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ESCOLA DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA LTDA. 
FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA – FACENE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA DA LUS BATISTA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS HUMANIZADAS NO PROCESSO DE PARTURIÇÃO: 
UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA-PB 
2019 
 
 
 
 
MARIA DA LUS BATISTA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS HUMANIZADAS NO PROCESSO DE PARTURIÇÃO: 
UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Monografia apresentada 
à Faculdades de Enfermagem Nova 
Esperança – FACENE, Como 
exigência parcial para obtenção do 
título pré-projeto em Enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Ms. Edna Samara Ribeiro César 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA-PB 
2019 
 
 
MARIA DA LUS BATISTA PEREIRA 
 
PRÁTICAS HUMANIZADAS NO PROCESSO DE PARTURIÇÃO: 
UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
Monografia apresentada pela aula Maria da Lus Batista Pereira, do Curso de Graduação em 
Enfermagem, tendo obtido o conceito de __________________, 
Conforme a apreciação da Banca Examinadora constituída pelos Professores: 
 
 
Aprovado(a) em: ________ de _______________ de ________. 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_____________________________________________ 
Prof.ª Ms. Edna Samara Ribeiro César 
Orientadora - (FACENE) 
 
 
_____________________________________________ 
Prof. Ms. Cláudia Germana Virgínio de Souto 
Membro - FACENE 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. Dra. Smalyanna Sgren da Costa Andrade 
Membro - FACENE 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus, primeiramente, que me deu força para concluir esta etapa de minha vida. 
Gostaria de agradecer e dedicar a esta dissertação às seguintes pessoas: Minha Família 
Minha mãe Maria, meu Pai Valdemar, meus tios, meus irmãos Deisiana e César, Maria 
José, José, Jusenilson, Eduardo, Arlete, Leonardo, e minha sobrinha Karolaine, Beatriz, 
Rodrigo. Nós tivemos tão pouco tempo juntos, mas saibam que vocês sempre estarão em 
meu Coração. 
Meus agradecimentos aos colegas de sala que me proporcionaram que a caminhadas até 
aqui pudesse ter sido mais amena e prazerosa, ao professores que sempre fizeram o possível 
e o impossível para garantir o melhor aprendizado tanto para mim quatro para meus 
colegas. 
Por fim, e não menos importante agradeço incondicionalmente a minha orientadora Edna 
Samara Ribeiro César pela sua dedicação, compreensão e por ter confiado na minha 
capacidade para chegar até aqui, obrigado a todos, sem você não seria possível a realização 
desse sonho. 
Agradecimento à banca a coordenadora Cláudia Germana Virgínio de souto e Dra. 
Smalyanna Sgren da Costa Andrade. 
Agradeço o apoio de todos os professores, que se dedicaram a esclarecer minhas dúvidas. 
 Meu agradecimento a Faculdade Nova Esperança, e aos todos funcionário que faz parte da 
instituição, e a equipe da biblioteca, coordenação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DEDICATÓRIA 
 
A Deus, pela força persistência durante a 
caminhada do curso de enfermagem. 
Dedico esta monografia a todos os meus 
amigos de curso, grandes companheiros de 
jornada. 
Dedico esse trabalho aos meus avós RITA 
SARAIVA DE LIMA e JOÃO BATISTA DE 
 
 
ALBUQUERQUE (in memorian), que me 
ensinaram valores importantes para toda a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Sabemos que Deus age em todas as 
coisas para o bem daqueles que o 
amam, dos que foram chamados de 
acordo com o seu propósito.” 
 
ROMANOS 8:28 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA. 
1.2 JUSTIFICATIVA. 
1.3 OBJETIVO. 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA AO PARTO. 
2.2 POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO NO PRÉ-NATAL E NASCIMENTO. 
2.3 PRÁTICAS HUMANIZADAS NO PARTO. 
2.4 REDE CEGONHA. 
3 METODOLOGIA 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1.1 O USO DE MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS DE ALÍVIO DA 
DOR NO TRABALHO DE PARTO. 
4.1.1.2 Deambulação. 
4.1.1.3 O banho de aspersão/imersão. 
4.1.14 Massagem 
4.1.1.4 Bola suíça. 
4.1.1.5 A musicoterapia. 
4.1.1.6 Exercício respiratório. 
4.1.1.7 A aromaterapia. 
4.1.1.8 Técnicas de relaxamento. 
4.1.1.9 O uso cavalinho ou banquinho. 
4.1.2 A PRESENÇA DE ACOMPANHANTE NO PRÉ-PARTO, PARTO E 
PÓS- PARTO. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIA 
APÊNDICE 
ANEXOS 
 
 
10 
12 
13 
14 
14 
16 
18 
19 
22 
24 
 
27 
28 
30 
31 
32 
34 
34 
36 
37 
 
38 
41 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 Introdução: As práticas humanizadas no parto normal, vem cada vez mais são discutidas 
com as abordagem no decorre do nascimento as posições em que a parturiente se encontra 
melhor no seus ponto de vista quanto a assistências da equipe de enfermagem com as 
parturiente no decorrer do parto. Objetivo: analisar a produção cientifica disponíveis na 
literatura online sobre práticas humanizadas no parto, aplicada parturiente. Método: trata-
se de revisão integrativa com seis etapas subsequentes. Os critérios de inclusão utilizados 
para seleção das publicações foram: estudos publicados no período de 2010 a 2018, no 
idioma português e artigos disponibilizados na íntegra. Após a seleção e leitura criteriosa de 
cada um dos artigos, apenas oito correspondeu a questão norteadora e atenderam aos 
critérios da pesquisa. Resultados: Os resultados foram apresentados em quadros e a análise 
e síntese dos dados extraídos das publicações foram realizadas de forma descritiva e 
discutidas de acordo com as publicações pertinentes. Após análise das publicações surgiram 
duas categorias, dentre elas: 1) Métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de 
parto e 2) A presença de acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto. Dentre os métodos 
não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto foram a apresentados 
deambulação, método cavalinho, banquinho U, uso da bola suíça, exercícios respiratórios, 
posições variadas, banhos de imersão e ou aspersão, o uso da água mornas de preferência 
para relaxamento, musicoterapia e outras técnicas como a aromaterapia. Conclusão: Neste 
estudo foi possível averiguar diversas práticas consideradas úteis ao parto 
humanizado. Incentiva-se em seus estudos que os pesquisadores incluam a temática para 
indicação de desfechos relacionado, à melhoria das práticas de saude. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Parto Humanizado; Trabalho de parto; Humanização da 
assistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Humanized practices in normal childbirth are increasingly being discussed from birth to the 
positions in which the parturient feel better in her point of view regarding the assistance of 
the nursing team during the delivery. Objective: To analyze the scientific production 
available in the online literature on humanized practices in childbirth, applied during labor. 
Method: This is an integrative review with six subsequent steps. The inclusion criteria used 
for the selection of publications were: studies published from 2010 to 2018, in the 
Portuguese language. After the selection and careful reading of each article, only Light 
answered the guiding question and met the search criteria. The results were presented in 
tables, and the analysis and synthesis of data extracted from the publications were 
performed descriptively and discussed according to the relevant publications. After 
analyzing the publications,two categories emerged, among them: 1) Non-pharmacological 
methods of pain relief in labor and 2) The presence of a companion in the pre-delivery, 
delivery, and postpartum. Among the non-pharmacological methods of pain relief in labor 
were ambulation, cavalinho method, U stool, use of the swiss ball, breathing exercises, 
varied positions, immersion, and sprinkling baths, warm water use preferably for 
relaxation, music therapy and other techniques such as aromatherapy. Conclusion: In this 
study, it was possible to verify several practices considered useful to humanized delivery. 
In their studies, researchers are encouraged to include the topic of indication of outcomes 
related to the improvement of health practices. 
 
KEYWORDS: Humanized Childbirth; Labor; Humanization of car
10 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA 
 
A temática da humanização no parto vem sendo cada vez mais abordada e discutida 
no Brasil e em todo o mundo. A atenção humanizada envolve conhecimentos, práticas e 
atitudes que objetivam proporcionar a promoção do parto e nascimento saudáveis e 
prevenção da morbimortalidade materna e perinatal (LIMA, et al., 2012). 
 Essa atenção na humanização do parto deve iniciar-se no pré-natal, de modo a 
assegurar a realização de procedimentos que visem benefícios para a mulher e o bebê, 
proporcionando privacidade e autonomia, por parte dos profissionais envolvidos no processo 
do cuidado, e evitando intervenções desnecessárias. Sendo assim, a atenção humanizada, 
especialmente no processo de parto, passa a ser entendida como um modo de cuidado 
centrado na voz do indivíduo, no respeito a sua autonomia e, portanto, no uso de tecnologias 
leves que perpassam pela escuta, apreensão e satisfação de necessidades (CARDOSO; 
MENDES; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2013). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS), no intuito de minimizar as práticas 
inapropriadas e desnecessárias ao parto, publicou, em 1996, o Manual Assistência ao Parto 
Normal: um guia prático, como referência para a implantação do parto humanizado nos 
serviços de saúde. Esse manual indica as práticas obstétricas vigentes e recomendadas, com 
base em evidências científicas, e classifica-as em quatro categorias: práticas claramente 
úteis e que carecem ser incentivadas; práticas prejudiciais ou ineficazes e que precisam ser 
eliminadas; práticas com evidência insuficiente para apoiar uma recomendação e que 
necessitam ser usadas com precaução; e práticas frequentemente utilizadas de forma 
inapropriada, provocando mais danos que benefício (OMS, 1996). 
Em 2000, foi lançado o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento 
(PHPN), de acordo com a portaria GM n° 569, tendo como principal estratégia assegurar a 
melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da 
assistência ao parto e puerpério das gestantes e recém-nascidos, na perspectiva dos direitos 
da cidadania fundamentando-se no direito a humanização da assistência obstétrica e 
neonatal além de estabelecer critérios para qualificar a assistência e promover o vínculo 
11 
 
