Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 1
M1P2T6- Transtornos de 
ansiedade (Thaís Garcia)
PROBLEMA 2 – “SENSAÇÃO DE MORTE”
Joanilda, 23 anos, solteira, foi encaminhada para avaliação psiquiátrica por seu 
cardiologista. Nos 2 meses anteriores ela esteve no PS por 4 vezes devido a 
queixas agudas de palpitações, falta de ar, sudorese, tremores e sensação de 
morte. Cada um desses eventos teve início rápido e as avaliações médicas 
realizadas após os episódios revelavam achados normais nos exames físicos e 
complementares. A paciente revelou que os sintomas iniciavam ao dirigir, ao assistir 
TV, e durante o trabalho o que a levou a tirar dias de folga, evitar exercícios, dirigir e 
beber café. Quando teve um episódio durante o sono, concordou em procurar um 
psiquiatra. Nega tratamentos psiquiátricos prévios, e relata ser muito ansiosa, e 
estar sempre tensa e cansada.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.Identificar a Síndrome Clínica apresentada no Caso (Síndrome ansiosa).
2.Caracterizar a ansiedade (conceito e fisiopatologia).
3. Classificar e caracterizar os Transtornos de Ansiedade (Transtorno de 
Pânico; Transtorno de Ansiedade de Separação; Fobia 
específica;  TAG; Fobia Social), TOC, TEPT, Transtornos dissiociativos/conversivos) 
e o Transtorno de Despersonalização/Desrealização
4.Discutir as medidas terapêuticas (medicamentosa e psicoterapia) para os 
transtornos de ansiedade.
📚 Fontes: Dalgalarrondo; Psicofármacos (consulta rápida); Alvarenga; DSM-5.
1.Identificar a Síndrome Clínica apresentada no Caso (Síndrome ansiosa).
EPIDEMIOLOGIA
As sds ansiosas representam os transtornos mentais + frequentes e 
apresentam prevalência na vida em torno de até 17-30% e, no último ano, em 
torno de até 11 a 18% (Dalgalarrondo).
CLASSIFICAÇÃO
As síndromes ansiosas “puras” são ordenadas inicialmente em 2 grandes 
grupos: 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 2
quadros em que a ansiedade é constante e permanente (ansiedade 
generalizada, livre e flutuante) 
quadros em que há crises de ansiedade abruptas e +/- intensas. São as 
chamadas crises de pânico, que podem configurar, se ocorrerem de modo 
repetitivo, o transtorno de pânico.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE (DSM-
5 e CID-11)
2.Caracterizar a ansiedade (conceito e fisiopatologia).
ANSIEDADE (PEDRO ALVARENGA)
A ansiedade pode ser definida como uma sensação de desconforto mental, de 
inquietação interna, de temor ou preocupação quanto ao futuro, acompanhada 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 3
de sensações corporais como, por exemplo: tontura, secura na boca, sensação de 
vazio no estômago, aperto no peito, batimentos cardíacos acelerados, sudorese, 
calafrios, tremores, formigamentos, cãibras, urgência para urinar e cólicas 
abdominais na ausência de outras doenças ou condições médica que as 
justifiquem.
O medo é diferenciado da ansiedade pela presença de um objeto 
desencadeante. 
Medo (adaptivo, ou seja, favorece à sobrevivência) = reação a um perigo 
específico, observável (DSM-5: resposta emocional a ameaça iminente real 
ou percebida) ⇒ Relacionado a algo que o provocou, uma sensação de 
espanto ou terror (Dalgalarrondo). Associado ao ↑ excitabiliade autonômica 
(SNAs = luta ou fuga) (DSM-5).
Ansiedade = apreensão difusa, sem objeto claramente definido (DSM-5: 
antecipação de ameaça futura) ⇒ Tbm tem desencadeantes identificáveis, 
apenas menos evidentes do que os do medo (Dalgalarrondo) . Associada à 
tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e 
comportamentos de cautela ou esquiva!! (DSM-5).
Obs.: A ansiedade e o medo tornam-se patológicos quando estas emoções 
passam a trazer prejuízos sociofuncionais e/ou sofrimento importante para o 
indivíduo.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DA ANSIEDADE (PEDRO ALVARENGA)
PERSPECTIVA EVOLUTIVA:
A principal função do medo e da ansiedade é atuar como uma sinalização de 
perigo ou ameaça desencadeando uma resposta adequada e adaptativa. 
Os animais podem aprender a temer situações nas quais foram expostos a dor 
ou estresse ou apresentar reações de medo inatas. 
