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Abortamento no primeiro trimestre

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Abortamento no primeiro trimestre 
 
DEFINIÇÃO 
Abortamento é a interrupção da gravidez de forma 
espontânea ou induzida antes da viabilidade fetal 
→ Abortamento espontâneo: perda natural da 
gravidez 
→ Abortamento recorrente: perdas consecutivas de 
gestações que podem ter causa comum 
CBC define abortamento como qualquer gravidez 
interrompida antes das 20 semanas de gestação ou 
feto < 500g 
ABORTAMENTO ESPONTÂNEO DE PRIMEIRO 
TRIMESTRE 
80 ocorrem nas primeiras 12 semanas 
Durante os três primeiros meses de gestação, a 
morte do embrião ou do feto quase sempre precede 
a expulsão espontânea 
Morte precoce do concepto geralmente é 
acompanhada por hemorragia na decídua basal, 
seguida de necrose dos tecidos adjacentes 
Embrião ou feto sofre deslocamento estimulando as 
contrações uterinas que resultam na sua expulsão 
Metade dos casos: Saco gestacional intacto repleto 
de líquido e contendo um pequeno feto macerado 
Outra metade: não há feto visível (ovo cego) 
Causas: 
Anormalidade no desenvolvimento do zigoto, 
embrião, feto inicial ou da placenta 
Fatores maternos que resultam em abortamento: 
Influência da idade materna; quadros clínicos e 
cirúrgicos; condições ambientais, nutricionais 
(obesidade é fator de risco para abortamento) e 
relacionadas com o estilo de vida; doenças mediadas 
imunologicamente; anormalidades de coagulação e 
anomalias no desenvolvimento genital. 
Distúrbios clínicos: Abortamentos raramente são 
causados por tuberculose, câncer; Doença celíaca 
associada a infertilidade masculina e feminina; e 
abortamentos recorrentes 
Distúrbios de nutrição: anorexia nervosa e bulimia 
associados a subfertilidade, parto pré-termo e 
restrição ao crescimento fetal 
HAS: aumento de causas de pré-eclâmpsia e de 
restrição ao crescimento fetal 
Grandes traumas raramente causam aborto de 
primeiro trimestre 
Radioterapia e quimioterapia: associadas ao 
abortamento: fertilidade prejudicada em razão da 
destruição pela radiação da reserva de ovócitos 
levando à insuficiência ovariana precoce e o dano da 
radiação ao útero resultaria em redução de volume, 
prejuízo á distensibilidade e lesão vascular e 
endotelial. 
Anormalidades endócrinas: Def. grave de iodo está 
associado a abortamento 
Diabetes insulino-dependente: risco de abortamento 
espontâneo e malformações congênitas 
Uso de medicamentos e hábitos sociais 
Álcool apresenta efeitos teratogênicos quanto 
adversos ao feto 
Cafeína associada a abortamento 
DIU: Quando falham na prevenção, o risco de 
abortamento aumenta. (abortamento séptico) 
FATORES PATERNOS 
Idade paterna associada a taxa de abortamento 
(após 40 anos) 
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DO ABORTAMENTO 
ESPONTANEO 
Ameaça de abortamento: 
Suspeita e diagnóstico clínico: Corrimento vaginal 
com sangue ou sangramento pelo orifício cervical 
fechado 
COMUM haver sangramento no início da gravidez: A 
FALSA MENSTRUAÇÃO 
Risco maior de abortamento em pacientes com 
sangramento intenso 
Sangramento FISIOLOGICO próximo a data de 
menstruação esperada é indolor = SINAL DE 
HARTMAN 
Abortamento apresenta sangramento (se instala 
primeiro) e é acompanhado de dor (horas ou dias 
depois) 
 