entre a assistência no ambulatório e o momento do parto de forma efetiva (NAGAHAMA; 
SANTIAGO, 2008). 
A implantação do PHPN permitiu o diálogo requerido sobre a mudança de condutas 
e de procedimentos adotados nos serviços, pois o programa prioriza o parto vaginal, a não 
medicalização do parto e a redução de intervenções cirúrgicas, o documento tece, ainda, 
uma crítica aos procedimentos acarretam a despersonalização da mulher, a realização de 
operações cesáreas desnecessárias e incentiva o processo de parto ativo como um 
acontecimento fisiológico (POSSATI et al., 2017) 
A humanização da assistência é de extrema importância para garantir que um 
momento único, como o parto, seja vivenciado de forma positiva e enriquecedora. Resgatar 
o contato humano, ouvir, acolher, explicar, criar vínculo, são quesitos indispensáveis no 
cuidado. Tão importante quanto o cuidado físico, a realização de procedimentos 
comprovadamente benéficos, a redução de medidas intervencionistas, é a privacidade, a 
autonomia e o respeito à parturiente, tão defendidos no PHPN ((POSSATI et al., 2017) 
Portanto, torna-se imprescindível a participação do profissional de saúde no 
processo de humanização, prestando uma assistência à mulher, que deve ser centrada na 
ética, focando o respeito, a dignidade, autonomia e individualidade da mesma, reforçando a 
formação de vínculos e laços familiares mais intensos, proporcionando a participação da 
gestante no seu parto. Sendo o profissional de enfermagem quem mais está em contato 
com a parturiente neste momento tão significativo, a sua presença e o modo como direciona 
o cuidado é imprescindível para a conduta de uma assistência humanizada e de qualidade 
(LIMA et al., 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
O presente estudo se justifica por ampliar um debate sobre um tema pertinente 
socialmente e estimulado por representar um processo natural na reprodução do ser 
humano, além de servir como base de pesquisa para profissionais da área de saúde, em 
especial acadêmicos de enfermagem, bem como esclarecer sobre as práticas humanizadas 
no parto humanizado e suas repercussões para parturiente. 
A relevância do presente estudo respalda-se na produção do conhecimento com base 
na proposta de humanização da atenção à saúde das mulheres, buscando conhecer as 
práticas humanizadas desenvolvidas no parto. Nesse contexto, este estudo busca responder 
a seguinte questão de pesquisa: Quais as práticas humanizadas desenvolvidas durante o 
parto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
Analisar a produção científica, disponível na literatura online, sobre práticas 
humanizadas no parto, aplicadas à parturiente. 
 
1.3.2 Objetivo específicos 
 
 -Caracterizar os estudos quanto ao título, ano atores, delineamento, tipo de estudo e 
principais resultados. 
 -Apontar os desfechos positivos para reflexão de práticas de saúde humanizados ao 
pré-parto, parto e pós-parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS NA ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 
 No decorrer dos anos foi sendo observado que, dentro do processo de parto, as 
práticas de assistência podiam ser algo muito positivo tanto para as mulheres como para as 
crianças, visando um desenvolvimento positivo do parto e observando como algumas 
práticas podiam ser implantadas ao longo do processo de parto para dar uma maior 
assistência aos procedimentos médicos aplicados (DIAS, 2006). 
 De acordo com observações de estudiosos e profissionais da área da saúde a 
assistência humanizada nos partos tem por principal base minimizar ao máximo o uso de 
alguns procedimentos médicos aplicados no parto que podem impactar negativamente a 
saúde tanto das mulheres como das crianças. Esse pode ser considerado o ponto chave dos 
procedimentos e dos profissionais de medicina que acompanham o processo do parto, 
realizar o mesmo de forma mais natural possível e incentivar as mulheres a buscar pelo 
processo natural do parto, sem nenhuma interferência de procedimentos clínicos (PONTES 
et al., 2014). 
 Um dos principais procedimentos realizados a partir da assistência no parto pode ser 
considerado o parto humanizado, aquele em que se evita ao máximo introduzir 
procedimentos clínicos nos processos de parto, assim como as mulheres são incentivadas a 
buscarem realizar processos naturais para realizarem o parto. Para muitos o parto 
humanizado é considerado o que gera menos impacto a saúde das mulheres e das crianças, 
assim como seu processo de recuperação é bem mais rápido do que os processos de partos 
com intervenção clínica (BRASIL, 2011). 
 O parto humanizado pode ser conceituadocomo um parto respeitoso, em que o 
médico reconhece o valor daquele momento para a mãe, o pai e o filho, e se dispõe a 
ajudar, efetuando somente os procedimentos necessários, num ambiente agradável, onde a 
mulher esteja cercada de profissionais simpáticos e de uma pessoa de confiança (BRASIL, 
2011). 
 Esse pode ser considerado um dos principais procedimentos trazidos novamente à 
sociedade ao longo dos últimos anos, uma vez que se tornaram cada vez mais comuns 
procedimentos clínicos dentro do processo de parto. Na década de 70 e 80 muitos 
procedimentos clínicos eram realizados por parte das mulheres, buscando principalmente 
15 
 
minimizar as dores ou devido a algumas situações relacionadas a parte clínica da época. Na 
década seguinte observou-se que as mulheres apresentavam certa dificuldade na 
recuperação ou mesmo apresentam certos impactos clínicos devido a intervenção clínica 
realizada durante o processo do parto, por conta desse estudo realizado médicos e pessoas 
responsáveis pelo acompanhamento clínico das mulheres durante o processo de gravidez e 
parto observaram que precisavam uma técnica que poderia ser positiva para uma maior 
estabilidade clínica das mulheres que realizam partos, dessa forma foi sendo introduzida 
aos poucos a assistência ao parto ou parto humanizado (BRASIL, 2000). 
 Observando o número de mulheres que estão desenvolvendo essa técnica ou 
procedimento, e seu período de recuperação, pode-se perceber que foi muito minimizado às 
mulheres a informação de que após o parto com interferência direta no seu processo, podem 
apresentar certas doenças ou mesmo contrair certos problemas decorrentes do processo 
realizado. Para as mulheres promover o parto humanizado, assim como fornecer as mesmas 
a assistência necessária, como também apresentação dos conhecimentos necessários por 
parte das pacientes se torna fundamental para que as mulheres grávidas possam optar pelo 
melhor procedimento (DIAS, et al., 2006). 
 A humanização da assistência ao parto implica que os enfermeiros respeitem os 
aspectos da fisiologia feminina, sem intervenções desnecessárias, reconheçam os aspectos 
sociais e culturais do parto e do nascimento e ofereçam suporte emocional à mulher e à sua 
família, garantindo assim os direitos de cidadania (DIAS, et al., 2005). 
 Para muitos esses procedimentos tende a ganhar cada vez mais espaço ou mesmo 
ser cada vez buscado por parte das mulheres e incentivado pelas famílias, uma vez que 
representa menos risco a vida e a saúde das pessoas envolvidas. Alguns procedimentos 
estão sendo desenvolvidos visando fornecer os meios necessários ou auxiliares para que as 
mulheres consigam realizar o parto de uma forma natural, sendo a mesma acompanhada por 
parte dos médicos e orientada por profissionais devidamente qualificados, tirando as 
dúvidas e apresentando como o procedimento do parto humanizado pode ser algo 
extremamente positivo tanto para a mulher como para a criança (VERSIANI, C et al., 
2015). 
 Algo que se mostrou necessário é a apresentação de uma forma bem aprofundada de 
como os procedimentos aplicados no processo de parto podem ser positivos ou negativos 
para as mulheres, assim como para as crianças. Os profissionais devem procurar a todo 
tempo destacar para as mamães e os familiares quais os principais benefícios trazidos por 
16 
 
meio do procedimento aplicado, e o que estão buscando minimizar com tal procedimento 
(DIAS, et al., 2005). 
 
