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Relatório Prático: Nematódeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Biatriz de Melo Lima 
Disciplina: Parasitologia 
Professora: Maria Veronyca Coelho Melo 
Curso: Enfermagem 
Unidade: Parque Ecológico – Noturno – 3° Semestre 
1. Identificação das características morfológicas dos Nematóides 
Nematódeos são animais de simetria bilateral, de corpo geralmente fusiforme, às vezes subcilíndricos ou 
esféricos, com tubo digestivo completo, sem traços de metamerisação, com musculatura interrompida nas 
linhas medianas e laterais, campos longitudinais, e geralmente com sexos separados, acarretando algumas 
vezes grande dimorfismo sexual. 
Podem ser livres ou parasites, ou, ainda, ter uma fase de vida livre e outra parasitária; às vezes têm gerações 
alternadas de vida livre e de vida parasitária; geralmente ovíparos, são algumas vezes vivíparos. As 
dimensões variam de fração de milímetro a cerca de um metro. 
 MORFOLOGIA EXTERNA 
O corpo dos nematódeos é geralmente fusiforme, 
cilíndrico ou esférico, pode ainda apresentar aspecto 
flageliforme, com uma parte muito delgada e outra 
mais espessa. Os machos têm a extremidade 
posterior mais ou menos enrolada em espiral, ao 
passo que nas fêmeas ela é geralmente reta; a 
extremidade anterior pode ser reta, ou curvada 
ventral ou dorsalmente. 
A coloração dos nematódeos é, geralmente, branca 
ou amarelada, vendo-se por transparência o intestino 
muitas vezes de um amarelo-escuro; podem, 
contudo, apresentar colorido vermelho intenso e 
todas as tonalidades entre o branco e o vermelho. 
A superfície do corpo é em geral estriada 
transversalmente, existindo, muitas vezes, linhas 
longitudinais salientes e algumas vezes espinhos ou 
outras formações cuticulares, mais ou menos 
numerosas, dispostas simetricamente aos campos longitudinais. Existem, com frequência papilas sensitivas 
dispostas ao longo dos campos laterais. 
 MORFOLOGIA INTERNA 
As paredes do corpo podem ser divididas em três partes: cutícula, 
sub-cutícula ou hipoderma e camada muscular. 
A cutícula, constituída de camadas concêntricas, pode, como 
vimos, apresentar saliências transversais ou longitudinais, 
espinhos, cordões e expansões em forma de asa, ventosas, etc., e 
tem um papel importante na respiração por permitir trocas de 
substâncias através de sua espessura. 
A subcutícula ou hipoderma é constituída por uma camada de 
células poliédricas situadas abaixo da cutícula. Este hipoderma, 
bem desenvolvido nas larvas, muitas vezes se atrofia e desaparece, 
em parte, nos adultos. Forma ao nível das linhas medianas e laterais, quatro saliências no interior, de modo a 
separar a camada muscular em feixes longitudinais; estas saliências do hipoderma são chamadas campos 
medianos e laterais. 
A camada muscular é constituída de grandes células, cuja parte externa é diferenciada em fibrilas contrateis 
e a interna, que contém o núcleo, faz saliência na cavidade do corpo do parasito; vistas de fora para dentro 
estas células são rômbicas ou fusiformes e, algumas vezes tri- e tetrapolares, sua direção é longitudinal e em 
certos casos apresentam ramos transversalmente oblíquos. 
2. Descrever o passo a passo de sua experiência no laboratório durante a aula prática, para os seguintes 
itens abaixo. 
a) Compreensão de técnicas parasitárias / Método de sedimentação espontânea e método de flutuação 
(Willys) 
Foi mostrado em sala os passos a seguir para a demonstração do método de sedimentação espontânea: 
- Colocar aproximadamente 2 gramas de fezes em um frasco com cerca de 5 ml de água e homogeneizar 
bem com bastão de vidro ou palito descartável; 
- Acrescentar mais 20 ml de água; 
- Filtrar a suspensão em gaze cirúrgica dobrada quatro vezes em um cálice cônico; 
- Completar o volume do cálice com água; 
- Deixar essa suspensão em repouso por duas horas; 
- Descartar o sobrenadante cuidadosamente, colocar mais água e deixar em repouso por mais 60 minutos; 
- Repetir os dois procedimentos anteriores até que o material esteja límpido e bom para leitura; 
- Para coletar o sedimento, desprezar o líquido sobrenadante, homogeneizar o sedimento e coletar uma gota 
e colocar em uma lâmina; 
- Cobrir com lamínula e examinar ao microscópio. 
O segundo método mostrado foi o de flutuação de Willis 
- Colocar 10 gramas de fezes em um frasco ou copo descartável; 
- Diluir as fezes em solução saturada de açúcar ou sal; 
- Completar o frasco com água; 
- Colocar na boca do frasco uma lâmina que deverá estar em contato com o líquido; 
- Deixar em repouso por cinco minutos; 
- Retirar rapidamente a lâmina voltando para cima a parte molhada; 
- Cobrir com lamínula e levar ao microscópio. 
b) Observação das peças de endoparasitas e ectoparasitas (descrição de sua observação) 
Endoparasitas: São aqueles parasitas que sobrevivem apenas dentro do organismo do hospedeiro, se 
beneficiando da proteção e 
nutrição oferecida pelo 
hospedeiro. 
Podem ser divididos em dois 
grupos distintos: parasitas 
intercelulares e intracelulares. 
Os intercelulares vivem em 
espaços dentro do corpo do 
hospedeiro, normalmente em 
locais ricos em nutrientes. 
Os intracelulares vivem dentro das células dos hospedeiros, como por exemplo o Plasmodium 
falciparum, causador de malária. 
Ectoparasitas: São organismos que se alojam no exterior do hospedeiro, como, por exemplo, piolhos e 
carrapatos, se alimentando do sangue ou de células mortas do hospedeiro. 
c) Descrição das características morfológicas de Materiais Didáticos (ciclos e parasitos) 
O ciclo de vida de um parasita, também chamado de ciclo evolutivo, organiza os acontecimentos e as 
transformações na vida de um parasita, compreendendo sua colonização em um ou mais hospedeiros, sua 
reprodução assexuada e sexuada etc. 
Dessa forma, sabendo que ciclo evolutivo de um parasita está diretamente relacionado com os hospedeiros 
nos quais ele se aloja, é possível classificar dois tipos de ciclo de vida parasitária: 
o Ciclo monoxênico: Quando o parasita possui um único hospedeiro; 
o Ciclo heteroxênico: Quando o parasita possui mais de um hospedeiro. Neste caso, classifica-se os 
hospedeiros em intermediários e definitivos. 
Os hospedeiros intermediários são os primeiros a servirem de abrigo para o parasita, alojando-o durante a 
fase inicial da sua vida, muitas vezes no estágio larval, e permitindo o seu desenvolvimento e a sua 
reprodução assexuada. 
Os hospedeiros definitivos são colonizados pelo parasita em sua fase adulta, quando este já realiza 
reprodução sexuada. É, geralmente, nos hospedeiros definitivos que estão concentrados os maiores prejuízos 
da relação de parasitismo. É o hospedeiro definitivo que sucumbe às doenças parasitárias. 
Os hospedeiros intermediários também podem ser chamados de vetores, principalmente quando o objeto de 
estudo é a doença causada e não o parasita em si. Por exemplo, é comum dizer que o mosquito Aedes 
Aegypti é o vetor do vírus da dengue, isso significa que o vírus da dengue é transmitido para outros 
organismos através da interação entre o mosquito e esses outros organismos, que se dá, normalmente, pela 
picada. Dessa forma, é possível classificar os vetores quanto a sua função servindo de hospedeiro 
intermediário para o parasita: 
Resumidamente, o ciclo de vida monoxênico de um parasita se inicia com os seus ovos ou larvas 
depositados em alimentos ou locais de fácil interação com o hospedeiro. O hospedeiro pode ingerir ou 
abrigar os parasitas, que se desenvolvem e se proliferam no interior do seu organismo, podendo causar os 
sintomas da doença característica. Além disso, o hospedeiro pode eliminar ovos e larvas do parasita no 
ambiente, por meio das suas fezes ou secreções, para que essas larvas possam colonizar novos hospedeiros. 
No ciclo heteroxênico, o parasita se aloja no hospedeiro intermediário, no qualse desenvolve até a fase 
adulta, quando coloniza, então, o hospedeiro definitivo a partir da transmissão, que pode ocorrer através do 
transporte pelo vetor ou pela ingestão da carne do hospedeiro intermediário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Descrição das características morfológicas dos parasitos nos microscópios 
 
