu em 1983, com a criação do projeto Educom (Educação com Computadores). Esse projeto tinha como proposta 
desenvolver pesquisas e propagar o uso dos computadores no processo de ensino e aprendizagem e era composto pela 
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas 
Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 
Dentro do Educom, surgiu o projeto Formar, que segundo Borba e Penteado (2001), foi uma iniciativa para formar recurso humano 
na área da informática educativa. Esse curso foi oferecido a pessoas de vários estados que tinham que voltar para sua região e 
propagar o conhecimento adquirido. Foi nessa iniciativa que surgiu os CIEDs - Centros de Informática Educacional. 
Em 1987, com o objetivo de relacionar e direcionar o sistema de ensino à informática foi estabelecido a Política de Informática 
Educativa. Em 1989 o MEC, Ministério da Educação e Cultura, lançou o ProInfe – Programa Nacional de Informática na Educação 
que contribuiu para criação de laboratórios e centros para a capacitação de professores. 
Em 1997 o governo lançou o ProInfo – Programa Nacional de informática na Educação, com objetivo de dar suporte e estimular o 
uso de tecnologia nas escolas de todo país. O funcionamento do ProInfo se dá de forma descentralizada, existindo em cada 
unidade da Federação uma Coordenação Estadual, e os Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), dotados de infraestrutura de 
informática e comunicação que reúnem educadores e especialistas em tecnologia de hardware e software. 
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A partir de 12 de dezembro de 2007, mediante a criação do Decreto n° 6.300, o ProInfo passou a ser Programa Nacional de 
Tecnologia Educacional, tendo como principal objetivo promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação 
nas redes públicas de educação básica. 
Todas essas ações visavam à inserção da tecnologia na escola, mais precisamente com a presença do computador. Valente (1993), 
explica que para implantar o computador na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software 
educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno. 
Hoje, além do computador, projetores, tablets, notebooks, lousa digital, televisão e o acesso à internet já fazem parte do ambiente 
escolar. O acesso a esses recursos é algo indispensável na educação, mais que isso, Borba e Penteado, argumentam que: 
O acesso à informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o 
estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma 
“alfabetização tecnológica”. Tal alfabetização deve ser vista não como um Curso de Informática, mas, sim, 
como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, 
tais como aprender a ler, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. 
E, nesse sentido, a informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania (2001, 
p. 17). 
Ainda nesse sentido, os PCN`s dizem que: 
A pouca familiaridade com a tecnologia também pode constituir-se um problema para as pessoas, pois no 
cotidiano são muitas as situações que exigem conhecimentotecnológico. O pouco conhecimento pode levar 
algumas pessoas a se sentirem discriminadas ou constrangidas por não serem capazes de realizar algumas 
atividades, como ocorre frequentemente em caixas eletrônicos de bancos (1998, p. 139). 
É preciso entender que a simples compra e instalação desses recursos na escola não modifica o processo de ensino e aprendizagem 
e nem proporcionam uma alfabetização tecnológica apropriada. Essas ações sem planejamento podem apenas ocultar as práticas 
convencionais de ensino. 
Jonassen (1996, apud Lopes, 2004) classifica que a aprendizagem com o uso da tecnologia pode acontecer das seguintes maneiras: 
• Aprender a partir da tecnologia, ou seja, a tecnologia apresenta o conhecimento, e o papel do aluno é receber esse 
conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor; 
• Aprender acerca da tecnologia , onde a própria tecnologia é objeto de aprendizagem; 
• Aprender através da tecnologia , que significa que o aluno aprende ensinando o computador, como por exemplo, a metodologia 
Logo de ensino e aprendizagem. 
• Aprender com a tecnologia , que consiste em o aluno aprender usando as tecnologias como ferramentas que o apoiam no 
processo de reflexão e de construção do conhecimento. 
De uma forma geral, a tecnologia na escola proporciona oportunidades para o aluno desenvolver novas habilidades que facilitem o 
processo de aprendizagem. É uma maneira de complementar o currículo escolar. Para Lévy (1994, apud Lopes, 2004), as relações 
entre os homens, o trabalho e a própria inteligência estão cada vez mais dependentes de uma tecnologia avançada, envolvendo a 
escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem. 
Segundo PCN`s (1998), os recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais têm um 
papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Contudo, eles precisam estar integrados a situações que levem ao 
exercício da análise e da reflexão, em última instância, a base da atividade matemática. 
A chegada da era digital provocará muitas mudanças no âmbito escolar. Toda essa situação poderá provocar desconforto em 
alguns profissionais que, por formação inadequada, acreditam que perderão o seu lugar ou mesmo serão substituídos. 
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Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua 
construção. 
Fonte: Paulo Freire 
Entretanto, as máquinas não substituirão o professor, mas é preciso que ele entenda seu papel, sua identidade e sua prática 
pedagógica e que a escola reformule seu currículo, criando novos modelos metodológicos e didáticos e, principalmente que 
repense qual o verdadeiro significado para que o computador não se torne apenas um adereço moderno. 
A internet na escola 
Com a expansão dos recursos tecnológicos das ultimas décadas surgiu à internet. A Internet nasceu de um projeto de pesquisa 
militar americana no período da guerra fria com objetivo de ser uma resposta ao governo da ex-União Soviética pelo lançamento 
do Sputnik, primeiro satélite artifcial à órbita terrestre, em 1957. Inicialmente a ideia era conectar os mais importantes centros 
universitários americanos de pesquisa com o Pentágono para permitir a troca de informações rápidas e protegidas. Os 
pesquisadores do projeto talvez não imaginassem que a Internet alcançaria o patamar de hoje, devido à tecnologia muito 
complicada da época. 
Em meados dos anos 70, o eletronic mail ( e-mail ) tornou-se o primeiro uso da Internet entre os pesquisadores, pois possibilitava 
uma comunicação de fácil acesso e também para trocar informações dentro das universidades. As aplicações comerciais da 
Internet começaram a acontecer na década de 80 com os primeiros provedores de serviço da Internet, propiciando ao usuário a 
conexão de dentro de sua casa com a Rede Mundial de Computadores, conhecido como ciberespaço. 
Lévy, defne ciberespaço como sendo: 
(...) o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos 
computadores. Essa definição inclui o conjunto dos sistemas de comunicação eletrônicos (aí incluídos os 
conjuntos de redes hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem informações. Consiste 
de uma realidade multidirecional, artificial ou virtual incorporada a uma rede global, sustentada por 
computadores que funcionam como meios de geração de acesso (1999, p. 92). 
A grande vantagem do ciberespaço é permitir a combinação de vários dispositivos e interfaces interativas, como: o correio 
eletrônico, as conferências eletrônicas, o hiperdocumento compartilhado, os sistemas avançados de aprendizagem ou de trabalho 
cooperativo. 
Com o alastramento da internet pelo mundo, é obvio que a discussão de seu uso na escola ganhou espaço nas pesquisas sobre 
educação. O uso da Internet na escola é de certa maneira uma imposição do que os pesquisadores chamam de cibercultura, uma 
nova relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, que tem como potencial o acesso rápido às informações, 
novas formas de comunicação e interação, o que oportuniza outras formas de aprender, ensinar e produzir conhecimento. 
O já citado Pierre Lévy é um pesquisador em ciência da informação e da comunicação, que estuda o impacto da Internet na 
sociedade. No livro Cibercultura de 1999, Lévy faz reflexões muito interessantes a respeito da aprendizagem e as tecnologias 
digitais. No impacto causado pela tecnologia, ele fala sobre a inteligência coletiva, o que considera ser uma inteligência distribuída 
por toda parte, que surge com a colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades. Para ele, a cibercultura não a determina, 
mas é um ambiente para que essa inteligência se desenvolva. O fato de as tecnologias da informação e comunicação favorecerem 
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novas formas de acesso à informação, novos estilos de aprendizagem, que podem ser compartilhados entre indivíduos, amplia o 
potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos. 