2.2 POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL AO NASCIMENTO 
 
 As políticas sociais são consideradas como ferramentas criadas como uma forma de 
proporciona um desenvolvimento social positivo, a mesma busca não somente introduzir 
alguns programas capazes de melhorar certos problemas sociais, ela tem por principal 
finalidade descrever como está sendo realizado o processo de evolução da sociedade 
(BRASIL, 2006). 
 Ao longo dos anos tanto os governantes como certos profissionais sociais buscaram 
desenvolver formas de melhorar os procedimentos relacionados à sociedade, acreditando os 
mesmos que por meio das políticas sociais podiam expandir não somente as análises, como 
verificar quais os processos teriam um retorno positivo uma vez que fosse implantado na 
sociedade (BRASIL, 2011). 
 O Estado Social encontra sua legitimação precisamente em sua vertente social, que 
se concretiza no reconhecimento dos direitos sociais e na obrigação de materializar 
realmente um bem-estar generalizado a todos os cidadãos. Esses objetivos estão 
diretamente ligados ao sistema de prestações e às políticas sociais. O êxito ou o fracasso na 
realização das políticas sociais condiciona a legitimação do Estado Social (PONTES, et al., 
2014). 
 Por meio dos processos de políticas públicas foram desenvolvidas algumas normas, ou 
decretos, buscando promover a humanização dentro do processo de maternidade, sendo o 
mesmo aplicado desde o pré-natal até o parto. Algo considerado extremamente positivo 
para as mulheres que desejam realizar o seu parto sem interferência clínica (DIAS, et al., 
2006). 
 Esse é um dos principais passos para incentivar ou implantar o procedimento 
médico dentro do contexto materno, a portaria n° 569. O programa de humanização no Pré-
Natal até o Nascimento tem por base os seguintes princípios. 
- Toda gestante tem direito ao acesso digno e de qualidade durante seu processo de 
gestação, assim como após o período gestacional. 
- Toda mulher gestante tem direito de ter acesso a maternidade, na qual será atendida 
durante o processo de parto. 
- Todo recém-nascido deve ser assistido de forma humanizada e com segurança. 
17 
 
- Toda gestante tem direito a escolher o procedimento de parto, tendo a mesma direito as 
informações necessárias para verificar qual se encontra melhor encaixado no que ela deseja 
realizar. 
 A criação da portaria, promovendo e apresentando a humanização do pré-natal até o 
nascimento, é um ponto chave para minimizar de uma forma positiva a taxa de mortalidade 
das crianças e das mulheres durante ou após o parto, esse foi. Para muitos, um dos 
principais objetivos buscado por parte dos órgãos responsáveis pelo acompanhamento 
médico das mulheres. Vale destacar que a busca pelas mulheres de procedimentos capazes 
de auxiliar as mesmas durante um período bem delicado contribuíram muito para que os 
profissionais e órgãos responsáveis buscassem por introduzir ou implantar procedimentos 
capazes de promover todos os pontos almejados pelas mesmas (CARDOSO, 2007). 
 Para o Ministério da Saúde (2007), o preparo para o parto envolve abordagem de 
acolhimento da mulher e seu companheiro no serviço de saúde. O serviço de pré-natal 
deverá promover visitas às gestantes e acompanhantes às unidades de referência para o 
parto e está passa a ter o direito ao conhecimento e vinculação à maternidade onde receberá 
assistência no âmbito do SUS, conforme lei 11.634 (BRASIL, 2007). 
 Um acompanhamento e acolhimento realizado de forma eficiente podem ser 
determinantes para o sucesso do procedimento de parto, assim como da gestação das 
mulheres. Uma vez que um acompanhamento rotineiro pode ser determinante para que as 
mulheres não venham apresentar doenças ou complicações sem a devida contraposição dos 
médicos e sem que sejam tomados os devidos cuidados, tanto pela parte dos médicos como 
das mulheres (LIMA, et al., 2012). 
 Dessa forma, a aposta realizada pela PNH é a de que, para fomentar ações integrais 
em saúde, é preciso pensar meios para conferir materialidade às diretrizes da cogestão, do 
acolhimento, da clínica ampliada e da valorização do trabalho e do(a) trabalhador(a) em 
saúde, na medida em que ações integrais se referem a “efeitos e repercussões de interações 
positivas entre usuários, profissionais e instituições, que são traduzidas em atitudes como 
tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo” (BARROS, et al., 
2005). 
 Essa podeser considerada a nova metodologia introduzida dentro do processo de 
parto, algo extremamente voltado para o bem-estar tanto das mulheres como dos 
profissionais da saúde que estão diretamente ligados aos procedimentos realizados. 
Ampliando o campo de atuação dos profissionais, assim como, fornecendo os meios 
necessários para os mesmos, pode-se ter um desenvolvimento positivo dos procedimentos 
18 
 
do parto, assim como serem minimizados ao máximo os impactos observados durante anos 
dentro das práticas realizadas no processo de parto (BRASIL, 2013). 
 
2.3 PRÁTICAS DE HUMANIZAÇÃO NO PARTO 
 
 Buscando promover o desenvolvimento positivo da humanização do parto algumas 
práticas foram implantadas por parte dos profissionais da saúde e os órgãos competentes, 
tais práticas são consideradas pilares, para que a humanização aplicada dentro do pré-natal 
e parto se torne cada vez mais eficiente (BABIERI, et al., 2015). 
 De acordo com o Ministério da saúde (2002) a humanização compreende desde o 
atendimento qualificado e digno das unidades de saúde à mulher, aos seus familiares e ao 
recém-nascido, até a adoção de medidas e procedimentos sabidamente benéficos para o 
acompanhamento do parto e do nascimento, evitando práticas desnecessárias (BRASIL, 
2002). 
 O Ministério da Saúde (MS) tem apoiado práticas de cuidado ao parto e ao 
nascimento que garantam uma atenção materno-infantil qualificada e segura. A 
humanização do parto e do nascimento busca resgatar a autonomia da mulher, tendo como 
apoio a adoção de práticas comprovadamente benéficas na parturição e assim ocorrendo a 
diminuição na demanda das cesarianas. Práticas como essas que visam proporcionar bem-
estar, conforto a mulher e reduzir riscos para ela e seu bebê. (FUGITA, 2014). 
 As principais práticas aplicadas dentro do processo de humanização se voltam para o 
bem-estar das mulheres, conceder as mesmas um ambiente limpo e com todos os 
procedimentos de assistência necessários se torna cada vez mais o foco principal dos 
hospitais, profissionais, órgãos entre outros que estão diretamente ligados a saúde nos 
países do mundo (GABRIELLONI, et al., 2015). 
 Outra prática muito comum no processo de humanização do parto consiste em dar aos 
profissionais responsáveis por auxiliar e acompanhar as gestantes uma orientação teórica e 
prática de como os mesmos podem colaborar positivamente para que o parto humanizado 
ocorra de forma eficiente. Os profissionais dessa nova metodologia de parto podem ser 
pessoas sem certo conhecimento científico, mas que apresentem habilidades ou tenham 
conhecimento prático dos procedimentos a serem aplicados durante o parto para dar as 
mulheres uma melhor condição de realizar o mesmo sem necessidade de processos médicos 
(FUSTINONI, et al., 2015). 
19 
 
 A interação efetiva e humanizada, quando voltada às gestantes, é de extrema 
importância para o sucesso desta atenção, pois a criação de vínculo entre o profissional, seu 
cliente e família, bem como a consideração pelas escolhas, expectativas e cultura, 
permitirão a humanização do cuidado e maior segurança e confiabilidade por parte dessas 
mulheres. O acompanhamento do trabalho de parto e parto por familiares é considerado um 
diferencial e uma contribuição para a assistência ao parto humanizado (VERSIANI, et al., 
2015). 
 Dar às mulheres todo o conforto e segurança durante um processo delicado e de 
extrema importância emocional para a mesma, se torna cada vez mais necessário, devendo 
ela ser orientada de como proceder em cada etapa do parto e quais as situações em que deve 
buscar por orientação médica (BARBIERI, et al., 2015). 
 Existem alguns procedimentos que podem melhorar as condições clínicas das 
mulheres para que o parto humanizado seja realizado, dentre eles existem técnicas de 
respiração, esportes aeróbicos que podem dar condicionamento físico para a mãe, assim 
como algumas atividades realizadas durante o pré-natal podem ser bons contribuintes para 
que as mulheres venham apresentar uma boa condição para o parto (BRASIL, 2015). 
 Vale destacar que o acompanhamento das mulheres deve avaliar se as mesmas terão 
ou não condições de realizar o parto humanizado, caso seja verificado que a mulher não 
apresenta todas as condições médicas ou físicas para realizar o parto dentro do método 
humanizado os médicos devem intervir e proceder com os procedimentos clínicos 
necessários para que tanto a mãe como a criança não venham a ter problemas (SANTOS, 
M. L., 2002). 
 Devem ser observados os comportamentos, métodos ou práticas que venham 
contribuir negativamente para que o processo do parto ocorra de forma humanizada, 
avaliando principalmente a integridade das mulheres e da criança. Por conta desse ponto 
muitos hospitais e órgãos têm buscado cada vez mais desenvolver procedimentos para 
auxiliar ou orientar a todas as pessoas envolvidas no processo de parto (SILVEIRA, et al., 
2012). 
 
 Tais métodos devem ser retirados ou mesmo desencorajados por parte tanto dos 
profissionais como das mulheres, dessa forma serão executados somente as práticas que 
incentivam ou motivam a realização do parto humanizado. Os profissionais são apontados 
como principais responsáveis pelas práticas impulsionadas durante o parto, assim como 
20 
 
devem avaliar o quadro em que as mulheres se encontram verificando se as mesmas terão 
as condições necessárias para tal processo de parto ou não (SILVEIRA, et al., 2012). 
 
