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Principais Características Do Segundo Reinado No Brasil

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Trabalho de revisão
 
 
Principais Características Do Segundo Reinado No Brasil
 ↪ Contexto Político 
 
 O segundo reinado iniciou-se em 1840 por meio do golpe de maioridade e ficou marcado por inúmeras transformações. Com Dom Pedro II no poder, chega o momento de conhecermos os acontecimentos que marcaram esse período. Inclusive, ele foi o governante que passou mais tempo no comando do Brasil em toda a história, totalizando 49 anos, encerrou-se em 1889 com a proclamação da república. 
 O que foi o golpe da maioridade? Depois que Dom Pedro I abdicou seu trono para seu filho, o Brasil estava passando por diversas crises e ameaças de fragmentação do território, então, os liberais e conservadores decidiram arquitetar esse golpe para deixar o Brasil organizado novamente. As elites imaginavam que com a antecipação da maioridade de D Pedro II ele seria um símbolo nacional, portador de indenidade, e poderia acalmar um pouco os ânimos das elites e disputas políticas.
 Quando Dom Pedro I abdicou ao trono, o chamado Poder Moderador foi suspenso, já que o herdeiro ainda não tinha idade suficiente para assumir o trono. Tratava-se de um poder que se sobrepunha aos demais, permitindo que o Imperador interviesse em casos de conflitos. Após a coroação de Pedro II, o Poder Moderador voltou a existir.
 Outro aspecto relevante da política do segundo reinado diz respeito à disputa pelo poder, realizado por conservadores e liberais e geravam um ambiente de tensão econômica e social, gerando muita instabilidade. Por conta dos freqüentes conflitos, Pedro II determinou que eles iriam alternar na liderança dos ministérios. Curiosamente, havia poucas diferenças ideológicas entre ambos, as divergências estavam mais ligadas a uma disputa pelo poder.
 Em nenhum momento a elite conseguiu manipular Dom Pedro II, aonde em seu governo existiu um mecanismo chamado Parlamentarismo às avessas. Aonde o imperador interferia na política sempre que fosse necessário para garantir seus interesses. Logo, se fosse eleito um primeiro-ministro que não lhe agradasse ele o destituía. Dom Pedro II também reorganizou a guarda nacional retirando o poder das elites nacionais e apaziguou a região Sul.
 
↪ Contexto Econômico
 Em termos econômicos, o grande destaque vai para a economia cafeeira, que se consolidou durante o Segundo Reinado como o principal meio de produção da economia brasileira. As zonas produtoras de café do Brasil nesse período foram três: Vale do Paraíba (RJ/SP), Oeste Paulista (SP) e Zona da Mata (MG).
 O Curto espaço de tempo em que a produção cafeeira se estabeleceu foi suficiente para encerrar as constantes crises econômicas observadas desde o Primeiro Reinado. Depois de se fixar nos mercados da Europa, o café brasileiro também conquistou o paladar dos norte-americanos, fazendo com que os Estados Unidos se tornassem nosso principal mercado consumidor
 A força de trabalho utilizada na produção do café foi inicialmente a de africanos escravizados e, até o fim do Império, eles compuseram a maior parte da força de trabalho nos cafezais. Desde 1808, no Período Joanino, a Inglaterra já pressionava tanto Portugal quanto o Brasil para a abolição da escravidão. Isso, porque estava interessada na expansão de seu mercado consumidor no Brasil e, em meio a sua ação imperialista na África, não via vantagens no tráfico atlântico brasileiro.
 A pressão para a abolição também foi interna. Os movimentos abolicionistas se intensificaram neste momento, a partir da ação de negros libertos e da classe média branca do país. Nesse momento, surgiram discursos abolicionistas e republicanos, favoráveis a uma economia mais dinâmica a partir da mão-de-obra livre e de um sistema político mais moderno.
 Nisso dificultavam o acesso aos escravos ,seus preços subiram, tornando-se uma força de trabalho extremamente dispendiosa. Para suprir a falta de escravos atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus, que vinham para o Brasil em busca de melhores condições de vida e também fugiam dos conflitos sociais e guerras relativas à unificação alemã e italiana. A concentração maior deles foi em São Paulo.
 O fazendeiro financiava a vinda das famílias européias em troca do trabalho em suas lavouras. Essa mão de obra tinha mais qualificação do que a escrava e isso foi fundamental para o êxito da produção cafeeira da região. A partir desse momento, a província de São Paulo passou a se destaca
 A mão-de-obra escrava foi sendo gradativamente substituída pela mão-de-obra livre assalariada desses imigrantes, que eram mais bem vistos socialmente por serem brancos. 
 As plantações de café funcionavam sob o regime de plantation, ou seja, sempre em grandes latifúndios, em sistemas monocultores e com uso de mão-de-obra barata. 
 O alto lucro da exportação de café deu origem aos conhecidos barões do café, que passaram a exercer forte influência no país.
 Ademais, o investimento do comércio de café afirmou a centralização política e econômica no sudeste e ampliou as malhas ferroviárias no país para o transporte do produto.
 É importante lembrar que, desde 1850, foi instituída a chamada Lei de Terras. Essa lei determinava que a posse das terras só poderia acontecer mediante à compra. Foi uma estratégia para impedir que negros libertos e imigrantes tivessem acesso às terras por meio de doação ou herança.
 