O pesquisador acredita que esse termo pode ser o “veneno” e o “remédio” ao mesmo tempo da cibercultura. Como veneno, Lévy 
cita o isolamento, a sobrecarga cognitiva (muito tempo na frente do computador), a dependência (vício em navegação e jogos) e o 
acúmulo de dados sem qualquer informação. Em contrapartida, podemos encontrar pontos positivos quando analisamos os 
aspectos participativos, socializante e emancipadores da inteligência coletiva. De uma forma geral, o autor enxerga o papel das 
tecnologias intelectuais, como favorecedoras de novas formas de acesso à informação e de novos estilos de raciocínio e de 
construção do conhecimento. 
Segundo o mesmo, com o crescimento do ciberespaço, o saber ganha uma nova perspectiva de educação, em função das novas 
formas de se construir conhecimento, agregando-se a democratização do acesso à informação, os novos estilos de aprendizagem e 
a inteligência coletiva. Os modelos tradicionais de ensino, que enfatizam a transmissão dos saberes, estão sendo insuficiente 
quando confrontados pela alta velocidade das inovações tecnológicas e as mudanças no mundo. 
Lévy observa que os processos tradicionais de aprendizagem tornaram-se, de certa forma, obsoletos, por vários motivos, entre 
eles a necessidade de renovação dos saberes. Há a necessidade de formar um novo estilo de pedagogia, em que o professor deve 
ser o incentivador da inteligência de seus alunos, ao invés de se restringir ao papel de fornecedor direto de informações relevantes 
à construção do conhecimento. A educação a distância também passa a ser um ponto importante, pois o ciberespaço possibilita 
que grupos de alunos trabalhem com sistemas compartilhados para a construção do conhecimento. Nesse cenário, a internet 
aparece como fonte promissorade informações, que se multiplicam e atualizam-se rapidamente. 
Podemos ver um caminho otimista entre a educação e as inovações tecnológicas. Mas é preciso estudar e planejar essa integração 
de forma séria. Não vai ser o uso indiscriminado da internet que irá resolver nossos anseios na educação. Devemos perceber que 
internet na escola não é garantia da inserção crítica dos alunos e professores na cibercultura. Por exemplo, se o professor 
encaminhar o aluno a um site, mas não haver uma interatividade com mídia on-line, uma atitude de inclusão na cibercultura, a aula 
continua sendo passiva e individual, enquanto o professor se mantém como o responsável pela produção e pela transmissão dos 
conhecimentos. Logo, mesmo com a Internet na escola, a educação pode continuar a ser uma divisão de tarefas e conteúdos 
“enlatados” para serem compreendidos a partir de repetições. 
Educação à Distância 
Atualmente vivemos uma nova fase na sociedade e o desenvolvimento tecnológico reorganizou as formas de pensar, surgindo 
diferentes discussões sobre as práticas pedagógicas. Com o avanço da tecnologia, a acessibilidade da internet e a necessidade de 
elevar o nível de escolaridade e de aperfeiçoamento profissional, estamos presenciando o crescimento de uma nova modalidade 
de ensino, a Educação à Distância (EAD). É um novo modelo que possibilita formas diferentes de ver o mundo, de ensinar e 
aprender. 
Quando dizemos uma “nova” modalidade de ensino, estamos nos referindo ao uso do computador e internet. Borba e Penteado 
(2001) relatam que na década de 70 com as tecnologias disponíveis, principalmente a escrita e a imprensa, já tínhamos um modelo 
de Educação à distância. O ensino baseava-se no envio de material por professores para alunos de outras regiões, que tinham que 
fazer as atividades e reenviar. Nos anos 80 e 90, as aulas eram reproduzidas com a ajuda da televisão, e os alunos após a aula 
faziam atividades escritas como questões testes. Nesse contexto, nunca havia uma interação entre professor e aluno de forma 
sincronizada, da maneira que podemos ver em uma sala de aula. 
Com o advento do computador e da internet, temos a possibilidade de alcançar a sincronia nas interações entre professor e aluno, 
ou seja, as tecnologias de informação e comunicação elevam o EAD a um novo patamar na qualidade de ensino. 
Segundo Ministério da Educação, a Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes 
e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diferentes. Uma modalidade que possibilita a 
eliminação de distâncias geográficas e proporciona ao aluno a organização do seu tempo e local de estudos. 
Para Hack 
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A EAD será entendida, portanto, como uma modalidade de realizar o processo de construção do 
conhecimento de forma crítica, criativa e contextualizada, no momento em que o encontro presencial do 
educador e do educando não ocorrer, promovendo-se, então, a comunicação educativa através de múlti plas 
tecnologias (2011, p.15). 
Segundo Hack (2011), a definição de EAD não pode ser entendida como uma educação distante, em que o aluno esteja isolado, 
pois o mesmo manterá a interatividade constante com os colegas, tutores e professores, em um processo de comunicação 
dialógica. 
A Educação à Distância, como alternativa de formação regular, foi introduzida no sistema educacional brasileiro ao final de 1996, 
com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20/12/1996). 
Uma das vantagens do EAD está no suporte oferecido aos alunos na hora do estudo. Eles contarão com a mediação de professores 
que podem atuar a distância, em presença física ou virtual, tendo ainda o apoio de sistemas de gestão e operacionalização 
específicos, bem como de materiais didáticos, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou 
combinados, e veiculados através dos diversos meios de comunicação. 
Todo esse aparato tecnológico a serviço da educação vem possibilitando um rápido crescimento do EAD. É Cada vez maior o 
número de pessoas e instituições de ensino que enxergam nessa forma de educação um meio de democratizar o acesso ao 
conhecimento e de expandir oportunidades de trabalho e aprendizagem. 
Para que esse crescimento acompanhe um nível de qualidade que a formação de um profissional exige, o EAD tem que primar por 
oferecer um processo de aprendizagem completo, dinâmico e eficiente por intermédio de recursos tecnológicos, democratizando 
o acesso e melhorando a qualidade da educação superior, além de contribuir para a incorporação de atitudes autônomas que levam 
o cidadão a aprender ao longo da vida. 
Moran entende que: 
EAD de qualidade é aquela que ajuda o aluno a aprender igual ao presencial. Não se mede isso pelo número 
de alunos envolvidos, mas pela seriedade e coerência do projeto pedagógico, pela qualidade dos gestores, 
educadores mediadores e, também, pelo envolvimento do aluno (2009, p. 286). 
A Educação a Distância deve estar apoiada em uma filosofia de aprendizagem que proporcione aos estudantes a oportunidade de 
interagir, de desenvolver projetos compartilhados, de reconhecer e respeitar diferentes culturas e de construir o conhecimento. É 
uma maneira de o aluno aprender e desenvolver competências, habilidades, atitudes e hábitos relativos ao estudo, à profissão e à 
sua própria vida, no tempo e local que lhe são adequados. 
Para Moran (2009), há dois modelos de Educação a Distância que são praticadas no Brasil. Um modelo é quando o professor 
aparece no seu meio tradicional de atuação, ministrando o conteúdo através das suas tele aulas. O outro seria quando há um 
relacionamento mais direto do professor com os alunos, através de materiais impressos e ferramentas digitais disponíveis, 
orientando-os através de uma tutoria com o objetivo de uma formação realmente significativa. 
Ainda segundo Moran (2009), a Educação a Distância não é mais uma modalidade complementar e sua expansão afeta educação 
como um todo. Independente das relações que envolvam a prática do ensino e aprendizagem na modalidade EAD, é muito 
importante que as metodologias devam ser constantemente avaliadas, pois se bem repensadas e retrabalhadas será possível assim 
sempre melhorar a qualidade da educação. 
Hack (2011) salienta que na busca pela qualidade da Educação a Distância, os seguintes fatores devem ser levados em conta: 
• É imprescindível a introdução de múltiplas tecnologias nos diversos níveis e modalidades de ensino, mas é preciso levar em conta 
as peculiaridades de cada região. 