2.4 REDE CEGONHA 
 
 A Rede Cegonha (RC), lançada em 2011 pelo governo federal, é uma estratégia 
instituída no Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de reduzir a morbimortalidade 
materna, exemplo de transgressão aos direitos humanos, no Brasil. Por meio desse 
programa público de saúde, a mulher tem assegurado, por meio de uma rede de cuidados, o 
direito de planejar a reprodução, de receber atenção humanizada na gravidez, no parto e no 
puerpério, além de a criança ter o direito de nascer com segurança, ter crescimento e 
desenvolvimento saudáveis (BRASIL, 2011). 
 A RC pode ser considerado o principal programa de humanização de parto criado 
por parte dos órgãos competentes, por meio deste as mulheres passaram a ter um 
conhecimento mais aprofundado e o direito ao parto humanizado implantado dentro dos 
órgãos de saúde que promovem alguns processos de parto (GIOVANNI, M.; 2013). 
 Assistência às mulheres durante a gravidez, assim como no período do pós-parto, se 
tornou algo extremamente valorizado por meio da rede cegonha. Sendo o mesmo uma 
demonstração para as mulheres que elas são importantes para a composição da sociedade e 
sua saúde é algo de extrema importância para os responsáveis pela saúde no país (BRASIL, 
2007). 
 O projeto rede de cegonha pode ser considerado extremamente eficiente no que 
consiste na diminuição da mortalidade infantil, assim como vem crescendo muito nos 
últimos anos como um dos processos de partos mais realizados nos países. Assim como o 
mesmo tem promovido uma melhoria considerável no processo de assistência das crianças 
que apresentam um quadro clínico complicado, como as mães que apresentam 
complicações durante os processos de parto. Para muitos estudiosos a rede de cegonhas 
veio complementar ainda mais os procedimentos aplicados durante a gestação e tornou a 
saúde das mulheres ainda mais estável (CASSIANO, A. C. M.; et al., 2014). 
 Por meio de aprovação de leis ficou determinado que fosse realizado um benefício 
ao estado ou município que adotar as medidas da rede cegonha como seu principal processo 
de parto. Devendo ser pago a média de R$ 50,00 por cada mulher gravida que seja assistida 
por esse projeto, as mesmas precisam estar cadastradas junto ao governo federal, para que 
21 
 
sejam verificadas todas as informações relacionadas à natalidade do país (PORTO, A. M. 
F.; et al.,2010). 
 Uma reflexão otimista em relação ao Programa, afirmando que pela primeira vez no 
Brasil a maternidade torna-se um direito, dando oportunidade para um parto cidadão. 
Afirmam ainda que antes do debate sobre aborto é preciso políticas públicas que garantam 
o parto seguro, acesso às maternidades e garantia de proteção no pós-parto no que diz 
respeito à saúde da mulher e da criança (Ceccim, e Cavalcanti.; 2011). 
 Conhecer as principais informações referente a gravidez e observar o avanço de 
cada gestante pode ser algo positivo para verificar se a mesma precisará da intervenção 
clínica por meio da cesariana ou não, esse é um dos pontos do qual se torna necessário o 
conhecimento dos profissionais e da observação dos mesmos durante todo o período 
gestacional da paciente(BRASIL, 2002). 
 Somente diante das informações precisas e reavaliação clínica que as pacientes 
devem ser levadas para realização da cesariana, verificando também se as futuras mamães 
apresentam resistência ou alergia algum tipo de medicação muito utilizada durante o 
processo de parto (SOUZA, et al., 2010). 
 Dentre as várias indicações de cesarianas, algumas são mais frequentes: na distorcia 
de progressão, antes de indicar a cesariana, deve-se tentar solucionar sua principal causa, 
com a utilização de ocitocina e/ou ruptura artificial das membranas, quando ocorrerem 
contrações uterinas ineficazes. Na desproporção cefalopélvica, a cesariana é indicada 
corretamente, por meio do partograma. No mau posicionamento dos fetos, como nas 
variedades de posição posteriores e transversas persistentes, a rotação do polo cefálico deve 
ser tentada e, caso o trabalho de parto não evolua, deve-se realizar a cesariana (AMORIM; 
SOUZA; PORTO, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
3 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS 
 
3.1 TIPO DE ESTUDO 
 Para conseguir realizar a análise e discussões acerca da temática, o estudo se propôs a 
desenvolver uma pesquisa através do método de revisão integrativa. A revisão integrativa 
da literatura é um método que objetiva sintetizar resultados obtidos acerca de uma 
determinada temática ou questão de forma sistemática e abrangente (MENDES; 
SILVEIRA; GALVÃO, 2010). 
 
3.2 OPERACIONALIZAÇÃO PARA COLETA DOS DADOS 
 Para composição desse estudo foram utilizadas as seis etapas da revisão integrativa 
que são descritas abaixo, segundo Souza; Silva e Carvalho (2010). 
 1ª Fase: Elaboração da pergunta norteadora, considerada a fase mais importante do 
processo, devendo ser elaborada de forma clara e específica, pois ela que irá determinar 
como os estudos e as pesquisas deverão ser realizados. 
 2ª Fase: pesquisa e amostragem na literatura, em que se deve realizar uma pesquisa 
ampla e diversificada em base de dados. 
 3ª Fase: coleta de dados, extração de artigos selecionados e seguros, com mínimo de 
erros na transcrição e garantia na checagem das informações, que irão como registro. 
 4ª Fase: avaliação crítica dos estudos incluídos, esta por sua vez procura atribuir uma 
abordagem organizada para avaliar o rigor e as características de cada estudo. 
 5ª Fase: discussão dos resultados, fase na qual se compara os dados identificados na 
análise dos artigos ao referencial teórico, possibilitando a identificação de algumas lacunas 
do conhecimento influenciando assim para estudos futuros. 
 6ª Fase: apresentação da revisão integrativa, na qual se deve ter uma apresentação 
objetiva e completa a fim de permitir ao leitor examinar criticamente os resultados. 
 
3.3 BUSCA E SELEÇÃO DOS DADOS 
A busca e a seleção foram realizadas por meio da utilização do descritor oficial, em 
português, disponibilizados pela interface da plataforma Descritores em Ciências da Saúde 
(DeCS): Parto Humanizado. 
O levantamento dos artigos científicos ocorreu por meio da Biblioteca Virtual em 
Saúde (BVS) devido à integração das bases de dados: Literatura Latino-Americana e do 
23 
 
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), o Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da 
Saúde (IBECS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), bem como 
pela biblioteca Scientific Electronic Library Online (SciELO), durante o segundo semestre 
de 2019. 
Os critérios de inclusão utilizados para seleção das publicações foram: estudos 
publicados no período de 2010 a 2018, que estivessem no idioma português e artigos 
disponibilizados na íntegra. 
Para possibilitar a análise das publicações que integraram a análise, foi utilizado um 
instrumento elaborado pela autora contendo: título, ano, autores, delineamento, tipos de 
estudo e principais resultados (APÊNDICE A). 
Após a seleção das publicações iniciou-se um processo de leitura fluente e 
organização dos mesmos. Após a seleção e leitura criteriosa de cada um dos artigos, apenas 08 
correspondeu a questão norteadora e atenderam aos critérios da pesquisa. 
Através do fichamento houve a facilitação da identificação dos núcleos abordados 
em cada publicação e assim deu-se início a fase de exploração do material, e análise dos 
mesmos. 
 
3.4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
 Os resultados foram apresentados em quadros, a análise e síntese dos dados extraídos 
das publicações foram realizadas de forma descritiva e discutidas de acordo com as 
publicações pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Na presente revisão integrativa da literatura analisou-se oito artigos que atenderam 
aos critérios de inclusão previamente estabelecidos. A seguir será apresentado um 
panorama geral dos artigos avaliados, antes de proceder à apresentação das categorias 
temáticas. 
 
25 
 
Quadro 1 – Características dos estudos incluídos na amostra da revisão integrativa, publicado entre 
2010-2018. João Pessoa, Paraíba, 2019. (N= 8). 
N Título 
 
Ano Autores Delineamento Tipo de 
estudo 
Principais Resultados 
01 Métodos não 
farmacológicos 
no parto 
domiciliar; 
2018 Araújo 
et al. 
Revista de 
enfermagem 
UFPE on line.; 
Recife, 
Qualitativo Existem diversos métodos não farmacológicos para o alívio da dor durante o 
trabalho de parto, entre eles a realização de massagem, método cavalinho e o 
banquinho U, banhos de imersão e aspersão, uso da bola suíça, utilização de 
música e outras técnicas de relaxamento como aromaterapia, muito provavelmente 
a mulher irá sentir-se mais aliviada, tanto pelo efeito das técnicas, quanto pelo 
acompanhamento eficaz no parto domiciliar. 
 
02 Percepção do 
pai sobre a sua 
presença 
durante o 
processo 
parturitivo; 
2018 Ribeiro 
et al. 
Revista 
enfermagem 
UFPE on line.; 
Recife, 
Qualitativo Observou-se de acordo com esse contexto que a partir de 2005 as parturientes têm 
reservado o direito ao acompanhante de sua livre escolha durante todo o processo 
parturitivo, que sistema único de saúde (SUS). 
 
03 Estratégias não 
farmacológicas 
para o trabalho 
de parto: 
efetividade sob 
a parturiente; 
2017 Hanum 
et al 
Revista de 
enfermagem 
UFPE on line.; 
Recife, 
Quantitativa 
 
São várias as técnicas para alívio da dor durante o trabalho de parto. Dentre elas 
estão a deambulação, os exercícios respiratórios, posições variadas, banhos de 
imersão e/ou aspersão, exercício de relaxamento, massagens, principalmente 
lombossacrais, e exercícios na bola. 
 
04 Vivência do 
acompanhante 
da parturiente 
no processo de 
parto; 
2018 Souza 
et al 
Revista de 
enfermagem 
UFPE on line .; 
Qualitativo A participação desse acompanhante, no processo de trabalho de parto e parto, é 
um direito de escolha da parturiente e independe do seu grau de parentesco. 
 
26 
 
05 Assistência à 
mulher para a 
humanização 
do parto e 
nascimento; 
2018 Barros 
et al 
Revista de 
enfermagem 
UFPE on line.; 
Qualitativo Nessa perspectiva, a humanização doparto é uma condição de respeito à mulher 
como pessoa única, em questão de cidadania. É o respeito, também, à família em 
formação e ao bebê, que tem direito a um nascimento sadio e harmonioso. 
 