o Ascaris Lumbricoides 
Morfologia: 
- Macho: Tamanho - 20 a 30 cm. Cor leitosa, boca trilabiada e cauda curva. 
- Fêmea: Tamanho - 30 a 40 cm. Cor leitosa, mais grossa que o macho e boca trilabiada. 
 
Ovos: 
- Fértil: Cor castanha, ovais e possui uma membrana mamilonada. 
- Infértil: Cor castanha, mais alongados, possuem membrana mamilonada mais delgada e massa 
germinativa granulada. 
- Decorticado: Cor castanha, ovais e não possuem membrana mamilonada. 
 
o Ancylostoma Duodenale 
É um dos nematódeos causadores da ancilostomose no homem. Seu tamanho varia de 0,8 a 1,3 cm. 
Quando eliminados nas fezes são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no 
trato gastrintestinal dos hospedeiros. 
 O Ancylostoma duodenale tem bolsa copuladora e cápsula bucal com dois pares de dentes. 
o Enterobius Vermicularis 
É um helminto nematódeo de 0,3 a 1,0 cm, conhecido como oxiúrus. 
Morfologicamente, apresenta como característica do verme adulto um par de asas cefálicas. 
o Trichuris Trichiura 
-Ovo: 
Os ovos de Trichuris trichiura se assemelham a bandeja ou de um pequeno barril, com saliências 
mucoidex e transparente nas duas extremidades; possuem dupla membrana que envolve a massa de 
células germinativas e medem 50-55µm x 20-23µm. 
-Larvas: 
O macho mede de 3 a 4,5 cm de comprimento, com a cauda curvada no sentido ventral, com um espículo 
protegido por bainha. 
A fêmea mede de 3,5 a 5 cm de comprimento, no entanto possui a cauda reta. O corpo dos espécimes 
adultos é longa, filiforme e afilada. A porção posterior é mais dilatada. Os vermes possuem cor 
esbranquiçada ou rósea.

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