• É necessário discutir de forma multidisciplinar e projetar experiências que venham a contribuir na busca da excelência na 
utilização de mídias, redes, softwares e outras ferramentas na educação presencial e a distância. 
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• É preciso caminhar, permeados pela discussão crítica da temática, evitando a simples reprodução de modelos já existentes. As 
realidades locais devem ser respeitadas, e a criatividade deve imperar nesta busca. 
No Brasil, ainda estamos numa fase de mudanças e aperfeiçoamento na Educação a Distância, motivados pela evolução rápida das 
tecnologias em rede, das tecnologias móveis e pela necessidade de incluir o maior número de alunos possível no ensino técnico e 
no superior. Num país com tantas necessidades e diversidade, é importante poder ter projetos consistentes com propostas 
diferentes, que sejam bem acompanhados e avaliados. 
É preciso perceber que é possível aprender a distância de várias formas e que o conhecimento pode ser visto como o que cada 
indivíduo constrói, seja individualmente ou em grupo, como resultadodo processamento, da interpretação e da compreensão da 
informação. 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E A 
TECNOLOGIA 
A matemática está ligada à história da humanidade, sendo considerada como um recurso para o desenvolvimento e progresso das 
civilizações. A matemática esteve presente em todas as etapas da construção do conhecimento científico e tem papel fundamental 
no desenvolvimento das inovações tecnológicas. 
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A história da matemática nos mostra que mudanças ocorreram na maneira de ensinar. No momento em que computadores e 
calculadoras possibilitam informações e soluções em um tempo reduzido, o ensino da matemática não pode mais se contentar a 
um ensino engessado, no qual se enfatizam as tabuadas e os exercícios de cálculos repetitivos, pois essas atividades não atendem 
mais às necessidades dos alunos. 
A prática mais frequente no ensino de Matemática era aquela em que o professor apresentava o conteúdo oralmente, partindo de 
definições, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, considerando 
que o aluno iria aprender pela reprodução. 
Julgava-se que a partir da reprodução correta o aluno alcançaria a aprendizagem. Essa prática de ensino mostrou-se ineficaz, pois 
a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir, mas não apreendeu o 
conteúdo. É relativamente recente, na história da Didática, a atenção ao fato de que o aluno é agente da construção do seu 
conhecimento, pelas conexões que estabelece com seu conhecimento prévio. 
Nesse momento é importante entender que a tecnologia está presente no cotidiano do aluno e faz parte do seu conhecimento 
prévio. Estudiosos do tema mostram que escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma 
informática cada vez mais avançada. 
É importante ressaltar que não devemos colocar a tecnologia em um pedestal e menosprezar a matemática. O que se deve 
entender é que a escola deve agregar os conhecimentos tecnológicos ao matemático. No ensino da matemática os computadores 
devem ser auxiliares do ensino, e não o objetivo do ensino. Analogamente, as atividades de programação de computadores na aula 
de matemática devem ser utilizadas para apoiar o ensino da matemática e não devem ser o objetivo do ensino. A quantidade de 
tempo letivo gasto pelos alunos na aprendizagem de uma linguagem de programação ou no uso de um software deve ser 
consistente com os ganhos esperados na compreensão matemática. 
Podemos observar que as razões de se ensinar matemática na escola não diferem tanto das razões da inclusão do computador. 
Klien (1973, apud Valente, 1993) listas algumas características comuns: 
• Pré-requisito para o sucesso. Profissões de destaque social geralmente requerem o conhecimento matemático. 
• Valores práticos. A matemática ajuda o homem a entender o mundo físico, econômico e até social. 
• O desenvolvimento de habilidades ou técnicas de pensamento ou raciocínio. 
Mas hoje, ao contrário desses argumentos, muitos alunos, e até mesmo os pais quando vão ajudar nas tarefas escolares, encaram a 
matemática com certa aversão. Então, o que era para desenvolver ideias, passa a ser mais um motivo de dificuldade no 
aprendizado. Assim, o ensino da matemática, como também de outras áreas do conhecimento, precisa passar por mudanças no 
aspecto didático e metodológico. 
Nesse contexto, a educação matemática e a tecnologia podem interagir proporcionando novas formas de agir no processo de 
ensino e aprendizagem. Por isso, umas das tendências da educação matemática são as mídias tecnológicas. 
Zorzan justifca que: 
A Educação Matemática, na perspectiva da tendência da informática, torna-se uma ciência a ser estudada, 
possibilitando a reorganização do pensamento, da proposta pedagógica e da maneira de encarar o saber 
matemático. A ação educativa da informática na matemática deve ser possibilitadora da aprendizagem, do 
pensar, do indagar e construir, de modo que as diferentes inteligências possam interagir para constituir a 
compreensão e, sobretudo, a solução de problemas cotidianos (2007, p. 88) 
De acordo com Ponte (1995, apud Mendes, 2009), o uso do computador no ensino de Matemática contribui para: 
• Uma relativização da importância das competências de cálculo e de simples manipulação simbólica, que podem ser realizadas de 
forma mais rápida e 
eficiente. 
• Um reforço do papel da linguagem gráfica e de novas formas de representação, permitindo novas estratégias de abordagem dos 
mais variados problemas. 
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• Uma atenção redobrada às capacidades intelectuais de ordem mais elevada, que se situam para além do cálculo e da simples 
compreensão de conceitos e relações matemáticas. 
• O crescimento do interesse pelo desenvolvimento de projetos e atividades de modelagem matemática e investigação. 
Essa proposta metodológica tem a função de potencializar formas de resolução de problemas através dos recursos tecnológicos 
como calculadora, computador, aplicativos da internet, softwares educacionais entre outros. Como já discutimos em outro 
momento, essa inclusão, principalmente do computador e seus aplicativos no ambiente escolar, vai exigir uma mudança dos 
professores em sua prática pedagógica. 
Para Zorzan (2007), o professor deve agir como o mediador entre o pensamento humano e a máquina, sabendo lidar com as 
informações, como procurá-las, interpretá-las, resolvê-las e reconstruí-las, pois a Educação Matemática, na perspectiva 
tecnológica, tem o objetivo de estimular à curiosidade, a imaginação, a comunicação, contribuindo para o desenvolvimento das 
capacidades: cognitiva, afetiva, moral e social. 
Existem muitas questões em aberto quando se trata do emprego de novas tecnologias no ensino de Matemática. Apesar dos 
avanços, ainda é preciso conhecer mais sobre os impactos das tecnologias de informática e comunicação na sala de aula. 
Existe a crença que as novas tecnologias são a solução para os problemas da educação atual. Segundo Fiorentini e Lorenzato 
Essa é mais uma razão pela qual a comunidade EM (Educação Matemática) deve investigar seriamente a 
implementação e utilização das TICs, pois, se, de um lado, pode ser considerado relativamente simples 
equipar as escolas com essas tecnologias, de outro, isso exige profssionais que saibam utilizá -las com 
efcácia na prática escolar (2012, p. 46). 
Nas últimas décadas o uso das tecnologias na educação vem sendo investigado por muitos pesquisadores da área de Educação 
Matemática, sendo que nos últimos anos o número de pesquisas nessa área tem aumentado consideravelmente. Por meio de 
publicações de artigos, dissertações, teses de cursos de extensão e formação continuada, os resultados dessas investigações têm 
sido divulgados e cada vez mais educadores preocupam-se em incorporar as tecnologias em suas práticas. 
Os professores devem saber como e quando usar as ferramentas da tecnologia computacional para desenvolver e aumentar a 
compreensão matemática dos seus alunos. Os estudantes devem continuar a estudar conteúdos matemáticos apropriados, e 
também devem ser capazes de reconhecer quando e como usar efetivamente computadores quando trabalharem com 
matemática. 