06 As práticas 
humanizadas 
desenvolvidas 
por 
enfermeiras 
obstétricas na 
assistência ao 
parto 
hospitalar; 
2010 Porfíro 
et al 
Revista 
eletrônicas de 
enfermagem 
Qualitativa A creditamos que a atenção humanizada durante o parto e o nascimento sejam 
aptos a desenvolver o suporte físico e emocional à parturiente, com a utilização de 
práticas não invasivas tais como o estímulo à deambulação, a mudança de posição, 
o uso de água para relaxamento e massagens. 
 
O7 A 
humanização 
na assistência 
ao parto e ao 
nascimento; 
2018 Cordeir
o et al 
Revista de 
enfermagem 
UFPE on line.; 
Quantitativo Entende-se que, para contribuir com o compartilhamento desse momento especial, 
a parturiente tem, por direito, a escolha da presença de um acompanhante prevista 
na lei 11.108/2005, com o objetivo de aliviar o foco da dor e fornecer apoio 
emocional e segurança. 
 
08 Práticas de 
humanização 
com 
parturientes; 
2018 Silva et 
al 
Revista baiana 
enfermagem 
Quantitativo Estes estudos apontaram diversas técnicas de relaxamento utilizadas para 
promover o conforto e o bem-estar das parturientes, tais como: massagens, banhos, 
musicoterapia, exercícios de respiração, uso da bola obstétrica, deambulação, uso 
do cavalinho e do banco obstétrico. 
 
27 
 
4.1 CATEGORIAS TEMÁTICAS 
 
Nesta seção, será sintetizada e discutida a produção científica sobre os fatores 
relacionados à sífilis congênita. Para facilitar essa apresentação os estudos da amostra 
foram dispostos em três categorias temáticas: (1) Métodos não farmacológicos de alívio da 
dor no trabalho de parto; (2) A presença de acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto. 
 
4.1.1 MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS DE ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO 
DE PARTO 
Após análise das publicações foi possível notar que a prática mais evidente de 
humanização no parto foi a utilização dos métodos não farmacológicos de alívio da dor no 
trabalho de parto, dentre eles podemos citar a deambulação, método cavalinho, banquinho 
U, uso da bola suíça, exercícios respiratórios, posições variadas, banhos de imersão e ou 
aspersão, o uso da água mornas de preferência para relaxamento, musicoterapia e outras 
técnicas como a aromaterapia. 
 
4.1.1.1 Deambulação 
 
A deambulação deve ser estimulada, pois é um método que visa a redução do tempo 
do trabalho de parto, por meio da deambulação ocorre uma maior mobilidade pélvica que 
ajuda a acelerar a dilatação cervical como também a descida fetal, além disso, a 
deambulação promove uma tolerância maior da parturiente quanto à dor no trabalho de 
parto. No entanto, a deambulação, o uso do cavalinho e a bola suíça, que são técnicas de 
mobilidade, têm por finalidade o alívio da dor durante a fase ativa do trabalho de parto, 
gerando um maior relaxamento para a mulher e a diminuição do uso de analgésicos e 
anestésicos, assim como um melhor desenvolvimento do trabalho de parto (ARTIGO 1). 
Durante o trabalho de parto o profissional de enfermagem, deve orientar as 
parturientes sobre a importância da deambulação, pois com isso ocorre uma maior 
mobilidade pélvica ajudando a acelerar a dilatação cervical como também a descida do feto. 
Além disso, a deambulação promove uma tolerância maior da parturiente quanto á dor no 
trabalho de parto (ARTIGO 3). 
A deambulação é recomendada nas primeiras três horas da fase ativa do trabalho de 
parto porque facilita a descida e a apresentação fetal, trazendo benefícios tanto para a mãe 
Comentado [1]: Tamanho da fonte diferente 
28 
 
quanto para bebê, diminuindo o tempo de trabalho de parto e os escores de dor 
(RODRIGUES, et al., 2012). 
Embora a deambulação seja um método que acelera o trabalho de parto, para 
algumas mulheres este método pode aumentar a dor e nesses casos é necessário que a 
sensação de dor sentida pela parturiente não ultrapasse seus limites para que o processo do 
trabalho de parto não seja prejudicado (ARTIGO 1). 
A participação da presença da enfermeira na assistência à mulher também propicia o 
uso de práticas ou condutas não medicamentosas, como: deambulação, movimentação e 
posicionamento, banhos e massagem, posição sentada e de cócoras e os movimentos 
pélvicos favorecem a progressão do trabalho de parto. Nessas práticas pode protelar ou 
evitar o emprego de medicações analgésicas ou anestésicas no trabalho de parto (SILVA, et 
al., 2011). 
 Esse método é de suma importância, uma vez que auxiliam no conforto e diminui a 
ansiedade, medo, aflição da parturiente, e por consequência reduz a dor (ARTIGO 1). 
 Portanto, com uso da deambulação como recurso terapêutico, as parturientes se 
distraem perdendo o foco na dor. Essa técnica é bem eficaz quando utilizada no período de 
3 a 7 cm de dilatação, com no mínimo 30 min de atividade sem restrição para o tempo 
máximo, desde quando a mulher se sinta confortável para praticar (BRASIL, 2001). 
 
4.1.1.2 O banho de aspersão/imersão 
 
 
O banho funciona por meio do estímulo que a água quente faz nos termo receptores 
da epiderme estimulando a chegada da mensagem de forma mais rápida ao cérebro do que 
o estímulo da dor, fazendo assim que exista um bloqueio de forma efetiva. O calor promove 
o aumentado a circulação sanguínea e inibe os agentes estressores motivado pela contração 
durante o trabalho de parto, devido ao contato com o tecido é capaz de ocasionar uma certa 
melhoria no metabolismo e da elasticidade reduzindo o prelúdio da dor (ARTIGO 1). 
 O banho de imersão tem por objetivo proporcionar à mulher a retomada de sua 
autonomia no processo de parturição, pois a mesma poderá mobilizar seus próprios 
recursos na busca de seu bem-estar durante este momento (ARTIGO 6). 
 O efeito relaxante da água pode diminuir a utilização de métodos farmacológicos. 
Sua utilização pode diminuir o tempo de parto, diminuir a pressão arterial, evitar ou 
29 
 
diminuir as lacerações do períneo, proporcionando um nascimento tranquilo e prazeroso 
(ARTIGO 3). 
 A enfermagem tem, por autonomia, de orientar a parturiente na importância do uso 
da água na aspersão, a orientação para uma respiração adequada e o uso da massagem como 
recursos que favorecem o relaxamento da parturiente e o alívio da dor, seja em conjunto ou 
isoladamente. A prática mais pontuada nas falas das enfermeiras foi o uso da água em 
aspersão que é utilizada como um valioso recurso para o relaxamento (ARTIGO 6). 
 A temperatura da água deve permanecer por volta de 37 a 38ºC, esse banho pode ser 
no chuveiro, bacia, banheira, sendo indispensável que a mulher fique por uma constância de 
20 minutos no banho, posicionando a repressão na região em que houver dor, mas comum 
ser na região lombar ou abdominal inferior, esse processo vai contribuir para inibição da 
dor, e o seu relaxamento é ocasionado pela liberação de endorfinas do processo que essa 
prática proporciona (ARTIGO 6). 
 Ao permanecer na água aquecida, o calor ajuda a liberar a tensão muscular e 
diminuição das dores referentes às contrações uterinas, podendo despertar a sensação de 
bem-estar. Fisiologicamente, a água quente subsidia o conforto da pele, promove a 
vasodilatação e a consequente redução das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) 
(ARTIGO 3) 
 Portanto, a literatura tem demonstrado que entre os métodos mais utilizados estão o 
banho de chuveiro, a deambulação, a massagem lombossacral, o relaxamento muscular e os 
exercícios respiratórios, de forma combinada ou isolada, sendo efetivos no alívio e conforto 
da dor de parturientes em trabalho de parto, em sua fase ativa (ARTIGO 1). 
Com a utilização do banho quente durante o trabalho de parto, promove o 
relaxamento e diminui a dor,a ansiedade e parâmetros relacionados ao estresse, sem os 
riscos causados por outros tratamentos (MARTINS, et al., 2017). 
Esse recurso pode ser associado a outras técnicas, como a massagem e o banho de 
chuveiro, através de alongamentos pélvicos e exercício ativo de circundução, entre outros. 
O suporte contínuo compreende oferecer conforto físico, apoio emocional e comunicação 
efetiva entre a equipe de saúde, a parturiente e seu acompanhante (HANUM, et al., 2017). 
Embora o banho de chuveiro seja um recurso de fácil aplicabilidade, sem efeitos 
colaterais e de baixo custo, ainda é escasso na literatura mundial o volume de ensaios 
clínicos controlados sobre a utilização dessa terapêutica no alívio da dor, durante o trabalho 
de parto, justificando a importância desta pesquisa que poderá contribuir para definir a 
eficácia desse recurso não farmacológico (SANTANA, et al.,2013). 
30 
 
 
 