Blanchard e Blanchard (1988): diz que ansiedade é uma emoção relacionada 
ao comportamento de avaliação de risco que ocorre em situações em que o 
perigo é incerto (ameaça potencial), por exemplo, em ambientes desconhecidos 
ou nos quais um predador esteve presente no passado. Já o medo estaria 
relacionado a estratégias de defesa que o ocorrem a uma certa distância do 
predador (ameaça distal).
Gray e McNaughton (2000): para que ocorra ansiedade é necessário que haja 
um conflito de aproximação-evitação. Caso não haja tendência para 
aproximação e a única motivação é para escapar, o que ocorre é o medo. 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 4
Por fim, pânico é o que corresponde à emoção relacionada à intensa reação 
de fuga desencadeada por um perigo muito próximo (ameaça proximal).
NEUROBIOLOGIA: 
A experiência afetiva e as respostas comportamentais do medo e da ansiedade 
possuem relação com circuitos cerebrais específicos.
Primeiras reações comportamentais em situações de medo ou ansiedade: 
ativação SNA + ↑ estado de alerta + inibição de comportamentos em 
andamento.
Locus ceruleus (LC): estrutura do tronco cerebral, papel no estado de alerta e 
responsiva a estímulos eliciadores de estresse. O LC possui 2 tipos de ativação:
Ativação tônica/ basal: Gera uma análise atenciosa do ambiente com 
resultados comportamentais diversas e variáveis
Ativação fásica: Gera a focalização da atenção e respostas 
estereotipadas
Segundo o modelo de Gray e McNaughton (2000), a vulnerabilidade à ansiedade 
está relacionada à atividade do sistema de inibição comportamental septo-
hipocampal (SICS) ⇒ Um dos principais sistemas emocionais que incluem 
também o sistema de aproximação comportamental e o sistema de luta e fuga. 
Obs.: Função básica do SICS: comparar o estímulo real e o esperado. Se 
houver discrepância, ou se o estímulo esperado for aversivo, os 
comportamentos em andamento são inibidos e ocorre um ↑ alerta e da atenção 
direcionada ao ambiente. 
Sistema noradrenérgico ascendente e o SICS: possuem funções 
complementares:
Sistema noradrenérgico: mantém estado alerta basal e reage a perigos 
próximos
SICS: ↑ estado de alerta frente a sinais de punição (estímulos 
condicionados) ou estímulos novos.
Nos mamíferos, existem 3 regiões cerebrais que quando estimuladas eliciam 
respostas completas de medo ⇒ Juntas formam o CIRCUITO EXECUTIVO 
DO MEDO (deflagra reações de congelamento, luta e fuga, e as reações 
autonômicas): 
Áreas laterais e centrais da amígdala
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 5
Hipotálamo anterior e medial
Áreas específicas da substância cinzenta periaquedutal (SCP).
Obs.: SCP= relacionada ao transtorno do pânico; O circuito executivo do 
medo recebe projeções serotoninérgicas, o que diminui reações de pânico ⇒ 
Isso explica a ação anti-pânico de drogas serotonérgicas.
Mobbs et al (2007): padrão ativação cerebral em seres humanos varia de 
acordo com a proximidade da ameaça:
Ameaças + distantes: ↑ atividade do córtex pré-frontal e na amígdala 
lateral (relaciona-dos com a ansiedade antecipatória)
Ameaças + próximas: ↑ atividade na substância cinzenta 
periaquedutal/SCP (relacionada com o pânico)
Frederico Graeff: propõe uma ação dual da serotonina na ansiedade, 
postulando que a 5-HT aumentaria o medo condicionado na amígdala ao mesmo 
tempo em que inibiria reações inatas de medo mediadas pela SCP. 
A via serotonérgica ascendente originaria no núcleo dorsal da rafe 
(NDR) que enerva a amígdala e o córtex frontal facilitaria o medo 
condicionado, enquanto a via NDR-periventricular que enerva a SCP 
inibiria reações de luta e fuga inatas. 
Desta forma, a serotonina parece ter papel modulador na ansiedade, 
favorecendo respostas complexas e aprendidas em detrimento de 
respostas estereotipadas e inatas.
Por fim, em quadros de ansiedade, RM funcional nos mostra:
Hiperatividade da amígdala:condicionamento do medo e a atividade 
autonômica
Hipoatividade do lobo pré-frontal: suprime a amígdala (↓ medo).
FATORES GENÉTICOS:
Estudos de família indicam um forte componente familiar. 