De uma forma geral, o professor, como pesquisador constante de sua própria prática, necessita buscar novos significados dos 
conteúdos a serem desenvolvidos, tendo como base o desenvolvimento tecnológico e as aplicações desses conteúdos no contexto 
atual. 
Existe um paralelismo fel entre o progresso social e a atividade matemática, os países socialmente 
atrasados são aqueles em que a atividade matemática é nula ou quase nula. 
Fonte: Jacques Chapellon. 
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https://getfireshot.comO PROFESSOR E OS DESAFIOS DA 
TECNOLOGIA NA SALA DE AULA 
Nessa sociedade cada vez mais depende das novidades tecnológicas, presente em quase todos os ambientes de nosso cotidiano, é 
evidente que as escolas, por fazerem parte dessa sociedade, também tenham que adotar os recursos tecnológicos. Para Araújo 
(2005), nossos alunos conseguem se envolver com facilidade com os recursos tecnológicos e de certa maneira acabam criando uma 
pressão nas escolas, seja ela com o uso despretensioso da linguagem tecnológica ou até mesmo com uma reivindicação por uma 
formação que os prepare melhor para o mercado de trabalho. Nesse momento que começam os desafios do professor em sala de 
aula. 
Para Valente e Almeida (1997) a informática na educação não está consolidada no nosso sistema educacional. Um dos fatores seria 
que a tecnologia ainda não impregnou a ideia dos professores. Com as constantes inovações tecnológicas, é fundamental que o 
professor rompa essa barreira e incorpore as ferramentas tecnológicas, o que pode ser um passo na melhoria do processo de 
ensino e aprendizagem. 
Devemos lembrar primeiro, que nas décadas de 60 e 70, o nosso sistema educacional era pautado na pedagogia tecnicista, 
inspirada nas teorias behavioristas da aprendizagem, com o objetivo de modelar a sociedade, no caso os alunos, para demanda 
industrial e tecnológica que o país precisava naquele momento. O tecnicismo não valorizava o professor e nem o aluno. Esse 
formato de ensino utilizava-se estímulos, reforços negativos e positivos para se obter a resposta desejada, moldando o 
comportamento do sujeito, de forma a controlar a conduta individual. Era ensinado apenas o necessário para que os indivíduos 
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pudessem atuar de maneira prática em seus trabalhos. Ou seja, esse modelo pecava em aspectos muito importantes no processo 
de aprendizagem que é a atuação ativa, criativa e principalmente crítica por parte de alunos e professores. 
Behaviorismo (ou comportamentalismo) é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o 
comportamento como o mais adequado objeto de estudo da psicologia. 
Fonte: os autores. 
E qual é a ligação do modelo tecnicista com a tecnologia e a atuação do professor na sala de aula em pleno século XXI? É plausível 
considerar que grande parte de nossos professores em exercício da função atualmente, foram formados por essa visão ou tiveram 
professores influenciados por ela. Então, em um primeiro momento a resistência em adotar a tecnologia como aliada na sala de 
aula deve ser compreendida. Outro agravante, segundo Borba e Penteado (2001), seria a ideia de que assim como aconteceu na 
indústria, os professores poderiam ser substituídos por máquinas, como o computador. Mas, inúmeros estudos revelam o 
contrário, pois somente os computadores nas escolas não vão provocar mudanças nas práticas docentes e no processo de ensino e 
de aprendizagem. Sem o pensamento humano, o auxilio da máquina não será relevante. 
Outro pensamento que pode afastar o professor da tecnologia é o receio que a informática possa atrapalhar o desenvolvimento do 
aluno. Há um discurso que prega que com o uso do computador o estudante passa a ser um mero repetidor de tarefas, ou seja, o 
aluno iria apenas realizar tarefas obedecendo aos comandos da máquina. Outra situação é uso da calculadora. Será que nossos 
alunos vão deixar de aprender as operações básicas da matemática por usá-la? 
Essas questões não são simples de responder, mas Borba e Penteado (2001) faz uma reflexão muito interessante sobre essa 
possível dependência que a tecnologia pode causar nos alunos. Segundo eles, devemos refazer esse questionamento em outro 
contexto. Será que os alunos, quando utilizam o lápis e papel, não vão se tornar dependentes dessas mídias? A questão aqui é 
entender que o lápis e o papel também podem ser enxergados como mídias, assim como o computador e a calculadora. Borba e 
Penteado complementam que: 
Dessa forma, essa dependência sempre existirá e estará bastante relaciona da ao contexto educacional em 
que nos encontremos. Esse contexto está sempre geográfica e historicamente determinado e sua 
constituição depende também da disponibilidade de mídias como a oralidade, lápis-e-papel e a informática. 
Em matemática, por exemplo, as demonstrações são fruto da disponibilidade da escrita em diversas 
sociedades (2001, p. 13). 
Essas inquietudes que a tecnologia causa em parte dos professores, mostram o desconforto com mudança na pratica docente 
tradicional, que não ficaria imune com a presença da tecnologia informática. Segundo Borba e Penteado (2001) alguns professores 
preferem trabalhar em uma zona de conforto onde quase tudo é conhecido e controlado. Mesmo não estando contentes com os 
rumos da educação, dificilmente caminham para uma direção desconhecida. Docentes na zona de conforto evitam avançar para 
uma zona de risco, um lugar onde podem perder o controle. Um dos fatores que pode levar a zona de risco é o uso da tecnologia 
informática. 
Essa perda de controle quando o professor utiliza-se da informática nas aulas pode acontecer por vários fatores. Entre eles 
podemos citar problemas técnicos. O planejamento de aula professor passa a depender do pleno funcionamento da máquina, que 
em algum momento pode não funcionar, seja por falta de luz ou problemas técnicos durante a aula. O professor também possa 
precisar da ajuda de um técnico para instalar algum software. Problemas desse tipo podem alterar a execução da atividade levando 
os professores a ter atitudes que eles não estavam acostumados. Como sabemos, nossas escolas públicas não contam com 
laboratórios modernos e muitas escolas não têm técnicos em informática. 
Se a parte técnica funcionar corretamente, outro obstáculo pode ser imprevisibilidade. Por exemplo, em uma aula com uso de 
softwares educativos podem surgir questões além do que o professor planejou e o docente não conseguir responder as duvidas 
dos alunos. Geralmente os alunos tem uma familiaridade maior que o professor em relação ao computador e pode ser natural que 
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eles utilizem o que conhecem sobre informática nas aulas. Essa é uma situação que causa desconforto para alguns professores. 
Há também questão da comunicação. Durante uma aula tradicional, normalmente os alunos permanecem em silencio ouvindo o 
professor falar ao longo de toda aula. No laboratório, os alunos precisaram se comunicar ainda mais se estiverem trabalhando em 
duplas ou em grupos. Araújo (2005) cita que o monólogo do professor dá lugar a inúmeras conversas paralelas, causando 
alterações no relacionamento entre professor e alunos. 
Diante disso, Borba e Penteado argumentam que: 
O professor é desafado constantemente a rever e ampliar seu conhecimen to. Quanto mais ele se insere no 
mundo da informática, mais corre o risco de se deparar como uma situação matemática, por exemplo, que 
não lhe é familiar (2001, p. 65). 
Quando avaliado as dificuldades e os riscos, muitos professores desistem justificando que não encontram condições de trabalho 
necessárias nas escolas ou assumem que não estão preparados. Mesmo nesse contexto, não devemos rotula-los por optarem em 
permanecer na zona de conforto como profissionais acomodados e descompromissados. É preciso entender que são grandes os 
desafios e não é fácil para o professor encará-los sozinho. Uma maneira de minimizar as adversidades é o trabalho em grupo com 
outros professores e pesquisadores, na intenção de entrar na zona de risco. 
Há também os professores com visões bem mais otimistas com a utilização da tecnologia nas escolas. Mas, até em um cenário mais 
positivo é preciso fazer algumas ressalvas. Valente (1993) relata que o modismo, computador presente no dia a dia, o computador 
como meio didático, motivação e desenvolvimentode raciocínio são alguns dos argumentos de que defende o uso da tecnologia. 