 
4.1.1.3 A massagem 
 
A massagem foi outra técnica descrita como método não farmacológico de alívio da 
dor no trabalho de parto. 
 O uso da massagem é um método de estimulação sensorial caracterizado pelo toque 
sistêmico e pela manipulação dos tecidos. Entretanto no trabalho de parto a massagem tem 
o potencial de promover alívio da dor, além de proporcionar contato físico com a 
parturiente, potencializando. Além da massagem as caminhadas são estimuladas para 
acelerar o trabalho de parto em razão de acrescentar os benefícios da gravidade e as 
mudanças no formato de pelve e uma rotação fetal favorável, pois altera o alinhamento da 
parte da apresentação com a pelve e obtém-se a apresentação ideal (MORAIS, et al., 2017). 
Gallo e colaboradores (2011) orienta a aplicação da massagem na região lombar 
durante as contrações uterinas e em outras regiões como panturrilhas e trapézios nos 
intervalos entre as contrações, por serem regiões que apresentam grande tensão muscular 
no trabalho de parto. 
 Lehugeur e colaboradores (2017) relatam que no trabalho de parto, a realização da 
massagem pelo acompanhante, ou por uma pessoa de sua escolha, faz com que a parturiente 
sinta a sensação de alívio como de proximidade com a pessoa que esteja realizando a 
massagem, pois é uma forma de promover a estimulação sensorial através do toque 
sistêmico e manipulação dos tecidos. 
Essa prática de massagens manuais, pelo companheiro, é uma medida terapêutica 
simples, não farmacológica e de baixo custo que, se realizada junto com as técnicas de 
respiração e com a deambulação, promove o conforto e a tranquilidade da parturiente 
(ARTIGO 2). 
 Santos e colaboradores (2018) apresentam que a realização de massagens diminui a 
tensão e relaxa a mulher, deixando-a mais calma e mais concentrada no trabalho de parto, 
porém é necessário orientar na respiração, pois ajuda a mãe e o bebê a terem uma 
oxigenação adequada, além de proporcionar tranquilidade e alívio das dores. 
 A utilização da acupressão ao longo do processo de parir alivia a dor. O uso da 
aplicação com a ponta dos dedos para fazer pressão sobre pontos específicos do corpo. Tem 
31 
 
por objetivo de aumentar a intensidade das contrações uterinas sem afetar sua duração e 
intervalos regulares. Podem ser usados pontos distintos na indução do parto e redução da 
dor, como o ponto Hugo (LI4) ou intestino grosso (4), que são um dos 14 pontos 
meridianos principais no corpo. Se associados à terapia e ao frio os resultados são ainda 
melhores. Geralmente é utilizada com associação de massagens no trabalho de parto 
(LIMA, et al., 2018). 
 A massagem é uma alternativa não farmacológica para promoção do alívio da dor 
no trabalho de parto através das mãos ou de aparelhos vibratórios, com maior ou menor 
intensidade podem provocar alívio do desconforto durante o trabalho de parto (CORREIA, 
et al., 2018). 
 A massagem passou a ser bastante utilizada pela equipe de enfermagem e pela 
fisioterapia, seja por meio da sua aplicação pelos profissionais ou por orientações aos 
acompanhantes. Estudos têm demonstrado sua eficácia e por meio do relaxamento pelo 
toque, diminuindo o estresse emocional e aumento a perfusão e oxigenação dos tecidos 
(RIBEIRO, et al., 2016). 
 
4.1.1.4 Bola suíça 
 
Na década de 1980 surgiram o primeiro registros do uso da bola suíça na obstetrícia 
em uma maternidade da Alemanha prestada às parturientes na progressão do trabalho de 
parto e de parto em si (ARTIGO 1). 
 O recurso da bola estimula a posição vertical, adoção da liberdade diferentes 
posições exercício do balanço pélvico por sua característica de objeto lúdico que traz 
benefícios psicológicos e baixo custo financeiro (ARTIGO 1). 
 Durante a gravidez pode se praticar exercitando exercícios com a bola Suíça tendo 
como benefícios o relaxamento e o alongamento, a correção da postura e o fortalecimento 
da musculatura, desde que não o trazem dano à mãe e ao filho (ARTIGO 1). 
 No ocorrer do trabalho de parto o exercício com a bola é realizado em posição 
vertical, ou seja, sentada trabalha-se a musculatura do assoalho pélvico, e ainda propicia a 
mudança de posição à parturiente (ARAÚJO, et al., 2018). 
 O uso da bola suíça e um método não farmacológico e humanizado no trabalho de 
parto respeitando-se a parturiente nas condutas das movimentações da pelve 
32 
 
consequentemente haverá o relaxamento da musculatura e ampliação da pelve, logo ajudará 
na descida da apresentação fetal no canal de parto (CORREIA, et al., 2018) 
 A bola suíça é uma ferramenta que promove a livre movimentação podendo-se 
circular para frente e pra trás, em salto, joelho no chão abraçando com a bola, entretanto, 
durante esses exercícios se pode pedir pra parturiente respira levemente e aplicar massagem 
no momento da dor da dilatação do trabalho de parto (SANTOS, et al., 2018) 
 O uso da bola suíça é uma alternativa para as mudanças de posição e adoção da 
posição vertical no trabalho de parto. por isso, permite que a mulher realize um discreto 
balanceio pélvico enquanto está sentada, movimento este que auxilia na descida e rotação 
do feto, além de proporcionar uma sensação de relaxamento (ARTIGO 1) 
 O uso da bola suíça é uma das estratégias para a promoção da livre movimentação 
da mulher durante o parto. Uma das medidas da postura vertical e a movimentação podem 
diminuir a dor materna, facilitar a circulação materno-fetal e a descida do feto na pelve 
materna, melhorar as contrações uterinas e diminuir o trauma perineal, motivo pelo qual a 
influência das mudanças de posição materna no parto vem sendo um tópico de interesse há 
muitas décadas nas pesquisas (ALVARENGA, et al., 2011) 
 A utilização dos métodos não farmacológicos tem uma grande importância o auxílio 
do trabalho de parto pode nos mostrar grandes benefícios na redução de intervenções 
indevidas, destacando seu uso como uma maneira efetiva no alívio da dor. 
 Assim sendo, bola suíça é um recurso muito utilizado pelos fisioterapeutas, atualmente, 
porém, poucos são os estudos científicos publicados sobre o seu uso e efeitos no processo de 
parto. Desta forma, são necessários mais estudos que relacionem seu uso na duração do 
trabalho de parto, nos sinais vitais maternos e fetais, e sobre a percepção da dor (PIVETTA, 
et al., 2014). 
 
4.1.1.5 A Musicoterapia 
 
 No século XX a ciência estuda a musicoterapia e a organização dos efeitos terapêuticos 
da música nos seres humanos. No entanto a técnica da musicoterapia é para diminuir a 
ansiedade, aflição, estresse, medo e pânico da parturiente no trabalho de parto, portanto, 
proporcionando o alívio aos estímulos dolorosos, acarretando a diminuição da pulsação 
cardíaca, dos esforços respiratórios e gerando o alívio na dor, a calma (ARTIGO 1). 
33 
 
 A musicoterapia é um método que nos traz também melhoria das capacidades 
humanas através do uso organizado das influênciasda música sobre o funcionamento do 
cérebro humano. A utilização da música potencializa os resultados, por ser considerado um 
meio muito eficaz como foco de atenção, sendo assim um meio de distração que não reduz a 
dor, mas causa um estímulo agradável ao cérebro, desviando a atenção da mãe na hora da dor 
(COSTA, et al., 2013) 
 Por isso, a música é capaz de proporcionar um alívio para a parturiente por meio da 
diminuição do estresse. Dessa forma, utilização da música durante o trabalho de parto e parto 
para a mulher torna-se um ato de humanização, enaltecendo a mulher com toda a sua 
grandeza humana. Entretanto, o método circunda diversas áreas do encéfalo, acionando 
regiões vinculadas a parte emocional e ao circuito de recompensas, ele é acionado quando a 
influência de algum incitamento associada à supervivência, como sexualidade e alimentação 
(ARTIGO 1). 
 A utilização da música potencializa os resultados, por ser considerado um meio 
muito eficaz como foco de atenção, sendo assim um meio de distração que não reduz a dor, 
mas causa um estímulo agradável ao cérebro, desviando a atenção da mãe na hora da dor 
(NETO, 2006). 
 Portanto, o emprego da música tem baixo custo e fácil aplicabilidade, além de ser 
uma modalidade de cuidado não farmacológico e não invasivo. O efeito da música, usada 
na dor do trabalho de parto, como método não farmacológico para o alívio da dor, pode 
interferir no ciclo vicioso medo-tensão-dor, de forma relaxante, visando à quebra deste 
ciclo e, consequentemente, minimizar a dor (CASTRO, et al., 2013). 
 Durante, trabalho de parto a técnicas de respiração trouxeram outra forma de 
combater as dores do parto, por exemplo, a ginástica respiratória vem sendo desencadeante 
do equilíbrio no trabalho de parto, o controle da respiração passa pelo estabelecimento de um 
reflexo condicionado, contração/respiração, trazendo à tona a respiração “cachorrinho” e 
buscando a hiperventilação durante as contrações, a qual é capaz de oxigenar o feto 
(SANTOS, et al., 2012). 
 Entretanto, a técnica correta de respiração se dá quando a mulher percebe a 
necessidade de acelerar a respiração durante o auge de cada contração, alterando o tipo de 
respiração de arquejante lento para a técnica de aceleração e desaceleração. Então a mãe 
utiliza a respiração torácica - rápida e superficial - que acelera e desacelera de acordo com a 
duração e a intensidade de cada contração. No decorrer, da grávida acelera a sua respiração 
quando a contração aumenta e atinge o máximo, e a reduz quando a contração começa a 
34 
 