O risco de ocorrência de transtorbo do pânico (TP) em parentes de 1º 
grau de pessoas com TP é de cerca de 10%, enquanto em parentes não 
de 1º grau foi de 2,1%. 
Os estudos com gêmeos: 30%-40% da variabilidade na expressão do TP 
atribuível à genética + restante atribuível a fatores ambientais.
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 6
3. Classificar e caracterizar os Transtornos de Ansiedade (Transtorno de 
Pânico; Transtorno de Ansiedade de Separação; Fobia 
específica; TAG; Fobia Social), TOC, TEPT, Transtornos 
dissiociativos/conversivos) e o Transtorno de 
Despersonalização/Desrealização
CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE (DSM-5)
O DSM-5 classifica os transtornos de ansiedade em 12 categorias: 1) 
Transtorno de Ansiedade de Separação; 2) Mutismo Seletivo; 3) Fobia Específica; 
4) Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social); 5) Transtorno de Pânico; 6) 
Especificador de Ataque de Pânico; 7) Agorafobia; 8) Transtorno de Ansiedade 
Generalizada (TAG); 9) Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/ 
Medicamento; 10) Transtorno de Ansiedade Devido a Outra Condição Médica; 11) 
Outro Transtorno de Ansiedade Especificado; 12) Transtorno de Ansiedade Não 
Especificado.
Obs.: Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-
traumático (TEPT) e transtornos dissociativos/conversivos não estão 
classificados como transtornos de ansiedades na DSM-5 (sds com importante 
componente de ansiedade, segundo Dalgalarrondo).
Cada transtorno de ansiedade é diagnosticado somente quando os sintomas não 
são consequência dos efeitos fisiológicos do uso de uma substância/medicamento 
ou de outra condição médica ou não são mais bem explicados por outro transtorno 
mental.
O indivíduo com transtorno de ansiedade de separação é apreensivo ou 
ansioso quanto à separação das figuras de apego até um ponto em que é 
impróprio para o nível de desenvolvimento.
Os indivíduos com fobia específica (a animais, ambiente natural, sangue-
injeção-ferimentos, situacional) são apreensivos, ansiosos ou se esquivam de 
objetos ou situações circunscritos.
O mutismo seletivo é caracterizado por fracasso consistente para falar em 
situações sociais nas 
quais existe expectativa para que se fale (p. ex., na escola), mesmo que o 
indivíduo fale em outras situações.
No transtorno de ansiedade social (fobia social), o indivíduo é temeroso, 
ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvem a 
possibilidade de ser avaliado.
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 7
No transtorno de pânico, o indivíduo experimenta ataques de pânico 
inesperados recorrentes 
e está persistentemente apreensivo ou preocupado com a possibilidade de 
sofrer novos ataques 
de pânico ou alterações desadaptativas em seu comportamento devido aos 
ataques de pânico 
(p. ex., esquiva de exercícios ou de locais que não são familiares).
Os ataques de pânico são ataques abruptos de medo intenso ou 
desconforto intenso que atingem um pico em poucos minutos, 
acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos ⇒ Podem estar 
presentes em outros transtornos mentais, que não de ansiedade.
Os indivíduos com agorafobia são apreensivos e ansiosos acerca de 2 ou + das 
seguintes situações: usar transporte público; estar em espaços abertos ou estar 
em lugares fechados; ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão; ou 
estar fora de casa sozinho em outras situações.
As características principais do TAG são ansiedade e preocupação persistentes 
e excessivas acerca de vários domínios (desempenho no trabalho e escolar) que 
o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são experimentados 
sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; 
fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão 
muscular; e perturbação do sono.
O transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento envolve 
ansiedade devido a intoxicação ou abstinência de substância ou a um 
tratamento medicamentoso. 
No transtorno de ansiedade devido a outra condição médica, os sintomas de 
ansiedade são consequência fisiológica de outra condição médica.
FOCAREMOS NOS SEGUINTES TRANSTORNOS NESSA TUTORIA:
TRANSTORNO DE PÂNICO
CRISE DO PÂNICO X TRANSTORNO DE PÂNICO:
Em muitos pacientes, a ansiedade se manifesta sob a forma de crises 
intermitentes, com a eclosão de vários sintomas ansiosos, em nº e intensidade 
significativos. Associados às crises, pode ou não haver sintomas constantes de 
ansiedade generalizada.