↪ Contexto Social
 A sociedade brasileira do Segundo Império passava por transformações. A maioria da população ainda vivia no campo, mas as cidades começavam a receber maior número de habitantes. Os donos de lavouras de café ganhavam prestígio social e aproximavam-se do imperador, que os agraciava com títulos de nobreza.
 A vinda de imigrantes trouxe também mudanças para a sociedade brasileira, como a influência cultural e política, aumentando consideravelmente a presença européia em nosso território. 
 Era uma sociedade mais informada, vários jornais começaram a circular pelo Rio de Janeiro informando notícias, mas também disseminando idéias republicanas e abolicionistas. Porém, ainda era uma sociedade herdeira das características coloniais: elitista e escravocrata.
 
Movimento Abolicionista
 O movimento abolicionista, que surgiu no século XIX, teve papel fundamental na aprovação da Lei Áurea, em 1888. Esse movimento reuniu pessoas de diferentes grupos da sociedade que agiram de diferentes maneiras para defender o fim da escravidão dos negros no Brasil. Dentro do movimento abolicionista está também a resistência dos escravos. 
 O movimento abolicionista cresceu de maneira notável a partir da década de 1870, e nesse período uma série de associações abolicionistas surgiu em diferentes partes do país. A ação desses grupos era diversa, e o crescimento do debate abolicionista alcançou a política, apesar da grande resistência existente contra a abolição.
 As associações abolicionistas debatiam estratégias para promover a sua causa e atuavam publicamente para atrair pessoas em apoio a ela. Entre as personalidades de destaque que atuaram pelo fim da escravidão no Brasil estão: André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Castro Alves, entre outras.
 O crescimento da causa abolicionista fez a criação de associações desse cunho dispara entre 1878 e 1885, e assim surgiram 227 sociedades abolicionistas.
Guerra Do Paraguai
 A Guerra do Paraguai foi um confronto envolvendo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A região da Bacia do Prata era muito disputada pelos países envolvidos no conflito, e nesta época o Paraguai, liderado por Solano Lopes, estava se tornando autossustentável e já não dependia de outros países para sobreviver. A fim de dominar o comércio da região, Solano Lopez, ditador paraguaio, desejava abrir um caminho que ligasseo Paraguai até o Oceano Atlântico, facilitando o comércio do país com as nações européias sem depender de nenhum país vizinho.
 Os primeiros atos de agressão relacionados ao início da Guerra do Paraguai foram o aprisionamento de uma embarcação brasileira (Marquês de Olinda), que navegava pelo rio Paraguai em direção a Cuiabá, e a invasão do Mato Grosso (atual Mato Grosso do Sul), ocorrida em 26 de dezembro de 1864. O ataque paraguaio ao Brasil foi uma represália à invasão do território uruguaio, conduzida pelo governo brasileiro em favor dos colorados e contra os blancos (aliados de Solano López).
 As forças de Solano López foram encaminhadas em direção ao Rio Grande do Sul e ao Uruguai, Solano enviou milhares de soldados para o Uruguai com o objetivo de socorrer os blancos na guerra contra o Brasil e os colorados. Para isso, solicitou passagem por Corrientes para Mitre, presidente argentino.
 Mitre, que era aliado dos colorados na Guerra Civil Uruguaia, negou o direito de passagem às tropas paraguaias. Como consequência, Solano López declarou guerra à Argentina e invadiu Corrientes. Essa declaração de guerra ocasionou o surgimento da Tríplice Aliança, formada por Brasil e Argentina, juntamente com colorados uruguaios, para lutar contra os paraguaios. Essa aliança foi formalizada em 1º de maio de 1865.
 A ofensiva paraguaia no Rio Grande do Sul e em Corrientes foi um grande fracasso. As tropas paraguaias conquistaram a inimizade das populações locais por causa dos saques realizados e foram cercadas por tropas adversárias, sendo forçadas à rendição ou retirada. A partir dessas derrotas, que ocorreram na segunda metade de 1865, o Paraguai assumiu uma posição defensiva na guerra.
 Coube aos membros da Tríplice Aliança organizar os ataques contra as forças paraguaias, posicionadas defensivamente no sul do país. Para o Brasil, a guerra representava um verdadeiro pesadelo logístico, uma vez que acontecia em uma região de difícil acesso, distante dos grandes centros brasileiros.
 Outros destaques podem ser feitos dessa fase defensiva do Paraguai na guerra, tais como as duas batalhas em Tuiuti, travadas em 1866 e 1867, ambas com vitória da Tríplice Aliança. Uma grande derrota brasileira ocorreu na Batalha de Curupaiti, quando muitos soldados brasileiros morreram (os números variam entre 4 mil e 9 mil mortos).