Vamos agora entender essas justificativas e o porquê certos cuidados devem ser tomados. 
Entende-se por modismo o pensamento de incluir a tecnologia, mais precisamente o computador, nas escolas por já haver essa 
situação bem encaminhada em outros países (principalmente França e Estados Unidos). A simples “cópia” de modelos de outros 
lugares pode acarretar nos mesmos erros que já cometemos. Valente (1993) concorda que devemos utilizar experiências 
existentes, mas com senso crítico. 
Sabemos que, principalmente o computador e o celular, fazem parte do nosso dia, seja no trabalho ou em casa. Nada mais comum 
de que na escola isso também aconteça. A grande questão é que não devemos compreender que o computador na escola é sobre 
aprender sobre computadores, não que seja um conhecimento irrelevante, longe disso, mas o essencial para o processo de ensino 
aprendizagem é que o aluno aprenda por meio dos computadores. Valente (1993), explica que o interesse pelos objetos 
tecnológicos deve ir além do fato de estarem na nossa vida. 
Quando pensamos em objetos utilizados como meio didático, podemos lembrar que nos anos 90 se utilizavam retroprojetores, 
televisão e vídeo cassete. Hoje, temos como referência o computador. Isso se dá pelo fato do computador ter a capacidade de 
reproduzir vídeos, músicas, simulações de fenômenos a partir de softwares entre outras facilidades que o asseguram como um 
meio didático. No entanto, isso pode ser caracterizado como uma subutilização se pensarmos nos recursos que ele oferece como 
ferramenta de aprendizagem (VALENTE, 1993, p.33). 
A falta de motivação dos alunos é algo notório. A cada dia, fica mais evidente que a escola, pensada há décadas atrás, não consegue 
competir com a realidade de hoje. É nesse momento, que o discurso que a tecnologia pode ser um agente de motivação entra em 
ação. Para Valente (1993) esse argumento é preocupante e pode explicar o descompasso pedagógico que temos na educação. 
Entre suas preocupações, evidencio: 
• A escola não pode depender do computador para ser interessante. O fato de promover o desenvolvimento intelectual, social e 
cultural já deveria ser 
um fator motivacional. 
• O computador como agente motivador pode ser um empecilho para que a escola e o professor tenham uma mudança de postura. 
• O computador servir somente para modernizar o ambiente escolar. 
Desenvolver o raciocínio dos alunos, criar um pensamento crítico é um processo lento e difícil. Inserir o computador ou qualquer 
outra mídia tecnológica sem um processo muito bem estruturado faz com que os mesmo não auxiliem nessa árdua tarefa. 
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Para as questões que discutimos nos parágrafos anteriores não se tornem obstáculos no trabalho do professor e na aprendizagem 
do aluno, a introdução da informática na educação exigirá uma formação bastante ampla e profunda do professor. De acordo com 
Valente e Almeida (1997) não devemos apenas criar condições para o professor dominar o computador ou outro recurso 
tecnológico, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como a tecnologia pode ser 
integrado no desenvolvimento desse conteúdo. 
O professor deverá entender que seu papel é de suma importância nesse processo que a educação vem passando com as 
evoluções tecnológicas. Gouvêa (1999, apud Lopes, 2004) aponta que: 
“O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi- 
la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro 
livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras 
tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela 
emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, 
pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas 
vistas...”. 
As tecnologias precisam ser compreendidas como ferramentas que auxiliam o trabalho do professor, onde sua atuação mediante o 
uso de meios eletrônicos requer um resgate da didática de todos os tempos, para uma adaptação ao contexto atual, em que a 
tecnologia quebra parâmetros e propõe novos olhares enquanto mecanismos importantes ao processo de ensinar, compreender e 
aprender. 
Os alunos podem até buscar informações em grande quantidade na internet, porém o professor é e continuará sendo 
indispensável no processo de interpretação, de relacionamento e de julgamento, para fazer as considerações e tirar as conclusões, 
fazendo as complementações necessárias. 
Hoje, muitos professores adotam o projetor e slides ao invés do quadro e giz durante as aulas. Para você, 
esse é um recurso tecnológico que enriquece a aula ou são simplesmente instrumentos que camuflam a 
metodologia tradicional? 
Fonte: os autores. 
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ATIVIDADES 
1. A Educação à Distância, como alternativa de formação regular, foi introduzida no sistema educacional brasileiro ao final de 
1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Baseado em nosso estudo sobre a Educação à Distância, é 
incorreto o que se afirma em: 
a) EAD de qualidade é aquela que ajuda o aluno a aprender igual ao presencial e isso se mede isso pelo número de alunos 
envolvidos. 
b) É imprescindível a introdução de múltiplas tecnologias nos diversos níveis e modalidades de ensino, mas é preciso levar em 
conta as peculiaridades de cada região. 
c) Uma das vantagens do EAD está no suporte oferecido aos alunos na hora do estudo. Eles contarão com a mediação de 
professores que podem atuar a distância, em presença física ou virtual. 
d) É necessário discutir de forma multidisciplinar e projetar experiências que venham a contribuir na busca da excelência na 
utilização de mídias, redes, softwares e outras ferramentas na educação à distância. 
e) É preciso caminhar, permeados pela discussão crítica da temática, evitando a simples reprodução de modelos já existentes. 
2. O uso de tecnologias em sala de aula tem a função de potencializar formas de resolução de problemas através dos recursos 
tecnológicos como calculadora, computador, aplicativos da internet, softwares educacionais entre outros. Sobre a educação 
Matemática e a tecnologia é incorreto o que se afirma em: 
a) Os estudantes devem continuar a estudar conteúdos matemáticos apropriados, e também devem ser capazes de reconhecer 
quando e como usar efetivamente computadores quando trabalharem com matemática. 
b) Com o uso da tecnologia nas aulas de Matemática o crescimento do interesse pelo desenvolvimento de projetos e atividades de 
modelagem matemática e investigação tende a aumentar. 
c) A matemática está ligada à história da humanidade, sendo considerada como um recurso para o desenvolvimento tecnológico e 
progresso das civilizações. 
d) No ensino da matemática deve-se enfatizar as tabuadas e os exercícios de cálculos repetitivos. 
e) O professor deve agir como o mediador entre o pensamento humano e a máquina. 
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3. 3. Nas décadas de 60 e 70, o nosso sistema educacional era pautado na pedagogia tecnicista, inspirada nas teorias behavioristas 
da aprendizagem. Sobre esse sistema, é correto o que se afirma em: 
I. Tinha como objetivomodelar a sociedade, no caso os alunos, para demanda industrial e tecnológica que o país precisava naquele 
momento. 
II. Esse formato de ensino utilizava-se estímulos, reforços negativos e positivos para se obter a resposta desejada. 
III. O tecnicismo valorizava tanto o professor como o aluno. 
IV. Esse modelo priorizava a atuação ativa, criativa e principalmente crítica por parte de alunos e professores. 
Assinale a alternativa que apresenta as af i rmativas corretas. 
a) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. 
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. 
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas . 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo buscamos evidenciar o uso de das tecnologias nas escolas, pois sabemos que os recursos tecnológicos estão sempre 
evoluindo e atraindo a atenção das pessoas que estão cada vez mais conectadas ao mundo virtual, o que inevitavelmente trará 
consequências para toda a sociedade, inclusive nas escolas. É uma nova maneira de possibilitar formas diferentes de ver o mundo, 
de ensinar e aprender. 
Durante nossos estudos podemos aprofundar nas teorias que justificam o uso da tecnologia nas escolas, como computadores, 
projetores, calculadores entre outros recursos. Também discutimos sobre os efeitos positivos e negativos que a inserção da 
tecnologia pode gerar no ambiente escolar. 