Assim, as crises de pânico são crises marcantes de ansiedade, nas quais 
ocorre importante descarga do SNA ⇒ Batedeira ou taquicardia, suor frio, 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 8
tremores, desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, 
formigamentos membros, dedos e/ou lábios.
Nas crises intensas, os pacientes podem experimentar a 
despersonalização, que se revela como sensação de a cabeça ficar 
leve, de o corpo ficar estranho, sensação de perda do controle, 
estranhar-se a si mesmo. 
Pode ocorrer também a desrealização, ou seja, a sensação de que o 
ambiente, antes familiar, parece estranho, diferente, não familiar.
Além disso, nas crises de pânico o pcte tem medo de ter um ataque do 
coração, um infarto, de morrer e/ou enlouquecer. As crises são de início 
abrupto (chegam ao pico em 5-10 minutos) e de curta duração (duram 15 min, 
raramente mais de 1h). São muitas vezes desencadeadas por determinadas 
condições (aglomerados humanos, ficar “preso” em congestionamentos no 
trânsito, supermercados com muita gente, shopping centers ou estar em 
situações de ameaça) (Dalgalarrondo).
... Já o TRANSTORNO DE PÂNICO...
Denomina-se o quadro de transtorno de pânico caso as crises sejam 
recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, 
preocupações com possíveis implicações da crise (perder o controle, ter 
um ataque cardíaco ou enlouquecer) e sofrimento subjetivo significativo. 
O transtorno de pânico pode ou não ser acompanhado de agorafobia 
(muito desconforto e fobia de lugares amplos e aglomerações). Transtornos 
da personalidade (TPs) que ocorrem com frequência associados ao 
transtorno de pânico: TP borderline, evitativa e paranoide 
(Dalgalarrondo).
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 9
É necessário determinar se os ataques são situacionais ou são espontâneos e 
ocorreram ao longo quadro. Ter ataques situacionais é essencial para diagnosticar 
transtorno de pânico. 
• Ataques situacionais/ esperados: Possuem fatores desencadeantes específicos, 
como situações sociais ou presença de objetos específico (inseto, animal, por 
exemplo). 
• Ataques espontâneos/ inesperados: O ataque não ocorre por motivo aparente
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 10
Dxs diferenciais:
• Outro transtorno de ansiedade especificado ou transtorno de ansiedade não 
especificado 
• Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica 
• Transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento 
• Outros transtornos mentais com ataques de pânico como característica associada.
Desenvolvimento e curso:
• Doença da idade adulta. Idade de início possui distribuição bimodal: Pico entre 
15-24 anos e Pico entre 45-54 anos 
• Maioria ataques pânico inesperados acontecem durante ou um pouco depois da 
puberdade e sua incidência é 2x maior em mulheres do que em homens.
Fatores de risco: 
Temperamentais: Afetividade negativa (neuroticismo); Sensibilidade à 
ansiedade; Histórico de “períodos de medo”
Ambientais: Abuso sexual; Abuso físico; Tabagismo; Estressores interpessoais e 
estressores relacionados com o bem estar-físico (drogas ilícitas, de prescrição, 
doença/ morte familiar)
Genéticos e fisiológicos: Vários genes causam suscetibilidade; Filhos de pais 
com transtorno de ansiedade, depressivoe bipolar; Distúrbios respiratórios, 
como asma.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
Sobretudo em crianças, pode haver medo e ansiedade importantes 
relacionados a separar-se de pessoas significativas, percebidas como 
protetoras. Tipicamente, a criança chora muito, fica muito ansiosa e 
amedrontada. 
Exemplo 1: a criança muitas vezes pede ou exige que a mãe fique com ela 
na sala de aula.
Exemplo 1: dificuldades em dormir sozinha e/ou ter pesadelos relacionados à 
separação. 
Em adultos, isso pode ocorrer com o(a) companheiro(a) romântico(a) 
(separar-se do[a] namorado[a] ou esposo[a]). 
Para o dx, os sintomas devem durar muitos meses e ser graves, prejudicando 
desenvolvimento escolar, pessoal e social da criança, adolescente ou adulto 
(Dalgalarrondo).
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 11
Dx diferenciais:
• Transtorno de ansiedade generalizada • Transtorno de pânico • Agorafobia • 
Transtorno da conduta • Transtorno de ansiedade social • Transtorno de estresse 
pós-traumático • Transtorno de ansiedade de doença • Luto • Transtorno depressivo 
e bipolar • Transtorno de oposição desafiante • Transtornos psicóticos • Transtornos 
da personalidade.