 
Como se apresenta essa dor? (pode apresentar mais 
de um tipo de dor) 
1. Cólicas baixas na linha média 
2. Dor lombar baixa persistente associada a 
pressão á sensação de pressão pélvica 
3. Desconforto lento na linha média suprapúbica 
Apresentação clássica: sangramento + dor 
Diagnóstico 
Gravidas com sangramento vaginal no inicio da 
gestação devem ser examinadas 
Gravidez ectópica, torção ovariana e os outros tipos 
de abortamento podem ser confundidos com a 
AMEAÇA DE ABORTAMENTO. 
Dosagem sérica seriada de b-Hcg 
Dosagem de progesterona 
USG: comprovar localização e viabilidade (saco 
gestacional) 
Ajudam a determinar se o feto está vivo e se está 
dentro do útero 
Avaliações repetidas são necessárias 
*Curva de desaparecimento de b-hCG no soro de 
pacientes com sangramento que evoluíram com 
abortamento prematuro. 
*Gravidez uterina saudável os níveis de hcg devem 
aumentar no mínimo 53 a 66 a cada 48 horas. 
USG: saco gestacional pode ser visualizado em torno 
de 4,5 semanas de gestação e com níveis de b-hcg 
entre 1500 e 2000 
Conduta: 
Se sangramento persistente ou intenso: dosar 
hematócrito 
*Evacuação da gestação se ANEMIA ou 
HIPOVOLEMIA 
Repouso 
Analgesia com paracetamol 
Progesterona (insuficiência lútea) 
GRAVIDEZ ANEMBRIONADA 
Mais frequente na prática clínica 
Ovulo fecundado se implanta no útero, porém não 
ocorre desenvolvimento do embrião 
Tratamento: deixar a gravidez em curso ou 
medicação para evacuação da gestação 
ABORTAMENTO RETIDO (PERDA PREMATURA DE 
GRAVIDEZ) 
Produtos mortos da concepção que ficavam retidos 
por dias, semanas ou mesmo meses no útero com 
ORIFICO FECHADO (COLO FECHADO) 
Achados de gravidez inicial: amenorreia, naúsea 
matinal, alterações mamarias e algum grau de 
crescimento uterino 
Confirma com b-hcg e USG 
*Evacuação uterina 
ABORTAMENTO COMPLETO 
Expulsão de todos os produtos da gravidez 
Sangramento intenso, cólica e passagem de tecido: 
COMUM 
Resolução dos sintomas de forma gradativa e 
espontânea 
Exame físico: colo uterino fechado 
*Orientar a paciente a levar o tecido evacuado 
USG para diagnóstico: endométrio espessado sem 
saco gestacional 
Dosagem seriadas de hcg + USG 
Dispensa terapia cirúrgica 
Tratar sintomatologia 
Provocado não é capaz de provocar um aborto 
completo 
ABORTAMENTO INCOMPLETO 
Orifício cervical interno abre e permite a passagem 
de sangue e coágulos 
Sangramento persistente 
Sangramento é causado por descolamento total ou 
parcial da placenta (feto ou placenta permanece no 
útero, ou tenham sido expulsos parcialmente) 
Antes das 10 semanas, feto e placenta costumam 
ser expelidos juntos 
*Dilatação cervical adicional para que se complete a 
expulsão ou antes da curetagem 
Tratamento: ESVAZIAMENTO INTRAUTERINO 
Curetagem por sucção esvazia efetivamente o útero 
AMIU 
CURAGEM 
 
 
*produtos da concepção devem ser enviados para a 
patologia: afastar possibilidade de doença 
trofoblástica 
ABORTAMENTO SÉPTICO 
Odor fétido 
Hipertermia de 38ºc 
Característico de abortos provocados 
IMPORTANTE: 
Anamnese completa 
Exame físico criterioso 
Exames laboratoriais e radiológicos 
SÓ USG NÃO É SUFICIENTE 
Infecções graves e óbitos maternos associados a 
abortamentos sépticos 
Ameaça de abortamento e aborto incompleto 
podem evoluir com infecção e sepse 
As bascterias que colonizam os produtos da 
concepção mortos iniciam a infecção materna pelo 
útero com possibilidade de se estender causando: 
parametrite, peritonite, septicemia e endocardite 
Preocupantes as infecções necrosantes graves com 
síndrome de choque séptico causadas por 
estreptococos do grupo A 
Tratamento 
Internação hospitalar 
Esvaziamento intrauterino 
Evacuações e drenagem de focos purulentos 
Profilaxia antitrombogênica (pacientes mais graves) 
Abortamento infectado ou da sepse pós-
abortamento: Administração imediata de antibiótico 
de amplo espectro 
Abortamento incompleto séptico ou com fragmentos 
retidos: antibioticoterapia intravenosa imediata 
seguida de esvaziamento uterino 
Sepse grave pode evoluir com síndrome respiratória 
aguda ou coagulopatia intravascular disseminada = 
cuidados do suporte são essenciais 
ABORTAMENTO EM CURSO 
Ainda não ocorreu 
Colo aberto 
Sinais de descompensação hemodinâmica 
Colo uterino pérvio ao toque 
GRAVIDEZ ECTÓPIA 
Gestação que se desenvolve fora da cavidade 
uterina. 
Principal causa de morte materna no 1º trimestre 
Quadro clínico: Dor abdominal, SANGRAMENTO, 
atraso ou irregularidade menstrual 
Fatores de risco: Uso de DIU; infecções genitais; 
cirurgia tubaria previa, gravidez ectopia anterior; 
reproduçãoassistida; contracepção de emergência; 
DIP 
Diagnostico: b-hcg >2.000 – 3.000, USG com 
cavidade uterina vazia 
Tratamento: 
Medicamentoso: METOTREXATE se quadro clínico 
estável, b-hcg < 5000 com aumento < 50 em 48h, 
saco gestacional < 3,5 cm 
Expectante se quadro clínico estável, b-hcg < 1000-
1500 em declínio 
Cirúrgico

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