Vimos que há muitos pesquisadores da educação matemática que há alguns anos já estão voltados a estudar os impactos da 
tecnologia na sala de aula e que a conduta de aceitação por parte dos professores na utilização dos recursos tecnológicos passa a 
ser importantíssima para que todo aparato tecnológico tenha um sentido pedagógico eficiente no processo de ensino e 
aprendizagem e não sejam apenas elementos que camuflem a metodologia tradicional de ensino. Dessa forma, aulas preparadas 
com o uso das tecnologias digitais passam a ser incorporadas no cenário escolar e, tanto professores como alunos começam a 
perceber os benefícios do seu uso. 
Ressaltamos nesse texto que o professor não está sendo e nunca vai ser substituído pela tecnologia, ao contrário, ele sempre será 
importante no processo de aprendizagem. 
Contudo, podemos percebemos que o processo de inserção das tecnologias no ensino é lento, gradual, envolve empenho e 
condições estruturais. Por outro lado, a utilização das tecnologias digitais na sala de aula vem ganhando mais espaço no ambiente 
escolar, fazendo com que o uso fique mais acessível e suas vantagens cada vez mais perceptíveis. 
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Material Complementar 
Leitura 
Educação Matemática, Tecnologia e Formação de Professores: Algumas 
reflexões. 
Autor: Willian Beline e Nielce Meneguelo lobo da Costa. (Organizadores) 
Editora: Fecilcam 
Sinopse : É um livro de temática contemporânea, com foco no uso das 
tecnologias de informação e comunicação (TIC) na formação de 
professores, escrito por autores marcados pela diversidade de seus 
percursos acadêmicos. 
Na Web 
Documentário: Do giz ao tablete: porque a tecnologia não revolucionou 
a educação. 
Ano: 2014 
Comentário: É um documentário curto de poucos mais de 34 minutos que 
tem como objetivo discutir o papel da escola de hoje, frente às diferentes 
mudanças que as novas gerações trazem e que a tecnologia deveria 
proporcionar. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
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Belline e Nielce Meneguelo Lobo da costa. Campo Mourão: Editora da FECILCAM, 2010. 272 p. 
BORBA, Marcelo de Carvalho; PENTEADO, Miriam Godoy. Informática e Educação Matemática , – 4. Ed. - Coleção Tendências em 
Educação Matemática, Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001. 
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FIORENTINI, Dario. Investigação em educação matemática : percursos teóricos e metodológicos/ Dario fiorentini, Sergio 
Lorenzato. – 3. Ed. rev. – Campinas, SP: Autores Associados, 2012. – (Coleção formação de professores). 
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LOPES, José Junio. A Introdução da Informática no Ambiente Escolar . Clube do Professor, 2004. 9 p. 
MENDES, Iran Abreu. Matemática e investigação em sala de aula : tecendo redes cognitivas na aprendizagem – Ed. ver. E aum.- 
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MORAN, José Manuel. Aperfeiçoando os modelos de EAD existentes na formação de professores . Disponível em: 
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THOMÉ, Robson Luis. Métodos inovadores agregados à tecnologia como ferramentas auxiliadoras no aprendizado da 
matemática . 2016. 58f. Dissertação PROFMAT (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional) - Universidade federal 
de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016. Disponível em < https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=95271 >. Acesso em: 
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VALENTE, J. A. (org.). Computadores e Conhecimento : repensando a educação. Campinas/SP: Gráfica Central da UNICAMP, 
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ZORZAN, Adriana Salete Loss. Ensino-Aprendizagem: Algumas Tendências na Educação Matemática. In: R. Ciências Humanas 
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APROFUNDANDO 
Estamos vivendo uma das épocas mais interessantes da história da humanidade, presenciando momentos de um progresso 
cientifico e tecnológico marcantes. Mas esse avanço da tecnologia ainda é tardio nas escolas brasileiras. 
Um estudo feito pelo Instituto Ayrton Senna em 2016 revela que ainda temos um caminho longo e árduo para percorrer no quesito 
equipar nossas escolas com computadores e outros objetos tecnológicos. 
Segundo a pesquisa, o número de escolas públicas com acesso à banda larga no Brasil é menor do que o de escolas com laboratório 
de informática, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio. Isso representa mais de 21 mil escolas que possuem os 
computadores para os alunos, mas só poderão fazer um uso limitado dessa estrutura. Banda larga é a conexão de internet que 
permite ao usuário navegar em alta velocidade, quanto maior a velocidade da conexão, melhor será o envio e recebimento de 
dados, incluindo imagens, infográficos e vídeos. 
Os dados estão no Censo Escolar 2014 e também indicam que, agora que as escolas públicas conseguiram reduzir a ausência de 
equipamentos que a distanciava da média de escolas particulares, é o momento de pensar nas melhores estratégias pedagógicas 
para que a tecnologia de fato ajude a melhorar o aprendizado com uma educação de século 21. 
O levantamento mostra que, no Brasil, 45% das escolas públicas de Educação Básica possuem laboratório de informática, 
enquanto a banda larga chega a 43%. Mas a diferença de cobertura é ainda maior: Se observadas apenas às escolas com 
laboratório de informática, 32% delas não têm acesso a essa conexão. 
Um estudo recente da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) indicou que apenas equipar 
massivamente as escolas com dispositivos eletrônicos não é suficiente para melhorar os resultados e as habilidades digitais dos 
estudantes. Para isso devemos ter outras ações em conjunto, como: 
• Formar professores para identificar os melhores conteúdos educativos. 
• Tempo adequado para os professores preparem as aulas. 
• Quantidade menor de alunos por turma. 
• Softwares que analisam as dificuldades dos alunos e geram aulas mais personalizadas. 
O principal objetivo do estudo feito pelo Instituto foi sistematizar a atual condição das escolas e incluiu uma série histórica sobre o 
acesso a esses recursos, bem como um comparativo entre diferentes regiões do país e entre áreas rurais e urbanas. 
Pela série histórica, percebe-se que enquanto a rede particular mostrou tendência de aumentar o acesso à banda larga (passando 
de 49% para 80% das escolas entre 2008 e 2014) e manteve estável o acesso a laboratórios (em cerca de 45% das escolas no 
mesmo período), a rede pública aumentou a cobertura de laboratórios de informática (de 22% para 45%) e de banda larga (de 18% 
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para 43%), mas ainda de forma desigual. 
Olhando os dados das escolas públicas por etapa de ensino, por exemplo, nota-se as diferenças no acesso à internet rápida: no 
Ensino Médio, 90% das escolas têm laboratório de informática e 80% o acesso à banda larga. A situação é pior no Ensino 
Fundamental, com laboratório em 51% das escolas, mas banda larga em apenas 40%. Os números das escolas particulares no 
Brasil revelam um cenário exatamente oposto sobre este acesso: no Ensino Médio, 78% das escolas possuem laboratório de 
informática e 91% têm acesso à banda larga. No Ensino Fundamental, são 55% com laboratório e 81% com banda larga, ou seja: em 
ambas as etapas, o número de escolas com banda larga é maior do que o de escolas com laboratório de informática. 
Os dados do Censo Escolar revelam ainda o tamanho do enfoque que foi dado nos últimos anos para a criação de laboratórios de 
informática na rede pública: atualmente no Ensino Fundamental já é maior a porcentagem de escolas com essa infraestrutura do 
que com bibliotecas ou salas de leitura. 
A análise dos dados também revela grandes disparidades existentes entre as diversas localidades do Brasil: tanto na comparação 
entre as regiões, quanto entre as unidades federativas ou mesmo entre áreas urbanas e áreas rurais. 
No Ensino Fundamental da região Norte, por exemplo, apenas 27% das escolas têm laboratório de informática – e 16% com acesso 
à banda larga. Já a região Sul registra o laboratório em 81% das escolas e 68% com a internet rápida. Mesmo no Ensino Médio, que 
já possui uma cobertura melhor desses itens, o Norte também possui os menores índices (76% com laboratório e 55% com banda 
larga) e o Sul, os maiores (97% com laboratório e 85% com banda larga). 