 Apesar dessa fragilidade paraguaia, a longa duração da guerra (finalizada em 1870) explica-se pelos seguintes fatores: Desentendimentos no comando dos exércitos da Tríplice Aliança atrasaram as ações militares, a geografia do território paraguaio repleta de pântanos, impedia as movimentações militares e o melhor posicionamento da artilharia durante as batalhas.
 A fase final da guerra foi marcada pelo esgotamento do Paraguai e pelas sucessivas derrotas, com destaque para a capitulação da fortaleza de Humaitá em 1868 e a invasão e o saque de Assunção em 1º de janeiro de 1869. Depois da conquista de Assunção, a guerra transformou-se em uma caçada a Solano López — que foi considerado traidor da pátria pelo governo provisório paraguaio a partir de 1869.
 Nesse período (1868-1869), os exércitos brasileiros foram liderados por Caxias, o maior nome do exército brasileiro. A partir de finais de 1869, a liderança dos exércitos brasileiros foi assumida por Conde d’Eu, já que Caxias era contrário à continuação do conflito. A caçada a Solano encerrou-se na batalha de Cerro Corá, em março de 1870, quando soldados brasileiros mataram o ex-ditador paraguaio. Finalizava-se assim a Guerra do Paraguai, o conflito durou seis anos, entre 1864 e 1870.
 Para o Brasil, a guerra gerou forte impacto na economia, uma vez que os gastos do Brasil foram 11 vezes o orçamento anual do país em 1864. Além disso, o governo brasileiro saiu bastante endividado, sobretudo com bancos ingleses, em decorrência dos empréstimos feitos para financiar o conflito. A guerra também fortaleceu o exército como instituição e marcou o início da decadência da monarquia.
 O Paraguai foi à nação mais prejudicada na guerra, afinal, grande parte das batalhas aconteceu em território paraguaio, o que lhe causou grande destruição material. A nação ainda foi obrigada a abrir mão dos litígios territoriais que travava com Brasil e Argentina. O país só não perdeu mais territórios para a Argentina porque o governo brasileiro tratou de defender a soberania do território paraguaio como forma de evitar o maior fortalecimento dos argentinos.
Crise do 2 Reinado
↪ Questão Militar
 Com o fim da Guerra do Paraguai, o Exército brasileiro ganhou grande relevância no cenário nacional. Os militares, movidos por ideais positivistas e republicanos, queriam participar mais da política brasileira. Porém, o regime monárquico não abria espaço para esta participação. Alguns conflitos entre estes dois poderes ocorreram na década de 1880, causando prejuízos políticos para Dom Pedro II.
 Com a criação do Clube Militar, presidido pelo Marechal Deodoro da Fonseca, em 1887, as pressões sobre o regime monárquico aumentaram, acelerando seu enfraquecimento político.
↪ Questão Religiosa
 A interferência do imperador, em assuntos da Igreja Católica, não agradava os religiosos. O imperador possuía poderes de indicar membros de cargos eclesiásticos e até vetar decisões do Vaticano. A insatisfação do clero católico brasileiro fez este apoiar a instauração da República no Brasil.
↪ Questão Abolicionista
 Com a Abolição da Escravatura em 1888, muitos fazendeiros, possuidores de grandes investimentos em mão de obra escrava, ficaram insatisfeitos e passaram a fazer oposição ao regime monárquico. Sem o apoio político dos latifundiários escravocratas, o imperador perdeu força, facilitando o Crescimento do movimento republicano no país
Primeira República
 A Primeira República foi iniciada com a Proclamação da República, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. A derrubada da monarquia ocorreu pela perda de apoio político fazendo com que esse regime se tornasse impopular entre as elites do Brasil. Os militares, insatisfeitos com a monarquia há tempos, e uma parcela da sociedade civil, sobretudo os oligarcas paulistas, organizaram um movimento para derrubar a monarquia.
 Em 15 de novembro, liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca, os militares destituíram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Ao longo do dia, as movimentações políticas levaram José do Patrocínio a proclamar a República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Isso marcou o início da Primeira República Brasileira
 Um período específico da Primeira República que foi de 1889 a 1894, também é conhecido como República da Espada. Esse nome se deve ao fato de que os dois presidentes brasileiros (Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto) foram militares
 