Fatores de risco:
Ambientais: Estresse vital, em especial, uma perda (morte de parente, morte de 
animal de estimação, doença de um parente, mudança de escola, mudanças de 
bairro, imigração, sair da casa dos pais, tornar-se pai); Superproteção parental; 
Intromissão parental
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 12
Genéticos e fisiológicos: O transtorno de ansiedade de separação em crianças 
pode ser herdado; Herdabilidade em 73%, com maiores taxas em meninas; 
Sensibilidade aumentada à estimulação respiratória usando ar enriquecido com 
CO2.
FOBIA ESPECÍFICA/SIMPLES
Caracteriza-se por medo intenso, persistente, desproporcional e irracional, 
como medo de animais (barata, sapo, cobra, passarinho, cachorro, cavalo, entre 
outros), medo de ver objetos cortantes, como seringas, faca, vidros quebrados, 
ou medo de ver sangue.
A exposição ao objeto ou animal fobígenos geralmente deflagra um estado 
de angústia, que pode chegar a uma crise de pânico. Os indivíduos 
acometidos reconhecem o caráter irracional e desproporcional de seus 
medos (Dalgalarrondo).
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 13
Dxs diferenciais:
• Agorafobia • Transtorno de ansiedade social • Transtorno de ansiedade de 
separação • Transtorno de pânico • Transtorno obsessivo-compulsivo • Transtornos 
relacionados a trauma e estressores 
• Transtornos alimentares • Transtornos do espectro da esquizofrenia e outros 
transtornos psicóticos.
Fatores de risco:
Temperamentais: Afetividade negativa; Inibição comportamental
Ambientais: Superproteção parental; Perda parental; Separação parental; Abuso 
físico; Abuso sexual
Genéticos e fisiológicos: Pode ter suscetibilidade genética para determinada 
categoria de fobia específica (EX: Paciente com parente 1º grau com fobia 
específica de animal tem mais chance de desenvolver essa mesma fobia do que 
outras); Pacientes com fobia sangue-injeção-ferimentos possuem mais chance 
de síncope vasovagal na presença dos estímulos fóbicos.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
O quadro de TAG caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos 
excessivos, na maior parte dos dias, por vários meses. A pessoa vive 
angustiada, tensa, preocupada, permanentemente nervosa ou irritada 
(Dalgalarrondo).
Nesses quadros, são frequentes sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, 
angústia constante, ↑ irritabilidade, dificuldade em concentrar-se, cefaleias, 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 14
dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura, 
formigamento e sudorese fria. 
Termos populares para esses estados: “gastura”, “repuxamento dos nervos” e 
“cabeça ruim”.
Para se fazer o dx de uma síndrome ansiosa, é necessário verificar se os 
sintomas causam sofrimento significativo e prejudicam a vida pessoal, social e 
ocupacional do indivíduo.
Transtornos da personalidade (TPs) que ocorrem com frequência associados ao 
TAG: TP borderline e paranoide (Dalgalarrondo).
Diferenças entre TAG e ansiedade não patológica:
TAG: preocupações são excessivas e interferem na funcionalidade
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 15
Ansiedade não patológica: preocupações não são excessivas e são 
manejáveis
Dxs diferenciais de TAG:
• Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica • Transtorno de 
ansiedade induzido por substância medicamento • Transtorno de ansiedade social • 
Transtorno obsessivo-compulsivo • Transtorno de estresse pós-traumático e 
transtornos de adaptação • Transtornos depressivo, bipolar e psicótico.
Desenvolvimento e curso: 
• Idade média de início: 30 anos • Raramente começa antes da adolescência 
• Os sintomas tender a ser crônicos e possuem remissões e recidivas durante a 
evolução • A remissão total é incomum • A manifestação clínica tende a ser 
consistente, o que muda entre as faixas etárias é o conteúdo da preocupação:
Crianças e adolescentes: Preocupam mais com escola e desempenho 
esportivo
Adultos: Preocupam com o bem-estar familiar e de sua saúde física
Fatores de risco para TAG:
Temperamentais: Inibição comportamental; Afetividade negativa; Evitação de 
danos
Ambientais: Adversidade na infância; Superproteção parental
Genéticos e fisiológicos: 1/3 do risco de TAG é genético (DSM-5).
FOBIA SOCIAL 
A ansiedade social e a fobia social caracterizam-se por medo intenso e 
persistente de situações sociais que envolvam expor-se ao contato 
interpessoal, demonstrar capacidade de desempenho ou participar de situações 
competitivas e de cobrança. 