Além disso, em cada Estado é possível localizar mais desigualdades de infraestrutura quando a análise compara as escolas públicas 
localizadas em áreas urbanas e rurais – que, de maneira geral, possuem ainda menos estruturas. 
No Ensino Fundamental, enquanto 78% das escolas urbanas tem acesso à banda larga, esse serviço só chega a 8% das escolas 
rurais. No Ensino Médio, a diferença é de 85% para 38%. Para o diretor de Articulação e Inovação do Instituto, Mozart Neves 
Ramos, 
“Os dados mostram quão distantes estamos da sala de aula do século 21, que propõe aprendizagens 
híbridas e experimentação. A tecnologia pode apoiar o professor a desenvolver atividades colaborativas 
entre os estudantes, o importante é capacitar equipes e oferecer a estrutura que permita os novos usos da 
tecnologia.” 
Essa realidade pode impactar nas oportunidades oferecidas a crianças e jovens pelo país. Para os desafios que enfrentarão ao 
longo de sua vida, é muito importante observar a articulação entre as questões pedagógicas e de infraestrutura. 
Fonte: adaptado de Instituto Ayrton Senna. 
PARABÉNS! 
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Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; VIEIRA , 
Fernando Henrique da Silva; VIEIRA , Suellen Aparecida Greatti. 
Mídias Tecnológicas para o Ensino de Matemática . Fernando Henrique da Silva Vieira; Suellen 
Aparecida Greatti Vieira. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
35 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mídias Tecnológicas. 2. Ensino de Matemática. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 370 
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JOGOS ELETRÔNICOS 
NO 
ENSINO DE 
MATEMÁTICA 
Professor : 
Me. Fernando Henrique da Silva Vieira 
Me. Suellen Aparecida Greatti Vieira 
Objetivos de aprendizagem 
• Discutir sobre os potencias dos jogos no ensino. 
• Estudar a preparação de uma aula com jogos. 
• Descobrir sites onde podemos trabalhar jogos eletrônicos educativos. 
• Apresentar plataformas online para ajudar na preparação de aulas e estudos. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Os benefícios dos jogos na educação 
• Preparação de aula com exploração de jogos 
• Jogos eletrônicos educativos 
• Sites Educativos 
Introdução 
Ensinar Matemática tem sido uma tarefa difícil. No modelo de ensino que as escolas adotam, em nenhum momento durante o 
processo de ensino e aprendizagem são criadas situações em que o aluno precisa ser criativo ou onde ele esteja motivado a 
solucionar um problema. 
Fazer com que os alunos busquem a aprendizagem e o interesse nesta disciplina formada de conteúdos com alto nível de 
abstração, torna-se razão de constante inquietude por parte do sistema escolar. Com a educação cada vez mais precária nos dias 
atuais somada com a falta de interesse dos alunos e os problemas sociais no país, cada vez mais o professor vê seu trabalho 
dificultado. 
Hoje, os jogos online, vídeo games e o computador ganharam muito espaço no cotidiano das crianças e adolescentes. Eles são 
atraídos por essa tecnologia e chegam a passar várias horas seguidas jogando. Esse tempo que poderia ser utilizado para estudos 
ou outras atividades acaba sendo apenas para diversão. 
No sentido de equacionar o tempo de recreação e estudo, o número de pesquisas sobre a utilização de jogos educacionais nas 
escolas vem crescendo. Os jogos podem ser uma ferramenta muito útil durante as aulas por ter um potencial de proporcionar 
atividades atrativas e inovadoras. Vamos enxergar o jogo como uma possibilidade do aluno criar planos de ação para alcançar 
determinados objetivos. Desta maneira, o jogo pode ser uma alternativa de aproximar-se da matemática a partir do 
desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas. 
Vamos fazer um estudo sobre jogos, mais precisamente, os jogos educativos e seus potenciais no ensino da matemática. 
Apresentar ambientes virtuais que possam auxiliar o professor na preparação de suas aulas. Enfatizaremos o uso dos jogos 
eletrônicos como uma ferramenta que as mídias tecnológicas podem propiciar como auxilio nas aulas de matemática. 
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OS BENEFÍCIOS DOS JOGOS NA 
EDUCAÇÃO 
O ensino tradicional que é praticado na maioria das escolas brasileiras, aproxima-se do aluno através de uma aula expositiva em 
que o professor escreve no quadro aquilo que acredita ser importante em sua área de conhecimento e o aluno, por sua vez, tem 
que copiar o que está no quadro em seu caderno e, em seguida, procura fazer exercícios aplicando um modelo de solução que foi 
apresentado anteriormente pelo professor. Esse modelo de aula, notoriamente causa uma enorme falta de interesse do aluno. 
Essa falta de interesse dos alunos atinge todas as disciplinas, mas não há como negar que a matemática é a disciplina que mais 
sofre. Quando se fala em aula de matemática, os alunos já começam a reclamar. Este é um fato que atrapalha o aprendizado dos 
alunos e o trabalho do professor. Os alunos não tem na maioria dos casos interesse de estudar matemática, tudo que o professor 
apresenta em sala de aula já gera reclamação. 
“Notamos que, para o ensino de matemática se apresenta como uma das áreas mais caóticas em termos da 
compreensão dos conceitos nela envolvidos, pelos alunos, o elemento jogo se apresenta com formas 
específicas e características próprias, propícias a dar compreensão para muitas das estruturas matemáticas 
existentes e de difícil assimilação” (1995, GRANDO apud ALVES, 2001). 
A partir destes fatos, o professor pode usar os jogos como uma ferramenta para estimular os alunos no estudo da matemática. 
Quando nos referimos a estimular os alunos, não significa em dizer ao aluno que a matemática é importante, não é um estímulo 
moral, nem uma visão de educação tecnicista (processo pedagógico do final da década de 60), que tinha como fundamento didático 
estimular o aluno com elogios verbais, uma boa nota com a partir de exercícios de repetição, um estudo mecanizado que não gera o 
aprendizado desejado ao aluno. A ideia central aqui é estimular o aluno a pensar, a desenvolver o gosto pelo aprendizado da 
matemática e para isso enxergamos que jogos e outras atividades lúdicas podem ser ferramentas que possam auxiliar muito o 
professor nessa árdua tarefa de ensinar matemática. 
Segundo Romero (2007, apud Nogueira et al, 2010), são características dos jogos: 
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• Constituição de fonte de prazer. 
• Atividade voluntária, que deve ser livre e representar a liberdade. 
• Aquisição de caminhos e sentido próprios. 
• Reserva de um espaço fechado, isolado do ambiente cotidiano, dentro do qual eles se processam e em que suas regras têm 
validade. 
• Criação de ordem, a menor desobediência a esta estraga o jogo. 
• Incerteza é sempre um fator presente. 
• Existência de um elemento de tensão: quanto mais estiver presente o elemento competitivo, mais apaixonante o jogo se torna. 
• Proposição de algo interessante e desafiador. 
• Possibilidade de que todos os jogadores possam participar ativamente, do começo ao fim. 
Nas últimas décadas, segundo Alves (2001), a educação por meio dos jogos tem-se tornado uma alternativa metodológica bastante 
pesquisada, utilizada e abordada de variados aspectos. Ainda segundo Alves (2001), essa alternativa metodológica, entretanto, 
ocorre em torno de jogos aplicados na pré-escola e nas primeiras séries do ensino fundamental. Poucos ainda são as pesquisas que 
enfatizam o uso de jogos no ensino do sexto ao nono ano do ensino fundamental, do ensino médio e de modo mais específico no 
ensino da matemática. 