 Toda a Primeira República pode ser dividida em três grandes fases:
 
● Consolidação (1889-1898): período marcado pela consolidação das estruturas políticas e econômicas da Primeira República. Foi assinalado por crises na política e na economia.
● Institucionalização (1898-1921): período no qual a estrutura política da Primeira República estava devidamente consolidada. Aqui se definiram políticas como a dos governadores e do café com leite.
 ● Crise (1921-1930): período no qual as estruturas políticas da Primeira República entraram em crise por conta da incorporação de novos atores na política brasileira. Conflitos entre as oligarquias também contribuíram para o fim da Primeira República.
 Primeira República é muito conhecida também como República Oligárquica e isso porque esse período ficou marcado pelo predomínio das oligarquias sobre nosso país. As oligarquias eram forças políticas que baseavam o seu poder em suas posses, isto é, na terra (os oligarcas eram, em geral, grandes proprietários de terra).
 A eleição de Prudente de Morais também marcou o fim do citado período conhecido como República da Espada. O predomínio das oligarquias resultou em algumas características que são consideradas grandes marcas da Primeira República. Essas característicassão o mandonismo, o clientelismo e o coronelismo.
 A política dos governadores e a política do café com leite foram muito importantes, porque reduziram os conflitos entre as oligarquias, mas não acabaram com eles.
 A política dos governadores foi criada durante o governo de Campos Sales, presidente do Brasil entre 1898 e 1902. Foi com a política dos governadores que o funcionamento político brasileiro na Primeira República foi estruturado. Por meio dessa política, foi possível realizar uma aliança entre executivo e legislativo.
 O funcionamento da política dos governadores dependia consideravelmente da figura do coronel, pois seria ele que, a nível regional, mobilizaria os votos necessários para eleger os candidatos certos, de acordo com o interesse de cada oligarquia.
 O coronel usava seu poder financeiro para pressionar as pessoas a votar em determinado candidato. Essa intimidação dos eleitores é conhecida como “voto de cabresto”. Além da intimidação, a fraude das atas que registravam os votos eram uma prática comum.
 A política do café ganhou força no Brasil, sobretudo a partir de 1913, com a assinatura do Pacto de Ouro Fino, entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Esse conceito refere-se ao revezamento dos candidatos lançados à presidência por essas duas oligarquias.

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