� “Ansiedade social” e “fobia social” são termos usados muitas vezes como 
sinônimos, mas tende-se a ver a fobia social como um quadro mais grave 
que a ansiedade social.
O indivíduo sente intensa angústia ao ter de falar em público, apresentar um 
seminário, fazer uma palestra, chegando a apresentar dificuldade até em utilizar 
banheiros públicos, alimentar-se em refeitórios públicos ou assinar cheques na 
frente de pessoas desconhecidas. 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 16
O medo da exposição é mais forte com pessoas estranhas ou tidas, por 
algum motivo, como hierarquicamente em posição superior (chefes no 
trabalho, diretor da escola, professores). 
O indivíduo tenta evitar tais situações e reconhece o caráter absurdo de 
seus temores. Há, geralmente, grande sofrimento com tais dificuldades, que 
pode comprometer a carreira estudantil e profissional das pessoas acometidas e 
limitar sua vida social, emocional e de lazer.
Transtornos da personalidade (TPs) que ocorrem com frequência associados à 
fobia social: TP evitativa (Dalgalarrondo).
Dxs diferenciais: 
• Timidez normal • Agorafobia • Transtorno de pânico • Transtorno de ansiedade 
generalizada • Transtorno de ansiedade de separação • Fobias específicas • 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 17
Mutismo seletivo • Transtorno depressivo maior • Transtorno dismórfico corporal • 
Transtorno delirante • Transtorno de espectro autista • Transtornos da personalidade 
• Outros transtornos mentais.
Fatores de risco:
Temperamentais: Inibição comportamental; Medo de avaliação negativa
Ambientais: Maus-tratos; Adversidades na infância
Genéticos e fisiológicos: Crianças com alta inibição comportamental são mais 
propensas às influências ambientais; A fobia social pode ser herdada; Parentes 
1º grau possuem 2-6x de chance maior de ter a fobia social.
TRANSTORNO OBSCESSIVO COMPULSIVO (TOC) 
Os quadros de TOC se caracterizam por ideias, fantasias e imagens 
obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos. Esses 
quadros são vividos como uma pressão sobre o indivíduo, como algo que o 
obriga e a que se submete.
Os quadros obsessivo-compulsivos dividem-se em dois subtipos básicos: 
aqueles nos quais predominam as ideias obsessivas 
aqueles nos quais predominam os atos eos comportamentos 
compulsivos.
Quadros obsessivos: caracterizam-se por ideias, pensamentos, fantasias ou 
imagens persistentes que surgem de forma recorrente na consciência; são 
vivenciados com angústia e como algo que “invade” a consciência. 
Exemplo: Um paciente jovem, de 24 anos, relatava: “embora eu seja muito 
católico, vêm repetidamente à minha mente ideias como de que a Virgem 
Maria é uma prostituta, ou me imaginava tendo relação sexual com minha 
irmã. É horrível, mas tais ideias não param de vir à minha mente”.
O indivíduo reconhece o caráter irracional e absurdo desses pensamentos 
e tenta, às vezes, lutar contra eles ou neutralizá-los com outros pensamentos ou 
com atos e rituais específicos. No entanto, geralmente, tais tentativas fracassam.
Quadros compulsivos: predominam comportamentos e rituais repetitivos, 
como lavar as mãos inúmeras vezes, tomar muitos banhos, verificar se as portas 
e janelas estão trancadas dezenas de vezes, colocar todos os objetos do quarto 
em certa ordem, etc., assim como atos mentais, como repetir palavras 
mentalmente em silêncio, fazer listas mentais, fazer determinadas contas, em 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 18
geral em resposta a uma ideia obsessiva (“Devo estar com câncer, aids ou sífilis; 
então tenho que me lavar constantemente”).
Os comportamentos e os atos compulsivos também podem surgir como forma 
de cumprir regras mágicas que precisam ser rigidamente seguidas. Outras 
razões para os atos e os rituais compulsivos são pensamentos mágicos que 
vinculam a realização do ato compulsivo com o afastamento de algum evento 
temível ou indesejado (“Se eu der 15 voltas no quarteirão antes de entrar em 
casa, ninguém da família morrerá”).
Na prática clínica, nem sempre é fácil demarcar com precisão o limite entre a 
obsessão e a fobia (p. ex., obsessão por limpeza, fobia de sujeira ou 
contaminação) ou entre a ideia delirante e a obsessão com pouca crítica e 
insight. Da mesma forma, em alguns casos, é difícil diferenciar entre o ato 
compulsivo (vivenciado como obrigatório e desprazeroso) e o ato impulsivo.