diminuir. Por isso a técnica é útil para a mulher numa situação que ela disponha de alguém 
para verificar a adequação de suas técnicas respiratórias, é importante que sua respiração 
permaneça superficial e pouco profunda para evitar a hiperventilação (JORDÃO, et al., 
2013). 
 A respiração é observada em dois tempos, que é inspiração e expiração profundas 
utilizadas no início e no fim de cada contração, são chamadas de respiração completa ou de 
limpeza. A respiração lenta e profunda fornece uma boa troca de oxigênio e de dióxido de 
carbono antes e depois da respiração superficial realizada durante a contração. Técnicas da 
respiração associadas com o relaxamento muscular são atrativas pela sua simplicidade e por 
garantir a parturiente uma participação ativa durante processo de parturição e autonomia no 
controle da dor (SILVA, et al., 2013; CARVALHO, et al., 2013). 
 A respiração pode transmitir calma e tranquilidade à parturiente, sendo está uma 
possibilidade de proporcionar um momento de introspecção e concentração, auxiliando na 
concepção de que a mulher deve desempenhar um papel ativo durante o parto. A respiração 
também é observada na região abdominal e a levemente mais profunda é aconselhada para os 
intervalos das contrações, pois promove o relaxamento da parturiente (ARTIGO 6). 
 Nesse contexto os exercícios respiratórios no trabalho de parto têm a função de 
reduzir a sensação dolorosa, melhorar os níveis de saturação sanguínea materna de O2, 
proporcionar relaxamento e diminuir a ansiedade e diminuir a sensação dolorosa durante o 
primeiro estágio do trabalho de parto, resultando em melhora dos níveis de saturação materna 
(SANTANA, et al., 2011; FERREIRA, et al., 2011). 
Entretanto, é importante destacar que são necessários cuidados no manejo dessa 
técnica respiratória, pois a hiperventilação pode tornar-se um problema com a respiração 
rápida se essa não for superficial o suficiente ou se o arquejar for prolongado. Assim, quando 
a frequência respiratória aumenta de 5 a 20 vezes mais que o normal, resulta em intensa 
alcalose respiratória. Essa excessiva hiperventilação materna produz acentuada queda na 
PaCO2, vasoconstricção uterina e menor liberação de O2 para o feto (ARTIGO 1). 
 
4.1.1.7 A Aromaterapia 
 
 A aromaterapia consiste na aplicação terapêutica de Óleos Essenciais (OE), por 
diversas vias do organismo, com finalidade terapêutica. E compostos orgânicos de origem 
35 
 
vegetal, formados por moléculas químicas complexas que podem ser extraídos por diversas 
partes da planta, pelo processo de destilação (ARTIGO 1). 
 O uso deste Óleo Essência pode ser absorvido por meio da inalação, uso tópico na 
pele ou por ingestão, com a finalidade de promover bem-estar físico e mental. Considerando-
se a relevância destas práticas, a aromaterapia pode representar uma valiosa ferramenta na 
prática profissional do enfermeiro obstetra, atuando como um Método Não Farmacológico 
(MNF) para alívio da dor durante o Trabalho de Parto (ARTIGO 1). 
 O uso de aromaterapia como a lavanda, eucalipto, jasmim, rosa e laranja, trazem 
efeitos significativos na percepção da dor, na ansiedade das parturientes e consequentemente 
na duração das fases do processo parturitivo, quando a escolha e bem aplicada inspira um 
toque de sensibilidade e sabores (ARTIGO 1). 
 Aplicando-se ao inalador, impulsiona os receptores sensitivos através do cérebro, 
envolvendo partes neurológicas específicas e substâncias que se harmonizam de maneira 
inebriante resultando em mudanças físicas e psicológicas. Obtendo resultados efetivos na 
redução da dor e da ansiedade (SILVA, et al., 2018). 
 A aromaterapia como um método não farmacológico, tem auxiliado à mulher 
durante a gestação e trabalho de parto. Entende-se na utilização de óleo essenciais que são 
instáveis bioquimicamente e evaporam rapidamente, estimulando as células nervosas 
olfativas, ativando via sistema límbico (área cerebral responsável pela olfação, memória e 
emoção) os receptores que podem influir na frequência cardíaca, na respiração e na resposta 
ao estresse (ARTIGO 1). 
 Por isso a utilização da aromaterapia pode ser realizada por meio de técnicas como: 
acupressão, massagem, escalda pés, diluição em água para banho de imersão e inalação, 
sendo o OE utilizado, entre outros, e a aplicação realizada por enfermeiras obstétricas. 
Observou-se que a maioria das gestantes optou optaram pela técnica da inalação nesse estudo 
que obteve como desfecho a redução significativa da dor em mulheres nulíparas, bem como a 
redução do medo e da ansiedade. Portanto nesse sentido, a participação das enfermeiras 
obstétricas, podendo este fato estar relacionado à sua formação que direciona a sua prática 
para o “cuidar”, respeitando os aspectos fisiológicos, emocionais e socioculturais que 
envolvem o processo reprodutivo (SILVA, et al., 2019) 
 Óleos essenciais na primeira fase do parto, óleos calmante e sedativo como lavanda e 
camomila são recomendados; óleo de olíbano possui ação relaxante e auxilia na respiração e 
deve ser utilizado na fase de transição do primeiro período do parto; já a sálvia sclarea é 
36 
 
indicada para aliviar a dor, favorece contrações e é alternativa para o uso de analgesia não 
farmacológica (ARTIGO 1).Já na segunda fase, os aromas mais fortes e apimentados podem promover uma 
sensação de força e antecipação do TP, como o jasmin, uma vez que aumenta as contrações 
uterinas e acelera o trabalho de parto (ARTIGO 3). 
 O uso da inalação prolongada de óleos essenciais (OE) pode causar dores de cabeça, 
náuseas, alergias e irritação na pele, por isso priorizar sempre o respeito ao limite de cada 
mulher é algo importante. A utilização do óleo essencial de lavanda vem sendo incrementada 
nos últimos anos por gestantes por ser um óleo com propriedades calmantes, relaxantes, 
antiestresse e estimulante, apesar de que este óleo não é indicado para mulheres grávidas 
durante primeiro trimestre de gestação (CALADO, et al., 2018) 
 A partir dos estudos é possível perceber que apesar da aromaterapia ser um método 
de fácil aplicação e baixo custo, é necessário que mais estudos sejam realizados, 
principalmente a nível nacional, com delineamento adequado, para examinar os seus efeitos 
no manejo da dor durante o trabalho de parto. A utilização dessas terapias complementares 
pela Enfermagem é fundamental para estabelecer a autonomia profissional, pois o 
conhecimento e divulgação destes métodos são a base para dinamizar o seu caráter 
científico e contribuir para o planejamento de pesquisas clínicas (SOMBRA, et al., 2019) 
 
4.1.1.8 Técnicas de relaxamento 
 
 Os exercícios de relaxamento têm como objetivo permitir que as parturientes 
reconheçam as partes do seu corpo, evidenciando as diferenças entre relaxamento e 
contração, melhorando o tônus muscular e, desta forma, favorecendo a evolução do trabalho 
de parto (ARTIGO 6). 
 Entretanto, outras formas de relaxamento como as massagens, a respiração com 
movimentos de inspiração e expiração suave, acompanhada por relaxamento do corpo; 
imersão em banheiras ou duchas aquecidas e até mesmo estar acompanhada por pessoas 
colaborativas escolhidas pela parturiente para compartilhar esse momento (QUINTANA, et 
al., 2011) 
 Situações que garante à mulher relaxamento, informações e contato com uma pessoa 
de sua confiança, facilitam que a gestante se sinta mais confortável para vivenciar o 
nascimento do filho. Especialmente se o acompanhante for pessoa próxima, ao qual já possui 
certo vínculo, que possa gerar sensação de apoio (DUARTE, et al., 2011) 
37 
 
 Neste contexto a promoção de um bom relaxamento vai desde a adoção de posturas 
confortáveis à ambientes tranquilos, os quais permitam música ambiente, iluminação 
adequada e principalmente pensamentos direcionados, utilizando a imaginação para 
desmistificar o trauma da dor no trabalho de parto (MARCOLIN, et al., 2011). 
 Há também outras formas de relaxamento como as massagens, a respiração com 
movimentos de inspiração e expiração suave, acompanhada por relaxamento do corpo; 
imersão em banheiras ou duchas aquecidas e até mesmo estar acompanhada por pessoas 
colaborativas escolhidas pela parturiente para compartilhar esse momento (SANTANA, 
2011). 
 A fisioterapia como atuação no trabalho de parto ainda é uma prática pouco 
estabelecida nas maternidades públicas, espera-se que, com a comprovação dos benefícios 
dos recursos não farmacológicos neste momento, os gestores e profissionais de saúde 
validem a importância da assistência interdisciplinar no ciclo gravídico-puerperal 
(FERREIRA, et al., 2011). 
 