Para os PCN`s 
Para crianças pequenas, os jogos são as ações que elas repetem sistematicamente, mas que possuem um 
sentido funcional (jogos de exercício), isto é, são fonte de significados e, portanto, possibilitam 
compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam num sistema. Essa repetição funcional 
também deve estar presente na atividade escolar, pois é importante no sentido de ajudar a criança a 
perceber regularidades (1997, p. 35). 
Desde a antiguidade, o brincar já era visto como característica para crianças e adultos. Segundo Almeida (1987, apud SILVA, 2007) 
para Platão, o “aprender brincando” era muito importante e considerava que todas as crianças deveriam estudar a matemática de 
forma atrativa, sugerindo como alternativa a forma de jogo. Almeida ainda relata que os povos egípcios, romanos e maias, 
utilizavam a prática de jogos para que os mais jovens aprendessem valores, conhecimento, normas e padrões de vida. 
Quando uma criança brinca, demonstra prazer em aprender e tem oportunidade de lidar com suas pulsões em busca da satisfação 
de seus desejos. Ao vencer as frustraçõesaprende a agir estrategicamente diante das forças que operam no ambiente e reafirma 
sua capacidade de enfrentar os desafios com segurança e confiança. A curiosidade que a move para participar da brincadeira é, em 
certo sentido, a mesma que move os cientistas em suas pesquisas. Assim, seria desejável conseguir conciliar a alegria da 
brincadeira com a aprendizagem escolar (SILVA; KODAMA, 2004). 
Para D’ Ambrósio (1994, apud ALVES, 2001), a verdadeira educação é uma ação enriquecedora para todos os que com ela se 
envolvem, e sugere que em vez de despejarmos conteúdos desvinculados da realidade nas cabeças dos alunos, devemos aprender 
com ele, reconhecer seus saberes, e juntos buscarmos novos conhecimentos. Assim poderemos gerar momentos felizes e criativos 
em sala de aula. 
Segundo Brenelli (1993, apud ALVES, 2001), uma área de ensino que tem desenvolvido muitos trabalhos com jogos é a 
matemática, porém com ênfase em materiais concretos e estruturados, utilizados como recursos didáticos. No entanto, 
paulatinamente, o ensino da matemática vem sendo reestruturado por bases teóricas de Piaget, Dienes, Vygotsky, que 
contribuíram para trabalhos mais recentes e que elegem o jogo como um elemento pedagógico de real valia e importância para o 
ensino, bem como para o ensino da matemática. 
Seguindo essa linha de pensamento e sabendo que toda criança gosta de jogar, brincar, divertirem-se, explorar o valor pedagógico 
do jogo é uma boa maneira de o professor resgatar nos alunos o gosto pelo aprendizado que os falta principalmente nas séries 
finais do ensino fundamental e médio, pois o jogo “evoca por igual as ideias de facilidade, risco ou habilidades; (...) combina então, 
em si, as ideias de limites, liberdade e invenção” (1990, CALLOIS apud ALVES, 2001). 
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Para que isso ocorra o jogo não pode ser apenas uma atividade que traga prazer ao aluno. O jogo não pode ser apenas uma 
atividade de competitividade entre os alunos, não é uma questão apenas de ganhar ou perder. Segundo Macedo (1995, apud 
SILVA; KODAMA, 2004) a competição não é boa nem má. Ela caracteriza uma situação onde duas pessoas desejam a mesma coisa 
ou dela necessitam ao mesmo tempo. Esses fatos também ocorrem na vida. O ponto principal é a forma de se reagir diante dela. 
Nesta questão a participação do professor passa a ser essencial. Para Silva e Kodama (2004) o jogo trás uma mudança de postura 
do professor em sala de aula, onde o papel do professor muda de comunicador de conhecimento para o de observador, 
organizador, consultor, mediador, interventor, controlador e incentivador da aprendizagem, do processo de construção do saber 
pelo aluno, e só irá interferir, quando isso se faz necessário, através de questionamentos, por exemplo, que levem os alunos a 
mudanças de hipóteses, apresentando situações que forcem a reflexão ou para a socialização das descobertas dos grupos, mas 
nunca para dar a resposta certa. O professor lança questões desafiadoras e ajuda os alunos a se apoiarem, uns nos outros, para 
atravessar as dificuldades. Leva os alunos a pensar, espera que eles pensem, dá tempo para isso, acompanha suas explorações e 
resolve, quando necessário, problemas secundários. 
Além de todas estas tarefas descritas ao professor, é muito importante que os alunos façam anotações durante o jogo sobre suas 
jogadas certas ou erradas, para que depois os eles possam fazer uma análise sobre suas ideias durante o jogo, isso faz parte do 
processo de aprendizagem em que o jogo proporciona ao aluno. 
Segundo Lorenzato (2006), fica evidente que o jogo desenvolve no aluno outros aprendizados, como autonomia, participação, 
relação interpessoal, capacidade de percepção de princípios, que fazem os alunos a dominarem melhor o conteúdo, a refletir sobre 
as atividades propostas e perceba a importância de estudar a disciplina, no nosso caso a matemática. 
Seguindo essa linha de pensamento Silva e Kodama (2004), relatam que, particularmente, a participação em jogos de grupo 
permite conquista cognitiva, emocional, moral e social para o estudante, uma vez que poderão agir como produtores de seu 
conhecimento, tomando decisões e resolvendo problemas, o que consiste um estímulo para o desenvolvimento da competência 
matemática e a formação de verdadeiros cidadãos. 
Segundo os PCN`s, a participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para a 
criança e um estímulo para o desenvolvimento do seu raciocínio lógico. 
Outro aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é 
importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos 
diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver. 
Com aplicação de jogos, os alunos deixam ter um comportamento passivo e começam a questionar o que ele está aprendendo, o 
porquê de se aprender este conteúdo e passa para ter um comportamento ativo em sala de aula, tornando mais fácil o aprendizado 
e o professor têm a oportunidade ampliar o conteúdo deixando as aulas mais produtivas. Alunos com dificuldades de 
aprendizagem vão gradativamente modificando a imagem negativa do ato de conhecer, tendo uma experiência em que aprender é 
uma atividade interessante e desafiadora. Por meio de atividades com jogos, os alunos vão adquirindo autoconfiança e são 
incentivados a questionar e corrigir suas ações, analisar e comparar pontos de vista, organizar e cuidar dos materiais utilizados. 
Outro motivo que justifica valorizar a participação do sujeito na construção do seu próprio saber é a possibilidade de desenvolver 
seu raciocínio. Os jogos são instrumentos para exercitar e estimular um agir-pensar com lógica e critério, condições para jogar bem 
e ter um bom desempenho escolar (SILVA; KODAMA, 2004). 
A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório em que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas e essas 
experiências produzem conhecimento. Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas 
aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por 
elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se 
submeterem as regras e darem explicações. 
A dificuldade em se trabalhar os jogos nos últimos anos do ensino fundamental e ensino médio, muitas vezes está na formação dos 
professores, pois como os jogos são uma tendência relativamente nova empregada nas escolas, os professores nem sempre tem 
embasamento para trabalhar em sala de aula com os alunos. Isso faz com que o professor não utilize dessa que pode ser uma 
importante ferramenta de ensino e estímulos aos alunos. 
A situação precária das escolas e colégios também tem papel fundamentação, pois se não há materiais e espaço disponível, o 
professor fica impossibilitado de aplicar a atividade desejada. 
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“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganha-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é 
vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.” 
Fonte: Carlos Drummond de Andrade 
PREPARAÇÃO DE AULAS COM 
EXPLORAÇÃO DE JOGOS 
Para Mendes (2009), planejar uma aula é um processo que se desenvolve numa sequência dinâmica e progressiva em uma ordem 
lógica, organizada e funcional. Ao planejarmos o andamento de uma disciplina devemos sempre levar em consideração alguns 
aspectos, como: 
• Conhecimento da realidade do aluno, da escola e da comunidade. 
• Definição dos objetivos a serem alcançados pelos alunos em relação à disciplina. 
• Delimitação dos conteúdos mais

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