Pessoas com TOC têm com frequência TP, sobretudo do grupo C: TP 
obsessivo-compulsiva, TP evitativa e TP dependente. Também podem 
apresentar TP paranoide e TP narcisista (Dalgalarrondo). 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 19
Dxs diferenciais:
Transtornos de ansiedade Transtorno depressivo maior Outros transtornos 
obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados Transtornos alimentares Tiques 
(no transtorno de tique) e movimentos estereotipados Transtornos psicóticos Outros 
comportamentos do tipo compulsivo.
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) 
O TEPT é um transtorno com forte componente de ansiedade que se desenvolve 
após a exposição do indivíduo a um ou mais eventos extremamente 
ameaçadores, traumáticos e horríveis (como estupro, sequestro, assalto, 
homicídio, desabamentos, incêndios, catástrofes naturais, eventos de guerra, 
entre outros).
O TEPT se caracteriza por lembranças ou recordações vívidas que invadem a 
consciência do indivíduo que passou pelo trauma, os chamados flashbacks (ou 
em forma de pesadelos). Estes, com frequência, se acompanham por emoções 
fortes e profundas, com ansiedade, medo e/ou horror e sensações físicas 
marcantes. Ocorrem, assim, de forma recorrente, a intensa sensação física e/ou 
sentimentos de que se está imerso nas mesmas emoções de quando se 
experimentou o evento traumático.
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 20
No TEPT, o indivíduo experimenta um estado de contínua sensação de ameaça; 
tende a estar hipervígil ou pronto para reagir a estímulos, como ruídos 
inesperados. Os sintomas duram muitas semanas ou meses e causam grande 
sofrimento (Dalgalarrondo).
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 21 M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 22
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 23
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS/CONVERSIVOS 
CONVERSÃO: Na conversão, ocorrem tipicamente alterações das funções 
sensoriais ou das funções motoras, que lembram sintomas neurológicos. 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 24
Conversão aqui significa, portanto, “salto” do plano psíquico para o plano de 
sintomas corporais.
Em relação às funções sensoriais, pode haver anestesias de partes do corpo, 
perda da visão, do olfato ou da audição. Em relação às funções motoras, pode 
haver fraqueza ou paralisias, contraturas, movimentos anormais, perturbações 
do andar e no ficar de pé (astasia-abasia) e rouquidão psicogênicas ou perda 
total da voz (afonia conversiva) ⇒ Correspondem à representação mental e 
simbólica do corpo (pois são psicogênicas), e não à neuroanatomia objetiva ou à 
função neurológica!!!!!
Por exemplo, as paralisias de braços ou das pernas, nos quadros 
conversivos, não têm padrão neurológico, ou seja, no exame 
neurológico da região não correspondem a nenhuma síndrome 
neurológica.
No DSM-5, os transtornos conversivos são também chamados de 
transtornos de sintomas neurológicos funcionais – denominação 
infeliz, pois não são, de fato, sintomas neurológicos.
Chama atenção, eventualmente, nesses pacientes, o fato de, ao notarem seus 
distúrbios corporais aparentemente muito graves, reagirem com certa indiferença 
⇒ la belle indifférence des hystériques (a bela indiferença das histéricas).
DISSOCIAÇÃO: Na dissociação, ocorre a perturbação, a separação e o 
isolamento de aspectos da mente e da personalidade. Aqui, dissociação significa 
“separação”, “rechaço”, de uma parte da mente inaceitável para o indivíduo.
A dissociação pode ocorrer por meio de crises em que se perde parcialmente 
a consciência (a pessoa se “desliga” do ambiente e de si mesma, com desmaio 
parcial e abalos musculares), ou em episódios em que parte da memória é 
momentaneamente apagada, como a memória retrógrada de eventos 
traumáticos do passado.
TRANSTORNOS CONVERSIVOS: 
No DSM-5, são quadros em que um ou mais sintomas de alteração de função 
motora ou sensorial psicogênica estão presentes.
Os sintomas devem causar sofrimento e/ou disfunção e não são explicados 
por causas neurológicas ou médicas somáticas. Assim, no DSM-5, os 
transtornos conversivos são de:
1. fraqueza ou paralisia (das pernas, de um braço, de uma mão);
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 25
2. movimentos anormais (tremores, distonias, mioclonias, distúrbios da 
marcha);
3. dificuldades ou impossibilidade de deglutição;
4. alterações da fala (afonia ou disfonia, rouquidão ou fala arrastada);
5. ataques semelhantes a uma convulsão epiléptica (“crise histérica”);
6. anestesia ou perda sensorial (cegueira ou visão em túnel, perda auditiva 
ou olfativa);
7. sintomas mistos.