4.1.1.9 O uso do cavalinho ou banquinho U 
 
 O método do uso do cavalinho, ou do banquinho U, é utilizado no pré-parto com a 
finalidade de promover o relaxamento, aumentar a dilatação e diminuir a dor. O “cavalinho” 
é um equipamento similar a uma cadeira com assento invertido, no qual a gestante apoia os 
braços e o tórax para frente aliviando as costas (ARTIGO 3). 
 No decorrer do trabalho de parto quando ocorrem as contrações, a parturiente poderá 
optar por ficar nesta posição para receber massagem na região lombar, com o intuito de 
relaxar e reduzir a dor do trabalho de parto. No entanto o “banquinho U” trata-se de um 
banco baixinho que é utilizado sob o chuveiro com água morna para favorecer a dilatação. 
Essas práticas têm o intuito de fornecer o relaxamento durante o período de dilatação e 
expulsivo do parto, contribuindo para a humanização da assistência (ARTIGO 1). 
 No entanto uso do banquinho tem apoio em três pés e o assento almofadado; permite 
que a parturiente se sente, apóie os pés no chão e os braços na cama, enquanto o 
acompanhante, ou a enfermeira obstétrica, massageia suas costas. Pode também servir de 
apoio durante os esforços expulsivos (ARTIGO 3). 
 Os métodos não farmacológicos são utilizados para proporcionar alívio da dor e 
relaxamento. Entre as técnicas: cavalinho e banquinho U, bola suíça, banho de aspersão, 
38 
 
tens, massagem, técnicas respiratórias e relaxamento, Deambulação e Posições Ortostáticas e 
crioterapia (ARTIGO 6). 
 Portanto, o banquinho em forma de “U” permite à mulher se manter em uma posição 
que lembra a de cócoras, podendo ser beneficiada pelas vantagens da posição vertical. O uso 
do banquinho objetiva ajudar a completar descida e a rotação fetal (LOBO, S. F.; et al., 
2010). 
 Então o uso do banquinho pode ser um aliado durante o trabalho de parto como uma 
alternativa para as mudanças de posição mantendo a postura ativa e a verticalidade da 
mulher (LOBO, et al., 2010). 
 O seu formato em “U” deixa livre a região vulvo-perineal da parturiente, podendo 
também ser usado durante o parto. É mais indicado na fase final do trabalho de parto quando 
a mulher atinge 8 cm de dilatação e o feto ainda não realizou o processo de descida e pode 
ser utilizado também para o parto quando o banquinho tem formato apropriado (GOMES, et 
al., 2010). 
 O assento ativo ou “cavalinho” é citado por muitos autores como um método usado 
no trabalho de parto que auxilia a mulher na manutenção de uma posição vertical. Existe, 
outro uso para a manutenção dessa posição é a bola suíça que também para auxiliar na 
movimentação materna no relaxamento, deambular e no alívio da dor (SILVA, et al., 2010). 
 
4.1.2. A PRESENÇA DE ACOMPANHANTE NO PRÉ-PARTO, PARTO E PÓS-PARTO. 
 
 A presença do acompanhante de escolha da mulher é uma forma simples e eficaz de 
humanizar o nascimento, beneficiando a mulher, o bebê, a equipe de saúde e a sociedade. O 
parto acontecia fisiologicamente, no domicílio da parturiente, que era acompanhada pela 
família e cuidada pela parteira, que além de prestar assistência ao parto, também fornecia 
apoio físico e conforto emocional (ALMEIDA, et al., 2018). 
 Na metade do século XX, o processo de modernização e as formas mais seguras para 
utilização de anestésicos durante o parto, foram determinantes para a sua institucionalização, 
chegando a ser considerado ilegal, em alguns países, o parto realizado fora do ambiente 
hospitalar, bem como por parteiras. O conjunto de modelo hospitalar avançou, no Brasil 
organizado por rotinas de intervenções, entre outras condutas largamente utilizadas e 
naturalizadas nos serviços de atendimento à mulher (LONGO, et al., 2010). 
39 
 
 No Brasil, no Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovado por lei Nº 11.108/2005 
que garantir a parturiente o direito de ter a presença de um acompanhante durante o trabalho 
de parto, parto e pós-parto imediato, na maternidade (ARTIGO 7). 
 Portanto, no mesmo ano em dezembro, a portaria de Nº 2.418/GM regulamentou a 
presença de acompanhantes para mulher na parturição nos hospitais públicos e conveniados 
com o Sistema Único de Saúde (BRASÍL, 2005). 
 O acompanhante no parto humanizado é a pessoa que provê o suporte à mulher 
durante o processo parturitivo e de acordo com o contexto assistencial, este pode ser 
representado por profissionais (enfermeira, parteira), companheiro/familiar ou amiga de sua 
escolha da parturiente, doula e mulher leiga(ANDRAUS, et al., 2010). 
 A Política Nacional de Humanização, conhecido como humaniza SUS, aponta o 
acompanhante como o representante da rede social da paciente que a acompanha durante toda 
a permanência no ambiente hospitalar (BARBOSA, et al., 2018). 
 Então, as diferentes concepções e avaliações culturais de cada mulher, referente a 
cada parto, orientam quem ela escolherá para acompanhá-la durante o processo de parturição. 
No entanto, o acompanhante pode constituir mais do que simples presença se for permitida a 
sua participação ativa durante o processo parturitivo (ANDRAUS, et al., 2010). 
 A presença do acompanhante proporciona bem-estar físico e emocional à mulher e 
favorece uma boa evolução no período gravídico puerperal (FREITAS, et al., 2010). 
 Durante trabalho de parto, o direito ao acompanhante representa um ganho e, ao 
mesmo tempo, um desafio para a atenção à saúde da mulher durante o processo de parturição, 
diante da limitação de um acompanhante por parturiente e da implementação morosa de sua 
participação nas unidades de atendimento ao parto (ARTIGO 4). 
 O Ministério da Saúde teve uma iniciativa de observar como o trabalho de parto com 
a presença do acompanhante passa segurança durante todo o processo parturitivo, o que pode 
diminuir as complicações na gestação, parto e puerpério, a utilização de analgesia, ocitocina, 
partos Cesáreos e tempo de hospitalização do binômio mãe-filho (MOURA, et al., 2010). 
 A rede cegonha dá importância a figura do acompanhante durante o trabalho de 
parto, em algumas situações, a figura do acompanhante pode ser dispensável, a saber: opção 
da mulher por não ter um acompanhante, despreparo emocional do acompanhante escolhido 
ou desacato deste às normas da instituição (DAMASCENO, et al., 2010). 
 É importante lembrar que a presença do acompanhante, junto à sua esposa ou 
companheira durante os trabalhos de pré-parto e parto, pós-parto contribui para facilitar e 
tornar o momento mais agradável e saudável a mulher, proporcionando apoio emocional do 
40 
 
qual ela realmente precisa, estimulando-a a produzir forças para que o parto ocorra de forma 
mais calma e tranquila, reconduzindo ao mais natural possível e propiciando segurança e 
conforto (ARTIGO 2). 
 O suporte do acompanhante no processo da parturição poderá proporcionar à mulher 
sentimentos positivos como a sensação de amparo, a coragem, a tranquilidade e o conforto, 
com consequente redução do medo e da ansiedade (ARTIGO 2). 
 A principal vantagem na utilização de recursos não-farmacológicos é o reforço da 
autonomia da parturiente, proporcionando sua participação ativa e de seu acompanhante 
durante o parto e nascimento, estando associados a poucas contraindicações ou aos efeitos 
colaterais (DUARTE, et al., 2011). 
 No entanto a assistência obstétrica humanizada exige do profissional de saúde 
conhecimento, prática e atitudes que favoreçam o acolhimento à mulher e seu companheiro 
no serviço de saúde, desde o planejamento familiar, pré-natal, trabalho de parto e parto. 
Portanto a equipe de saúde, como um todo, deve proporcionar o bem-estar tanto da mulher 
quanto do bebê, evitando intervenções desnecessárias e permitindo sua privacidade, 
participação e autonomia em todas as etapas do trabalho de parto e parto (FERNANDES, et 
al., 2018). 
 No entanto, como a presença do acompanhante mostrou-se um componente 
importante para a manutenção de uma atmosfera familiar, natural e segura para o 
desenvolvimento do parto e nascimento, por esse motivo as enfermeiras, ao viabilizarem o 
exercício deste direito da parturiente, favorecem o sentimento de segurança que é 
significativo para o sucesso do parto (ARTIGO 6). 
 E um dos métodos que podemos orientar quanto enfermeiras obstétricas que estão 
valorizando os seguintes aspectos da parturição: alívio da dor, progressão fetal, vínculo 
com a mulher, confiabilidade e segurança. Desta maneira elas seguem, apesar de muitas 
condições adversas, incentivando o parto humanizado e colocando em prática, o possível 
dos princípios e diretrizes da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde 
(ARTIGO 6). 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O objetivo deste estudo foi sintetizar a contribuição de estudos científicos sobre as 
práticas humanizadas no parto, o qual pôde ser alcançado apesar do quantitativo de artigos 
incluídos na amostra. As publicações desta revisão integrativa estão direcionadas a duas 
grandes temáticas: métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto e a 
presença de acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto. 
Alimentação do estudo recai sobre o quantitativo de trabalhos indexados na rede de 
base de dados nacional. Acredita-se que os descritores não estejam condizentes com as 
publicações, causando redução do total de manuscritos que porventura estiveram nas bases, 
mas não foram captados pela rede. 
Com o emprego da humanização no parto, bem como com a utilização de práticas 
baseadas nas evidências científicas, a parturiente consegue obter maior confiança no 
processo, reduzindo seus medos e anseios, além de suas dores e sensações físicas, por estar 
ao lado de pessoas de confiança. Nesse contexto, oferecer uma assistência à parturiente que 
propõe o emprego da melhor tecnologia em saúde, através da realização de práticas 
baseadas em evidências científicas, torna o processo de parir mais humanizado. Espera-se 
que este estudo contribua para despertar o interesse de pesquisadores para estudar este 
fenômeno e humanizar cada vez mais o período do parto
42 
 
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