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS: 
Se caracterizam por perda na continuidade da experiência subjetiva e 
perturbação da integração normal (por isso, dissociação), da consciência, da 
memória, da identidade, das emoções, das percepções, da representação 
corporal, do controle motor e/ou do comportamento (Dalgalarrondo).
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 26
Dividido em 5 subtipos: Transtorno Dissociativo de Identidade; Amnésia 
Dissociativa; Transtorno de Despersonalização/Desrealização; Outro 
Transtorno Dissociativo Especificado; Transtorno Dissociativo Não Especificado.
TRANSTORNOS DE DESPERSONALIZAÇÃO/DESREALIZAÇÃO
A despersonalização é definida como estranhamento e sensação de 
irrealidade em relação ao próprio Eu. A pessoa percebe seu self como algo 
estranho ou irreal, sente-se “distante de si mesma”, como se fosse um 
observador externo de si, dos seus sentimentos, pensamentos, ações e 
sensações corporais.
Já a desrealização é caracterizada por perceber o mundo ao redor, pessoas e 
objetos conhecidos e familiares como se fossem irreais ou estranhos, como se 
estivessem em um sonho, em cenas distantes ou nubladas, sem cor ou 
visualmente distorcidas.
Para o dx, é necessário que o indivíduo tenha seu senso de realidade bem 
preservado. Assim, nãodeve estar psicótico ou apresentar sintomas psicóticos 
associados (como delírios e/ou alucinações) (Dalgalarrondo).
Dxs diferenciais:
• Transtorno de ansiedade de doença • • Transtorno obsessivo-compulsivo • Outros 
transtornos dissociativos • Transtornos de ansiedade • Transtornos psicóticos • 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 27
Transtorno induzido por substância/ medicamento • Transtornos mentais devidos a 
outra condição médica.
Desenvolvimento e curso: 
• Média de idade na primeira manifestação: 16 anos 
• A manifestação inicial pode ser desde muito súbita até gradual. Duração: varia 
horas até anos 
• As exacerbações podem ser desencadeadas por estresse, piora dos sintomas de 
humor e ansiedade ou ambientes hiperestimulantes e fatores físicos como 
iluminação e privação de sono
Fatores de risco:
Ambientais: Traumas interpressoais na infância, como abuso e negligencia; 
Abuso físico; Testemunho de violência doméstica; Crescer com pai/mãe com 
doença mental grave; Morte ou suicídio inesperado de um familiar ou amigo 
próximo; Abuso sexual (menos comum); Estresse grave; Depressão; 
Ansiedade; Uso de drogas ilícitas.
4.Discutir as medidas terapêuticas (medicamentosa e psicoterapia) para os 
transtornos de ansiedade.
TTO TRANSTORNO DE PÂNICO 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 28
TTO TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO 
Usamos principalmente a TCC. Não há estudo que comprovem a eficácia de terapia 
medicamentosa para crianças. Podemos usar tto medicamentoso (se benefício > 
riscos).
TTO FOBIA ESPECÍFICA 
• 1ª escolha: TCC, a fim de dessensibilizar o paciente do objeto fobicogênico, 
reduzindo comportamentos de fuga/evitação e o sofrimento causando pelo 
enfrentamento 
• Em alguns pacientes, a exposição a situações sociais é realizada ⇒ Usar 
Propranolol minutos antes da exposição ⇒ ↓ efeitos periféricos da adrenalina, 
como tremor e taquicardia. 
• Em casos extremos de enfrentamento inadiável, pode-se usar benzodiazepínicos 
um pouco antes do contato com a situação fobicogênica. Deve ficar claro que os 
benzodiazepínicos causam prejuízo à cognição e motricidade, além de prejudicar o 
efeito das terapias de exposição. Por isso, deve ser usado com cautela.
TTO TAG 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 29
TTO FOBIA SOCIAL (semelhante ao da fobia específica (que é a TCC))
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 30
TTO TOC 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 31
TTO TEPT 
M1P2T6- Transtornos de ansiedade (Thaís Garcia) 32
TTO TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS/CONVERSIVOS ⇒ Principal: TCC, mas 
pode ser usado, em alguns casos, ISRSs.

Mais conteúdos dessa disciplina